Pesquisa Real Time Big Data em SP: Nunes tem 26%, Boulos 25% e Marçal marca 23%

Política
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Pesquisa Real Time Big Data divulgada nesta segunda-feira, 30, aponta empate triplo na corrida pela Prefeitura de São Paulo a menos de uma semana da eleição. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem 26% das intenções de voto, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), 25%, e o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), 23%.

A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. Os dados são referentes ao cenário estimulado, quando a lista com os candidatos é apresentada aos eleitores.

No levantamento anterior, Nunes tinha 27% e estava tecnicamente empatado no limite da margem de erro com Boulos, que aparecia com 24%. O candidato do PSOL também empatava tecnicamente com Marçal, que registrou 21%. Com as oscilações, porém, o cenário agora é de empate entre os três candidatos.

No segundo pelotão, a deputada Tabata Amaral (PSB) tem 10% (eram 9%), o apresentador José Luiz Datena (PSDB), 5% (eram 5%), e a economista Marina Helena, 2% (eram 2%). Os demais candidatos somam 1%, mesmo porcentual da semana passada.

Brancos e nulos são 4% (eram 5%); outros 4% não responderam ou não souberam dizer em quem votariam, ante 6% no último levantamento.

O Real Time Big Data realizou 1.500 entrevistas na capital paulista entre os dias 27 e 28 de setembro. A margem de erro é de três pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo SP-05171/2024.

O levantamento também indica empate triplo na pesquisa espontânea, quando os entrevistados respondem em quem votarão sem que lhes sejam informados os nomes dos candidatos disponíveis.

Nunes, Marçal e Boulos aparecem com 18% das menções cada. Tabata foi citada em 8% dos casos e Datena em 2%. Outros nomes tiveram 4% das menções, enquanto 23% dos eleitores não souberam ou não responderam. Há ainda 9% de brancos e nulos.

Segundo turno

O Real Time Big Data também testou cenários de segundo turno. Nunes venceria Boulos por 49% a 34%. Neste caso, brancos e nulos são 9% e outros 8% não souberam ou não responderam. O cenário é estável, já que no levantamento anterior o placar era de 47% a 35% para o atual prefeito.

O mandatário também venceria Pablo Marçal, por 45% a 33%, com 11% de nulos e brancos e o mesmo porcentual de indecisos. Mais uma vez, não houve alterações fora da margem de erro. Na semana passada, Nunes ganhava do ex-coach por 44% a 32%.

Também houve estabilidade em um segundo turno de Boulos contra Marçal. O candidato do PSOL oscilou um ponto porcentual para cima e chegou a 41% das intenções de voto contra os mesmos 38% do ex-coach. Outros 10% estão indecisos e 11% responderam que votariam em branco ou nulo.

Rejeição

A pesquisa também mediu a rejeição dos candidatos. O ranking é liderado por Datena, Marçal e Boulos: 55% disseram que não votariam no apresentador, porcentual que é de 53% no caso do ex-coach e de 50% para o deputado federal do PSOL.

Ricardo Nunes é rejeitado por 37%, mesmo índice de Marina Helena. Tabata Amaral não receberia o voto de 34%.

Em outra categoria

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 18 mil na semana encerrada em 26 de abril, para 241 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas da FactSet, que previam 225 mil solicitações no período.

O total de pedidos da semana anterior foi levemente revisado para cima, de 222 mil a 223 mil.

Já o número de pedidos contínuos teve alta de 83 mil na semana até 19 de abril, a 1,916 milhão, atingindo o maior nível desde 13 de novembro de 2021. Esse indicador é divulgado com defasagem de uma semana.

Lilian Moreno Cuéllar, juíza distrital de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, anulou nesta quarta, 30, a ordem de captura contra o ex-presidente Evo Morales por estupro e tráfico de pessoas, em um caso relacionado ao abuso de uma menor durante seu mandato. "Fica sem efeito qualquer mandado de rebeldia e ordem judicial de apreensão", diz a decisão judicial.

