Hits do carnaval 2024: Quais músicas não vão parar de tocar este ano? Veja apostas

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O tempo passou e os hits que embalam o carnaval já não são mais os mesmos. Se antes as músicas mais ouvidas na data se concentravam em gêneros como o axé, as marchinhas, o samba-enredo e o frevo, hoje há espaço para todo mundo.

 

Do funk ao sertanejo, ritmos que antes não eram tão associados ao carnaval ganham espaço em festas de rua e, mais importante, se misturam com outros estilos. A lista das apostas do Estadão para as músicas mais ouvidas no carnaval 2024 tem uniões que podem parecer inusitadas: pagodão baiano com funk, funk agronejo e até versões de pop nórdico.

 

Para compor a lista, a reportagem observou músicas que vêm despontando entre as mais ouvidas do Spotify e YouTube e, ainda, mostraram um potencial de crescimento nos charts. É claro que canções mais animadas e dançantes que já foram ouvidas em festas de rua também foram priorizadas.

 

O Estadão conversou com compositores das três primeiras colocadas. Ivete Sangalo, que se apresentou durante o Festival de Verão de Salvador, falou com a reportagem sobre o motivo de Macetando, a primeira colocada na lista, agradar tanto ao público.

 

O carnaval, afinal, é festejado no Brasil todo e o reflete como é: multifacetado. Veja, abaixo e em ordem crescente, as 10 principais apostas dos hits que não devem parar de tocar na data.

 

10. Joga Pra Lua - Anitta, Pedro Sampaio, Dennis

 

Anitta já vem fazendo os seus tradicionais Ensaios para o carnaval e não esconde que Joga Pra Lua é a sua principal aposta. Sua parceria com Pedro Sampaio e Dennis, dono de um dos hits mais explosivos do ano passado, Tá Ok, promete temperar a época com o funk que levou a artista à fama. A cantora até ensinou uma dança para a música em um vídeo que já soma mais de 19 milhões de visualizações no Instagram.

 

 

9. Dia de Fluxo - Agroplay, Ana Castela, Ludmilla

 

Parece até uma parceria inusitada, mas a primeira colaboração entre Ana Castela e Ludmilla reflete uma das misturas mais bem-sucedidas da atualidade: sertanejo com funk - e até uma pitadinha de pagode. A música fez parte das gravações do projeto Agroplay Verão Volume 2, no Rio de Janeiro, e também é uma boa aposta para o carnaval.

 

8. Dentro da Hilux - Luan Pereira, Mc Daniel, Mc Ryan SP

 

Dentro da Hilux é quase onipresente entre as músicas mais ouvidas do Spotify nos últimos tempos e também tem potencial de levar a mistura entre sertanejo e funk para o carnaval. A canção é uma parceria entre MC Ryan SP, MC Daniel, mas o destaque mesmo é Luan Pereira.

 

Graças ao hit, Luan se tornou uma das promessas do funk agronejo e memes sobre o que deve ou não estar "dentro da Hilux" inundaram as redes sociais. A música, que ainda ganhou versões de Bruno Mars e Ariana Grande com inteligência artificial, deve agitar os blocos "com o ritmo tuts tuts".

 

7. Escrito Nas Estrelas - Lauana Prado

 

Depois de Kate Bush ter caído nas graças da Geração Z com Running Up That Hill, chegou a vez da "Kate Bush brasileira". Tetê Espíndola conquistou colocações altas nas paradas musicais com Escrito Nas Estrelas nos últimos tempos depois de a música ganhar uma versão de Márcia Fu.

 

Sim, é a ex-jogadora de basquete, mas foi após uma cena em que entoa o hit no reality A Fazenda que o verso "Caso do acaso, bem marcado em cartas de tarô" ganhou lugar na boca dos jovens. Um pot-pourri na voz de Lauana Prado com uma versão mais dançante da música, porém, é o que domina impressionantes primeiras colocações no Spotify há sete semanas.

