Companhia das Letras é eleita melhor editora infantil da América Latina

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A 62ª edição da Feira do Livro Infantil de Bolonha (Itália), que ocorreu nesta segunda-feira, 31, premiou a Companhia das Letras com o Prêmio Bolonha de Melhores Editoras Infantis do Ano (BOP) no Caribe, América Central e América do Sul.

A premiação é dividida em seis áreas: África, Ásia, Europa, América do Norte, América Central e América do Sul e Oceania. Criada em 2013 pela Feira do Livro Infantil de Bolonha em colaboração com a Associação de Editoras Italianas (AIE) e a Associação Internacional de Editores (IPA), ela é realizada por meio de uma votação entre editoras.

O BOP, como é chamada, possui o intuito de reconhecer as melhores editoras infantis que se destacam pelo trabalho educacional e de qualidade, além da valorização dos aspectos culturais e sociais.

Nas redes sociais, a Companhia das Letrinhas, marca infantil da editora brasileira, celebrou o troféu: "Não poderíamos estar mais felizes pela conquista de um dos maiores prêmios do mercado editorial! Agradecemos a toda a nossa equipe, a todos os nossos autores e autoras e a todas as pessoas que fazem parte da nossa história. Parabenizamos, também, as demais editoras premiadas."

É a segunda vez que o Brasil ganha nesta categoria. A Cosac Naify, extinta em 2015 (e que reabriu como Cosac Edições, em 2023), ganhou o prêmio em 2013, também na categoria de editoras latino-americanas e caribenhas.

Confira os ganhadores da premiação nas seis áreas:

Caribe, América Central e América do Sul

Companhia das Letras (Brasil): Criada como uma casa de publicação literária em 1986 por Luiz Schwarcz e sua esposa, Lilia Moritz Schwarcz, com o objetivo de oferecer ao Brasil publicações de qualidade, a Companhia das Letras cresceu e inclui 17 unidades de publicação independentes, com uma audiência de leitores de todas as idades e setores. Depois da venda de uma participação majoritária para a Penguin, a Companhia das Letras expandiu os gêneros das publicações, criou novas marcas e hoje é a segunda maior publicadora do País.

África

Imagnary House (África do Sul): A Imagnary House é uma editora e desenvolvedora da propriedade intelectual de crianças e jovens adultos. Foi fundada em 2015, depois de noticiar uma brecha na África em histórias infantis e infanto-juvenis com autenticidade e qualidade.

Ásia

Everafter Books - Beijing Everafter Cultura Development Co., Ltd (China): A Everafter Books foi fundada em 2015 com a missão de "publicar livros de qualidade para crianças entre 0 e 12 anos de idade, nutrindo-as com conteúdo excepcional. Nos últimos 9 anos, a Everafter publicou mais de 600 títulos com um valores extremamente atenciosos e estéticos, muitos dos quais já ganharam prêmios nacional e frequentaram as listas mais prestigiosas de seleções de livros infantis.

Europa

Fatatrac (Itália): Criada em 1979, na Florença, por um grupo de 12 ilustradores, a Fatatrac se tornou em 2011 uma marca do grupo Edizioni Del Borgo, de Bolonha. Ao longo dos anos, a editora publicou livros infantis caracterizados pelo rigor de conteúdo, atenção à qualidade das ilustrações e compromisso com a educação. O catálogo extensivo conta com livros em que o elemento brincalhão é muito ligado ao educacional, graças ao uso da "engenharia de papel", como visto em livros de atividades.

América do Norte

Candlewick Press (Estados Unidos): em 1992, a Candlewick Press abriu suas portas como uma editora de livros infantis independente e ainda se mantém, nos dias de hoje, como uma das líderes em criatividade na publicação de livros e conteúdos para crianças. Desde então, suas ofertas cresceram para todas as idades, com formatos como livros de tabuleiro e e-books até novidades de ponta para ficção inovadora. A Candlewick Press é parte de uma empresa de publicação global que floresce em três continentes: como editores de livros infantis, nosso objetivo é ter certeza que nossos livros e conteúdo publicados criem autenticidade e reflitam sobre o mundo ao nosso redor de maneira alegre. É imperativo que a indústria das editoras mude para servir melhor para leitores jovens, e essa mudança começa conosco.

