Spotify: preços de assinatura podem subir em breve no Brasil; veja valores

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O Spotify vai reajustar os preços de seus planos de assinatura em países da América Latina e da Europa ainda neste ano, segundo o jornal Financial Times. O aumento, previsto para junho, faz parte da estratégia global da empresa para buscar maior lucratividade. Não está claro se o Brasil faz parte dos países afetados. O Estadão procurou a empresa, mas não teve resposta.

 

Segundo a publicação, o valor das assinaturas mensais deverá subir em cerca de € 1, o equivalente a aproximadamente R$ 6,44, conforme a cotação atual. A expectativa é que o plano individual no Brasil passe dos atuais R$ 21,90 para cerca de R$ 28,34. No caso do plano família, o preço deverá ir dos atuais R$ 34,90 para cerca de R$ 41,34. Já a modalidade mais acessível, que hoje custa R$ 11,90, pode subir para aproximadamente R$ 18,34.

 

No mercado brasileiro, o último aumento promovido pelo Spotify aconteceu em agosto de 2023. Desta vez, o reajuste ocorrerá junto a outros mercados da América Latina e da Europa. Nos EUA, o último aumento foi em julho de 2024.

 

De acordo com o Financial Times, executivos pressionam serviços de streaming como Spotify e Apple Music a aumentarem seus preços, argumentando que os valores se mantiveram muito abaixo da inflação nos últimos anos. Em comparação, serviços de vídeo como Netflix cobram mensalidades significativamente mais altas.

 

Nos bastidores, o Spotify também estuda lançar uma categoria "superpremium", com mensalidade adicional de US$ 6 nos EUA, além dos US$ 11 cobrados atualmente. A nova modalidade daria acesso antecipado a músicas e ingressos para shows.

 

Outros players do mercado, como Apple, Amazon e YouTube, também planejam versões premium de seus serviços de streaming de música.

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A CEO da Cúpula das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, Ana Toni, disse nesta terça-feira que houve avanços e sugestões sólidas nas negociações diplomáticas sobre uma transição energética justa no 2º dia de COP30 em Belém (PA).

Em coletiva de imprensa diária, ela afirmou que a COP teve "algumas negociações sobre a transição justa, muito sólidas e concretas sugestões".

"Todos os tópicos são importantes nessa negociação, mas hoje, como eu disse, os dois tópicos que andaram um pouco mais foi o de gênero e o de transição justa. No tópico de gênero, foi pedido para os facilitadores trazerem um novo texto mais limpo. Já há muito corpo no tema de transição justa. O G77 acordou, teve uma posição conjunta no tema do mecanismo para uma transição", afirmou.

Ela atualizou o número de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) de 111 ontem para 112 hoje. Sobre as negociações, ela afirmou que houve também debates longos sobre a agenda da COP30 e que há chances de se acabar o evento com "algum consenso".

"A gente ainda não sabe exatamente qual o formato estão surgindo das negociações, mas certamente as negociações estão sendo intensas. Tenho certeza que a gente vai chegar em algum consenso até o fim do dia", completou.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, criticou a ausência dos Estados Unidos das discussões climáticas e classificou a postura do governo Donald Trump como "burra".

"A China está invadindo a área e vai dominar a próxima grande indústria global. Portanto, estou aqui também por um prisma econômico. Os Estados Unidos da América estão sendo tão burros quanto querem ser sobre este tópico. Mas o Estado da Califórnia não está", disse.

Sob Trump, os EUA deixaram o Acordo de Paris e, pela primeira vez na história, não enviaram uma delegação oficial à Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP).

O governador da Califórnia é um dos líderes locais representando o país no evento, parte de uma coalizão de 24 estados (a U.S. Climate Alliance) que seguem investindo na ação climática e buscando entregar resultados apesar dos retrocessos federais. "É uma desgraça, uma abdicação de liderança. Estamos tentando preencher o vazio", disse.

Ao Estadão, disse que sua missão na COP30 é assegurar que a Califórnia é um "parceiro estável com políticas consistentes" e que tem "uma mão aberta, não um punho cerrado, em relação à política climática e ao crescimento verde de baixo carbono".

Newsom participou de um painel no pavilhão da Alemanha na COP30, em Belém, nesta terça-feira, 11. O governador destacou que a Califórnia se diferencia do "atual ocupante da Casa Branca", em referência a Trump, e é um parceiro estável e confiável.

Ele frisou que investir em soluções climáticas é uma questão econômica e que "risco climático é risco financeiro".

O governador afirmou que a discussão sobre a pauta "tem sido ampliada por administrações democratas e republicanas" e citou lideranças como Ronald Reagan e Richard Nixon, ambos ex-presidentes republicanos, que contribuíram para o papel que a Califórnia desempenha atualmente. "Não é algo ideológico", disse.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, detalhou nesta terça-feira, 11, que será destinado US$ 1 bilhão de financiamento para cidades de países amazônicos com condições favoráveis e elevada carência. O projeto é do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e, na prática, será destinado à chamada resiliência da infraestrutura das cidades e à segurança hídrica, por exemplo.

A ministra disse que a proposta surgiu a partir de conversas sobre a necessidade de um programa específico de médio e longo prazo, considerando os países amazônicos, em tratativas feitas entre a equipe técnica do BID e do Ministério de Planejamento e Orçamento (MPO).

"São subsídios, doações, financiamento, a maior parte é financiamento, para que governadores e prefeitos possam receber doação ou financiar a bioeconomia, a economia verde, mobilidade urbana com transição energética, resolver o problema de saneamento, qualificar e fortalecer as cooperativas de economia verde", exemplificou Tebet em conversa com jornalistas no segundo dia da COP30, em Belém (PA).