Ailton Krenak tomará posse como imortal da Academia Brasileira de Letras nesta sexta-feira, 5

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O ambientalista, filósofo e poeta Ailton Krenak tomará posse como imortal da Academia Brasileira de Letras nesta sexta-feira, 5, às 20h, na sede da instituição, no Rio de Janeiro.

 

O poeta irá ocupar a Cadeira 5, vaga desde a morte de José Murilo de Carvalho em agosto do ano passado. Ele foi eleito por 23 votos e será recebido pela Acadêmica Heloísa Teixeira.

 

A espada será entregue pelo Acadêmico Arnaldo Niskier; o colar, pela Acadêmica Fernanda Montenegro e o diploma, pelo Acadêmico Antonio Carlos Secchin. A comissão de entrada será formada pelos Acadêmicos Edmar Lisboa Bacha, Joaquim Falcão e Ruy Castro. Já a comissão de saída pela Acadêmica Ana Maria Machado e pelos Acadêmicos Geraldo Carneiro e Antônio Torres.

 

O evento é exclusivo para convidados e terá transmissão ao vivo no site e canal de Youtube da ABL.

 

O novo ocupante da Cadeira 5 disse que tem intenção de convidar a Academia Brasileira de Letras para criar uma plataforma parecida com a Biblioteca Ailton Krenak, que disponibiliza acesso a centenas de imagens, filmes, textos e documentos.

 

"Poderíamos fazer isso com todas as línguas nativas. Teria tudo a ver com a Academia Brasileira de Letras incluir mais umas 170 línguas além do português. Se olhamos os acervos que já existem, o Museu do Índio tem um acervo muito antigo de registros de narrativas, algumas delas só na língua materna. Vamos traduzilas com uma tradução simultânea e as pessoas vão poder ouvir. Podemos fazer isso junto com todas as etnias que estão envolvidas no resgaste linguístico. A UNESCO declarou essa década, a segunda década das línguas indígenas. Podemos chamá-la para dar um pouco mais de publicidade junto com a ABL, porque quando está na web, está no mundo, deixa de estar apenas no site. A ideia é priorizar a oralidade, e não o texto. O que ameaça essas línguas é a ausência de falantes", afirmou Krenak no dia da eleição.

 

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja para perigo de chuvas intensas em ao menos 10 Estados brasileiros. O aviso emitido na manhã deste sábado, 18, é válido até as 10 horas da manhã de domingo.

Segundo o instituto, deve haver precipitação de 50 a 100 mm ao dia e ventos com intensidade entre 60 a 100 quilômetros por hora, provocando riscos de cortes de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

O alerta abrange a maior parte do Estado de São Paulo, assim como parte de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Amazonas e Rondônia.

De acordo com o Inmet, também há alerta amarelo de perigo potencial para chuvas intensas em outras áreas dos Estados já mencionados, e também a leste do Rio Grande do Sul - na região de Alegrete, que enfrenta uma onda de calor - Goiás e Distrito Federal, parte do Piauí e do Acre.

Na tarde e noite de sábado, a previsão na capital paulista é de pancadas de chuva e trovoadas isoladas. Para domingo não há previsão de chuva na capital, apenas muitas nuvens. A temperatura se mantém entre a mínima de 21ºC e a máxima de 32ºC.

Uma nuvem gigante com formato em espiral, semelhante a um tornado, ficou visível na região de Sorocaba, interior de São Paulo, na tarde de sexta-feira, 17. O fenômeno pôde ser avistado em cidades vizinhas, como Votorantim, Salto de Pirapora, Alumínio e Itapetininga e assustou moradores, segundo relatos.

De acordo com a Defesa Civil do Estado, a tempestade é uma supercélula e assume a forma observada devido à rotação do vento dentro da nuvem. Pode produzir ventos fortes, granizo e chuva intensa e persistente, com algumas horas de duração.

Já a nuvem é chamada de nuvem prateleira e se forma quando o ar mais quente se eleva sobre uma camada de ar frio. O ar aquecido condensa rapidamente, criando seu aspecto característico.

Segundo a empresa de meteorologia Metsul, uma massa de ar tropical quente e úmida sobre o Estado de São Paulo foi o que propiciou a formação do fenômeno.

A rotação na supercélula é causada pelo cisalhamento do vento: uma diferença na velocidade e direção dos ventos em diferentes altitudes. A corrente de ar ascendente forma um mesociclone, um vórtice de ar que circula dentro da tempestade.

Já o rápido deslocamento das nuvens prateleira é capaz de produzir ventos muito fortes antes da chegada da tempestade.

As fortes chuvas em Santa Catarina deixaram 320 pessoas desabrigadas e outras 995 desalojadas, informou a Secretaria da Proteção e Defesa Civil do Estado neste sábado, 18. Alagamentos, deslizamentos e danos de infraestrutura fizeram 13 municípios declararem situação de emergência, incluindo a capital, Florianópolis.

A previsão do tempo para este sábado é de mais chuva. Segundo a Defesa Civil, à tarde haverá formação de áreas de instabilidade, pancadas de chuva, temporais isolados, raios, rajadas de vento e eventual granizo, especialmente no litoral catarinense. No domingo e na segunda, o órgão prevê a chegada de uma frente fria que trará temporais mais intensos.

O Corpo de Bombeiros do Estado alerta para risco de deslizamentos, principalmente na Grande Florianópolis e no litoral norte. Como o solo já está saturado e há previsão de mais chuva neste e nos próximos dias, a corporação pede que a população fique alerta.

"Recomendamos que as pessoas que vivem em encostas ou áreas já afetadas pelas chuvas fiquem atentas a sinais de perigo, como trincas no solo ou movimentação de terra", declarou o tenente-coronel Zevir Aníbal Cipriano Júnior. "Caso percebam qualquer indício de risco, é fundamental buscar imediatamente um local seguro".

A Defesa Civil informa que o risco de danos estruturais é elevado. A orientação é:

- Evitar atravessar ruas alagadas e pontes submersas;

- Procurar abrigos seguros;

- Evitar áreas de risco, como morros e encostas;

- Ficar atento a árvores inclinadas e rachaduras em postes e muros, que podem indicar risco de queda.

Os municípios de Biguaçu, Camboriú, Itapema, Porto Belo, Tijucas e Balneário Camboriú receberam apoio emergencial da Defesa Civil. Em Biguaçu, foi registrado o maior volume de chuva: 434,8 mm em 48 horas. Em Florianópolis, o acumulado de chuva é de 375,6 mm.

O Corpo de Bombeiros informou que mobilizou cinco forças-tarefas; foram atendidas 433 ocorrências em 37 municípios desde o início da crise. São empregados na ação 330 bombeiros militares e comunitários, 94 viaturas e ?48 embarcações.

Veja abaixo as cidades que decretaram emergência no Estado:

- Camboriú;

- Tijucas;

- Biguaçu;

- Florianópolis;

- Porto Belo;

- Ilhota;

- Balneário Camboriú;

- São José;

- Palhoça;

- Governador Celso Ramos;

- Itapema;

- São Pedro de Alcântara;

- Gaspar