Boulos diz que Nunes é incapaz de diferenciar usuário de traficante de drogas

Política
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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) criticou o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) ao afirmar que a atual gestão é incapaz de diferenciar usuário de traficante durante pergunta para Tabata Amaral (PSB). "Infelizmente, vimos algumas acusações de Marina Helena (Novo) e o Nunes em outro debate querendo associar quem defende tratamento para usuário de droga com quem defende traficante", afirmou.

Em dobradinha, Boulos e Tabata criticaram a atual gestão defendendo as suas políticas para a saúde mental na cidade de São Paulo. A deputada chama depressão de "doença silenciosa", e diz que o preconceito acerca do tema impede uma discussão mais ampla sobre os transtornos psicológicos.

"Ricardo Nunes recusou R$ 7,5 milhões que eu mandei como deputada federal para construir três Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) na zona Leste. Deram várias desculpas porque não queriam se associar ao governo Lula (PT)", afirmou Tabata.

'Indústria da morte'

Guilherme Boulos também afirmou que o atual prefeito, Ricardo Nunes, "ajudou a criar uma indústria da morte" na cidade, durante discussão sobre zeladoria e desestatização de cemitérios de São Paulo. O psolista continuou e assumiu o compromisso de revogar a concessão de cemitérios públicos da capital paulista.

Anteriormente, Nunes disse que a privatização de cemitérios faz parte do "maior programa de desestatização" da cidade, e alegou que sua gestão tem melhorado os serviços públicos por meio desse programa. "Você sabe que estou, desde 2021, muito presente nos bairros", afirmou o emedebista. "Ajustei a casa", completou.

O psolista disse que sua proposta para o tema é "não cuidar da cidade só em período de eleição. Que é o que você fez. A cidade estava totalmente largada. Cratera nas ruas fazendo aniversário. Foi chegar perto da eleição e o Ricardo Nunes foi fazer maquiagem", respondeu o deputado.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi liberado para viagens aéreas, de acordo com boletim médico divulgado há pouco pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. Lula ficou semanas sem poder andar de avião por causa de uma pancada que levou na cabeça, em um acidente doméstico em 19 de outubro. Precisou cancelar viagens internacionais, como a ida à cúpula dos Brics por causa disso.

A liberação vem às vésperas da participação do presidente brasileiro na reunião do G20, que será realizada no Rio de Janeiro. Lula deve embarcar para a cidade na noite de quarta-feira, 14. Terá compromissos públicos no local a partir do dia seguinte.

O boletim médico foi produzido depois de o petista passar por novo exame na unidade do hospital Sírio-Libanês em Brasília. O documento é assinado pelo diretor de Governança Clínica do hospital, Rafael Gadia, e pela diretora clínica, Luiza Dib. Segundo o texto divulgado, o presidente não tem sintomas.

"O exame mostrou melhora em relação aos anteriores, devendo manter suas atividades habituais, com liberação para viagem aérea", afirma o boletim médico. Ele é acompanhado pelos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.

Na última semana, Lula explicou publicamente como se machucou, em entrevista à RedeTV. Ele estava cortando as unhas sentado em um banquinho e se desequilibrou quando foi guardar os instrumentos usados para cortar as unhas. "Foi uma batida muito forte, saiu muito sangue. Eu achei que tinha rachado o cérebro, rachado o casco. Eu fui direto para o Sírio-Libanês, achei que era uma coisa muito mais grave", declarou o petista na ocasião.

O Taleban participará de uma conferência climática da ONU pela primeira vez desde que assumiu o controle do Afeganistão, em 2021, informou a agência nacional de meio ambiente afegã neste domingo, 10.

A conferência, conhecida como COP-29, começa nesta segunda-feira, 11, e será sediada no Azerbaijão. Trata-se de uma das mais importantes negociações multilaterais a incluir o Taleban, que não tem reconhecimento oficial como governo legítimo do Afeganistão.

A Agência Nacional de Proteção Ambiental publicou na plataforma de mídia social X (antigo Twitter) que uma delegação técnica viajou a Baku, capital azeri, para participar do evento.

Matiul Haq Khalis, chefe da agência, disse que a delegação usaria a conferência para fortalecer a cooperação com a comunidade internacional sobre proteção ambiental e mudança climática, além de compartilhar as necessidades do Afeganistão em relação ao acesso aos mecanismos financeiros existentes relacionados à mudança climática e discutir os esforços de adaptação e mitigação.

Especialistas disseram à Associated Press que as mudanças climáticas causaram inúmeros impactos negativos no Afeganistão, criando sérios desafios devido à localização geográfica do país e às fracas políticas climáticas.

"As mudanças climáticas resultaram em temperaturas mais altas, que reduzem as fontes de água e causam secas, afetando significativamente as atividades agrícolas", disse Hayatullah Mashwani, professor de ciências ambientais da Universidade de Cabul. "A redução da disponibilidade de água e as secas frequentes representam graves ameaças à agricultura, levando à insegurança alimentar e a desafios aos meios de subsistência."

Em agosto, a agência de ajuda internacional Save the Children publicou um relatório dizendo que o Afeganistão é o sexto país mais vulnerável aos impactos da mudança climática e que 25 de suas 34 províncias enfrentam condições de seca graves ou catastróficas, afetando mais da metade da população.

O Afeganistão também tem o maior número de crianças desabrigadas por desastres climáticos de todos os países até o final de 2023, segundo o relatório.

O professor Abid Arabzai, da Universidade de Cabul, disse que a conferência sobre o clima ajudaria a garantir assistência internacional e financiamento para enfrentar os desafios climáticos do Afeganistão.

"O Afeganistão pode esclarecer suas ações e compromissos climáticos para a comunidade global, melhorando sua reputação internacional", disse Arabzai./AP

O Departamento de Defesa dos EUA apelará contra a decisão de um juiz de que são válidos acordos de confissão de Khalid Sheikh Mohammed, o suposto mentor dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, e mais dois outros suspeitos de participação. A decisão do juiz, coronel da força aérea Matthew McCall, anulou ordem do secretário de Defesa, Lloyd Austin, para revogar os acordos.

A decisão do magistrado permitiu os acordos dos três detidos na prisão localizada em Guantánamo, Cuba, que poderão evitar que enfrentem a pena de morte.

Promotores federais negociaram os acordos com advogados de defesa com o apoio do governo americano, mas eles foram atacados por congressistas republicanos quando se tornaram públicos recentemente. Dias depois, Lloyd Austin assinou uma ordem para anulá-los. Ele disse que os acordos em casos que podem ser punidos com pena de morte vinculados a um dos crimes mais graves no território dos EUA é um passo importante e deve ser definido pelo secretário da Defesa. O juiz decidiu que Austin não tem autoridade jurídica para descartar os acordos.