Tabata afirma que tem crescido em intenções de voto nas periferias de São Paulo

Política
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As pesquisas de intenção de voto indicam que Tabata Amaral apresenta seu melhor desempenho entre eleitores com mais de cinco salários mínimos, enquanto que, no segmento com renda de dois ou menos salários mínimos, a candidata não repete a performance. Perguntada sobre o tema em sabatina à Rádio Eldorado na manhã desta quarta-feira, 4, a deputada federal disse que seu principal obstáculo é o fato de ainda ser pouco conhecida. "Tá faltando eu ser conhecida, é o mesmo desafio de sempre".

 

Além disso, segundo a candidata, o segmento com maior poder aquisitivo tem mais tempo de assistir o noticiário e se informar sobre política. Tabata reforçou que tem crescido em intenções de voto nas periferias de São Paulo e que manterá a estratégia focada nas redes sociais.

 

A deputada federal afirmou que seus adversários estão disputando as eleições com "máquinas" e "muito mais dinheiro". "Boulos tem a máquina federal, Nunes tem a máquina do município e do Estado, Datena esteve na televisão por décadas, mérito dele, e Marçal tem uma 'máfia digital' que o sustenta. Apesar disso, meus adversários estão caindo, e estou conseguindo crescer".

 

Aumento do efetivo da GCM

 

Tabata reforçou na sabatina propostas que constam em seu plano de governo, como o aumento do efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM) em pelo menos mil agentes, o que levaria o efetivo da entidade a oito mil guardas, além de fortalecer a formação dos servidores da GCM e aumentar a remuneração de quem atua em territórios mais perigosos. O custo da proposta, segundo a candidata, será de R$ 1 bilhão ao longo dos quatro anos de mandato.

 

O projeto de Tabata para a GCM é mais contido que os planos de Guilherme Boulos, que pretende dobrar o efetivo da guarda, e de Pablo Marçal, que prometeu triplicar o número de servidores da corporação. A candidata do PSB alegou que, como não pretende mentir ou aumentar impostos, precisa ser "cuidadosa" com o plano de governo. "Quando vejo alguns adversários dizendo que vão dobrar o número de efetivos, tenho duas certezas: ou estão mentindo descaradamente, ou vão aumentar os impostos. Como não minto, e não vou aumentar os impostos, preciso ser cuidadosa em minhas propostas", disse.

 

Comércio de celulares roubados

 

Ainda sobre segurança pública, a candidata citou uma proposta para desmontar o comércio de celulares roubados. Tabata disse que elaborou o projeto ao estudar uma medida em vigor no Piauí. Nesta terça-feira, Boulos citou uma proposta semelhante em sua sabatina à Eldorado e também afirmou que importou uma política pública vigente no Piauí.

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O presidente da Câmara dos Estados Unidos, Mike Johnson, cancelou uma votação planejada para esta quarta-feira, 11, sobre uma medida provisória de financiamento governamental após enfrentar a oposição de colegas republicanos.

A proposta teria estendido o financiamento governamental até 28 de março de 2025 e evitado, pelo menos temporariamente, uma paralisação parcial do governo poucas semanas antes da eleição geral. Johnson pretendia antecipar o projeto de lei de gastos em seis meses, quando os níveis de financiamento poderiam ser decididos sob uma nova administração e um novo Congresso.

Os republicanos resistiram ao projeto de lei de Johnson porque ele não cortou gastos e porque o candidato presidencial republicano Donald Trump disse que os membros deveriam se recusar a aprovar o financiamento provisório sem garantias sobre a segurança eleitoral.

"Sem votação hoje", disse Johnson aos repórteres. Ele disse que os republicanos trabalhariam para construir um consenso no fim de semana. Com os republicanos mantendo uma pequena maioria de 220-211 na Câmara, Johnson poderia ter perdido apenas quatro republicanos, assumindo que todos os democratas se opusessem a ela.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, sinalizou, nesta quarta-feira, 11, que o Ocidente avalia permitir que Kiev ataque mais intensamente o território russo com armas de fabricação ocidental, enquanto a Rússia agrega mísseis balísticos iranianos ao seu arsenal.

