Karla Sofía Gascón desativa conta no X após publicações ofensivas serem resgatadas

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A atriz espanhola Karla Sofía Gascón desativou sua conta no X, o antigo Twitter, na manhã desta sexta-feira, 31, após ter publicações ofensivas resgatadas por internautas. A artista, que concorre ao Oscar de Melhor Atriz por seu papel em Emilia Pérez, está sendo alvo de críticas por conta de falas antigas problemáticas postadas na rede social.

A atriz enviou um comunicado pedindo desculpas pelas publicações para a revista norte-americana Variety. "Quero reconhecer a conversa em torno de minhas postagens anteriores nas redes sociais, que causaram dor. Como alguém de uma comunidade marginalizada, conheço muito bem esse sofrimento e lamento profundamente por aqueles em que causei dor. Toda a minha vida tenho lutado por um mundo melhor. Acredito que a luz sempre triunfará sobre as trevas", se desculpou.

Entre os tópicos mencionados pela atriz, estão o assassinato de George Floyd, ataques terroristas na França, islamismo, a pandemia de covid-19 e críticas ao próprio Oscar. A maioria das publicações foram apagadas após serem descobertas, mas o estrago já estava feito - Gascón foi acusada de racismo e intolerância religiosa.

"Eu realmente acredito que poucas pessoas se importaram com George Floyd, um viciado em drogas e um traficante, mas sua morte serviu para destacar mais uma vez que há aqueles que ainda considerem os negros como macacos sem direitos e aqueles que consideram que policiais sejam assassinos. Tudo errado", escreveu no X em 2020. A morte de Floyd impulsionou o movimento Black Lives Matter.

Ela também comentou sobre um ataque terrorista que aconteceu em Nice, na França, em outubro de 2020, no qual três pessoas foram esfaqueadas e uma foi decapitada. "Novo atentado na França, decapitados em Nice por um desses retardados de Alá. Quantas vezes teremos que expulsar esses energúmenos da Europa até nos darmos conta de que sua religião é incompatível com os valores ocidentais?"

A atriz chegou a criticar a cerimônia do Oscar 2021, que consagrou Nomadland, de Chloe Zhao, como grande vencedor. "Cada vez mais o Oscar parece uma cerimônia para filmes independentes e de protesto. Não sabia se estava assistindo a um festival afro-coreano, uma manifestação do Black Lives Matter ou do 8M [movimento pela luta das mulheres]."

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O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, afirmou que o custo dos eventos climáticos no Brasil foi da ordem de R$ 60 bilhões por ano nos últimos três anos.

Ele pontuou que somente 15% desse total estava coberto por algum tipo de seguro. "Na falta de seguro, o orçamento é chamado para arcar com as consequências", disse Oliveira, durante Fórum de Finanças Sustentáveis COP30 na Casa do Seguro, em Belém (PA), nesta quarta-feira, 12.

O ex-ministro afirmou que a CNSeg vai lançar, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), o Radar dos Eventos Climáticos que vai mapear diferentes informações sobre eventos extremos, sua regularidade.

O Conselho de Diretores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou nesta quarta-feira, 12, a primeira garantia de um banco multilateral de desenvolvimento para uma concessão de restauração florestal no Brasil. O instrumento, no valor de US$ 15 milhões, apoiará a concessão da Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu, no Pará. A vigência é de 20 anos.

O anúncio foi feito pelo presidente da instituição, Ilan Goldfajn, em painel sobre o tema no terceiro dia da COP30 em Belém (PA). A ideia é replicar para outros Estados. Na prática, o BID está dando uma garantia para o governo do Pará. O Estado, por sua vez, assumiu alguns riscos na concessão para o setor privado, já que a área é muito desmatada e hipoteticamente poderia ocorrer incêndio e ter invasão, por exemplo. Esse mecanismo é considerado pioneiro para a redução de riscos em parcerias público-privadas (PPPs) ambientais.

Ilan Goldfajn defendeu o lema de "transformar a restauração ambiental em um investimento viável". Isso porque o ente privado vai usufruir o lucro após a restauração. O modelo de concessão prevê a restauração ecológica do local, que fica dentro da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, por até 40 anos. A remuneração ao concessionário se dará pelo aproveitamento de ativos ambientais do território, como os créditos de carbono gerados com a regeneração da mata nativa.

O papel do novo mecanismo é expandir o chamado risco contingente do Estado do Pará, aumentando a confiança para os investidores aportarem recursos. "Escalar para ter impacto. Esse é o lema do BID atualmente. Esse projeto cobre uma fronteira chave de cooperação. Isso é um exemplo de implementação. E é replicável, porque estamos criando um roteiro que outros estados, amazônicos ou outros, podem replicar", declarou Goldfajn.

A Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (URTX) é uma área pública de 10,3 mil hectares, em Altamira, no sudoeste do Estado. O parceiro privado será responsável pelo reflorestamento, pela gestão sustentável dos ativos de carbono e pela geração de empregos. "Essa garantia nossa e outras ferramentas financeiras foram desenhadas para os investidores. Para tornar sua participação viável e impactante", declarou Ilan Goldfajn

O Capex do projeto no Xingu é de R$ 90 milhões. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também comentou que esse produto de garantia será ampliado. "É algo absolutamente inovador. O que nós estamos fazendo hoje, nós vamos replicar em grande escala para o resto do Brasil", disse. Segundo técnicos do BIR, presentes no evento, há sinalização de que Mato Grosso do Sul será o próximo contemplado com esse mecanismo garantidor.

O Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID) lançou, nesta quarta-feira, 12, na COP30, a iniciativa "Amazônia para Todos". O objetivo é ampliar o acesso a investimentos na Amazônia e atrair recursos para o desenvolvimento sustentável da região por meio de instrumentos como Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e Exchange Traded Funds (ETFs).

O Amazônia para Todos é um conjunto de produtos desenvolvidos por instituições financeiras, destinados a investidores privados de grande porte e também para o público em geral. Os recursos serão direcionados a projetos que promovam meios de subsistência locais, fortaleçam a resiliência econômica e promovam a gestão sustentável das florestas.

O Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão os primeiros a desenvolver produtos com a marca Amazônia para Todos. Estão em aprimoramento soluções como um Fundo de Índices (ETF Amazônia para Todos) e um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC Amazônia para Todos), que investirão os recursos captados em projetos sustentáveis na região Amazônica.

O BID Invest, o braço do Grupo BID voltado ao setor privado, poderá participar como investidor âncora desses fundos de investimentos. "Em parceria com o governo brasileiro, estamos impulsionando iniciativas que mobilizam o setor privado, promovem inclusão e ampliam o impacto positivo na floresta e nas comunidades locais", afirmou o presidente do Grupo BID, Ilan Goldfajn, durante o evento de lançamento.

Os investimentos começarão a partir de R$ 100 e podem ser feitos por qualquer pessoa por meio dos fundos. A concessão da marca será feita a produtos financeiros cujos ativos atendam a padrões elevados de sustentabilidade.

Investimentos

O lançamento do "Amazônia para Todos" fez parte de uma série de anunciados promovida pelo BID nesta quarta-feira. O banco, em parceria com o BNDES, divulgou cerca de R$ 8 bilhões em investimentos para iniciativas sustentáveis.

Do montante total, US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) serão destinados ao Fundo Clima e US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões) a financiamentos para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) em biomas estratégicos brasileiros.

*A repórter viajou a convite da Motiva, idealizadora da Coalizão pela Descarbonização dos Transportes