Com bom nível, cine Ceará premia uruguaio 'Milonga'

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Com reação fria da plateia do Cineteatro São Luiz, foi anunciado o vencedor do 34º Cine Ceará: o belo drama existencial Milonga, dirigido por Laura González e estrelado pela grande atriz Paulina García. Laura ganhou também o troféu de melhor roteiro.

 

Todos os outros competidores da mostra principal foram agraciados com pelo menos um troféu Mucuripe, a estatueta do festival.

 

O cubano Fabien Pisani foi o melhor diretor com El la Caliente - Contos de um Guerreiro do Reggaeton, que também venceu a categoria de melhor som.

 

O brasileiro Um Lobo entre os Cisnes deu o prêmio de atuação principal a Matheus Abreu e atuação coadjuvante a Dario Grandinetti. Ganhou também na categoria direção de arte.

 

O argentino Linda levou o prêmio de fotografia. Montagem foi para o domenicano A Bachata do Biônico. E a melhor trilha sonora original vencedora agraciou o outro competidor brasileiro, Brasiliana: o musical negro que apresentou o Brasil ao mundo.

 

Com esse espírito distributivo fechou-se o "palmarès" do festival cearense.

 

Premiação à parte, deve-se dizer que a competição principal apresentou bom nível. Nenhum filme excepcional, nenhum de fato ruim, com, na minha opinião, dois destaques - o vencedor Milonga e o subestimado Linda, que ficou apenas com o prêmio de fotografia do júri oficial, mas foi, felizmente, reconhecido como melhor filme na premiação da crítica.

 

Os três troféus oficiais de Um Lobo entre os Cisnes me pareceram excessivos. A abolição dos tradicionais prêmios a ator e atriz, principal e coadjuvante, aqui resumidos às duas melhores atuações, sem distinção de gênero, reduzem essa categoria interpretativa à metade. É uma opção, discutível, pelo menos. Em todo caso, parece meio escandaloso que Paulina García não tenha sido eleita melhor atriz nesta competição.

 

Também excessivos me parecem os dois prêmios - direção e som - para o cubano El la Caliente. O troféu de direção, creio eu, ficaria melhor com a argentina Mariana Wainstein, de Linda. Por quê? Ora, porque o filme é muitíssimo bem dirigido, só por isso.

 

Enfim, como dizia Guimarães Rosa, "Pão ou pães é questão de opiniães".

 

O melhor curta-metragem foi Fenda, de Laís Paim, prêmio que me parece ok. Descreve a problemática reaproximação entre mãe e filha, num registro emocional intenso mas equilibrado.

 

Porém, deve-se registrar como escandaloso o fato de que o curta de Carlos Adriano, o forte e politizado Os mortos resistirão para sempre, sobre o genocídio do povo palestino, tenha sido ignorado tanto pelo júri oficial como pelo da crítica. Assim são os tempos.

 

A mostra Olhar do Ceará foi vencida pelo documentário Antonio Bandeira - a poesia das cores, de Joe Pimentel. Descreve, de forma intensiva, a trajetória do pintor cearense, que foi morar em Paris e fez sucesso internacional, tendo deixado um precioso legado de cerca de 5 mil obras. Um belo trabalho, ainda que às vezes redundante.

 

A noitada no Cine São Luiz teve ainda a homenagem ao ator cearense Gero Camilo, muitíssimo aplaudido. Após a cerimônia de premiação, foi exibido Baby, de Marcelo Caetano, que estreia apenas em janeiro de 2025. Um filme maravilhoso que - espero - dará o que falar quando chegar aos cinemas. É muito bom.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que vai trabalhar em parceria com o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para buscar soluções de moradia para atender a população da Baixada Santista que vive em moradias precárias perto da água, as palafitas.

"Eu e Tarcísio vamos fazer um bem-bolado para acabarmos com a palafita", declarou Lula, em cerimônia ao lado do governador paulista.

Na ocasião, foi lançado o edital para contratação das empresas para a construção do túnel entre Santos e Guarujá.

Lula aproveitou o evento para anunciar também que haverá, a partir de agora, uma articulação entre as pastas federais e estaduais para gerar moradia digna na região.

O presidente da República também disse que vai trabalhar em parceria com governadores e municípios de inclinação política oposta.

"Ninguém precisa concordar com ninguém, mas não fomos eleitos para brigar", comentou Lula. "Jamais vou perseguir alguém porque não votou em mim."