 

No pot-pourri, Lauana dedica a inclusão da música à sua mãe. "Isso aqui foi tema na época do casamento da minha mãe e do meu pai", declara a cantora em determinado trecho da gravação, mal sabendo que o hit poderia embalar o carnaval em 2024.

 

6. Pede Pra Eu Ficar - Pabllo Vittar

 

Quem disse que Roxette não tem lugar no carnaval? A cantora Pabllo Vittar revive a famosa dupla dos anos 1980 em Pede Pra Eu Ficar, versão de Listen To Your Heart, que deu um toque bem abrasileirado de forró ao hit sueco.

 

A música é o primeiro single do álbum Batidão Tropical Volume 2, continuação do disco em que a artista explora ritmos do Norte e Nordeste do Brasil. O resultado é um tecnobrega com o tempero perfeito para dançar e cantarolar, além de uma boa dose de romantismo do Roxette.

 

Pabllo não é a primeira a apostar em uma música do duo, que já ganhou versões de artistas como Gusttavo Lima e Gaby Amarantos. Saiba o motivo de haver tantas versões nacionais de canções dos suecos aqui.

 

5. Cama Repetida - Léo Santana, Zé Felipe

 

Léo Santana ostenta uma lista de músicas para o carnaval - no ano passado, ele bombou com Zona de Perigo. Este ano, uma parceria do cantor com o sertanejo Zé Felipe ocupa altas colocações entre as músicas mais ouvidas e promete ser um dos destaques.

 

O hit é uma mistura do pagode baiano do artista com o sertanejo de Zé e faz parte da terceira parte do EP Sofrência ou Fuleragem?, de Léo. A música ainda ganhou um clipe com Lore Improta e Virgínia, mulheres dos cantores. E é claro que tem uma dancinha para aprender e dançar nos bloquinhos.

 

4. Daqui Pra Sempre - Manu Bahtidao e Simone Mendes

 

Mais uma música sueca entra para a lista, desta vez com uma versão feita por Manu Bahtidão. Antiga integrante da Banda Batidão, a alagoana está agora nos holofotes com o tecnomelody Daqui Pra Sempre, versão de Tattoo, da cantora Loreen.

 

A canção é inegavelmente bem sucedida: uma parceria com Simone Mendes, um dos grandes destaques da música nacional do ano passado, e uma mistura de brega e sertanejo. O vídeo de Daqui Pra Sempre conta com impressionantes 222 milhões de visualizações no YouTube.

 

3. Voando Pro Pará - Joelma

 

Voando Pro Pará foi lançada em 2016, mas se tornou um "hit improvável" em 2023. Impulsionada pelas redes sociais, a música chegou a fazer o tacacá, prato típico paraense, a ser a comida mais buscada no Google no ano passado.

 

Isac Maraial, que assina a composição da canção ao lado de Chrystian Lima, Nilk Oliveira e Valter Serraria, não imaginava que a música fosse a voltar a ser tão ouvida, nem que ela fosse ser uma das apostas para o carnaval em 2024. Segundo ele, a faixa - presente no primeiro disco de Joelma após a saída da banda Calypso - sequer foi imaginada para a data.

 

Isac comenta que a música, composta por pernambucanos, foi feita por "uma saudade do Pará". "A gente sempre acreditou que essa música traria muita alegria para a gente", diz ele, que conta que Voando Pro Pará levou dois meses para ser concluída.

 

A explicação para que Voando Pro Pará também tenha seu lugar na data em 2024 é dada também por Isac. Perguntado sobre o que o carnaval deste ano tem de diferente, o compositor responde: "A cara do carnaval 2024 é a mesma cara de sempre".

 

"É a cara da cultura do frevo, das marchinhas, é você cantar o Elefante de Olinda, é o Galo da Madrugada", comenta o músico. Isac até sugere uma nova versão em frevo para Voando Pro Pará. "Carnaval é isso: é alegria", afirma.

 

2. POCPOC - Pedro Sampaio

 

POCPOC chega como uma forte concorrente ao hit de carnaval. A canção, impulsionada por um clipe em que Pedro Sampaio contracena com Deborah Secco, está há sete semanas entre as músicas mais ouvidas do Spotify.

