'Tieta' no Vale a Pena Ver de Novo: relembre a história, polêmicas e personagens

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A novela Tieta, exibida originalmente pela Globo em 1989, está de volta às telinhas no Vale a Pena Ver de Novo. Baseada na obra de Jorge Amado, a adaptação de Aguinaldo Silva para a TV fez história na teledramaturgia brasileira.

 

Como no livro de Jorge Amado, a novela é ambientada em Santana do Agreste, cidade fictícia localizada no Nordeste brasileiro. Já nos primeiros capítulos, Tieta, nesta fase interpretada por Claudia Ohana, é expulsa da cidade por seu pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos).

 

A jovem Tieta segue para São Paulo, onde faz a vida. Da capital paulista, manda cheques mensalmente, sem nunca falhar. Quando o cheque não chega, a família suspeita que Tieta tenha morrido. Justo no dia em que a sua irmã, a vilã Perpétua (Joana Fomm), encomenda uma missa, Tieta chega de surpresa e com um plano de vingança em curso.

 

Trama de Tieta era cheia de polêmicas

 

Em 1989, quando Tieta foi ao ar pela primeira vez, o Brasil vivia novos ares. A ditadura militar tinha terminado, a Constituição de 1988 estava recém-promulgada e, o brasileiro se preparava para votar para presidente pela primeira vez desde o golpe militar de 1964.

 

A novela era a antítese da caretice dos anos de chumbo. A abertura trazia a modelo Isadora Ribeiro nua e a história era recheada de tabus, desde o amor vivido por Tieta e seu sobrinho, Ricardo, até o coronel Artur da Tapitanga (Ary Fontoura), que seduzia garotas menores de idade e as transformava em suas "rolinhas".

 

A Globo se adiantou dizendo que, para a reexibição na faixa vespertina, fez pequenas edições, incluindo na vinheta de abertura.

 

Adaptações para a novela

 

Ao adaptar o texto original para a televisão, Aguinaldo Silva fez algumas mudanças na obra de Jorge Amado. Entre as diferenças entre o livro e a novela foi a criação de novos personagens e a ampliação do papel de outros. Arturzinho, interpretado por Marcos Paulo, nem sequer existia na obra original, mas ganhou destaque na trama televisiva.

 

Aguinaldo Silva também deu mais importância a personagens como Juracy e Amorzinho, que tinham papéis menores no livro. Além disso, o autor criou um triângulo amoroso entre Carol, Modesto Pires e Aída, inexistente na obra de Jorge Amado.

 

Rixa entre Betty Faria e Sonia Braga

 

Outro ponto marcante na história dos bastidores da novela foi a rivalidade entre Betty Faria e Sonia Braga, atriz que já tinha interpretado outras personagens de Jorge Amado. Quando a novela foi ao ar, Sonia já tinha os direitos para interpretar Tieta no cinema. A atriz afirmou que ficou surpresa ao saber que Betty faria o papel na TV, mas garantiu que não assistiu à novela para manter sua interpretação original no filme. O filme com Sonia Braga só ganhou as telas em 1996, sete anos depois de a novela ir ao ar.

 

Uma década depois, em 2016, Betty Faria expressou sua indignação com a situação em uma entrevista à revista Época. A atriz afirmou que Sonia Braga não pediu licença para ser Tieta no cinema e que isso foi "péssimo", ressaltando que as duas não são amigas.

 

Curiosamente, antes de Betty e Sonia, a atriz italiana Sophia Loren quase interpretou Tieta no cinema. A cineasta Lina Wertmüller chegou a se encontrar com Jorge Amado para discutir uma adaptação, mas o projeto não foi adiante, provavelmente por questões financeiras.

