'Agressor deve ser exemplarmente punido' diz advogado de assessor de Nunes

Política
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Daniel Bialsk, advogado de Duda Lima, publicitário do prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que foi atingido por um soco no rosto por Nahuel Medina, produtor do candidato do PRTB, Pablo Marçal, nos momentos finais do debate promovido nesta segunda-feira, 23, pelo Flow News, afirmou que o assessor de Marçal "deve ser exemplarmente punido por esse ato". A afirmação foi feita ao deixar o 16º Distrito Policial da cidade, às 4h desta terça-feira, 24.

Segundo o advogado, foi registrado o boletim de ocorrência como lesão corporal leve e foi solicitada uma medida protetiva. "Infelizmente, não cabe prisão. Esse é um caso que caberia prisão, mas a nossa legislação determina que seja lavrado um termo circunstanciado", lamentou Bialsk.

"Se vocês olharem a cara dele de raiva, mostra-se que existe algo mais que deve ser investigado pela polícia", diz o advogado. "A gente imagina muita coisa. Por que alguém toma uma atitude como essa? Passa muita coisa pela cabeça como se isso pudesse ter sido feito de forma premeditada", pontuou.

Durante suas últimas considerações, Marçal afirmou reiteradas vezes que iria prender o atual prefeito por suposto envolvimento em corrupção de creches caso fosse eleito. O discurso calunioso infringiu as regras do debate, o que levou o mediador Carlos Tramontina a interromper o candidato. O ex-coach insistiu nas acusações, e depois de três advertências seguidas, foi convidado a se retirar do debate.

A situação provocou animosidade entre as equipes dos candidatos. Então, o produtor e videomaker da campanha do ex-coach desferiu um golpe contra o marqueteiro da campanha de Nunes, abrindo um corte profundo em sua sobrancelha. Ele teve de levar seis pontos no hospital. E nesta terça, de acordo com o advogado, passará por avaliação de um oftalmologista.

Em nota, a campanha de Pablo Marçal lamentou o ocorrido, mas destacou que Medina foi agredido primeiro pelo publicitário de Nunes, o que teria motivado a sua atitude. "Duda Lima perdeu o controle e, de forma inaceitável, agrediu o assessor Medina, arranhando seu peito e jogando seu celular no chão, conforme registrado em vídeo", diz a nota. "Após essa agressão, Duda continuou a proferir zombarias e, diante desse cenário, Medina também reagiu de maneira reprovável, perpetuando um ciclo de agressão física que é inaceitável, principalmente em ambientes de debate", diz ainda o ex-coach no comunicado.

Em outra categoria

Ataques lançados por Israel contra localidades no sul da Faixa de Gaza mataram 15 pessoas nesta terça-feira, 15, segundo autoridades palestinas. Em Beni Suhaila, ao menos dez pessoas de uma mesma família morreram na explosão de uma residência. Três crianças e uma mulher estão entre as vítimas. Em Fakhari, na mesma região, um ataque a uma casa matou cinco pessoas, incluindo três crianças e uma mulher. Fonte: Associated Press.

O governo de Israel assegurou aos Estados Unidos que o ataque de retaliação contra o Irã não vai atingir instalações petrolíferas e nucleares, de acordo com autoridades americanas.

O compromisso foi assumido pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em conversa telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na semana passada. O secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, ouviu a mesma promessa do secretário de Defesa israelense, Yoav Gallant, segundo as fontes americanas.

Israel sugeriu que a retaliação vai mirar alvos militares e de inteligência, mas não forneceu aos Estados Unidos uma lista de possíveis locais que sofrerão ataques.

A planejada ofensiva é uma retaliação aos 180 mísseis lançados pelo Irã contra o território de Israel no dia 1º, em resposta ao assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

"Ouvimos a opinião dos EUA, mas tomaremos as nossas decisões finais com base nos nossos interesses nacionais", afirmou o gabinete de Netanyahu em comunicado. Fonte: Dow Jones Newswires.

Em uma demonstração simbólica de raiva, a Coreia do Norte explodiu nesta terça-feira, 15, estradas não utilizadas que ligavam o país a Coreia do Sul, em meio a acusações de que drones de Seul sobrevoaram a capital da Coreia do Norte, Pyongyang.

A demolição coreografada das estradas sublinha a crescente raiva da Coreia do Norte contra o governo conservador da Coreia do Sul. O líder norte-coreano, Kim Jong Un, prometeu romper relações com a Coreia do Sul e abandonar o objetivo de alcançar a unificação pacífica da Coreia.

Analistas dizem que é improvável que Kim lance um ataque preventivo e em grande escala contra a Coreia do Sul por conta do receio de que uma retaliação massiva quase certa por parte das forças mais superiores dos Estados Unidos e da Coreia do Sul possa ameaçar a sobrevivência de Pyongyang.

O Ministério da Unificação da Coreia do Sul, que trata dos assuntos com a Coreia do Norte, condenou separadamente as detonações de Pyongyang como uma medida "altamente anormal" e "regressiva" que viola acordos intercoreanos anteriores.

Um vídeo fornecido pelo Exército da Coreia do Sul mostrou uma nuvem de fumaça branca e cinza emergindo da explosão em uma estrada perto da cidade fronteiriça de Kaesong. Caminhões da Coreia do Norte foram vistos limpando os escombros. Outro vídeo mostrou fumaça saindo de uma estrada costeira perto da fronteira leste.

A Coreia do Norte tem um histórico de encenar a destruição coreografada de instalações no seu próprio solo como uma mensagem política.

Explosões simbólicas

Em 2020, a Coreia do Norte explodiu um edifício vazio de escritórios construído pela Coreia do Sul, a norte da fronteira, em retaliação a protestos de cidadãos da Coreia do Sul contra o regime no Norte. Em 2018, a Coreia do Norte demoliu túneis no seu local de testes nucleares, no início da diplomacia nuclear com os Estados Unidos. Em 2008, a Coreia do Norte explodiu uma torre de arrefecimento no seu principal complexo nuclear, em meio a negociações anteriores de desarmamento.

Destruir as estradas, que foram construídas principalmente com dinheiro sul-coreano, estaria em linha com a ordem do líder Kim Jong Un, em janeiro, de abandonar o objetivo da unificação pacífica da Coreia e designar formalmente a Coreia do Sul como o "principal inimigo invariável" do país. Essa ordem surpreendeu muitos analistas porque parecia romper com a política de seus antecessores de unificar pacificamente a Península Coreana nos termos do Norte.

Influência

Especialistas dizem que o líder da Coreia do Norte provavelmente pretende diminuir a voz da Coreia do Sul no impasse nuclear regional e procurar negociações diretas com os Estados Unidos. Kim também pode esperar diminuir a influência cultural sul-coreana e reforçar o governo dinástico da sua família no seu país.

A Coreia do Norte acusou a Coreia do Sul de infiltrar drones em seu território para lançar panfletos de propaganda contra o regime em três ocasiões neste mês e ameaçou responder com força se isso acontecesse novamente. Seul se recusou a confirmar se enviou drones, mas alertou que a Coreia do Norte enfrentaria o fim do seu regime se a segurança dos cidadãos sul-coreanos fosse ameaçada.

O Ministério da Unificação sul-coreano disse que as estradas e as ligações ferroviárias foram construídas com materiais e equipamentos sul-coreanos no valor de US$ 132,9 milhões, fornecidos sob a forma de empréstimos, e que a Coreia do Norte ainda precisa pagar o dinheiro de volta.