Jorge Aragão passará por cirurgia: "Daqui a pouco estou de volta"

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Depois de cancelar a agenda deste fim de semana, Jorge Aragão, 75 anos, foi às suas redes sociais explicar o que aconteceu com a sua saúde. "Anteontem, eu senti umas pontadas no estômago e tive enjoo também. Claro, que eu tenho que estar sempre me cuidando. Vim ao médico e é a minha vesícula que, há quase três anos, está querendo fazer graça comigo", disse no vídeo gravado dentro do quarto hospitalar.

O sambista disse que os médicos acharam melhor retirar a vesícula, e a cirurgia deve ser feita na próxima segunda-feira, 2. "Daqui a pouco estou de volta", disse. Jorge Aragão adiantou que alguns de seus shows terão que ser reagendados e que a sua equipe está cuidando disso. O show em comemoração ao Dia Nacional do Samba, marcado para o próximo domingo, 1, já foi cancelado.

O cantor e compositor anunciou, em outubro do ano passado, a remissão completa de um linfoma Não-Hodgkin, um tipo de câncer no sistema linfático, que afeta o sistema imunológico.

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A maratona até o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) exige preparo mental e físico dos 4,81 milhões de estudantes que devem fazer a prova nos próximos domingos, 9 e 16 de novembro, em todo o País. As 180 questões e a redação exigem dos vestibulandos estratégias, controle emocional e táticas de prova. Além disso, também é preciso gerenciar o tempo e a ansiedade. Para que alcancem os resultados desejados após o período de preparação, educadores trazem dicas do que pode ser feito na reta final da prova.

Uma das maiores preocupações dos estudantes é a redação, que é o principal divisor de águas da prova e, por isso, merece atenção especial. Ela é a única parte do exame que vale 1.000 pontos fixos e pode ser o fator decisivo para a aprovação. Uma nota alta na redação é capaz de impulsionar significativamente a média geral do candidato. Por outro lado, o estudante que zera a redação dificilmente consegue atingir um resultado positivo. Entendendo esse peso, a preparação final deve ser estratégica.

Segundo Caroline Zanoni, corretora na plataforma Redação Online, de Florianópolis, em Santa Catarina, o ideal para os dias que antecedem o Enem e também a semana entre o primeiro e segundo dias é não tentar aprender algo novo, mas praticar o que já se sabe. No caso da redação, por exemplo, é possível treinar o texto com temas variados como meio ambiente, tecnologia e sociedade.

"Alguns estudantes sabem estruturar uma redação, mas têm dificuldade em interpretar o tema ou, no momento do nervosismo, acham que entenderam ao ler uma palavra-chave e decidem começar a escrever freneticamente sem parar para pensar sobre o tema. A dica principal nesses poucos dias é praticar. Produzir redações, não ficar mais pesquisando tanto ou querendo aprender algo novo em cima da hora, e treinar a interpretação do tema", afirma.

A importância de saber interpretar o texto e compreender o tema central da redação é primordial porque, conforme reforça Caroline, a fuga da temática está entre os principais causadores das notas zero na redação. Entretanto, para que não haja sobrecarga emocional e também física na reta final, é importante que os estudantes definam um período de estudos e, dentro do tempo estabelecido por dia, produzam pelo menos uma redação com temas variados.

Ainda para a redação, outra dica importante é não decorar modelos prontos ou repertórios coringas, uma prática que o Enem tem penalizado. De acordo com Gabriele Amorim, também corretora da plataforma Redação Online, muitos estudantes acreditam em uma 'fórmula mágica para a redação nota mil', mas decorar um formato pronto para escrever a redação tem causado mais redução da nota do que contribuído para um bom resultado.

Em outubro deste ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, lançou a Cartilha da Redação e, pela primeira vez, chamou atenção para os "repertórios de bolso", que seriam referências prontas e utilizadas de forma genérica, sem aprofundamento ou conexão com o tema da redação.