 

Na manhã desta segunda-feira, Betty Faria participou do programa Encontro. Ao ser questionada por Patricia Poeta o que significou Tieta em sua vida, a atriz respondeu que a personagem foi uma espécie de renovação. "Ela chegou para mim em uma idade muito importante. Eu estava com quarenta e poucos anos, na pré-menopausa. Ela significou para mim, pessoalmente, sem falar na carreira, uma tomada de consciência da idade, do (meu) físico, da alimentação. Eu quis me preparar para viver a Tieta. Eu parei com as aulas de dança e fui fazer musculação e tratei melhor da alimentação", relembrou a atriz.

 

Relembre os principais personagens de Tieta

 

Tieta: protagonista da trama, interpretada por Betty Faria. Aos 18 anos, é expulsa de Santana do Agreste por seu pai. Retorna 25 anos depois, rica e decidida a se vingar de toda a hipocrisia da cidade.

 

Perpétua: irmã mais velha de Tieta e principal antagonista, vivida por Joana Fomm. Tieta foi expulsa da cidade por seu pai depois de uma denúncia feita por Perpétua. É a mãe de Ricardo. A personagem ganhou grande destaque na novela, sendo considerada uma das vilãs mais marcantes da teledramaturgia brasileira.

 

Ricardo: o personagem vivido por Cássio Gabus Mendes se torna seminarista depois de uma promessa feita por sua mãe, Perpétua. Na trama, ele é seduzido pela tia, como parte do plano de vingança de Tieta.

 

Tonha: madrasta e fiel escudeira de Tieta, Tonha é interpretada por Yoná Magalhães. A personagem vive um arco dramático importante na trama, deixando aos poucos o seu papel de submissa ao marido a uma "nova mulher".

 

O primeiro capítulo da novela vai ao ar na tarde desta segunda-feira, 2, no Vale a Pena Ver de Novo.

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O universitário Gabriel Alves Ferreira, de 22 anos, foi morto e teve seu corpo colocado na carcaça de uma geladeira abandonada numa avenida do bairro Barreto, em Niterói, na última sexta-feira, 3. Ele estava desaparecido desde a madrugada do dia 1, numa festa de réveillon no Ingá, outro bairro de Niterói. A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí investiga o crime.

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Ele foi visto pela última vez por volta das 4h do dia 1, mas depois disso seu celular foi usado por criminosos que mandaram mensagens a amigos e familiares do universitário exigindo dinheiro, segundo a polícia.

No dia 1, familiares de Ferreira percorreram hospitais e foram até o morro do Palácio à procura do jovem, mas não conseguiram localizá-lo. O caso foi denunciado à Polícia Civil, que iniciou a investigação.

Dois dias após o sumiço, uma carcaça de geladeira foi abandonada em um viaduto na avenida do Contorno, no Barreto. Dentro dela estava o corpo de Ferreira - devido ao estado de decomposição do corpo, ele só foi identificado na terça-feira, 7.

A Polícia Civil não divulgou a possível causa da morte. Também não se sabe se o rapaz foi morto naquele mesmo dia. Em nota, a Polícia Civil afirma apenas que "a investigação está em andamento" e "os agentes realizam diligências para apurar a autoria e a motivação do crime".

Ferreira foi sepultado na quarta-feira, 8, no cemitério do Pacheco, no bairro homônimo, em São Gonçalo. O universitário, que não tinha antecedentes criminais, cursava Educação Física em uma faculdade particular e fazia bicos - já havia trabalhado como ajudante de frete e costumava ser contratado para atuar como goleiro de aluguel, segundo familiares.

Sua mãe sofre de fibromialgia, doença crônica que causa dores permanentes no corpo. Na tentativa de cuidar dela, o universitário já havia iniciado também a faculdade de Fisioterapia, que não cursava mais.

"Todos que conheciam ele o descreviam da mesma forma: Gabriel era alegria, energia, luz e bondade. Era fácil gostar dele. Não conhecia nenhuma pessoa que falasse 'não gosto do Gabriel'. Todos o amavam de graça. Foi o coração mais puro que conheci em 21 anos da minha vida", afirmou ao jornal O Globo a namorada de Ferreira, Maria Eduarda Casanova.