Os comentários de Blinken, feitos durante uma breve visita a Kiev na quarta-feira, ocorrem também no momento em que a Rússia lançava uma contra ofensiva na região de Kursk, em um primeiro grande esforço para recuperar o controle do território que as forças ucranianas tomaram em um ataque relâmpago há mais de um mês.

A Ucrânia tem pressionado os EUA para obter permissão para usar mísseis de longo alcance para desmantelar as ofensivas russas e interromper os ataques de longo alcance de Moscou à Ucrânia. Os EUA têm se mostrado relutantes em conceder tais permissões, diante do receio de que isso possa levar a uma escalada da guerra com a Rússia.

"Vamos nos ajustar e adaptar à medida que as necessidades mudem, à medida que o campo de batalha mudou, e não tenho dúvidas de que continuaremos a fazer isso", disse Blinken durante coletiva.

Além da apreensão sobre escalada do conflito, as autoridades norte-americanas citaram outras razões para a sua relutância em oferecer armamento de longo alcance, como o fato de não acreditarem que os armamentos conseguiriam mudar o rumo dos fatos.

Na quarta-feira, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, alertou que um aval ao uso de mísseis de longo alcance para atacar o território russo seria visto por Moscou como uma escalada do conflito, segundo a agência de notícias estatal TASS.

"Isto é alarmante, perigoso, ameaçador, mas a nossa determinação em alcançar todos os objetivos da operação militar especial é inabalável como nunca antes", disse Ryabkov, usando a terminologia de Moscou para a invasão da Ucrânia.

Após a ofensiva ucraniana em Kursk, a Rússia lançou ataques devastadores contra cidades e infraestruturas em toda a Ucrânia, utilizando drones e mísseis balísticos. As autoridades ocidentais temem que a destruição da rede elétrica do país possa forçar uma fuga em massa de ucranianos das suas casas neste inverno.

Blinken alertou no início desta semana que a entrega de mísseis balísticos iranianos à Rússia permitirá a Moscou intensificar os seus ataques.

O presidente iraniano Masoud Pezeshkian lançou críticas ao Ocidente nesta quarta-feira, 11, afirmando que Israel está "cometendo massacres" na guerra em Gaza usando armas norte-americanas e europeias. Pezeshkian espera desenvolver os laços diplomáticos entre Teerã e Iraque, conforme as crescentes tensões regionais colocam ambos os países na disputa do Oriente Médio.

Desde o ataque de 7 de outubro, o Irã tem sido um fiel aliado ao Hamas.

Pouco antes da chegada de Pezeshkian a Bagdá na última terça-feira (10), uma explosão atingiu uma área perto do aeroporto internacional da cidade usada pelo exército dos EUA. Não foram relatados danos e as circunstâncias da explosão permanecem incertas.

A embaixada dos Estados Unidos descreveu o caso com um "ataque" ao Complexo de Serviços Diplomáticos de Bagdá e que está "avaliando os danos" e a causa da explosão.

A visita de Pezeshkian é importante para ambos os países. Para o Irã, um bom relacionamento com o Iraque é crucial por motivos econômicos, políticos e religiosos.

Bagdá, enquanto isso, tenta balancear a relação com Teerã - que apoia poderosas milícias xiitas no país, bem como com os Estados Unidos, o qual mantêm uma força de 2.500 soldados em solo iraquiano. Líderes políticos iraquianos continuam a debater a questão de apoiar ou não a permanência das tropas americanas no país.

O primeiro-ministro do Iraque, junto ao presidente do Irã, falou a repórteres que os países assinaram hoje 14 memorandos para alavancar suas relações. O primeiro-ministro também prometeu que o espaço aéreo do Iraque não será usado para ataques contra a República Islâmica - uma aparente referência a Israel.