Lula reitera que fica irritado quando é cobrado por investir em saúde e educação

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu nesta quinta-feira, 17, uma reclamação sobre críticas que recebe em relação a gastos e investimentos do governo federal. Disse ficar "muito irritado" quando é cobrado por aplicar recursos em saúde, educação e, principalmente, em benefícios para a população mais pobre.

 

Segundo ele, quando empresários realizam aportes em seus negócios, como melhorias em infraestrutura, classificam isso como "investimento", e não como um "gasto".

 

"Tem gente que fala que o Lula está gastando dinheiro à toa, está gastando com pobre. É outra coisa que fico muito irritado. Tudo que o governo faz é gasto. Se um banqueiro disser que está fazendo um banheiro, é investimento. Se disser que está arrumando a calçada, é investimento. O empresário que vai pagar o salário dos funcionários é investimento, mas quando é o governo é gasto. Quero dizer em alto e bom som, para mim, educação não é gasto, saúde não é gasto", afirmou.

 

A declaração foi dada em entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia. Lula participa, nesta quinta-feira à noite, de um comício do candidato do PT à prefeitura de Camaçari, Luiz Caetano, que disputa o segundo turno contra Flávio Matos (União Brasil).

 

Lula disse que esse assunto é uma "bobagem" e ainda relatou uma conversa que teve com jornalistas.

 

"É preciso parar com essa bobagem. Esses dias perguntei para um grupo de jornalistas: 'vocês acham que quando o patrão dá aumento para vocês é gasto ou investimento?'. (Responderam) É investimento. Ora, então também é investimento o que eu ponho na educação. Gasto vai ser o dia em que eu estiver gastando o dinheiro para fazer cadeia porque os jovens não estudaram", declarou.

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Militares israelenses estão investigando se o líder do grupo militante Hamas Yahya Sinwar, considerado arquiteto do massacre de 7 de outubro de 2023 em Israel, foi morto durante um ataque israelense na Faixa de Gaza.

Segundo comunicado conjunto da Agência de Segurança Israelense e das Forças de Defesa de Israel, "três terroristas foram eliminados" no ataque, e há a possibilidade de que uma das vítimas seja Yahya Sinwar.

"A essa altura, a identidade dos terroristas não pode ser confirmada", diz o comunicado.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, avaliou que o mundo está desconfiado e fragmentado. Por sua vez, a segurança nacional subiu ao topo da lista de preocupações de muitos países, com gastos de defesas comprometendo ainda mais o espaço fiscal para investimentos necessários como a transição energética.

"Não tomemos as tensões globais como dadas, mas sim resolvamos trabalhar para diminuir a temperatura geopolítica e atender às tarefas que só podem ser enfrentadas em conjunto", defendeu Georgieva, em discurso que antecede as reuniões anuais do FMI, na próxima semana.

Segundo ela, há um desafio existencial na questão climática, com os países que menos contribuíram para as emissões globais agora sendo os primeiros a sofrer. É preciso criar espaço fiscal para a transição verde, eliminar subsídios a combustíveis fósseis e levar capital para onde é mais necessário, listou.

Os Estados Unidos e um grupo de dez países planejam estabelecer uma equipe de monitoramento de sanções multilaterais para acompanhar e relatar violações e evasões das medidas de sanções estipuladas contra a Coreia do Norte.

"Estamos alinhados em nosso compromisso de manter a paz e a segurança internacionais e de salvaguardar o regime global de não proliferação, além de enfrentar a ameaça decorrente dos programas de armas de destruição em massa e mísseis balísticos da República Popular Democrática da Coreia, que violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU", diz um comunicado conjunto divulgado nesta quarta-feira, 16.

O texto foi elaborado em conjunto com a Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, República da Coreia e Reino Unido.

A intenção de estabelecer uma equipe de monitoramento ocorre à luz do veto que dissolveu o painel de peritos do Comitê 1718 do Conselho de Segurança da ONU este ano, segundo o comunicado.