O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 10, o início do projeto executivo para a construção de uma terceira pista da Rodovia dos Imigrantes, que liga a região metropolitana de São Paulo à Baixada Santista. Ela deve ser implementada no trecho de serra sentido Cubatão, com 21,5 quilômetros de extensão e menor inclinação, permitindo o tráfego de veículos pesados. O projeto deve ser finalizado até 2026 e a previsão de entrega das obras é em 2031.

Conforme a gestão estadual, a obra deve ampliar em 145% a capacidade de tráfego de caminhões e ônibus e em 25% a capacidade total do sistema Anchieta-Imigrantes, hoje sobrecarregado. A autorização para a elaboração do projeto executivo foi concedida pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) e a execução será feita em parceria com a concessionária Ecovias. Ainda não há prazo para início das obras, nem orçamento previsto.

"Serão produzidos os projetos básico e executivo, que trarão as diretrizes para a realização da obra, como características precisas e indicação de técnicas de construção das estruturas, o prazo para a execução das obras e o custo total do empreendimento. Em paralelo, estão sendo cumpridas todas as etapas necessárias para o processo de licenciamento ambiental", diz o governo do Estado.

Conforme o projeto inicial, a nova pista terá duas faixas de rolamento e um acostamento com possibilidade de ser revertido em faixa de tráfego. Ela deve ir do quilômetro 43 da Rodovia dos Imigrantes (SP-160), com acesso pelo Rodoanel Mário Covas (SP-021), até o quilômetro 265 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055), próximo ao Polo Industrial de Cubatão. Também permitirá acesso ágil às Margens Direita e Esquerda do Porto de Santos.

A maior parte da nova pista deve ser em túneis - juntos, eles somarão 17 quilômetros, ou 80% de todo trajeto, conforme o governo. Se implementado conforme o projeto inicial, um dos túneis terá cerca de seis quilômetros, podendo se tornar o maior do Brasil. Outros quatro quilômetros serão de viadutos.

A inclinação média da pista será de 4%, "possibilitando o tráfego seguro de veículos pesados", segundo o Estado. Também haverá túneis paralelos de emergência e, considerando diversos cenários de tráfego, a pista poderá ser revertida para operar no sentido da capital sempre que houver necessidade (em feriados, o sistema Anchieta-Imigrantes já tem operações especiais voltadas para a subida e a descida da serra).

"Estamos dando um passo estratégico para o desenvolvimento logístico de São Paulo e do Brasil", disse o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na publicação de anúncio do projeto. "Além de fortalecer o turismo, a obra será essencial para acompanhar o crescimento previsto do maior porto do Brasil, garantindo mais fluidez e eficiência para o transporte de cargas e mais conforto para os motoristas que utilizam o sistema", afirmou.

"O Sistema Anchieta-Imigrantes recebe grande fluxo de veículos diariamente e essa demanda cresce ao longo dos anos. Agora estamos dando mais um passo para que essa obra tão importante para o Estado de São Paulo possa ser realizada. Estamos planejando ações estruturais de longo prazo para solucionar gargalos de mobilidade entre a Baixada Santista e o Planalto", afirmou o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini.

A Enel Distribuição São Paulo respondeu à notificação da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) sobre a queda de energia na terça-feira, 7. "Para os próximos três anos, a companhia aumentará ainda mais os recursos destinados à sua área de concessão em São Paulo, que chegarão a R$ 10,4 bilhões até 2027", afirma a nota.

Empresa privada de origem italiana de distribuição e comercialização de energia elétrica que atende a Região Metropolitana do Estado, a Enel argumenta que conseguiu restabelecer a energia para a maioria dos clientes afetados em até 30 minutos após o início da tempestade. E ressalta que o temporal não afetou apenas o sistema elétrico, mas também a estrutura urbana.

"O plano de ação da companhia inclui o reforço das equipes em campo de acordo com a previsão meteorológica, a contratação de mais eletricistas próprios, o aumento da disponibilidade da frota de geradores, a ampliação da capacidade nos canais de atendimento, dentre outras medidas", diz a nota.