Para Fernanda Torres, indicação de 'Ainda Estou Aqui' ao Oscar era 'inimaginável'

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Com três indicações para o Oscar, o longa Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a concorrer a melhor filme. A produção disputa também a estatueta nas categorias de melhor filme internacional e melhor atriz para Fernanda Torres - ela já havia vencido, no dia 5 de janeiro, o Globo de Ouro pela sua atuação. A lista de indicados foi anunciada pela Academia na manhã desta quinta-feira, 23, em Los Angeles, e a cerimônia de premiação ocorre no dia 2 de março.

 

Ainda Estou Aqui, primeiro filme original Globoplay, conta a história de Eunice Paiva e sua luta para manter a família unida após o desaparecimento do marido, o ex-deputado Rubens Paiva, preso e morto pela ditadura militar. O longa é baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e Rubens.

 

Em sua conta no Instagram, Fernanda Torres definiu sua indicação como "inimaginável". "Estou muito emocionada, muito surpresa. Eu amo o Brasil e estou muito orgulhosa por uma história brasileira fazer sentido no mundo e trazer essa alegria não só para mim, para o Walter, mas para o País inteiro", declarou. Segundo a atriz, ela preferiu não assistir à cerimônia ao vivo e ficou no quarto, enquanto seu marido, o cineasta Andrucha Waddington, e seu filho Joaquim acompanhavam o anúncio das indicações.

 

Fernanda Torres é indicada 26 anos depois de sua mãe, Fernanda Montenegro, também ter sido escolhida entre as cinco atrizes finalistas na disputa pelo Oscar, por Cidade de Deus, outra produção dirigida por Walter Salles. Em uma postagem em seu perfil no Instagram, ela se mostrou feliz com o reconhecimento internacional do longa e homenageou as conquistas da filha. "Eu, Fernanda Montenegro, e Fernando Torres - onde quer que ele esteja -, estamos felizes e realizados, em estado de aleluia, pelas indicações de Fernanda Torres e Walter Salles. Um ganho cultural para o Brasil. Meu coração de mãe em estado de graça", escreveu a atriz, relembrando Fernando Torres, seu marido e pai de Fernanda Torres, morto em 2008.

 

Selton Mello, que interpreta Rubens Paiva, afirmou que "fizemos um filme que nasceu vitorioso por motivos variados". "Por lembrar o que jamais pode ser esquecido, por comover com uma beleza austera, por levar nossa sensibilidade para o mundo, por recuperar nossa autoestima cultural, por abrir tantas portas para outros que virão, por restaurar o amor pelo cinema brasileiro, por ter criado algo emocionalmente poderoso, por alcançar o raro equilíbrio entre estética e ética, por ser sublime em sua justa simplicidade."

 

O ator também chamou atenção para o fato de que a notícia das indicações do filme coincidem com as datas possíveis da morte de Rubens Paiva, que foi levado de sua casa no Rio, no dia 20 de janeiro de 1971. Segundo a Comissão da Verdade, que em 2014 investigou as torturas do período, o assassinato do ex-deputado federal teria ocorrido entre os dias 21 e 25 de janeiro de 1971.

 

Ainda Estou Aqui estreou em agosto, no Festival de Veneza, onde recebeu o prêmio de roteiro adaptado pelo trabalho de Murilo Hauser, Heitor Lorega. O filme chegou ao Brasil no início de novembro e já foi visto por mais de 3 milhões de espectadores desde então. Ao mesmo tempo, a produção começou uma campanha publicitária nos Estados Unidos, que se intensificou após a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro. A atriz participou de diversas exibições e foi convidada a dar entrevistas em diversos programas, como o talk show do apresentador Jimmy Kimmel.

 

Histórico

 

Fernanda Torres e Selton Mello já estiveram no elenco de um concorrente ao Oscar, O Que É Isso, Companheiro?, de Bruno Barreto, finalista entre os estrangeiros em 1998.

 

A primeira indicação do Brasil para o Oscar ocorreu em 1963, com O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte. De lá para cá, também na categoria de filmes estrangeiros, o Brasil esteve presente com O Quatrilho (1996), Central do Brasil (1999) e [O 'T']Cidade de Deus (2004)[/O 'T']. O País também já foi indicado para outras três categorias. Raoni (1979), Lixo Extraordinário (2011), Sal da Terra (2015) e Democracia em Vertigem (2020) concorreram para melhor documentário. Já o longa O Menino e o Mundo e o curta Uma História de Futebol concorreram aos prêmios de melhor animação e curta-metragem. (COM DANIEL VILA NOVA E RENATA NOGUEIRA(

Em outra categoria

Brasileiros e residentes no Brasil que visitarem o Equador precisarão agora apresentar certificado de vacinação contra a febre amarela para poderem ingressar no país. A medida é válida a partir do dia 12 e será igualmente cobrada de viajantes vindos da Bolívia, Colômbia e Peru.

