PF prende aliado de prefeito de Macapá (AP) em operação sobre crime organizado

Política
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A Polícia Federal deflagrou na sexta-feira, 20, uma operação para investigar o envolvimento de uma organização criminosa nas eleições no Amapá. Dois políticos foram alvos de mandados de prisão preventiva autorizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), além de pedidos de busca e apreensão.

 

A operação, batizada de "Herodes", prendeu Jesaias Silva e Silva, conhecido como "Jeiza", subsecretário municipal de zeladoria urbana na gestão do prefeito de Macapá, Dr. Furlan (MDB). Anteriormente, Jeiza havia trabalhado como produtor de eventos e como secretário de Cultura na cidade de Serra do Navio. A Justiça suspeita que ele seja membro de uma organização criminosa. O Estadão/Broadcast tenta contato com a defesa dos alvos da operação. O espaço segue aberto para manifestação.

 

O Estadão/Broadcast procurou a prefeitura de Macapa, mas ainda não teve retorno. Em nota enviada ao portal G1, a gestão afirmou que Jeiza foi exonerado do cargo de subsecretário. "Sobre as supostas acusações que pesam sobre ele, a gestão municipal reforça que não há nenhuma ligação com a atividade que o mesmo exercia na gestão. A Administração Municipal preza pela lisura dos atos públicos", informou.

 

Outro alvo é Luanderson de Oliveira Alves, o "Caçula", candidato a vereador na capital pelo PSD. Não há informações acerca de sua prisão. Ele é suspeito de compra de votos, coação eleitoral, tráfico de drogas e organização criminosa. O mandado é assinado pelo juiz eleitoral Diego Moura de Araújo.

 

A eleição em Macapá se encaminha para uma vitória folgada de Furlan. A pesquisa Quaest divulgada em 16 de setembro apontava o prefeito com 86% das intenções de voto. As candidatas Aline (Republicanos) e Patrícia Ferraz (PSDB), com 4% das intenções de voto cada uma, vinham em seguida.

 

Como mostrou o Estadão/Broadcast num levantamento do governo federal acerca das organizações criminosas atuando nos presídios brasileiros, o Amapá é território de cinco facções: Família Terror do Amapá, Amigos para Sempre, União Criminosa do Amapá, Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao todo, 88 grupos estão presentes no sistema prisional do País, segundo levantamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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A Casa Branca confirmou nesta quarta-feira, 5, que autoridades dos Estados Unidos estão envolvidas em "conversas e discussões contínuas" com o Hamas, rompendo com uma política de longa data da diplomacia americana de não manter negociações diretas com grupos que consideram terroristas.

Questionada sobre as conversas, que foram reveladas pelo site Axios, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, se recusou a fornecer detalhes sobre as negociações, mas disse que Donald Trump autorizou seus enviados a "falar com qualquer pessoa".

"Veja, dialogar e conversar com pessoas ao redor do mundo para fazer o que é do melhor interesse do povo americano é algo que o presidente... acredita ser um esforço de boa-fé para fazer o que é certo para o povo americano", disse.

De acordo com a porta-voz, Israel foi consultado sobre as tratativas. "Durante consultas com os Estados Unidos, Israel expressou sua opinião sobre negociações diretas com o Hamas ", disse o gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu. Autoridades do Hamas também confirmaram as reuniões.

De acordo com a Axios, o enviado especial dos EUA, Adam Boehler, se encontrou com membros do Hamas nas últimas semanas em Doha, no Catar, para discutir a libertação dos cinco reféns americanos ainda mantidos pelo grupo terrorista na Faixa de Gaza, quatro dos quais estão mortos.

As negociações também incluíram discussões sobre a libertação de todos os reféns que permaneceram em Gaza, bem como a possibilidade de um cessar-fogo permanente, acrescentou o Axios, citando duas fontes anônimas familiarizadas com as negociações.

A confirmação das negociações na capital do Catar acontece enquanto o cessar-fogo Israel-Hamas permanece em jogo. Este é o primeiro envolvimento direto conhecido entre os EUA e o Hamas desde que o Departamento de Estado designou o grupo como uma organização terrorista estrangeira em 1997.

Trump sinalizou que não tem intenções de afastar Netanyahu de um retorno ao combate se o Hamas não concordar com os termos de uma nova proposta de cessar-fogo, que os israelenses anunciaram como sendo elaborada pelo enviado dos EUA Steve Witkoff.

O novo plano exigiria que o Hamas libertasse metade dos reféns restantes - a principal moeda de troca do grupo terrorista - em troca de uma extensão do cessar-fogo e uma promessa de negociar uma trégua duradoura. Israel não fez menção de libertar mais prisioneiros palestinos, um componente-chave da primeira fase.

Trump ameaça Gaza

Trump ameaçou nesta quarta-feira a população de Gaza se os reféns restantes não forem libertados, e alertou os dirigentes do grupo terrorista para que deixem o território enquanto podem.

"Para a população de Gaza: um lindo futuro os espera, mas não se retiverem os reféns. Se o fizerem, estão MORTOS! Tomem uma decisão INTELIGENTE. LIBERTEM OS REFÉNS AGORA, OU HAVERÁ UM INFERNO A PAGAR DEPOIS!", escreveu o republicano em sua rede Truth Social.

Na mesma publicação, Trump exigiu ao Hamas que "devolva imediatamente todos os corpos das pessoas que assassinou" durante o ataque desse grupo contra Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.

"Este é seu último aviso! Para os dirigentes [do Hamas], agora é a hora de sair de Gaza, enquanto ainda têm oportunidade", acrescentou. "Estou enviando a Israel tudo o que se necessita para terminar o trabalho, nem um único membro do Hamas estará a salvo." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Um caça sul-coreano lançou acidentalmente oito bombas em uma área civil durante um treinamento nesta quinta-feira, 6, ferindo sete pessoas. As bombas MK-82 lançadas "anormalmente" pelo caça KF-16 caíram fora do alcance de tiro, causando danos civis não especificados, disse a força aérea em comunicado.

A nota informa ainda que a força aérea estabelecerá um comitê para investigar por que o acidente aconteceu e examinar a escala dos danos. O jato estava participando de exercícios de tiro real conjuntos junto ao Exército.

A Força Aérea pediu desculpas por causar danos civis e expressou esperanças por uma rápida recuperação dos feridos além de oferecer ativamente indenização e outras medidas necessárias para as vítimas.

O comunicado não detalhou onde o acidente aconteceu, mas a mídia sul-coreana relatou que as bombas foram lançadas em Pocheon, uma cidade perto da fronteira com a Coreia do Norte.

A agência de notícias Yonhap relatou que cinco civis e dois soldados ficaram feridos. A agência disse que as condições de dois dos feridos eram sérias, mas não fatais.

A afirmação de Donald Trump, em seu discurso ao Congresso, na terça-feira, 4, de que a Groenlândia será dos EUA "de uma forma ou de outra", foi criticada ontem pelos líderes políticos groenlandeses. Naaja Nathanielsen, ministra de Recursos Naturais e Justiça da ilha, que pertence à Dinamarca, disse que as falas mostram uma "falta de respeito" com as pessoas.

O premiê Mute Egede voltou a dizer que a ilha não está à venda. "Os americanos e seu presidente deveriam entender isso", disse. De acordo com uma pesquisa encomendada pelo jornal dinamarquês Berlingske, em janeiro, 85% dos groenlandeses não querem que a Groenlândia faça parte dos EUA.