Ministro diz que Nunes lançou fake news sobre processo de renovação do contrato da Enel

Política
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a acusar o prefeito da capital paulista e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), de ter divulgado informações falsas sobre o processo de renovação do contrato de concessão da distribuidora Enel-SP. No sábado, 12, Nunes fez críticas ao governo Lula, dizendo que haveria "descaso atrás de descaso com a população de São Paulo".

O prefeito disse que "o governo federal insiste em manter o contrato" com a Enel. "O prefeito de SP aprendeu rápido com Pablo Marçal a fazer fake news", rebateu Silveira, que já tinha criticado o prefeito da capital paulista pelas redes sociais, em coletiva nesta segunda-feira, 14. "Quando alguém lança em sua rede social fake news, nada é feito. O que vi ontem (domingo) foi uma fake news do prefeito da maior capital do País", disse o ministro.

O contrato da Enel-SP só vence em 2028. O governo federal publicou um decreto para tornar mais rígido o processo de renovação dos contratos, incluindo as diretrizes para planejamento das distribuidoras em caso de eventos climáticos. O prolongado apagão em São Paulo alimentou críticas à Enel e pedidos de caducidade da concessionária. A caducidade nunca foi testada no Brasil e tem custos para a União.

"Temos que respeitar o devido processo legal. A caducidade é de responsabilidade da agência reguladora (Aneel)", disse Silveira. O ministro também declarou que recebeu Ricardo Nunes no seu gabinete com "o maior respeito" e disse que está na hora "de o Brasil cobrar o fim da fake news". Afirmou ainda que não se deve "fazer politicagem de baixo calão".

Também nesta segunda-feira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, mencionou a possibilidade de "omissão de governos locais" no apagão que atinge São Paulo depois das chuvas do fim de semana. Tanto o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), quanto Ricardo Nunes são adversários políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nunes disputa com o apoio do governador o segundo turno contra o deputado Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pelo petista.

Padilha disse que Lula determinou "ações enérgicas" sobre o tema envolvendo o Ministério de Minas e Energia, a Controladoria Geral da União e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). "Que a Senacon possa, inclusive, reunir informações que eventualmente tenha recebido também de situações de omissão de governos locais", disse Padilha.

O ministro também mencionou apurações sobre as condutas de servidores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e sobre a concessionária, a Enel. Padilha disse que há omissão por parte da empresa.

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O professor de história Yamandu Orsi, de centro-esquerda, venceu as eleições presidenciais uruguaias neste domingo, 24, e será o próximo presidente do país, segundo pesquisas de boca de urna.

De acordo com um levantamento da consultoria Equipos, Orsi tem 49% dos votos e Álvaro Delgado, o candidato governista, tem 46,6%. Outros levantamentos também indicam a vitória do candidato da Frente Ampla.

Se os resultados forem confirmados, o herdeiro político do ex-presidente e militante de esquerda, José "Pepe" Mujica, deve derrotar o adversário de centro-direita, Álvaro Delgado, apoiado pelo popular presidente, Luis Lacalle Pou, que tem um nível de aprovação acima de 50%, mas está impedido constitucionalmente de disputar a reeleição.

O novo presidente deve assumir no dia 1º de março e irá receber uma economia forte que deve crescer 3,2% este ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A inflação também diminuiu nos últimos meses.

Embora prometa forjar uma "nova esquerda" no Uruguai, Orsi não planeja mudanças drásticas. Diferentemente do atual presidente e do adversário Delgado, ele prefere negociar qualquer acordo com a China por meio do Mercosul. Orsi propõe incentivos fiscais para atrair investimentos e reformas da Previdência Social que reduziriam a idade de aposentadoria, mas não chegam a uma reforma radical buscada pelos sindicatos do Uruguai.

Quem é Orsi

Em 1991, Orsi formou-se professor de História e lecionou em escolas de Ensino Médio do interior até 2005, quando iniciou sua carreira no governo de Canelones, primeiro como secretário-geral por quase 10 anos e depois como prefeito por dois mandatos.

Ele renunciou ao cargo para disputar as internas partidárias da Frente Ampla em junho, que venceu com mais de 60% dos votos, superando em muito a ex-prefeita de Montevidéu Carolina Cosse, que contava com o apoio de comunistas e socialistas e se tornou sua companheira de chapa.

Quando jovem, Orsi cuidava da loja de seus pais, foi coroinha na Igreja Católica e dançarino de folclore, descreve em sua biografia. Em 1989 aderiu ao Movimento de Participação Popular fundado por Mujica, hoje principal partido da coalizão.

Herdeiro político de Lacalle Pou é derrotado

Delgado, de 55 anos, não conseguiu vencer a eleição, segundo os resultados de boca de urna, apesar de representar a continuidade do projeto de Lacalle Pou. Durante a campanha, ele prometeu justamente isso e fez campanha sob o slogan "reeleger um bom governo".

Delgado serviu mais recentemente como Secretário da Presidência de Lacalle Pou e prometeu prosseguir com as políticas pró-mercado de seu antecessor. Ele continuaria pressionando por um acordo comercial com a China, o que gerou atritos dentro do Mercosul, que defende apenas acordos em bloco.

A contagem dos votos do segundo turno das eleições presidenciais no Uruguai começou após o fechamento das urnas às 19h30 deste domingo. Os eleitores escolheram entre Álvaro Delgado, do Partido Nacional e representante da coalizão de direita, e Yamandú Orsi, da Frente Ampla, coalizão de partidos de esquerda e centro-esquerda.

No primeiro turno, realizado em 27 de outubro, Orsi obteve 43,9% dos votos, enquanto Delgado ficou com 26,8%. Pesquisas indicavam uma disputa apertada para o segundo turno, com poucos votos separando os dois candidatos. Os primeiros resultados oficiais são esperados ainda hoje.

A Rússia lançou um grande ataque de drones à capital ucraniana, Kiev, durante a noite deste sábado, 23. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alertou que o ataque mostra a necessidade de reforçar as defesas aéreas da capital, uma vez que todos os dias na última semana o alarme de ataque aéreo soou.

As unidades de defesa aérea da Ucrânia derrubaram 50 de 73 drones russos lançados, sem relatos imediatos de danos ou ferimentos como resultado dos ataques. A Rússia usou mais de 800 bombas aéreas guiadas e cerca de 460 drones de ataque na última semana.

Sobre o ataque, Zelensky disse ainda que a "Ucrânia não é um campo de testes para armas. A Ucrânia é um Estado soberano e independente". A Rússia não comentou o ataque.