Caso Diddy: filhos do rapper se pronunciam sobre a prisão do pai

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Os filhos de Sean "Diddy" Combs se pronunciaram após novos processos contra o rapper. Em um comunicado conjunto postado nas redes sociais, eles saíram em defesa do pai, que está preso desde setembro sob acusações de abuso e tráfico sexual.

O cantor é pai de Quincy Brown, de 33 anos, Justin, de 30, Christian, de 26, Chance, de 18, Jessie e D'Lila Combs, de 17, e Love, de 2. Os seis filhos mais velhos do acusado assinaram a declaração. A foto publicada pela família conta com todos os filhos de Diddy, além de Dana Tran, mãe de Love, e Janice Combs, mãe dele.

"O último mês devastou nossa família. Muitos julgaram ele e a nós com base em acusações, teorias da conspiração e narrativas falsas que se tornaram absurdas nas redes sociais", diz a nota.

O comunicado afirma que todos os filhos permanecem unidos e apoiando o pai em cada passo do caminho. "Nós nos apegamos à verdade, sabendo que ela prevalecerá, e nada quebrará a força da nossa família. Sentimos sua falta e te amamos, pai."

O magnata da música foi preso em 16 de setembro, acusado de tráfico sexual e extorsão, dentre outros crimes. Combs se declarou inocente, e segue negando todas as alegações. O rapper aguarda julgamento, marcado para 5 de maio de 2025, em um centro de detenção em Nova York. A fiança foi negada.

Desde o momento em que foi preso, novas ondas de processos contra Combs vêm surgindo. No começo do mês, foi divulgado que Diddy teria de lidar com processos de mais de 120 acusadores. Tony Buzbee, o advogado das vítimas, disse à imprensa que homens e mulheres acusam o músico de crimes sexuais desde 1991; alguns envolvem menores de idade.

Pouco tempo depois, no último dia 14, seis novas acusações de abusos que datam do meio dos anos 1990 vieram à tona, incluindo a de um suposto abuso sexual de um garoto que tinha 16 anos na época.

Buzbee ainda disse que diversas empresas e outros grandes nomes da indústria do entretenimento norte-americano sabiam dos crimes do rapper, mas que lucravam ao não dizerem nada. Isso também aparece nos laudos do processo.

Nos anos 2000, Diddy era conhecido por organizar festas frequentadas por celebridades e figuras poderosas da indústria. Entre esses eventos estavam as chamadas 'freak-offs', regadas a álcool e drogas, que duravam dias em hotéis de luxo. O governo americano descreveu tais festas como "maratonas sexuais".

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A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira, 22, por unanimidade, manter o processo criminal contra Ulisses Mainardes Júnior, apontado como dono de um canil clandestino desbaratado pela Polícia Civil em Piraí do Sul, no Paraná.

A defesa entrou com recurso no STJ alegando que os policiais não poderiam ter entrado na casa dele, onde funcionava o canil, sem um mandado judicial. O advogado Carlos Henrique Pereira Gefuni pediu a anulação das provas e o trancamento do processo, o que foi negado pelo tribunal.

Os ministros consideraram que a operação policial foi regular, porque havia suspeitas concretas de maus tratos aos animais. "Tenho para mim que a atuação policial foi legítima, com base em diligências prévias e constatação de crime permanente", defendeu o ministro Messoud Aulay, relator do processo.

A Polícia Civil descobriu o canil em abril de 2023, após denúncias nas redes sociais. 28 cachorros de diferentes raças foram resgatados. No espaço, havia apenas um pote de água pequeno e nenhuma comida. Segundo as investigações, os animais se alimentavam das próprias fezes. Alguns apresentavam sinais de desnutrição, anemia e problemas de pele, como sarna e dermatites.

A veterinária que acompanhou a operação disse, em depoimento, que foi o "pior canil clandestino que já viu durante a sua experiência profissional".

Ulisses foi preso em flagrante pela Polícia Civil, mas na audiência de custódia conseguiu autorização para responder ao processo em liberdade, A ação tramita na Vara Criminal de Piraí do Sul.

A Justiça Federal concedeu alvará de soltura para o sérvio Zarko Pilipovic, que havia sido preso pela Polícia Federal sob a acusação de tráfico de drogas. O estrangeiro deixou a Penitenciária Federal de Brasília, no Distrito Federal, na manhã desta terça-feira, 22.

Segundo a defesa, o alvará foi expedido pela 6.ª Vara Federal de Santos, no litoral de São Paulo, após uma sentença de absolvição por falta de provas no processo movido contra ele. "Ele saiu pela porta da frente", disse o advogado Eugenio Malavasi, defensor do sérvio.

O Ministério Público Federal (MPF) aguarda a publicação da sentença, dada na última sexta-feira, 18, para entrar com recurso. O processo tramita em segredo de justiça decretado pela Justiça Federal.