Oceania

Mila's Books (Nova Zelândia): O Mila's Books é a única editora com um time completamente originado nas Ilhas do Pacífico, dedicado a criar histórias que celebram a linguagem, cultura e as identidades do Pacífico. Fundada em 2019, a Mila's Books existe com a intenção de assegurar que crianças tamaiti (originárias do Pacífico), famílias e comunidades sintam-se vistas, ouvidas e que suas histórias sejam lidas. Ela publica uma grande variedade de livros baseados em valores e tradições, todos criados por autores, ilustradores e criativos das Ilhas do Pacífico, que se certificam da autenticidade na "contação de histórias" que melhor reflete a riqueza da cultura do local. Além das publicações, a Mila's Books tem o compromisso de empoderar a próxima geração de contadores de histórias do Pacífico e trabalha em conjunto com escolas, bibliotecas e organizações que entregam a literatura e workshops culturais e reforçam as narrativas do Pacífico, de Aotearoa (Nova Zelândia) e além.

Em outra categoria

Um homem de 46 anos se fingiu de morto após ser rendido por criminosos e alvejado com cinco tiros, no fim da tarde dessa terça-feira, 1, na Vila Formosa, zona leste de São Paulo. Ao ser atingido, ele caiu e simulou estar sem vida, até que os dois suspeitos fossem embora do local. Socorrida pelo Corpo de Bombeiros, a vítima foi levada ao Hospital Santa Marcelina. Não há informações sobre seu estado de saúde.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado, o homem foi abordado na rua Homero Batista por dois homens armados que o obrigaram a entrar no carro em que estavam, um Corsa preto. Eles tomaram a carteira e o celular do homem rendido e o levaram até a Avenida Flor de Vila Formosa, a cerca de 500 metros do local do sequestro, onde o mandaram sair do carro.

Assim que desceu do veículo, os suspeitos atiraram cinco vezes contra a vítima. O homem foi atingido e caiu, quando se fingiu de morto para evitar que fossem feitos novos disparos. Assim que os criminosos deixaram o local, ele se arrastou e rolou pelo barranco até um campo de futebol do Complexo Esportivo CDC Waldemar Moreno, no mesmo bairro.

De acordo com a Secretaria de Segurança Urbana, uma equipe da Guarda Civil Metropolitana que fazia o patrulhamento preventivo no complexo esportivo foi acionada por um cidadão para a ocorrência de disparo de arma de fogo. A vítima, com ferimentos à bala, foi socorrida pelos bombeiros e encaminhada ao pronto socorro do Hospital Santa Marcelina, em Itaquera, também na zona leste.

A ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio no 58º Distrito Policial (Vila Formosa). O homem não teve a identidade divulgada. Uma perícia foi requisitada e a investigação tenta identificar e prender os autores do crime.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou nesta quarta-feira, 2, um alerta sobre os efeitos de medicamentos à base de semaglutida, como o Ozempic e Wegovy, na saúde da pele.

Além do controle do diabetes e da perda de peso, esses remédios têm demonstrado proteção contra os chamados eventos adversos cardiovasculares importantes e impactos positivos no cérebro, com reduções no risco de Alzheimer e de adicções.

Por outro lado, eles podem causar náuseas, vômitos, diarreia, constipação e dor abdominal. Também já foram detectados reflexos negativos no pâncreas e nas articulações e, como ressalta agora a SBD, na pele e no cabelo.

"Embora os efeitos adversos mais comuns sejam gastrointestinais, em relação à pele, estudos recentes identificaram efeitos menos comuns, mas relevantes. Entre eles estão queda de cabelo (alopecia), alterações na sensibilidade da pele (como formigamento, dor ou queimação) e reações no local da aplicação subcutânea", diz João Renato Gontijo, coordenador do Departamento de Medicina Interna da SBD, na nota da entidade.

Em casos raros, foram relatados penfigoide bolhoso, doença autoimune que causa bolhas no corpo; vasculite leucocitoclástica, doença inflamatória que danifica a parede dos vasos sanguíneos, levando ao surgimento de manchas vermelhas ou roxas na pele; e inchaço em áreas como lábios e pálpebras (angioedema).

Outro aspecto é o impacto da própria perda de peso. O documento afirma que a rápida redução de gordura corporal, inclusive na face, pode resultar em flacidez, rugas e aparência envelhecida. Ela também pode comprometer os níveis de nutrientes essenciais, como proteínas, vitaminas e ácidos graxos, fundamentais para a manutenção da hidratação, elasticidade e barreira cutânea da pele.