Um evento astronômico raro próximo de acontecer vai, certamente, despertar a curiosidade dos apaixonados pela observação do céu. Na próxima sexta-feira, 28, todos os planetas do Sistema Solar - Terra, Marte, Vênus, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Mercúrio - vão se alinhar e poderão, na ausência de nuvens e outros obstáculos, ser vistos a olho nu e sem a necessidade de instrumentos ópticos.

O processo de alinhamento já vem sendo formado desde janeiro, mas vai atingir o seu auge no dia 28, com a chegada de Mercúrio à mesma linha de visada dos demais planetas. O alinhamento está relacionado com a velocidade com que os astros giram em torno do Sol. A Terra, por exemplo, leva um ano (365 dias) para completar uma volta, enquanto Júpiter, leva 12.

O fenômeno significa que os planetas vão estar todos como se fossem alinhados, próximos um do outro e com a possibilidade de serem vistos todos juntos no horizonte e em um mesmo horário.

"Óbvio que eles só vão estar aparentemente próximos, já que eles estão a distâncias muito diferentes da Terra, mas vão estar na mesma linha de visada, então vai ser possível observá-los no céu, em uma mesma direção", diz Roberto Costa, professor do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP).

Por isso que esse fenômeno é considerado muito raro, diz Costa. Para acontecer, ele explica, é necessário que todos os planetas - que possuem velocidades diferentes - consigam se posicionar em sua respectiva órbita a ponto de estarem em uma mesma linha. "É difícil que ocorra essa coincidência", afirma o especialista.

Ele dá uma dimensão dessa raridade: "Para os planetas se alinharem da mesma forma, no mesmo arranjo que estão agora, isso só vai acontecer daqui a mais ou menos quatro séculos, lá para o final do século 25". O que não significa que outros alinhamentos, com os planetas em posições diferentes, não possam acontecer neste tempo. "Para repetir este arranjo de posições sim (vai levar quatro séculos), mas outros alinhamentos tão ou mais bonitos ocorrerão", diz.

O que fazer para conseguir observar?

Conforme Costa, não é necessário equipamentos, como lunetas ou binóculos - embora eles facilitem. Mas, basta procurar um lugar que o horizonte oeste esteja desimpedido, sem prédios e árvores, que não tenha morros e em uma noite limpa, sem nuvens. "Minha sugestão para um observador leigo é sempre começar por Vênus. Ele é o objeto mais brilhante do céu exceto o Sol e a Lua", orienta.

Ele explica que o dia 28 é considerado o auge do alinhamento por conta da presença de Mercúrio, que também poderá ser visto, embora não seja uma tarefa simples. "O que pode atrapalhar um pouco a observação desta região no dia 28 é a presença da Lua também na direção oeste. Seu brilho torna mais difícil observar os planetas. Mercúrio fica quase impossível", diz Costa.

O professor, contudo, não considera impossível visualizar o planeta que é o mais próximo do Sol entre todos os demais. "É possível ver Mercúrio a olho nu, mas eu recomendo usar um programa tipo planetário, que reproduzem o céu para qualquer horário e local. Existem vários gratuitos que podem ser instalados como aplicativo de celular, ou no computador, como o Stellarium e o Sky Chart", recomenda, Roberto Costa.

Ainda existe a possibilidade de observar o alinhamento na próxima quarta, 4 de março. Isso porque a Lua vai estar mais afastada e, portanto, seu brilho não ofuscará tanto a visualização do fenômeno.

Refutando alguns mitos, o professor afirma que o alinhamento não altera em nada o que acontece na Terra. A força das marés, diz, é exercida pela Lua e pelo Sol. "Os planetas estão a distâncias muito, muito grandes e é absolutamente impossível que ocorram influências gravitacionais dos planetas sobre a Terra", ressalta. "Não tem influência nenhuma, é apenas um belo espetáculo para se admirar".

Um soterramento de terra na cidade de Jandira, na Grande SP, provocou a morte de uma pessoa e deixou outra ferida, na tarde da quarta-feira, 26. As vítimas (dois homens) não tiveram as identidades divulgadas,

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Apesar dos temporais que caíram Grande SP nesta quarta e nos últimos dias, a movimentação de terra não tem relação com as chuvas. De acordo com a Defesa Civil, o soterramento aconteceu em uma obra, onde há escavações.