Fernanda Torres é destaque na lista dos melhores do ano dos críticos de Los Angeles

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Fernanda Torres entrou na lista de destaque para Melhor Performance de 2024 com o filme Ainda Estou Aqui, pela Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles (Los Angeles Film Critics Association, ou LAFCA, em inglês). Os resultados foram divulgados neste domingo, 8.

Ao lado de Demi Moore, em A Substância, a atriz brasileira ganhou uma "menção honrosa" na categoria. Entretanto, quem levou o prêmio, por meio de um empate, foram as atrizes Marianne Jean-Baptiste e Mikey Madison dos longas Hard Truths e Anora, respectivamente. Apesar da categoria não ser dividida por gênero, apenas atrizes foram indicadas.

A LAFCA é uma das premiações que "esquenta" a corrida pelo Oscar, principal premiação no gênero do cinema. Anora também integra o prêmio de Melhor Filme e Melhor Performance Coadjuvante.

Ainda Estou Aqui é dirigido por Walter Salles e também é estrelado por Selton Mello. A obra atualmente participa da "corrida ao Oscar", tendo sido apontada por revistas americanas para indicações em premiações como o Globo de Ouro, que aumentam as chances da atriz pela estatueta da Academia.

Tendo faturado mais de R$ 49 milhões, o longa configura a maior bilheteria do cinema nacional após a pandemia. A atriz também foi indicada pela revista internacional Vanity Fair como um ícone global.

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Um voo da Azul Linhas Aéreas enfrentou grande turbulência devido às condições climáticas, na quarta-feira, 5, no trajeto entre o arquipélago de Fernando de Noronha e Recife, capital de Pernambuco. Passageiros relatam momentos de pânico. Houve queda de objetos a bordo e uma comissária de bordo ficou ferida. O tempo estava chuvoso na região.

A Azul disse em nota que o voo AD 4267 (Fernando de Noronha-Recife) não sofreu qualquer problema técnico. A turbulência severa ocorreu devido às condições climáticas, quando a aeronave orbitava no aguardo da aproximação para o pouso. "Um dos tripulantes teve uma entorse no tornozelo e recebeu atendimento médico após o pouso, que aconteceu normalmente", diz a empresa. A reportagem questionou a Força Aérea Brasileira (FAB) sobre o incidente e aguarda retorno.

O comerciante Raimar Souza, que tem loja em Fernando de Noronha e estava no voo, conta que o avião se aproximava do Recife quando sofreu uma espécie de queda livre. "Havia turbulência, o avião balançava, mas isso é normal, o problema foi que o avião desceu em queda livre. Sabe a montanha russa quando dá aquela descida de gelar o corpo? Acho que o avião perdeu a sustentação, mas o piloto conseguiu equilibrar."

Segundo ele, houve pânico entre os passageiros. "As aeromoças estavam servindo água e era só bolsa voando, criança chorando, pânico total. Como tenho comércio em Fernando (de Noronha), voo sempre para Recife e as turbulências são comuns, mas como esta, nunca houve outra. Só tive a real dimensão quando o avião pousou e vi a ambulância encostando", disse.

Imagens do rastreador de voos Fligt Radar 24, obtidas por Raimar, mostram quando a aeronave da Azul faz várias manobras em círculo um pouco antes de pousar no Recife. E também o sobe-desce provocado pela turbulência.

Outros passageiros usaram as redes sociais para relatar suas experiências no voo, gerando reações de internautas. Uma delas, que se identificou como Caroline Gomes, disse que o tempo estava muito fechado. "Recife está chovendo muito, então infelizmente já era de se esperar que desse alguma turbulência." Outros internautas ironizaram a situação. "Faz parte. Quem tem medo de turbulência, vai de jegue", comentou.

A Azul informou que está prestando toda a assistência necessária aos clientes e tripulantes e "reforça que toda a operação de voo foi feita em total segurança, valor primordial para a Azul".

Um agente da Polícia Militar de folga morreu na manhã desta quinta-feira, 6, após ser baleado na região do Jardim Paulistano, zona norte de São Paulo. O autor dos disparos, apontado como um possível vizinho da vítima, foi baleado e morto posteriormente em suposto confronto com policiais militares.

O PM morto foi identificado como Rafael Rodrigues Novais, soldado de 32 anos pertencente ao efetivo do 4° Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M). Com 50 mil seguidores no Instagram, ele também atuava como influenciador nas redes sociais. Ainda não há informações sobre a motivação do crime.

Imagens de câmeras de segurança obtidas pelo Estadão mostram que Novais, de camiseta azul, cumprimenta o atirador, de camiseta vermelha e boné branco, momentos antes de ser alvejado.