"Por isso é muito importante usar o tempo que tiver para praticar a redação. Hoje em dia o repertório repetitivo causa punição, os avaliadores querem ver que o estudante entendeu aquele tema e sabe escrever sobre ele. Para praticar também é possível utilizar os temas da redação anteriores. Percebemos que temas sociais estão sendo comuns, então escrever sobre os assuntos variados contribui para que o aluno consiga se aprofundar e desenvolver a própria ideia na redação", afirma Gabriele.

Outra dica para otimizar o desempenho na redação está em focar nas competências que oferecem o retorno mais garantido. Para isso, é possível focar nos elementos da Competência 5 (C5), que é a proposta de intervenção, e da Competência 4 (C4), coesão, que exigem, respectivamente, apenas a presença dos cinco elementos obrigatórios do plano de solução e o uso estratégico de operadores argumentativos na estrutura. Contudo, o alerta vermelho está na C1, que avalia a língua e a gramática, onde um descuido trivial pode custar pontos preciosos.

Principais dicas para a redação:

, Pratique o olhar: Concentre-se em interpretar o tema e verifique rapidamente se você possui repertório para os diferentes eixos temáticos (meio ambiente, tecnologia, saúde).

.Evite a decoreba: Não tente decorar redações inteiras ou repertórios coringas; o Enem valoriza o uso produtivo e justificado do conhecimento.

. Maximize C5 e C4: Foque em garantir os cinco elementos da Proposta de Intervenção e o uso correto dos conectivos para pontuações mais altas nessas competências.

. Atenção à coerência: Garanta que a argumentação tenha conteúdo e esteja sempre alinhada com a proposta temática, evitando fugas ou tangenciamentos.

. Mantenha o cronograma de estudos e a calma

Ainda para a reta final, não é besteira manter um cronograma de estudos, mesmo com o curto tempo para se dedicar. De acordo com Milton Pignatari, coordenador de processos seletivos da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, o estudante saber os assuntos que têm mais facilidade e dificuldade é uma forma positiva para que ele não estude coisas aleatoriamente e sem concluir um raciocínio.

"Nesse curto tempo o estudante pode priorizar o foco nas matérias que combinam maior peso e maior dificuldade. Esse foco estratégico permite identificar eventuais problemas de última hora, dando tempo para que ele recorra a professores ou colegas para solucionar. Além disso, é imprescindível que o aluno conheça o estilo da prova do Enem, a estrutura e o formato, para evitar surpresas no dia e até mesmo maior nervosismo", avalia.

Outra situação importante é aceitar que dificilmente o aluno vai gabaritar todas as questões. Ter a consciência de que o erro é inevitável em uma prova extensa como a do Enem ajuda a controlar o nervosismo e evita que o estudante bata a cabeça por muito tempo em cima da mesma questão, deixando de focar em outras que ele tem maior facilidade para resolver.

Além disso, conforme o professor, os estudantes precisam manter o ritmo e os hábitos que já possuem, como horário de dormir e acordar, e tipo de alimentação com a qual estão acostumados. A mudança repentina próxima à prova pode impactar na concentração e disposição dos estudantes.

Saber controlar o tempo e evitar o chute

O nervosismo é inevitável para aqueles que se preparam para entrar nas universidades por meio da nota do Enem. Entretanto, é preciso manter a cabeça no lugar. Segundo Edilson Pichiliani, orientador para vestibulares e professor de Biologia no colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré, em Barueri, é normal se sentir nervoso dias antes da prova, mas aguentar as cinco horas e meia da maratona do Enem exige controle mental e uso inteligente do tempo.

"É preciso saber priorizar o que será feito primeiro do caderno de questões. O estudante não precisa começar pela redação ou pelas questões mais difíceis. Ele pode iniciar pela disciplina em que se sente mais confortável, para ganhar confiança e ritmo rapidamente. Esse 'aquecimento' psicológico é crucial para manter a concentração ao longo da prova. Se quiser começar pela redação, ele pode fazer um rascunho inicial, resolver as questões objetivas e, ao final, revisar o que ele escreveu. Quando você relê o que faz, consegue melhorar aquilo que foi escrito", avalia.

