Casa de Gene Hackman tinha infestação de roedores antes de mortes, diz relatório

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Um relatório do Departamento de Saúde do Novo México revelou que a propriedade do ator Gene Hackman e sua esposa, Betsy Arakawa, em Santa Fé, nos Estados Unidos, apresentava sinais de infestação por roedores. A informação foi divulgada pelo site TMZ nesta segunda-feira, 14.

 

A vistoria foi feita em março, dias após a morte do casal. Betsy morreu em 13 de fevereiro por complicações causadas pelo hantavírus, doença rara transmitida por fezes e urina de ratos. Hackman foi a óbito pouco tempo depois, por problemas cardíacos e Alzheimer - causas não relacionadas à infecção.

 

De acordo com o documento, as autoridades encontraram fezes, ninhos e animais vivos e mortos em veículos, garagens, casas de hóspedes e depósitos localizados no terreno. Também foram encontradas armadilhas nos espaços externos, sinal de que o problema já era conhecido.

 

Apesar do cenário nos arredores, os técnicos consideraram a casa principal segura. Não foram identificados vestígios da presença dos roedores na residência onde vivia o casal, e o local foi classificado como de baixo risco. Ainda assim, foi realizada uma análise para garantir a segurança de socorristas e familiares que estiveram no imóvel.

 

A hantavirose é considerada rara e não é transmitida de pessoa para pessoa. O risco maior está em ambientes fechados e mal ventilados, onde partículas contaminadas podem ser inaladas durante a limpeza ou manuseio de objetos com vestígios de roedores.

 

Relembre a morte do casal

 

No dia 7 de março, as autoridades revelaram que Betsy morreu pelos efeitos do hantavírus, que causa uma doença respiratória e está associado a fezes de roedores, aos 65 anos. A data estimada da morte da pianista é no dia 12 de fevereiro.

 

Já Hackman, de 95 anos, teria morrido uma semana depois, vítima de doença cardíaca. A médica legista chefe Heather Jarrel informou que a doença de Alzheimer foi um fator contribuinte para a morte do ator.

 

As mortes de Hackman e Arakawa foram consideradas como sendo de causas naturais, mas a polícia de Santa Fé ainda não concluiu a investigação, com o objetivo de fazer uma linha do tempo com informações obtidas dos celulares coletados na casa. "O caso é considerado aberto até que tenhamos as informações necessárias para fechar a linha do tempo", disse uma porta-voz à Associated Press.

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja para chuvas intensas em áreas de São Paulo, incluindo a capital paulista, além de trechos do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e algumas cidades do Paraná. O aviso é válido até este sábado, 26, mas pode ser atualizado.

De acordo com o Inmet, são esperadas precipitações de até 100 mm/dia e ventos intensos de até 100 km/h. "Há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas", acrescenta o instituto.

Outro alerta laranja também projeta para a incidência de tempestades ainda nesta sexta-feira, 25, principalmente sobre São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.

O Inmet também emitiu alerta amarelo para a incidência de chuvas intensas com ventos de até 60 km/h para Estados principalmente das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. O aviso válido até sábado incide ainda sobre algumas áreas do Nordeste e do Sul. Outro alerta também amarelo já havia sido divulgado pelo órgão, indicando precipitações intensas nesta sexta-feira.

Cidade de São Paulo

A capital paulista amanheceu chuvosa e com sensação de frio, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura.

"O dia segue com chuvas intermitentes, variando entre moderada e forte intensidade, com raios e rajadas localizadas de vento, o que em conjunto com o solo encharcado mantém elevado o risco para formação de alagamentos, queda de árvores, inundações e deslizamentos de terra", alerta o órgão municipal.

Para os próximos dias, a propagação de uma área de baixa pressão deve causar chuvas generalizadas na Grande São Paulo.

Veja a previsão para os próximos dias, de acordo com a Meteoblue:

Sexta-feira: entre 18ºC e 20ºC;

Sábado: entre 18ºC e 24ºC;

Domingo: entre 19ºC e 26ºC;

Segunda-feira: entre 18ºC e 24ºC;

Terça-feira: entre 16ºC e 20ºC.

