Quem é Alex Consani, 1ª mulher trans a vencer prêmio de Modelo do Ano

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Alex Consani, uma jovem modelo norte-americana de 21 anos, entrou para a história da moda ao se tornar a primeira mulher transgênero a conquistar o título de Modelo do Ano, concedido pelo British Fashion Council.

 

A premiação aconteceu na última segunda-feira, 2, no Royal Albert Hall, com a presença de nomes como Rihanna, A$ap Rocky, Debbie Harry, Anna Wintour, Chloe e Halle Bailey.

 

O anúncio de que Alex tinha ganhado como Modelo do Ano foi feito pela também modelo Ashley Raham e pela atriz Nava Mau.

 

Ao receber o prêmio, Alex lembrou que era a primeira mulher trans a ganhar o prêmio e ressaltou as pessoas que vieram antes dela. "Não posso aceitar este prêmio sem agradecer àquelas que vieram antes de mim, especificamente as mulheres trans negras que realmente lutaram pelo espaço em que estou hoje: Dominique Jackson, Connie Fleming, Aaron Rose Phillips e inúmeras outras que lutaram pelo espaço que me permitiu florescer hoje", disse ao receber o troféu. A modelo agradeceu ainda aos pais que a levaram, aos 12 anos, para ingressar na carreira.

 

De acordo com o British Fashion Council, a categoria vencida por Alex dá o reconhecimento do impacto global de uma modelo que dominou a indústria com uma influência que transcende a passarela.

 

Quem é Alex Consani

 

Nascida nos Estados Unidos, Consani iniciou sua carreira aos 12 anos. Em 2019, assinou com a IMG Models e, no ano seguinte, começou a usar o TikTok, onde reúne hoje quase 4 milhões de seguidores.

 

A modelo ganhou notoriedade quando foi eleita pela revista Vogue um dos destaques da primavera/verão de 2023, temporada que ela desfilou para Boss, Burberry, Chloé, Roberto Cavalli e Coperni. Ainda em 2023, Alex e a brasileira Valentina Sampaio foram as duas primeiras modelos trans a desfilarem para a Victoria's Secret. Neste ano, Alex ainda foi o rosto da coleção de Jean Paul Gaultier para a marca londrina Knwls.

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Um incêndio atinge parte das instalações da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), na tarde desta quinta-feira, 20, em Belém. A organização da conferência orientou a evacuação às pressas, com correria e empurra-empurra. Não há relatos de feridos.

Imagens iniciais mostram o fogo atingindo estandes, assim como de pessoas utilizando extintores de incêndio para apagar as chamas. Em uma das imagens, o fogo atinge lonas e instalações da East African Community. Bombeiros foram até o local para controlar o incêndio - as labaredas de fumaça podiam ser vistas a distância, segundo relatos de moradores de Belém nas redes sociais.

O Estadão questionou a Secretaria Extraordinária da COP-30, ligada à Casa Civil, e a UNFCCC, braço de clima da ONU sobre o incêndio, mas ainda não obteve informações.

Na semana passada, a Organização das Nações Unidas (ONU) enviou uma carta ao governo brasileiro com duras críticas à segurança e infraestrutura da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30). A reclamação foi encaminhada após uma tentativa de invasão da área azul, onde ocorrem as negociações climáticas, por manifestantes de um movimento indígena.

Em uma carta de três páginas, o secretário da UNFCCC (braço de clima da ONU), Simon Stiell, também cita problemas como a falta de ar-condicionado e vazamentos de água em alguns locais da Zona Azul, área onde ocorrem as negociações.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez nesta quinta-feira, 20, um novo alerta sobre "prejuízos irreversíveis" para o bioma amazônico, classificando como o maior risco ao chamado ponto de não retorno, quando as mudanças causadas pelo aquecimento global e pela mudança climática se tornam perenes. Ele faz, neste momento, declaração à imprensa em Belém (PA) durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

Guterres começou a coletiva elogiando a "liderança extraordinária" do presidente Lula. Ontem o chefe de Estado brasileiro teve ao longo do dia encontros com ministros do grupos negociadores dos países emergentes, incluindo nações árabes, latino-americanos, China, Índia e Indonésia, além de ministros dos grupos negociadores da União Europeia, África e dos Pequenos Estados Insulares.

Hoje, o secretário-geral das Nações Unidas também clamou às delegações a trabalharem no que for possível para manter de limitar a temperatura global a 1.5ºC acima dos níveis pré-industriais. "Depois de 10 anos do Acordo de Paris, andamos bastante mas não o suficiente", declarou.

Guterres também avaliou que adaptação climática não é uma meta teórica e requer compromisso dos países, além de reforçar que triplicar os recursos nesta seara é fundamental.

Mais um anúncio sobre novas destinações de recursos do Fundo Amazônia será feito hoje como parte da agenda de ação da COP30, que acontece em Belém. São R$ 148,7 milhões para o Projeto Caminhos Verdes, iniciativa que vai acelerar a regularização fundiária de terras públicas e assentamentos na Amazônia Legal.

Os recursos do Fundo Amazônia são geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o programa é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Porém, o projeto reúne esforços também do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A ideia é fortalecer a governança fundiária, modernizar sistemas e bases de dados territoriais, aprimorar a inteligência territorial e ampliar a capacidade operacional do Incra e dos entes federativos. Segundo informações do BNDES, a iniciativa permitirá o georreferenciamento de 128 projetos de assentamento, abrangendo cerca de 6 milhões de hectares e 7 mil famílias. Também serão entregues kits de equipamentos e veículos a 44 municípios para apoiar ações de cadastro e regularização fundiária.