Número de militares eleitos em 2024 é o maior no século

Política
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As eleições de 2024 marcaram o ano em que mais se elegeram candidatos que trazem em seus nomes algum posto ou graduação militar neste século. Só no pleito deste ano, 152 concorrentes foram eleitos com postos que vão de "general" a "praça", representando 0,24% de todos os prefeitos e vereadores eleitos no País. Os dados são da Nexus.

O número é 13% maior se comparado aos eleitos em 2020, com 134 candidatos que se declararam militares e levavam suas patentes nos nomes de urna registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De 2000 até este ano, o número de patentes militares em nomes de candidatos subiu 36%. Na primeira eleição do século - ocorrida justamente naquele ano -, 707 postulantes se apresentavam como militares, sendo que 112 foram eleitos. Já em 2024, o total de militares que concorreram às eleições foi de 1.204.

Enquanto isso, o número total de concorrentes, em todo o país, subiu 14% no mesmo período - foi de 399.330, em 2000, para 454.689, em 2024. Os dados mostram que o ritmo de crescimento de candidatos militares é cinco vezes maior que o aumento total de candidatos.

O PL, partido do ex-presidente e capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro, elegeu um total de 52 candidatos militares no pleito deste ano, o maior número. É seguido por Republicanos e MDB, com 18 e 16 candidatos, respectivamente.

O Sudeste teve o maior número de vitórias de militares, com 54 eleitos. Vêm na sequência a região Sul, com 36, Nordeste, com 30, Centro-Oeste, com 24 e Norte, com 8 candidatos militares eleitos.

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O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a injeção de mais de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia, com o intuito de conservar a floresta amazônica. "Os Estados Unidos estão anunciando US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, o que elevará as contribuições totais dos EUA para o Fundo Amazônia para US$100 milhões, sujeito à notificação do Congresso", afirmou a Casa Branca, em comunicado.

No comunicado à imprensa é reforçado ainda que o governo Biden, juntamente com o BTG Pactual e mais 12 parceiros, está anunciando o lançamento da Coalizão Financeira de Restauração e Bioeconomia do Brasil. A coalizão pretende mobilizar pelo menos US$ 10 bilhões em investimentos públicos e privados para projetos de restauração de terras e relacionados à bioeconomia até 2030.

A Casa Branca também destacou o apoio da administração Biden à Iniciativa Tropical Forest Forever Facility (TFFF) - um novo fundo de US$ 125 bilhões para conservar as principais florestas do mundo -, proposta pelo governo Lula.

"A TFFF atrairá capital privado substancial e fará uma contribuição significativa para a conservação das florestas tropicais. Os Estados Unidos estão anunciando apoio para ajudar a finalizar o trabalho técnico e analítico necessário para projetar e configurar a Facility", ressaltou.

Neste domingo, Biden realiza visita a Manaus e deve se reunir com lideranças indígenas, antes de seguir para o Rio de Janeiro, para a cúpula do G20. Ele é o primeiro presidente americano em exercício a visitar a Amazônia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, neste domingo, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, na primeira reunião bilateral com um chefe de Estado vindo ao Brasil para o G20. Durante o encontro, Lula relatou a reunião e o trabalho do G20 Social e pediu que a África do Sul continue com essa prática inaugurada pela presidência brasileira, dado que Ramaphosa será o próximo a assumir a presidência do grupo.

O presidente sul-africano garantiu que deve dar continuidade ao trabalho do Brasil no G20, enquanto o Brasil se colocou à disposição da África do Sul para "transferir toda a experiência brasileira na presidência do G20", informou comunicado do Palácio do Planalto, divulgado há pouco.

Lula e Ramaphosa também conversaram sobre a retomada das reuniões do IBAS, grupo que reúne Brasil, Índia e África do Sul, e sobre a presidência brasileira do grupo BRICS, que deve se reunir ano que vem no Brasil. Além disso, os dois presidentes conversaram sobre o financiamento da preservação ambiental discutido em fóruns ambientais e sobre a proposta de taxação de 2% dos três mil indivíduos mais ricos do planeta, que detém um patrimônio de US$ 15 trilhões.

Ainda segundo o comunicado, participaram da reunião os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Fazenda, Fernando Haddad, da Agricultura, Carlos Fávaro, e da Gestão e da Inovação, Esther Dweck. Também participaram o assessor especial, Celso Amorim, e o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento e Indústria, Márcio Elias Rosa.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, publicou no X que já está no Rio de Janeiro para a cúpula do G20, que começa nesta segunda-feira, 18, e vai até terça-feira, 19. "Estou aqui para aprofundar nossas parcerias globais e criar novas. Isso importa mais do que nunca", frisou na postagem.

Ela também ressaltou que serão dois dias intensos de discussões e que está "totalmente pronta para apoiar as ambições da presidência brasileira".