Pessoas em agências reguladoras foram indicadas pelo governo passado, inclusive no BC, diz Lula

Política
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou neste sábado, 19, que as agências reguladoras não cumprem seu papel de fiscalizar, ao falar sobre o apagão elétrico que ocorreu em São Paulo no último dia 11. "Há pessoas em agências reguladoras que foram indicadas pelo governo passado, inclusive no Banco Central", disse.

Ele participa de live com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), candidato à prefeitura na capital paulista apoiado pelo presidente.

Lula disse que sua preocupação é cuidar do povo, "depois fazer minhas brigas políticas com quem quer que seja". Em fala com apelo social, defendeu que o dinheiro tem que circular para melhorar a economia. "Muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza."

As caminhadas da campanha de Boulos que teriam a presença de Lula neste sábado foram canceladas por causa do mau tempo. "Boulos poderia estar no bem bom da classe média, mas se juntou ao povo periférico", afirmou.

Sobre a falta de experiência do atual deputado como gestor, disse que os cargos de gerência podem ser delegados - e pediu expressamente voto ao psolista. Disse ainda que o Palácio do Planalto está aberto a Boulos caso ele seja eleito.

O presidente citou a vice da chapa de Boulos, Marta Suplicy, indicada pelo Partido dos Trabalhadores (PT). "Boulos tem como vice a mulher que foi a melhor prefeita da cidade de São Paulo."

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O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., disse que reduziria significativamente o tamanho do departamento que dirige, reformulando as agências de saúde do país e fechando escritórios regionais. Kennedy Jr. declarou nesta quinta-feira, 27, que a agência cortaria 10.000 funcionários em tempo integral espalhados por agências encarregadas de responder a surtos de doenças, aprovar novos medicamentos, fornecer seguro para os norte-americanos mais pobres e muito mais.

Os cortes se somam aos cerca de 10.000 funcionários que optaram por deixar o departamento por meio de ofertas de demissão voluntária desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo.

"Vamos eliminar toda uma sopa de letrinhas de departamentos e agências, preservando sua função principal", disse Kennedy Jr. em um vídeo publicado no X. Fonte: Dow Jones Newswires.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou nesta quinta-feira, 27, que a "antiga relação que tínhamos com os Estados Unidos, baseada na integração de nossas economias e na estreita cooperação em segurança e assuntos militares, chegou ao fim". Durante coletiva de imprensa, ele afirmou que os norte-americanos "claramente" deixaram de ser parceiros confiáveis após as tarifas "injustificadas" impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

"Nossa resposta às tarifas é lutar com retaliações. Vamos impor medidas de grande impacto aos EUA e de baixo impacto ao Canadá. Não existe uma bala de prata para as tarifas e, não vou mentir, o caminho será longo", declarou Carney.

O premiê disse que deve se reunir na sexta-feira com ministros de seu gabinete para definir uma resposta conjunta às tarifas recíprocas a serem impostas pelos EUA em 2 de abril. "Nada está fora da mesa."

Carney também revelou que Trump entrou em contato com o governo canadense na quarta-feira à noite para agendar uma ligação telefônica e que deve falar com o republicano "dentro de um ou dois dias".

Segundo ele, as negociações tarifárias com os norte-americanos podem levar a uma restauração parcial da confiança entre os dois países. "Chegará o momento de uma ampla renegociação dos acordos comerciais e de segurança com os EUA", afirmou.

A retaliação canadense às tarifas de Trump será anunciada na próxima semana, com base nas ações do governo americano em 2 de abril. Carney prometeu responder "a cada tarifa que os EUA aplicarem sobre nós" e mencionou a possibilidade de que alguns ministros viajem a Washington nos próximos dias para novas discussões sobre o tema.

Além disso, o primeiro-ministro destacou a necessidade de reduzir "drasticamente" a dependência do Canadá em relação aos EUA. "Vamos fortalecer o setor automotivo do Canadá, por exemplo, e faremos o mesmo com outros setores. Queremos construir uma indústria automobilística forte no nosso país e podemos sustentá-la mesmo com as tarifas americanas", declarou.

E acrescentou: "Vamos construir um futuro independente para o Canadá."

Paul Atkins, indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para liderar a Comissão de Valores Mobiliários (SEC na sigla em inglês) do país, disse aos legisladores nesta quinta-feira, 25, que trabalharia com o Departamento de Eficiência Governamental (Doge) de Elon Musk para cortar gastos da agência.

Atkins declarou em audiência de confirmação ao Senado que ele "definitivamente" trabalharia com a força-tarefa de Musk e apoiaria os esforços para simplificar a SEC, que já está enfrentando uma reorganização.