Morre Arthur Moreira Lima, referência no piano Brasileiro, aos 84 anos

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O pianista Arthur Moreira Lima morreu aos 84 anos, em Florianópolis, onde morava desde 1993. A notícia foi confirmada pela família do músico através do Instituto Piano Brasileiro. Arthur estava internado há um ano e lutava contra um câncer de intestino.

 

"Nossos agradecimentos a esse gigante incomparável, por tudo que fez pela cultura brasileira e pianística. Que seu nome seja sempre reconhecido entre os heróis brasileiros", diz a publicação do Instituto nas redes sociais.

 

Nascido no Rio de Janeiro em 1940, Moreira Lima integra a lista dos maiores pianistas brasileiros. Sua carreira é repleta de prêmios e de concertos nas principais casas de espetáculos do mundo. A revista La Suisse certa vez o chamou de o "Pelé do Piano".

 

Com mais de 60 discos gravados, o pianista tocou com as orquestras filarmônicas de Leningrado, Moscou e Varsóvia e com as sinfônicas de Berlim, Viena e Praga, a BBC de Londres e a National da França. Ele se destacou também como um intérprete da música popular brasileira, gravando clássicos do repertório do choro e do samba.

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Passageiros que se encontram nesta sexta-feira, 8, nos aeroportos de Congonhas, zona sul da cidade de São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, enfrentam transtornos em razão de voos cancelados em ambos os locais. Alguns, inclusive, vindos da capital fluminense. Há relatos de problemas para embarcar desde a noite de quinta-feira, 7.

Nas redes sociais, internautas relatam aglomerações no balcão das companhias aéreas e nas áreas de embarque.

"Dezenas de voos cancelados em Congonhas e no Santos Dumont. Milhares de passageiros pernoitando nas áreas de embarque sem receber nenhum informação das companhias aéreas", afirmou Júlio Macondo em publicação no X.

A Aeena, que administra Congonhas, disse que o aeroporto opera normalmente para pousos e decolagens na manhã desta sexta-feira.

No entanto, por ajustes de malha das companhias aéreas, em decorrência das condições meteorológicas, há o cancelamento de 12 pousos e cinco decolagens.

"A Aena recomenda que os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas para verificar a situação de seus voos", disse a concessionária.

A Gol afirma que, por restrições operacionais ocorridas entre quinta e sexta-feira, a companhia registrou atrasos e cancelamentos de voos que partiriam de Congonhas para ajuste de malha aérea.

"Todos os clientes impactados estão recebendo as facilidades previstas pela resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conforme as necessidades, com possibilidade de reacomodação nos próximos voos da Gol e de congêneres", disse.

A companhia reforça que as ações em relação aos voos foram tomadas com foco na segurança.

Já a Latam informa que alguns de seus voos de/para São Paulo/Congonhas na noite de quinta-feira foram cancelados ou desviados para outros aeroportos, devido às fortes chuvas na capital paulista, fato totalmente alheio ao seu controle.

"A companhia esclarece que está oferecendo toda a assistência necessária aos passageiros e recomenda que, antes de se dirigirem aos aeroportos, os clientes com viagens programadas nesta sexta-feira de/para São Paulo/Congonhas consultem o status de seus voos na página Minhas Viagens", disse a empresa.

No painel do Aeroporto de Congonhas, entre os voos cancelados estão destinos como Rio de Janeiro e Curitiba. Já no do Santos Dumont, há registros de cancelamentos de saídas que estavam previstas para a capital paulista.

Chuva de um mês em sete dias

A capital registrou na primeira semana de novembro 163 mm de chuva, volume maior do que o esperado para todo o mês -145 mm, segundo informações divulgadas na quinta-feira pela Defesa Civil do Estado, dia também marcado por temporais. A expectativa é que a situação seja semelhante na tarde desta sexta-feira.

Em razão das chuvas também há registro de falta de energia, de acordo com a Enel. Ao menos 30 mil endereços estão sem luz na manhã desta sexta-feira na Região Metropolitana de São Paulo. Do total, 25 mil endereços são da capital paulista.