 

Pedro, que assina a composição da música com Carolzinha, Elana Dara e Rafinha RSQ, além de produzi-la, diz que apostou em seu principal estilo, a música eletrônica, com batidas profundas de funk para compor o hit. A faixa, feita como parte de PS2, próximo álbum de estúdio do DJ, não foi imaginada para o carnaval, mas Pedro e Carolzinha avaliam que a música "tem tudo a ver" com a festa.

 

"Quando eu estou fazendo uma música, eu procuro sempre trazer alegria e felicidade para quem está ouvindo. E acho que o carnaval tem muito disso", diz Pedro. "É cara do verão. Não foi intencional, mas acabou casando perfeitamente com essa época do ano", completa Carolzinha.

 

Para eles, o carnaval chega com uma energia diferente, mais "seguro" após a pandemia e com as pessoas querendo festejar ainda mais. "Eu diria que 'autêntico e com sede de viver intensamente' seria uma frase que define bem essa nossa energia do carnaval 2024?, avalia a compositora.

 

Pedro ainda faz apostas: segundo ele, o funk e o pagode baiano estarão mais fortes do que nunca neste ano.

 

1. Macetando - Ivete Sangalo e Ludmilla

 

A grande diva do carnaval, Ivete Sangalo, dá diversos indícios de que Macetando é a sua maior aposta para a época. A canção tem tudo para se tornar o hit da data: uma parceria com Ludmilla, a consequente união do axé com o funk e até um flerte com o fenômeno das dancinhas.

 

O clipe da música foi gravado durante o show de Ivete no Maracanã, no Rio de Janeiro, em comemoração aos 30 anos de carreira da cantora. A faixa faz parte do EP Reivete-se, lançado em dezembro.

 

A letra não esconde o desejo de chegar até o TikTok: "De ladinho, coraçãozinho, manda beijinho pra quem tá filmando", cantam as duas no refrão. O hit é assinado pela própria Ivete, Samir Trindade e Luciano Chaves.

 

Pouco antes de sua apresentação no Festival de Verão de Salvador - em que Ivete, inclusive, entoou o hit -, a cantora falou ao Estadão sobre o motivo de a canção agradar tanto ao público. Segundo ela, Macetando une dois fatores que a fazem ser popular: fala uma linguagem que todo mundo fala e tem uma mensagem de "mulheres poderosas chegando na cena".

 

A artista se diz muito feliz pela recepção do público. "Eu estou feliz que o povo está ouvindo, se divertindo, e todo mundo, de todas as idades, dança. Eu adoro", diz.

Em outra categoria

O 1º trimestre de 2025 foi o mais letal no trânsito no Estado de São Paulo em um período de dez anos. Foram 1.416 mortes de janeiro a março deste ano, 4,3% a mais do que no mesmo período do ano passado, segundo dados do Detran-SP.

A última vez que a quantidade de mortes no trânsito, no 1º trimestre do ano, ultrapassou este número foi em 2015, quando houve 1.567 óbitos nas vias paulistas.

Apesar do aumento da letalidade, o número de acidentes de trânsito caiu neste 1º trimestre em relação ao ano passado, passando de 33,2 mil sinistros para 27,4 mil.

O governo do Estado, por meio do Detran, diz que os resultados abrangem competências de órgãos em nível federal, estadual e municipal. Destaca ainda que em março caíram os óbitos envolvendo bicicleta (-20,9%), pedestre (-14,2%) e automóvel (-1,8%) em relação ao ano passado.

"O Detran-SP trabalha para aumentar a segurança viária por meio da conscientização, ações de fiscalização e criação de políticas públicas. Por isso, reforçou a implementação de campanhas educativas voltadas aos públicos mais vulneráveis do trânsito", informou.

Segundo o órgão, número de condutores fiscalizados este ano aumentou 52% em comparação ao ano passado, com o objetivo de intensificar o combate à embriaguez ao volante.