Pilipovic foi preso em 2015, em operação da Polícia Federal, acusado de ter embarcado 172 quilos de cocaína em um navio cargueiro. Ele teria levado a droga até o navio em um barco inflável. Segundo a PF, o entorpecente teria sido içado a bordo por tripulantes do navio, que tinha como destino a Espanha, na Europa. A Polícia Federal usou cães farejadores para localizar a droga no interior do navio. Outros dois sérvios foram presos com Pilipovic.

Na ocasião, a Polícia Federal estabeleceu sua conexão com o 'Clã dos Balcãs', organização criminosa sérvia que tem ligações com o Primeiro Comanda da Capital (PCC). As operações entre as duas organizações envolviam carregamentos de cocaína enviados para a Europa a partir do Porto de Santos.

Alta periculosidade

Em março de 2020, o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região indeferiu um pedido de habeas corpus para soltar Pilipovic alegando que a grande quantidade de entorpecente apreendida revelava sua alta periculosidade e recomendava que fosse mantido segregado, "como forma de acautelar a ordem pública". Mais tarde, durante as investigações, Zarko foi beneficiado com um habeas corpus e teria fugido para a Bolívia.

Em abril deste ano, Zarko Pilipovic foi preso em San Rafael de Velasco, na Bolívia, em uma região considerada como rota de escoamento de cocaína. Na ocasião, ele tentou se passar por outra pessoa utilizando uma identidade falsa. O sérvio foi entregue à Polícia Federal brasileira na fronteira com Corumbá, em Mato Grosso do Sul.

Um mandado de prisão contra ele havia sido expedido no dia 1.º de abril pela justiça brasileira. Após a prisão, o sérvio foi transferido para a penitenciária de Brasília, considerada uma das mais seguras do País.

Sem provas

De acordo com o advogado, a sentença considerou que não foi provada qualquer ligação de Zarko Pilipovic com os 172 quilos de cocaína apreendidos no navio. "Todas as imputações feitas a ele, de ter levado a droga ao navio, tudo foi derrubado durante a instrução probatória. Não havia qualquer resquício de cocaína no barco. Ele e as outras duas pessoas estavam realmente pescando", disse.

Malavasi negou também suposta ligação do seu cliente com o PCC e a máfia sérvia. "Ele é um pai de família, casado com uma brasileira e pai de três filhos. Não tem ligação nenhuma com o PCC. Essas imputações não são verdadeiras. Ele foi absolvido por sentença", afirmou.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Federal e aguardava retorno, o que não ocorreu até a publicação deste texto.

Um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu nesta terça-feira, 22, em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, próximo à Base Aérea de Natal (BANT). O piloto conseguiu desviar a aeronave para uma área desabitada e, antes da queda, realizar o procedimento de ejeção. Ele passa bem.

O acidente será investigado pelo Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos (Cenipa) com o objetivo de identificar os possíveis fatores que contribuíram para o acidente e evitar que novas ocorrências semelhantes ocorram.

A Base Aérea de Natal fica em um local estratégico do Rio Grande do Norte e serve para treinamento e operações da Aeronáutica. Está localizada a poucos quilômetros de distância do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), base da Força Aérea Brasileira para lançamentos de foguetes.

Por causa da sua estrutura e posição geográfica, a Base Aérea de Natal receberá, de 3 a 15 de novembro, o Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex). O evento é um exercício multinacional e operacional organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) desde 2002, que visa o treinamento conjunto em cenários de conflito, além de promover a troca de experiências entre os países participantes.

A edição do próximo mês reunirá 16 países, mais de 2.000 militares e cerca de 100 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras.

É o maior treinamento multinacional de guerra da América Latina, liderado pela Força Aérea Brasileira, com a participação do Exército e da Marinha do Brasil. Estão previstas mais de 1.500 horas de voo, com vários tipos de missões, incluindo ataque ao solo, superioridade aérea, escolta e reabastecimento em voo.

Participarão do Exercício: Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, França, Alemanha, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, África do Sul, Suécia, Uruguai e Estados Unidos. Não há ainda a confirmação de que a aeronave acidentada nesta terça-feira participava de procedimentos preparatórios deste evento.

O acidente

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou em entrevista à CNN Brasil que o piloto do caça F-5M, que caiu na tarde desta terça-feira, 22, em Parnamirim (RN), na região metropolitana de Natal, foi "hábil" ao levar a aeronave para um campo aberto e ter se ejetado.

"Conseguiu, mesmo com fogo já no avião, desviar da área que tinha casas e caiu numa área sem residência. O piloto conseguiu se ejetar e, graças a Deus, não tivemos vítima", afirmou o ministro.

O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado nesta terça-feira pela FAB para conter as chamas na vegetação provocadas pelo querosene da aeronave, uma F-5M. O militar foi levado ao Hospital da Base Aérea de Natal para exames complementares e, segundo Múcio, o oficial entrou em contato com o comandante da FAB, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno.

"O piloto ligou imediatamente, logo que ele chegou na base, foi recolhido. Ligou para o brigadeiro Damasceno, que é o comandante. Está bem, não teve nada. Vamos agora verificar o que houve com o avião", completou.