Para o fim de semana, a propagação de uma frente fria pelo litoral paulista causa chuvas mais generalizadas. Conforme a Meteoblue, no fim de semana, as temperaturas permanecem mais baixas, com máxima na casa dos 20ºC.

Fechado há mais de cinco meses, o Café Girondino, tradicional cafeteria do centro de São Paulo, foi oficialmente reinaugurado nesta quinta-feira, 7. O estabelecimento, que havia anunciado o encerramento das atividades no começo de junho por causa dos prejuízos econômicos acumulados desde a pandemia da covid-19, foi adquirido pela empresa Fábrica de Bares, que passa a administrar o espaço.

O Girondino continua no seu tradicional endereço, no encontro das ruas São Bento e Boa Vista. A previsão é de que, a partir da nova gestão, o lugar tenha uma modernização do cardápio e que o espaço seja ampliado a partir da revitalização de uma praça em frente ao café, que vai permitir que os clientes se sentem na área externa.

Na parte de dentro, a decoração deve continuar com a proposta tradicional de remontar às cafeterias do passado, com piso de madeira (importadas da Espanha), grandes balcões com tampos de pedra rosada, mesinhas cobertas com toalhas brancas e garçons à moda antiga.

O anúncio da reabertura já havia sido feito pela Fábrica de Bares no mês passado. Um evento inaugural foi feito apenas para convidados no começo da semana, e a abertura para o público em geral aconteceu nesta quinta.

Reaberta pela terceira vez na sua história, a marca Girondino completará 150 anos em 2025. A primeira versão da cafeteria foi fundada em 1875, e funcionou na Rua 15 de Novembro. Depois de ficar fechada por décadas, a segunda edição do espaço reabriu as portas no final dos anos 1990, no atual espaço, para fazer uma homenagem ao primeiro Girondino.

O café fica localizado em um ponto turístico e histórico da cidade, em frente ao Mosteiro de São Bento, dentro dos perímetros do chamado Triângulo SP - ou Triângulo Histórico - que engloba o Largo São Bento, Pateo do Collegio e Largo São Francisco.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) participou da reabertura do Girondino. "Esta reabertura simboliza nossos esforços contínuos de revitalização da região, impulsionados por vários incentivos fiscais", escreveu Nunes, nas redes sociais.

O local, apesar de turístico, se notabiliza também pelas cenas abertas de uso de drogas e pela incidência de assaltos e furtos contra lojistas e pessoas que frequentam a região.

A Prefeitura de São Paulo diz que adota, desde 2021, medidas para recuperar o centro da capital, e que a cidade de São Paulo registrou, em 2023, a abertura de 21 mil novas empresas na região, um número recorde, conforme os dados da gestão municipal.

Café Girondino fechou as portas no começo de junho

O Café Girondino fechou as portas no último 3 de junho, alegando problemas financeiros agravados pela pandemia de covid-19. O encerramento das atividades causou comoção entre os clientes, que foram pegos de surpresa.

Conforme Felippe Nunes, então sócio do café, o estabelecimento teve queda no faturamento de 30% na comparação com período pré-pandemia, e se viu obrigado a reduzir gastos enxugando a equipe de funcionários e encurtando o tempo de funcionamento da cafeteria.

Apesar de Felippe Nunes considerar que o centro tenha melhorado nos primeiros meses do ano, ele admitiu que os problemas de segurança da região também afetaram o funcionamento do Girondino.

A Fábrica de Bares, empresa que faz o desenvolvimento, gestão e operação de bares, restaurantes e casas de shows, demonstrou interesse em assumir as operações do estabelecimento semanas depois do encerramento das atividades, conforme mostrou o Estadão, em junho. Em outubro, a parceria foi oficializada.

O grupo tem por método adquirir espaços consagrados e populares de São Paulo e reabri-los após reforma e modernização do ambiente. Foi assim com o Bar Brahma, na esquina das avenidas São João e Ipiranga, em 2001; e o Bar Léo, entre os anos 2012 e 2013, outro tradicional ponto boêmio de São Paulo, situado na Rua Aurora, Santa Ifigênia - ambos no centro da capital.

Além de estarem à frente destes estabelecimentos, e agora também do Girondino, o portfólio de negócios da Fábrica de Bares envolve também o Riviera, Blue Note, Jacaré Grill, Bar dos Arcos, entre outros estabelecimentos parceiros.