- Os 1.416 óbitos no trânsito no 1º trimestre equivalem a mais de 15 mortes por dia.

- Desse total, 80% das vítimas são homens.

- Em relação ao veículo, 38% das vítimas estavam em motos; 15% em automóveis; e 14% eram pedestres.

- Domingo é o dia da semana com mais acidentes fatais.

Dados da capital e polêmica do mototáxi

Na cidade de São Paulo, foram 208 mortes no trânsito no 1º trimestre de 2025, ante 220 no mesmo período de 2024. Assim como no Estado, na capital o perfil das vítimas é majoritariamente masculino (83%) e o dia da semana mais letal é o domingo.

O meio de transporte com mais acidentes é a motocicleta (45%), seguido de pedestres (26%).

Na capital, o início do ano foi marcado pelos embates entre a Prefeitura e as empresas de aplicativo, que pressionam para conseguir operar o serviço de mototáxi. A disputa rendeu inúmeras ações na Justiça.

A gestão municipal mantém o impedimento apoiada em um decreto de 2023, e nos dados da letalidade no trânsito. Nunes chegou a lançar um campanha na TV e redes sociais com o depoimento do motoboy Renato Dantas dos Santos, que sofreu um acidente de trânsito e hoje é cadeirante.

As empresas, por sua vez, têm afirmado que a legislação federal e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) amparam o serviço e chegaram a iniciar a operação, mas tiveram que suspender após determinação judicial.

A Prefeitura de São Paulo ainda afirma que, por meio da Secretaria Executiva de Mobilidade e Trânsito (SEMTRA) e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), tem implementado diversas ações para garantir a segurança de todos os usuários do viário urbano.

"Entre as iniciativas, destaca-se a Faixa Azul, projeto pioneiro no Brasil que diminuiu o número de óbitos de motociclistas em 47,2%, passando de 36 em 2023 para 19 em 2024, nos trechos com a faixa. Já são 221,2 km de vias sinalizadas", diz.

Para pedestres, destaca medidas como as Áreas Calmas, com velocidade máxima permitida de 30 km/h; a redução do limite de velocidade de 50 km/h para 40 km/h em 24 vias; o aumento do tempo de travessia nos cruzamentos de 32 importantes vias da cidade; e a implantação de mais de 9 mil novas faixas de travessia para pedestres, além de travessias elevadas em locais estratégicos, reduzindo a velocidade média dos veículos nesses trechos.

"No caso de ciclistas, a cidade tem a maior malha cicloviária do país com 767,7 quilômetros de extensão, e a atual gestão está com um programa de manutenção das ciclovias em andamento para reparos estruturais e de sinalização. A Prefeitura investe também em ações educativas", conclui.

Kleber Meira, CEO da Aena, empresa que opera o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, anunciou nesta terça-feira, 29, que as obras para a construção do novo terminal de passageiros do aeroporto já foram iniciadas. A previsão é que a nova área seja entregue em junho de 2028.

No comunicado, divulgado na rede social LinkedIn, Meira diz que os antigos hangares estão sendo demolidos e que áreas tombadas estão sendo protegidas e serão revitalizadas.

A "sala remota", localizada no piso inferior, está sendo ampliada e inaugurada no final do 1° semestre, informou o empresário.

Parte do terminal atual já foi remodelada, segundo Meira. Dentre eles: a nova sala VIP, a área para motoristas de aplicativos no subsolo, banheiros reformados, novos ônibus elétricos, entre outros.

O terminal de passageiros atual do Aeroporto de Congonhas possui uma área de 64.579 metros2, enquanto o sítio aeroportuário, 1.640.875,65 m2 e o pátio de aeronaves, mais de 77 mil metros2.

De acordo com a Aena, o local tem um fluxo de público que supera os 70 mil passageiros e possui uma frequência, entre pousos e decolagens, de 590 voos por dia. A expectativa da Aena é ampliar o fluxo de 22 milhões de passageiros por ano para 29,5 milhões.