"Muitos pacientes percebem um envelhecimento acelerado, que pode ser de 5 a 10 anos, dependendo da quantidade de peso perdido e de fatores individuais, como genética e exposição a fatores ambientais", afirma Daniel Coimbra, coordenador do Departamento de Cosmiatria da SBD, na nota.

Cuidados

"O maior cuidado deve ser sempre relatar qualquer alteração para o médico que prescreveu o medicamento e garantir uma ingestão alimentar balanceada para suprir as necessidades básicas do nosso corpo", afirma Gontijo.

A SBD informa que não existe contraindicação formal para pacientes com doenças dermatológicas preexistentes, mas é recomendado que aqueles com histórico de doenças autoimunes cutâneas, como lúpus ou penfigoide bolhoso, sejam acompanhados pelo dermatologista porque já foram relatados casos de reativação ou surgimento dessas condições durante o uso da semaglutida.

Em relação aos sinais de envelhecimento, os médicos destacam que cuidados básicos, como hidratação e uso do protetor solar, são essenciais. Eles também afirmam que algumas intervenções com acompanhamento especializado, como o uso de bioestimuladores de colágeno, podem ser eficazes.

"O acompanhamento médico interdisciplinar é o ideal, incluindo o dermatológico, para garantir que a perda de peso não comprometa a aparência e a saúde da pele a longo prazo", conclui Coimbra.

Após pressão dos estudantes, foi apresentado um projeto de lei que prevê o fim de um limite máximo para cobertura do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), hoje de R$ 60 mil por semestre para estudantes de Medicina e de R$ 42,9 mil por semestre para os demais cursos. Ainda não há previsão para que o texto seja colocado em votação no Congresso.

O objetivo é de que o financiamento cubra toda a mensalidade dos estudantes, sem necessidade de pagamento de coparticipações, que no caso da Medicina giram em torno de R$ 1 mil a R$2 mil mensais, mas podem chegar a mais de R$ 4 mil a depender da faculdade. Alguns alunos se endividaram para pagar as coparticipações, outros precisaram a abandonar o curso, como mostrou reportagem do Estadão.

Nas outras graduações, a necessidade de complementar o pagamento é mais rara para beneficiados pela modalidade Fies Social, voltado para estudantes de baixa renda.

O projeto protocolado é de autoria do deputado Dimas Gadelha (PT).

O Fies é um programa do governo federal, gerido pelo Ministério da Educação (MEC), que financia as mensalidades a juros zero para estudantes com renda familiar de até 3 salários mínimos por pessoa.

A modalidade Fies Social reserva 50% das vagas totais do programa para estudantes com renda familiar per capita de até meio salário mínimo inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Para esse grupo, o financiamento cobre até 100% do curso (sujeito ao teto) - diferentemente do resto das vagas, em que o financiamento é parcial.

Após a conclusão do curso, o financiamento deve ser pago conforme a realidade financeira do recém-formado, ou seja, a parcela da amortização varia de acordo com a renda - no caso de o profissional não ter renda, será devido apenas o pagamento mínimo.

Nas redes sociais, há um movimento chamado "Fies sem teto", que pressiona o governo para elevar o teto do financiamento. O MEC já disse não ter previsão de aumento, mas o ministro Camilo Santana afirmou, no mês passado, querer regulamentar as mensalidades de medicina para que não haja "cobranças excessivas" - a declaração causou preocupação em faculdades do ramo.

"O Fies é uma política pública essencial para a promoção do acesso, da permanência e da conclusão de estudantes em cursos superiores. Essa afirmação é ainda mais válida quando aplicada aos cursos de Medicina, cujo acesso ainda é restrito aos segmentos mais desfavorecidos da população, bem como é envolto em grande prestígio e confere diploma de uma carreira que proporciona significativa possibilidade mobilidade social", diz o texto do projeto de lei.

Sobre os recursos para arcar com a maior cobertura das vagas do Fies, Gadelha argumenta que não haverá impacto orçamentário caso a medida seja aprovada, pois há sobra de vagas do Fies, as quais já estão previstas no orçamento da União.

"Observe-se que, todo semestre, sobram dezenas de milhares de vagas não ocupadas previstas para beneficiários Fies. Essas vagas ociosas são previstas, anualmente, nos orçamentos da União", diz o deputado.