Ainda de acordo com a Meteoblue, entre sábado e segunda-feira, 28, a máxima deve ficar entre 24ºC e 26ºC. Para os outros dias da próxima semana, a previsão indica máxima, um pouco mais baixa, na casa dos 20ºC.

Um caminhão tombou na pista expressa da Marginal Tietê na madrugada desta sexta-feira, 25, a 500 metros antes da Ponte Júlio de Mesquita, com ocupação de três faixas, e provocava congestionamento na região ainda no período da manhã.

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), um guincho da companhia está no local para ajudar na ocorrência.

O caminhão já foi colocado de pé novamente. Não há registro de feridos.

Conforme o Corpo de Bombeiros, o caminhão estava carregado de leite em pó, sem vítimas.

A via foi parcialmente interditada e indivíduos tentaram saquear a carga.

A Amazônia Legal teve um aumento de 18% no desmatamento acumulado de agosto de 2024 a março de 2025, em comparação ao período anterior (de agosto de 2023 a março de 2024), segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) divulgados na quinta-feira, 24.

A área desmatada, de 2.296 km², se aproxima à da cidade de São Paulo somada aos municípios do ABC, e é a sexta maior da série histórica para o período, segundo o Imazon.

Procurado pelo Estadão, o Ministério do Meio Ambiente não respondeu até a publicação desta reportagem.

A tendência de alta indicada pela ferramenta pode ser especialmente preocupante no ano em que o Brasil recebe a COP30, que será realizada em novembro em Belém.

O combate ao desmatamento é uma das principais bandeiras ambientais do governo Lula, que mira o compromisso do País de zerá-lo até 2030 para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Área degradada aumentou mais de quatro vezes

Enquanto o desmatamento consiste na remoção total da cobertura vegetal, a degradação florestal é ocasionada pelas queimadas e extração madeireira, que impactam a biodiversidade, a produção de água e o estoque de carbono da floresta, mesmo quando parte dela permanece em pé.

O processo de degradação também facilita a entrada de novos incêndios na mata.

Segundo os dados do Imazon divulgados nesta quinta-feira, a área degradada da Amazônia foi de 34.013 km² no período de agosto de 2024 a março de 2025, uma área 329% - ou seja, mais de quatro vezes - maior em comparação ao acumulado de agosto de 2023 a março de 2024.

O instituto relaciona a alta exponencial na degradação às queimadas que atingiram grandes áreas da floresta amazônica em 2024.

De outubro de 2024 a março de 2025, a área degradada na Amazônia se estabilizou, mas se mantém em um patamar historicamente alto.

Ao longo de 2024, a Amazônia teve a maior taxa de degradação em 15 anos, segundo dados do Imazon.

Ações precisam ser mais estratégicas, diz pesquisadora

O acumulado considera os primeiros oito meses do "calendário do desmatamento", período de agosto a julho, definido em função da estação chuvosa do bioma (de novembro a maio). Historicamente, as maiores taxas de desmatamento no período mais seco (de junho a outubro), por ser mais difícil desmatar, queimar e extrair madeira com chuva). Para a comparação ser justa, o monitoramento mensal compara os números ao mesmo mês do ano anterior.

O SAD é uma ferramenta do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) que monitora mensalmente o ritmo do desmate e da degradação florestal na região e se baseia em imagens dos satélites Landsat 7 e 8, da Nasa, e Sentinel 1A, 1B, 2A e 2B, da Agência Espacial Européia (ESA).

Para a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim, a intensificação das ações de combate e controle nos anos recentes preveniu uma situação mais grave. "O Brasil retomou a pauta ambiental, caso isso não tivesse acontecido a situação do desmatamento e da degradação florestal poderia estar mais crítica", pondera.

Ela afirma que ainda há tempo para reverter o cenário de alta - o período mais seco, com maiores taxas de desmate, começa em junho -, mas é preciso "focar em ações mais estratégicas, direcionando os esforços para as áreas mais pressionadas", diz. Pará, Mato Grosso e Amazonas tiveram no período os maiores aumentos nas áreas desmatadas e degradadas.