"Agora, iniciamos a construção do novo terminal de passageiros, um projeto que será executado ao longo de três anos. Em junho de 2028, entregaremos à cidade de São Paulo - e ao Brasil - o 'Novo Aeroporto de Congonhas' que tanto precisamos e merecemos", afirma o CEO na postagem.

Conforme mostrou o Estadão no ano passado, quando a Aena anunciou um investimento de R$ 2 bilhões em Congonhas, a previsão é que o novo terminal de passageiros tenha uma área que ultrapasse os 105 mil metros2

O terminal de embarque terá um novo salão de check-in com 72 posições, com possibilidade de chegar a 108, e novo píer com 36 metros de largura e 330 metros de comprimento.

Serão 19 novas pontes de embarque, em substituição às 12 atuais, garantindo 70% ou mais dos embarques diretos às aeronaves.

Além disso, haverá 10 portões de embarque remoto, 13 leitores automáticos de cartão de embarque e aumento de 10 para até 17 canais de inspeção. O projeto prevê ainda portões de embarque reversíveis, capazes de acomodar voos internacionais de acordo com a demanda das companhias aéreas.

No desembarque, será instalado um novo sistema de processamento de bagagens, com 10 carrosséis ante três atualmente, além do aumento de cinco para sete esteiras de restituição de bagagem, totalizando 228 metros de extensão. (Colaborou Elisa Calmon)

O juiz Kenichi Koyama, da 15ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, determinou a suspensão, nesta terça-feira, 29, de uma nova licitação da Polícia Militar (PM) de São Paulo para a compra de 15 mil coletes à prova de balas. A aquisição terá custo de pelo menos R$ 26 milhões.

Na liminar, o magistrado aponta que uma das exigências do edital da licitação "não parece comportar qualquer critério técnico" e que ela não teria outro fim "senão restringir o acesso de fornecedores, em especial nacionais, à pretensa ampla concorrência que se esperaria de um certame internacional".

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a PM não foi formalmente notificada sobre a decisão. A pasta frisou não haver prejuízo à segurança de policiais porque a compra visa substituir os materiais que vencerão no segundo semestre de 2026.

O dispositivo do edital questionado na Justiça obriga as empresas interessadas no contrato a terem certificação emitida por laboratórios acreditados pelo Programa Nacional de Credenciamento de Laboratórios Voluntários (NVLAP/NIST), administrado pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos Estados Unidos.

Além disso, o item exige que os produtos certificados apareçam publicados no site de outro órgão americano, o Instituto Nacional de Justiça (NIJ, na sigla em inglês).

"A vedação não parece comportar qualquer critério técnico, eis que ao invés de se voltar à garantia de aplicação dos ditames, esses sim técnicos, da norma NIJ 0101.06, que poderiam ser certificados por laboratórios brasileiros ou mesmo de outras nacionalidades, volta-se à garantia, ao que parece anticoncorrencial, de que o laboratório emissor da certificação seja vinculado ao NVLAP/NIST, com publicação no site do NIJ, instituições exclusivamente americanas", destacou o juiz.

A avaliação do mercado brasileiro é a de que os critérios nacionais de certificação são até mais rigorosos do que o critério norte-americano, o que torna sem sentido a especificação por órgãos dos Estados Unidos. A principal norma técnica brasileira foi definida em 2021 pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, levando como referência as exigências do NIJ.

A decisão atende a um pedido da Inbra, uma das empresas brasileiras que disputaram o pregão aberto nesta terça. Das dez firmas que disputam o contrato, duas são estrangeiras.

Os preços oferecidos variam de R$ 26 milhões a R$ 106 milhões. O edital prevê uma série de outras etapas na disputa até a compra efetiva dos coletes, mas a licitação seguirá suspensa até o julgamento final do caso.

Uma compra anterior, de um lote de 17 mil coletes, foi vencida pela francesa Protecop. Como mostrou o Estadão, a empresa ganhou a licitação depois de ficar em segundo lugar na disputa de preços e ter um colete perfurado durante teste balístico. A prova foi refeita em uma outra amostra e o item aprovado.