Mãe de Isabella Nardoni e pai de Henry Borel são eleitos vereadores; conheça suas propostas

Política
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Ana Carolina Oliveira (Podemos), mãe de Isabella Nardoni, e Leniel Borel (PP), pai de Henry Borel, foram eleitos vereadores de São Paulo e do Rio de Janeiro, respectivamente, no domingo de eleições, 6. A morte dos seus filhos em episódios criminosos chocou o País em 2008 e 2021. Ambos destacam a importância da luta pelo direito infantil.

Ana foi a segunda candidata mais votada para o cargo na capital paulista. Com 99,52% das urnas apuradas, ela obteve 129.292 dos votos. Ao longo da campanha eleitoral, ela destacou ações contra a violência infantil e a favor das crianças, mulheres e vulneráveis.

Emocionada, agradeceu o voto de confiança dos eleitores e destacou o legado deixado pela filha. "Quero deixar aqui a minha gratidão pelo legado que a minha filha deixou no mundo e por hoje poder fazer de tudo que me aconteceu um propósito, uma missão. Conto com você para que mais vidas sejam ajudadas, para que as nossas crianças sejam protegidas, assim como mulheres, adolescentes e vulneráveis", disse a mãe de Isabella, por meio das redes sociais.

Em 2008, Isabella morreu, quando tinha apenas cinco anos. Segundo a acusação, ela foi jogada da janela do 6º andar do prédio na Vila Guilherme, zona norte de São Paulo, onde moravam o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá.

Condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha, Nardoni teve concedida a progressão para o regime aberto, depois de ficar preso por 16 anos. Desde maio deste ano, cumpre o restante de sua pena em liberdade.

Já o pai de Henry Borel foi eleito no domingo como vereador no Rio de Janeiro com 34.359 votos, que o tornaram o 8º candidato mais votado na disputa da cidade, segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Após perder o filho em 2021, o engenheiro se tornou defensor dos direitos das crianças e adolescentes. A morte do menino inspirou uma lei que leva seu nome e que prevê o aumento da pena para crimes cometidos contra menores de idade.

"Transformei minha dor em força para proteger milhões de crianças contra a violência. Juntos vamos garantir um futuro mais seguro e justo para nossas crianças", defendeu ao longo da campanha eleitoral, que também abordou temas voltados para adolescentes.

"Alegra muito o meu coração saber que tem muito mais trabalho daqui pra frente em prol das nossas crianças e adolescentes", disse ainda.

Henry morreu aos quatro anos, no dia 8 de março de 2021, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. As investigações apontaram o então vereador Doutor Jairinho e a mãe do menino, Monique Medeiros, como autores do crime.

O ex-parlamentar e Monique foram acusados de homicídio qualificado, com emprego de crueldade e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Eles aguardam pela escolha da data do julgamento popular pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Em depoimentos, ambos negaram inocência.

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O chanceler alemão, Olaf Scholz, reforçou o apoio à Ucrânia em mensagem na rede social X, após o país ter sido atacado por drones da Rússia neste domingo, 17. "A Ucrânia pode contar com muitos amigos no mundo - especialmente com a Alemanha", escreveu.

Na postagem, Scholz reforça que seria uma ilusão do presidente russo, Vladimir Putin, acreditar que o apoio alemão à Ucrânia diminuiria, mas sem mencionar diretamente a guerra ou o ataque deste domingo. "Essa é uma mensagem importante para o encontro do G20, para o qual estou a caminho agora", salientou.

A declaração foi feita após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticar Scholz por ter realizado um telefonema a Putin na semana passada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve reunião bilateral com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, neste domingo, 17, na véspera da reunião do G20, no Rio de Janeiro.

De acordo com nota do Palácio do Planalto, participaram do encontro os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; Agricultura, Carlos Favaro; Relações Exteriores, Mauro Vieira; e Minas e Energia, Alexandre Silveira - além do assessor especial Celso Amorim.

Segundo o comunicado, Lula e Meloni conversaram sobre a Enel, empresa de capital mista com participação do Estado italiano, e sobre "a necessidade de avanços na melhoria do serviço prestado pela empresa, em especial, em São Paulo".

Em outubro, milhares de clientes em São Paulo foram afetados pela interrupção do fornecimento de energia elétrica pela Enel. Na ocasião, a empresa atribuiu os problemas aos impactos dos temporais.

O texto diz que Meloni afirmou que as empresas italianas têm planos de investir 40 bilhões de euros no Brasil e falou sobre a atualização dos acordos de parceria e cooperação. Lula explicou a Meloni sobre as prioridades da presidência brasileira no G20 e convidou a primeira-ministra para uma visita ao País após o evento.

O texto diz que Meloni lembrou que há 800 mil cidadãos italianos e 30 milhões de descendentes italianos no Brasil. Conforme a publicação, Meloni disse que "essa sua primeira viagem à América Latina não esgota a necessidade de uma nova visita ao Brasil".

Em sua segunda reunião bilateral neste domingo, 17, véspera da reunião do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, com quem conversou sobre a cooperação entre os dois países em áreas como semicondutores, comércio e pesquisa agrícola. Desde 2012, a empresa da Malásia, Petronas, atua na área de petróleo e gás natural no Brasil.

Esta foi a segunda reunião bilateral do presidente Lula no dia de hoje. Antes, recebeu o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. Além de negócios entre os países, os dois líderes debateram a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, que o Brasil lançará amanhã do G20.

Participaram da reunião os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Fazenda, Fernando Haddad, da Agricultura, Carlos Fávaro, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Também participaram o assessor especial, Celso Amorim, e o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa.

O primeiro-ministro da Malásia afirmou que esta é a sua primeira visita ao Brasil e informou ao presidente Lula que ele tem muitos admiradores na Malásia, "pelo seu significado na área da justiça social e por sua tenacidade", disse Ibrahim em nota divulgada pela Presidência do Brasil. Os dois líderes também falaram do apoio à posição brasileira de reforma na governança global e compartilharam experiências sobre o combate à fome e a experiência de cada país.

Os dois políticos também falaram sobre o bom momento da economia malaia e sobre a presença no Brasil de empresas da Malásia, como a Petronas, que produz cerca de 52 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), se posicionando entre as maiores 10 produtoras do País. Os dois líderes discutiram a ampliação das relações em comércio e em pesquisa agrícola.