Lilian também determinou a suspensão de qualquer investigação sobre o caso, que corre em Tarija, no sul da Bolívia, e ordenou que o processo seja enviado para Cochabamba - onde Evo tem forte respaldo político e social.

Em outubro, o Ministério Público havia pedido a prisão do ex-presidente boliviano, de 65 anos, que desde então se refugiou em seu bastião político na região cocaleira do Chapare. De acordo com o MP, Evo começou um relacionamento com uma jovem de 15 anos em 2015, quando ele era presidente, e os pais dela consentiram com a união em troca de benefícios. A relação resultou no nascimento de uma filha, um ano depois. A jovem foi posteriormente identificada como Noemí Meneses, que hoje estaria com 25 anos.

Reação

A ordem judicial provocou reação dos críticos de Evo, em razão do histórico de Lilian, que entre 2012 e 2016 trabalhou no Serviço Nacional de Impostos e depois na Companhia Ferroviária Nacional (Enfe).

Lilian foi nomeada juíza pouco antes de Evo deixar o poder, em 2019, o que acabou levantando questionamentos sobre um conflito de interesses e acusações de proteção política ao ex-presidente boliviano.

Evo está inelegível desde 2023, quando a Justiça eleitoral vetou a reeleição indefinida - Evo foi presidente por quatro mandatos. Em fevereiro, no entanto, ele desafiou a sentença e anunciou sua candidatura presidencial nas eleições de 17 de agosto.

Ele se tornou opositor do atual presidente Luis Arce, transformado em desafeto e chamado de "traidor", depois que ambos desataram uma guerra pelo controle do partido Movimento ao Socialismo (MAS). Em março, o ex-presidente fundou seu próprio partido, o Evo Povo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O jornalista sueco Joakim Medin, preso em março após sua chegada à Turquia, foi condenado ontem a 11 meses de prisão por "insultar o presidente" turco, Recep Tayyip Erdogan, durante um protesto ocorrido em Estocolmo. A condenação foi suspensa logo em seguida, mas ele continuará detido por outra acusação, a de "pertencer a uma organização terrorista".

O repórter do jornal sueco Dagens ETC participou da audiência por videoconferência de sua cela na prisão de Silivri, oeste de Istambul. A Justiça turca o acusa de ter participado, em janeiro de 2023, de uma manifestação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em Estocolmo, capital sueca, durante a qual foi pendurado um boneco de Erdogan de cabeça para baixo, algo que o jornalista nega desde o início.

Medin reafirmou nesta quarta, 30, "não ter participado desse evento". "Eu estava na Alemanha a trabalho. Nem sabia dessa manifestação", declarou. Durante a audiência, o tribunal exibiu fotos tiradas em outra reunião, em agosto de 2023, em Estocolmo, quando a Turquia ainda bloqueava a entrada da Suécia na Otan.

"Nunca tive a intenção de insultar o presidente. Eu tinha a tarefa de escrever os artigos, e foram meus editores que escolheram as fotos", disse o repórter, destacando que Erdogan é "uma figura central" exibida nesses protestos.

Medin, de 40 anos, foi preso em 27 de março ao chegar à Turquia, onde iria cobrir as manifestações desencadeadas pela prisão, em 19 de março, do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, principal adversário político do presidente.

Violações

O jornalista relatou múltiplas violações de seus direitos básicos durante os estágios iniciais de sua detenção, incluindo o direito de acesso a um tradutor, a um advogado e a serviços consulares. Medin foi acusado de pertencer a uma organização terrorista, crime que poderia lhe render até nove anos de prisão e será julgado posteriormente, em data a ser definida.

Essa acusação baseia-se em publicações nas redes sociais, artigos e livros escritos "unicamente no âmbito de seu trabalho jornalístico", disse Baris Altintas, diretora da ONG turca de direitos humanos MLSA, que o representa. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.