A vítima parece não esperar que seria alvo do ataque. Um outro homem, também de camiseta vermelha, presencia a cena e corre logo após ouvir os disparos.

O vídeo mostra ainda que o autor dos disparos pisa no celular de Novais, aparentemente para danificá-lo, e foge logo em seguida. O caso ocorreu na Rua Flor de Minas.

Conforme informações preliminares, o homem apontado como o autor dos disparos contra o policial teria sido baleado momentos depois após suposto confronto com agentes da Polícia Militar na Rua Milton Jansen de Faria, entre o Jardim Paulistano e o Parque Brasilândia, também na zona norte. A identidade do atirador não foi relevada.

Rafael Rodrigues Novais era bastante ativo nas redes sociais, onde divulgava imagens de perseguições policiais, abordagem a criminosos e resgate a vítimas de enchentes. O policial definia seu perfil no Instagram como "um canal voltado a entretenimento e disseminação da verdade".

Três militares da Força Aérea Brasileira (FAB) foram presos nesta quinta-feira, 6, suspeitos de transportar drogas em aviões da própria FAB. Dois civis envolvidos no esquema também foram presos. A Operação Queda do Céu foi deflagrada pela Delegacia Especializada da Polícia Civil do Amazonas, em São Gabriel da Cachoeira, a 850 km de Manaus, na fronteira com a Venezuela. A região é disputada por narcotraficantes.

A FAB disse em nota que tomou conhecimento de ocorrência envolvendo militares de seu efetivo no Amazonas, acompanha o caso e colabora com as investigações policiais em curso. "O Comando da Aeronáutica reitera que não compactua com condutas que não estão de acordo com os valores, a dedicação e o trabalho efetivo em prol do cumprimento de sua missão constitucional", diz.

De acordo com a Polícia Civil do Amazonas, os suspeitos, incluindo os militares, têm idades entre 22 e 42 anos. Eles não tiveram os nomes divulgados, o que impossibilitou o contato da reportagem com suas defesas.

A investigação apurou que a droga era transportada em voos da FAB destinados a atender a população gratuitamente quando há disponibilidade de assentos em voos de missões. Os investigados se valiam principalmente de mulheres grávidas, usadas como "mulas" para levar a droga escondida no corpo ou nas bagagens durante o voo.

O grupo dividia as funções no esquema criminoso:

- Um dos envolvidos era responsável por financiar a compra das drogas

- O outro aliciava as "mulas" e providenciava a chegada da droga até os aviões da FAB

- Os três militares davam cobertura no transporte aéreo

O destino principal era Manaus, a capital do Amazonas. De acordo com a titular da delegacia especializada, delegada Grace Jardim, a investigação teve início após uma apreensão de 342 quilos de maconha tipo skunk realizada em 2024.

Na ocasião, um soldado da ativa do Exército e outros dois ex-militares foram presos, juntamente com suas mulheres. "Constatamos que o transporte das drogas estava sendo feito por meio dos voos da Força Aérea Brasileira e teria a participação de três jovens militares da FAB, de 22, 23 e 26 anos respectivamente", disse.

Os militares eram os responsáveis por facilitar a colocação das drogas nos voos, além de também levar pessoalmente os entorpecentes para Manaus. A ação foi descoberta com a interceptação de uma carga de droga que chegou a Manaus no dia 2 de junho de 2024, por meio de um voo que saiu do aeroporto militar de São Gabriel da Cachoeira.

Os militares foram presos nesta cidade. Um deles chegou a ser autuado em flagrante por tráfico de entorpecentes, já que foram encontradas porções de drogas com ele. Segundo a delegada, as prisões contaram com o apoio da FAB.

Ainda segundo a policial, o financiador das drogas, um homem de 42 anos, movimentava milhões de reais por ano, mas declarava renda de apenas R$ 1 mil por mês. O homem mantinha atividades de fachada no município, como a locação de veículos, para "lavar" o dinheiro do tráfico.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão foram apreendidos três carros e quatro motos do suspeito. Na residência dele foram encontradas armas e munições, além de pássaros em cativeiro - ele também foi autuado por porte ilegal de arma de fogo e crime ambiental.

Segundo a Polícia Civil, os militares da FAB responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa. Eles foram colocados à disposição da Justiça e da Força Aérea.

O financiador responderá pelos mesmos crimes, além de financiamento de drogas, crime ambiental e porte ilegal de arma de fogo. O responsável por cooptar as "mulas" responderá por tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa.