Eleita prefeita no Amazonas, professora tem de votar escoltada

Política
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Eleita, a professora Áurea Maria Ester Alves Marques (MDB), candidata à prefeitura de Eirunepé, no Amazonas, votou escoltada por policiais militares ontem após "intimidação" e "perseguição sistemática" do grupo adversário - liderado pelo prefeito Raylan Barroso de Alencar, que apoiava o Anderson Pereira de Araújo (PT). Ela foi eleita cm 9.129 votos (51% dos votos válidos). O petista ficou em segundo na disputa, com 8.457 votos (48%).

De acordo com a denúncia de Áurea ao Ministério Público Eleitoral, seus adversários se referem a ela como "Dona Alma" em razão de sua idade, ela tem 60 anos, e até lançaram um jingle que diz que a professora "parece uma alma penada e é por isso que vai levar uma lapada".

Segundo relato ao MP, homens encapuzados, todos vestidos de preto, a seguiam pelas ruas da cidade de 33 mil habitantes, na divisa com o Acre, a 1.170 quilômetros de Manaus.

De acordo com a emedebista, o grupo filmava qualquer cidadão que dela se aproximasse, em uma tentativa de "intimidar" seus apoiadores.

OCORRÊNCIAS. O Ministério da Justiça e da Segurança Pública informou ontem à noite que registrou 2.267 crimes eleitorais ao longo do dia de votação, dos quais 995 são boca de urna, 282 são propaganda eleitoral irregular e 271 são compra de votos. Belo Horizonte foi a cidade que registrou mais ocorrências (665), seguida por São Paulo (243) e Nossa Senhora do Socorro, no Sergipe (67).

Conforme o ministério, foram presos 493 eleitores e 22 candidatos em flagrante. Outros 812 eleitores foram conduzidos pela polícia.

Além disso, foram apreendidos R$ 520.704 em dinheiro ligado a ilícitos eleitorais, como compra de votos. O valor foi maior em Boa Vista, São Luís e Rio de Janeiro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, foi recebido com vaias e gritos de revolta em Mayotte, o arquipélago francês localizado no Oceano Índico danificado por um ciclone que já deixou mais de 30 mortos. Cobrado por providências, o mandatário disse que os moradores estariam "na pior" sem a França.

Em sua visita tensa, Macron prometeu reconstruir o território, situado entre Moçambique e Madagascar, por meio de uma "lei especial", além de atender os problemas urgentes de fornecimento de água e alimentos.

"Água, água!", pediam os moradores de Mayotte durante a visita do presidente às áreas afetadas. Seis dias após a passagem do ciclone, Macron prometeu que o fornecimento de água seria restabelecido parcialmente neste sábado. "Sete dias e você não pode dar água à população!", gritou um homem para Macron.

"Se você colocar as pessoas umas contra as outras, estamos ferrados!", disse Macron. "Você está feliz por estar na França? Se não fosse a França, você estaria 10.000 vezes mais na merda. Não há lugar no Oceano Índico onde as pessoas estejam felizes! Isto é realidade!"

O ciclone Chido deixou ao menos 35 mortos em sua passagem por Mayotte no último sábado, informaram, nesta sexta-feira, 20, as autoridades em um novo balanço. O ministério do Interior francês também informou sobre 67 feridos graves e 2.432 feridos leves, e alertou que o balanço é "muito difícil de consolidar". As autoridades temem um número de mortos muito maior.

Mayotte conta com cerca de 320 mil habitantes, mas estima-se que entre 100 mil e 200 mil pessoas a mais vivam lá devido aos migrantes em situação irregular provenientes da vizinha Comores. Quase um terço da população vive em habitações precárias.

Mayotte se tornou um departamento francês em 2011, após votar contra sua independência em dois referendos, em 1974 e 1976. No entanto, Comores reivindica este território e não reconhece a autoridade de Paris.

O futuro próximo do governo liberal minoritário liderado por Justin Trudeau está em território perigoso depois que seu antigo aliado no Parlamento, o Novo Partido Democrático (NDP, na sigla em inglês) do Canadá, informou que está preparado para derrubar a administração em uma votação de desconfiança.

A declaração foi divulgada nesta sexta-feira, 20, momentos antes de o primeiro-ministro canadense Trudeau apresentar um gabinete renovado, enquanto reflete sobre o seu futuro após a surpreendente demissão da sua ministra das Finanças e aliada de confiança Chrystia Freeland nesta semana. Isto sugere que todos os três principais partidos da oposição - incluindo o Partido Conservador e o Bloco Quebecois - estão agora a bordo para derrotar o governo o mais cedo possível, quando o parlamento retomar suas atividades no final de janeiro, após um recesso de inverno.

"Os liberais não merecem outra oportunidade. É por isso que o NDP votará para derrubar este governo e dará aos canadenses a oportunidade de votar num governo que trabalhará para eles", disse Jagmeet Singh, o líder do NDP. "Não importa quem lidera o Partido Liberal, o tempo deste governo acabou."

Os liberais no poder e o NDP tinham anteriormente um acordo político no qual o NDP concordava em ajudar Trudeau na aprovação de leis e na sobrevivência a possíveis votos de desconfiança, nos quais a oposição pode desencadear uma eleição ao derrotar o governo. O NDP frustrou o acordo no outono, mas apoiou Trudeau em votações importantes.

No início desta semana, Singh defendeu a renúncia de Trudeau, mas não se comprometeu a ajudar os outros dois partidos da oposição a derrotar os liberais num voto de desconfiança.

O novo ministro das Finanças, Dominic LeBlanc, disse na quinta-feira que Trudeau tem "total apoio do seu gabinete", mas reconheceu que um número crescente de deputados liberais querem que Trudeau vá embora. Ele disse que Trudeau admitiu que está refletindo sobre o assunto.

Daniel Béland, professor de ciências políticas na Universidade McGill, em Montreal, disse que uma mudança de gabinete era necessária devido às recentes saídas.

"Pode parecer apenas reorganizar as cadeiras do Titanic", disse Béland.

Trudeau tornou-se amplamente impopular nos últimos anos devido a uma vasta gama de questões, incluindo o elevado custo de vida e o aumento da inflação.

* Com informações da Dow Jones Newswires e Associated Press

O presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Mike Johnson, mostrou-se otimista quanto a evitar uma paralisação do governo. "Temos uma conferência republicana unificada", disse o parlamentar aos repórteres na tarde desta sexta-feira, 20.

"Não teremos uma paralisação do governo", afirmou. A votação está prevista para o final da tarde.

Os comentários de Johnson vieram depois que um acordo revisado sobre gastos do governo foi rejeitado na noite de quinta-feira. Se um novo projeto de lei não for aprovado pelas duas casas do Congresso e assinado pelo presidente Joe Biden até a meia-noite de hoje, o governo terá de paralisar algumas atividades.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse aos repórteres que o Escritório de Gestão e Orçamento começou a notificar os funcionários federais sobre possíveis licenças.

Tanto o presidente eleito Donald Trump quanto seu czar da eficiência, o CEO da Tesla, Elon Musk, expressaram apoio à última versão da legislação, uma variante reduzida de um acordo bipartidário que eles inviabilizaram no início da semana. Mais de três dúzias de parlamentares republicanos se juntaram aos democratas para derrotar o projeto.