Autoridades federais de saúde dos Estados Unidos ampliaram sua resposta ao surto de gripe aviária H5N1, com base em novos dados que sugerem que a abordagem atual para testes e tratamento de trabalhadores de fazendas leiteiras pode ter deixado casos sem detecção.

Agora, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomenda que antivirais sejam administrados a qualquer trabalhador que tenha tido uma exposição de alto risco a animais doentes sem o uso adequado de equipamentos de segurança, independentemente de terem ou não sintomas. Anteriormente, a agência recomendava o antiviral Tamiflu apenas para pessoas com sintomas suspeitos de H5N1.

O CDC também recomenda agora que sejam testados trabalhadores expostos ao vírus, mesmo que não apresentem sintomas. Anteriormente, o teste era recomendado apenas para trabalhadores doentes.

Um novo estudo do CDC que testou trabalhadores de fazendas leiteiras com rebanhos infectados revelou que metade dos trabalhadores que apresentaram sinais de terem sido infectados pelo H5N1 não se lembrava de ter tido sintomas. As agências de saúde estavam, em grande parte, monitorando sintomas e apenas testando e tratando trabalhadores que relatavam estar se sentindo doentes.

O novo estudo sugere que essa estratégia não é suficiente. Ao não identificar casos assintomáticos ou com sintomas muito leves, as autoridades de saúde podem ter dado ao vírus uma oportunidade de evoluir e se tornar uma ameaça maior.

Autoridades do CDC disseram na quinta-feira que as novas orientações podem ajudar a evitar que o vírus adquira a capacidade de se espalhar facilmente entre pessoas.

"Embora não tenhamos observado mudanças no vírus que sugiram capacidade de transmissão de pessoa para pessoa, queremos manter esse risco tão baixo quanto ele é no momento", disse Nirav Shah, diretor adjunto do CDC. "Uma das melhores formas de fazer isso é identificar por meio de mais testes indivíduos expostos e fornecer a eles Tamiflu para reduzir os níveis do vírus em seu corpo."

A intensificação da resposta ao surto ocorre em meio a sinais de que a disseminação do vírus está fora de controle nos EUA, com casos entre humanos e animais de fazenda aumentando rapidamente.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), dos 446 rebanhos leiteiros com infecções confirmadas neste ano, 151 foram confirmados apenas nos últimos 30 dias. O número de casos humanos confirmados subiu para 46 nesta quinta-feira, em comparação com 31 em 24 de outubro.

"Em qualquer situação de surto, sabemos que há indivíduos que podem ter sido expostos, podem ter sido infectados e que não fazem parte da contagem", disse Shah. "Esses dados realmente nos ajudam a entender que alguns desses trabalhadores podem ter tido sintomas tão leves que não se lembram de terem ficado doentes."

Além das novas orientações sobre testes e antivirais, o CDC também está atualizando suas recomendações para equipamentos de proteção.

O CDC disse acreditar que o H5N1 ainda represente risco baixo para o público em geral. Embora o número de casos humanos esteja crescendo, praticamente todos foram leves. Mais da metade ocorreu em trabalhadores expostos a gado infectado, e quase todos os outros foram em trabalhadores expostos a aves infectadas.

No fim de outubro, o USDA revelou que um suíno em uma criação doméstica no Estado de Oregon testou positivo para H5N1, o primeiro caso conhecido em um suíno nos EUA. Especialistas há muito tempo se preocupam com a entrada do H5N1 na população de suínos, porque os vírus da gripe adaptados para infectar aves e humanos podem infectar suínos e se recombinar nestes animais para criar novos germes mais perigosos. Esse processo é considerado responsável pela pandemia de H1N1 em 2009.

O USDA disse na quarta-feira que um segundo suíno na mesma criação doméstica também testou positivo para H5N1. A agência informou que os suínos estavam infectados com uma cepa de H5N1 encontrada em aves selvagens, e não a cepa circulante entre o gado leiteiro, e que os animais nessa criação provavelmente foram infectados por aves migratórias. Fonte: Dow Jones Newswires