A exigência também se aplica a visitantes de qualquer nacionalidade que tenham permanecido por mais de dez dias nesses países antes de ingressar no Equador. O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde equatoriano.

O governo informa que também iniciará uma campanha de vacinação nas províncias amazônicas equatorianas (fronteiriças com a Colômbia e o Peru) e para pessoas que viajem para a região da selva. Neste ano, até o dia 28 de abril, o Equador registrou oficialmente três casos de febre amarela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça terem informado que impediram um possível ataque a bomba durante o show de Lady Gaga na praia de Copacabana, no sábado, 3, a equipe da cantora se manifestou, afirmando que só tomaram conhecimento do potencial problema de segurança por meio da mídia, já neste domingo, 4.

Em declaração à agência AP, um porta-voz de Lady Gaga informou que tanto a cantora quanto a sua equipe "tomaram conhecimento dessa suposta ameaça através de informações da imprensa nesta manhã."

"Antes e durante o espetáculo, não houve preocupações de segurança conhecidas, nenhuma comunicação por parte da polícia ou das autoridades a Lady Gaga sobre possíveis riscos", continuou.

O porta-voz ainda destacou que a equipe de Lady Gaga "trabalhou com as forças de ordem durante o planejamento e execução do show e todas as partes confiavam nas medidas de segurança implementadas".

Operação Fake Monster

A operação que investigou o possível ataque a bomba foi batizada de Fake Monster, já que os fãs da cantora são apelidados de little monsters, ou monstrinhos. De acordo com a Polícia, os envolvidos no plano de ataque recrutavam participantes, inclusive adolescentes, virtualmente.

O objetivo era promover ataques coordenados com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Os criminosos tratavam o plano como um "desafio coletivo" e buscavam ganhar notoriedade nas redes sociais, segundo a PCERJ. O grupo disseminava discurso de ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

A Polícia Civil de São Paulo chegou a cumprir quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da operação, incluindo a localização de um adolescente de 16 anos na cidade de São Vicente, no litoral paulista, que reconheceu ser autos de algumas das mensagens de ódio publicadas na internet.

O adolescente foi localizado no bairro Vila Jockey Clube. Os policiais apreenderam com ele um computador, um celular, um HD externo, um cartão de memória e um videogame. Ele foi liberado na presença do pai dele.

O show de Lady Gaga em Copacabana

A apresentação da cantora no Rio de Janeiro foi considerada a maior de sua carreira, diante de uma plateia de 2,1 milhões de pessoas (estimativa da prefeitura, polícia e organização), e teve repercussão internacional.

No palco, cantou a maior parte de seus sucessos e trocou de roupa inúmeras vezes, como numa performance teatral dinâmica. Também fez diversos pedidos de desculpas e declarações de amor ao público brasileiro. (Com informações da agência AP)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o julgamento que discute a adoção do modelo de escolas cívico-militares em São Paulo. Ele pediu vista na última sexta-feira, 2. A Corte julgava se mantinha, ou não, uma decisão do ministro Gilmar Mendes que liberou a implementação do programa.

A decisão de Gilmar atendeu a um pedido do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele cassou uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que havia suspendido a lei que instituiu o modelo de escola cívico-militar no Estado. O programa é uma das prioridades de Tarcísio na sua gestão.

Ao avaliar o caso, Gilmar considerou que o TJ-SP invadiu a competência do STF ao suspender o modelo porque a lei que instituiu as escolas cívico-militares também é alvo de ações no Supremo. Por isso, o ministro entendeu que a ação em tramitação na Justiça estadual deveria aguardar julgamento pelo Supremo.

O TJ-SP havia acolhido uma ação da Apeoesp, maior sindicato de professores da rede estadual. A entidade alega que questões relativas a essa modalidade de ensino são de competência federal. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), porém, defende a prerrogativa de o Estado criar o programa.

De acordo com o governo de São Paulo, 300 escolas mostraram interesse pela adoção do modelo cívico-militar em consulta pública. A adesão das escolas ao programa é voluntária. A previsão inicial de implementação era para 2026, mas em fevereiro a Secretaria Estadual da Educação anunciou 100 escolas que devem adotar o modelo a partir do segundo semestre deste ano.