Além disso, é importante que os estudantes saibam controlar o tempo de prova. De volta à sala de aula após o Enem, é comum a reclamação de estudantes de que faltou tempo para ter um resultado mais positivo. Outra questão importante para os estudantes é internalizar o conceito da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Conforme explica o professor, é preferível ler e ficar entre duas alternativas, mesmo que erre, do que chutar qualquer opção. Isso porque a TRI é uma metodologia que busca medir a coerência pedagógica do acerto, não apenas a quantidade de respostas corretas.

O sistema do Enem interpreta o acerto em questões consideradas difíceis, que a maioria erra, e o erro em questões fáceis, que a maioria acerta, como um acerto inconsistente, frequentemente indicativo de "chute", e penaliza essa incoerência. Portanto, a estratégia ideal é sempre tentar eliminar o máximo de alternativas, focando em responder aquelas sobre as quais se tem o mínimo de certeza.

Os estudantes que vão participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 já podem marcar no calendário: as provas acontecem nos dias 9 e 16 de novembro, dois domingos consecutivos.
Nas cidades paraenses de Belém, Ananindeua e Marituba, a aplicação será em datas diferentes — 30 de novembro e 7 de dezembro — por conta do calendário local.

 Como serão as provas

No primeiro dia, os candidatos responderão às questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, além de produzir a redação.
Já o segundo dia será voltado às Ciências da Natureza e suas Tecnologias e à Matemática e suas Tecnologias.


Horários oficiais

  • 12h: Abertura dos portões

  • 13h: Fechamento dos portões

  • 13h30: Início das provas

  • 19h: Encerramento no 1º dia

  • 18h30: Encerramento no 2º dia


Foco e preparação

Com o cronograma definido, especialistas recomendam que os candidatos organizem o plano de estudos com base na estrutura das provas. O primeiro dia exige mais preparo para leitura, interpretação e produção textual, enquanto o segundo demanda domínio de cálculos, lógica e análise de gráficos.

O Enem 2025 continua sendo a principal porta de entrada para universidades públicas por meio do Sisu, além de programas como Prouni e Fies.


Dica final

Além do conteúdo, é importante que os estudantes treinem o tempo de prova e simulem as condições reais dos dois dias, garantindo mais segurança e tranquilidade na hora do exame.

A cena era quase britânica, exceto pelo local. O príncipe de Gales, William, protegido por um guarda-chuva preto, no meio da tarde desta quinta-feira, dia 6, ao lado do premiê Keir Starmer. Não em Londres. Em Belém (PA) para a Cúpula de Líderes da COP-30, ambos foram surpreendidos por uma repentina chuva tropical, que se anunciou como de costume por volta das 15h30, pelo ruído estrondoso das gotas grossas caindo sobre a copa de castanheiras, embaúbas, sumaúmas e guajarás.

O herdeiro do trono e o primeiro-ministro britânicos passaram a tarde em conversas com jovens lideranças amazônicas, no Museu Paraense Emílio Goeldi. A chuva interrompeu o circuito da visita na área de bosques, com aves e mamíferos soltos. Tudo cuidadosamente calculado pela monarquia, com passos e paradas ensaiadas, para fotografias e imagens.

O Estadão acompanhou a visita. Com a passagem da chuva, ele voltou a circular e a conversar com jovens como Paula Tanscheit, da Alianza Socioambiental Fondos del Sur, e Regilon Matos, do Fundo Casa Socioambiental. Em meio ao canto de aves, como papagaios e gaviões da coleção do museu, William quis saber quais eram os desafios para obtenção de recursos para ações ambientais locais. Ele se mostrou preocupado com o desmatamento e a seca e seus efeitos sobre as comunidades amazônidas.

"Logisticamente, deve ser muito difícil fazer os recursos chegarem ao redor da Bacia Amazônica. Como vocês fazem isso?", perguntou o príncipe a Regilon Matos, engenheiro civil e gestor de programas do Fundo Casa Socioambiental. "É um desafio logístico e tanto".

"Temos parceiros nos territórios indígenas, quilombolas, no campo e na cidade. Garantimos que os recursos cheguem às comunidades de base, quando um incêndio e uma inundação acontecem, precisamos do recurso disponível de forma rápida. Já apoiamos mais de 160 etnias e fazemos a ponte entre eles e as grandes instituições filantrópicas", afirmou Matos. "É fácil para um engenheiro", respondeu William.

Perfume de priprioca e patchouli

Durante a visita, William também interagiu com Carla Braga, de 28 anos, e Pedro Mota, de 27, da entidade local paraense CoJovem. Eles pediram apoio com recursos para a juventude e presentearam o monarca com um perfume típico das erveiras do Mercado Ver-o-Peso, que vendem "banho de cheiro" com ervas paraenses para todo tipo de causa.

No caso deles, o objetivo era atrair "os direitos da juventude" e o "aumento de orçamento". E o perfume, um frasquinho com essência de priprioca e patchouli. "Aqui em Belém, usamos o cheirinho do Pará para fazer as coisas boas chegarem. Desejamos investimentos para a Juventude", disse Pedro Mota. "Quero ver como vai se desenrolar em ações", disse Carla Braga.

Frustração com Fundo Florestal

Antes, William e Starmer tinham conversado em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e discursado na abertura da Cúpula do Clima de Belém. William elogiou o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF), idealizado e lançado pelo governo brasileiro para angariar dinheiro, na forma de investimentos, e remunerar países que preservam suas florestas - US$ 4 por hectare.

"A proposta do Brasil para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre é um passo visionário em direção a valorizar o papel da natureza na estabilidade climática. É por isso que ela foi finalista do Earthshot Prize este ano", relatou o príncipe. Mas houve um anticlímax. O fundo perdeu o prêmio e ficou sem o esperado aporte britânico.

O governo do Reino Unido alegou dificuldade orçamentária para adiar os planos de participar como investidor da iniciativa, da qual havia sido entusiasta e ajudado a desenvolver. "No momento, o crescimento interno e a elevação do padrão de vida são o foco principal deste governo", diz um comunicado obtido pelo Estadão. "Exploraremos maneiras de mobilizar todo o peso do setor financeiro privado do Reino Unido para apoiar este programa - por exemplo, por meio da City de Londres."

Em 2025, o herdeiro William, de certa forma, repetiu o pai, o rei Carlos III. Em 1978 e 2009, também como príncipe de Gales, ele visitou a Amazônia brasileira. Mas foi a Manaus (AM). Em 1991, também esteve no Pará - e no mesmo Museu Emílio Goeldi, em Belém, além de Carajás.

Mini príncipe

Ao fim da visita, William teve um encontro surpresa com um fã. Vestido com uma fantasia de príncipe azul, com capa e adornos dourados, e calça branca, o estudante Rafael de Sousa Nogueira, de 7 anos, entregou uma carta escolar ao príncipe sobre a Amazônia, escrita com ajuda da mãe. "Vai ter a feira da Cultura, e meu tema é sobre o aquecimento global, a floresta e a Amazônia", disse o menino.

A economista Kattyanne de Sousa, mãe do menino, disse que eles esperaram quase dez horas para o encontro. Saíram de casa por volta das 7 horas da manhã na esperança de uma foto na sede da COP-30, mas não conseguiram furar o bloqueio de segurança. Então, descobriram que ele iria passar a tarde no Museu Paraense Emílio Goeldi. E decidiram ir para a porta. Eram 16h30 quando conseguiram o encontro na porta do museu, pegando a alteza na saída. Foi o príncipe, de gravata verde, em sintonia com o ambiente, quem se ajoelhou para tirar foto com o garoto.