Como o Rock in Rio 2024 pretende doar 1,5 milhão de refeições e ajudar 250 famílias

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O Rock in Rio anunciou, durante evento na segunda-feira, 29, duas ações sociais: um projeto de auxílio a favelas que será desenvolvido pela ONG Gerando Falcões, com o apoio da Gerdau e da Fundação Grupo Volkswagen, e um projeto de combate à fome liderado pela ONG Ação da Cidadania.

 

O projeto de auxílio a favelas é o mesmo que o The Town, festival organizado em São Paulo pela mesma empresa que produz o Rock in Rio, adotou em 2023, quando passou a atender 290 famílias da favela do Haiti, em São Paulo, na Vila Prudente (zona leste de SP), por meio do projeto Favela 3D (Digital, Digna e Desenvolvida), criado pela Gerando Falcões.

 

Na versão carioca do projeto, serão atendidas inicialmente 250 famílias (cerca de 1.200 pessoas) do Buraco e Sessenta, regiões da favela do morro da Providência, no centro da capital fluminense. O objetivo é oferecer qualificação profissional a 150 famílias e proporcionar dignidade a outras 125, empregando 95% das pessoas atendidas.

 

"Além disso, também queremos formar 20 jovens e lideranças comunitárias para seguir com o trabalho, mesmo após o fim do projeto. Teremos ainda uma intervenção física, a partir do urbanismo social, em um espaço coletivo", afirma Edu Lyra, fundador e presidente da ONG Gerando Falcões e criador do projeto Favela 3D.

 

No Rio, o projeto terá duração de dois anos e será realizado pela ONG Entre o Céu e a Favela, que integra a rede Gerando Falcões. Já a Ação da Cidadania, parceira antiga do Rock in Rio, vai atuar no combate à fome. Segundo a ONG, 64 milhões de brasileiros têm algum grau de insegurança alimentar e, dentre essas, 8,1 milhões realmente não têm comida.

 

Para dar início e estimular o movimento, o Rock in Rio se comprometeu a doar 1,5 milhão de refeições, e a meta é ampliar esse número por meio de doações.

 

'Deixa o Coração Falar'

 

O Rock in Rio lançou uma música para marcar a edição deste ano, quando serão comemorados os 40 anos do primeiro festival. Deixa o Coração Falar foi composta por Zé Ricardo, curador do festival, e mais de 60 artistas brasileiros foram reunidos para a gravação do clipe da canção.

 

Os direitos dos artistas participantes serão destinados às duas ONGs parceiras do festival - Gerando Falcões e Ação da Cidadania. O Rock in Rio também vai criar produtos licenciados que terão seus lucros revertidos em doações, além de promover leilões de instrumentos musicais autografados. O público poderá fazer doações pelo site oficial do Rock in Rio e durante a compra de ingressos.

 

"Nesses mais de 30 anos de Ação da Cidadania, o Roberto Medina (criador do Rock in Rio) e sua família sempre foram grandes parceiros nas campanhas contra à fome e às desigualdades sociais. O Rock in Rio, mais uma vez, vai mobilizar o público e toda a sociedade civil para tirar o Brasil do mapa da fome. E contar com tantos artistas incríveis tornará esse movimento ainda maior", comemorou Daniel Souza, presidente do Conselho da Ação da Cidadania.

 

"Está na hora da gente mobilizar mais uma vez as pessoas, assim como fizemos em 1985, pós-ditadura, e em 2001, quando paralisamos todas as emissoras de rádio e TV por três minutos para provocar as pessoas a refletirem sobre o papel de cada um de nós na construção de um mundo melhor.

 

O Rock in Rio sempre foi disruptivo ao unir na Cidade do Rock as mais diferentes tribos. Para esta edição, em que celebramos os nossos 40 anos de história, este movimento será ainda maior e mais potente. Não é sobre música, mas sobre pessoas. Vamos nos abraçar e cantar, pela união, pela paz, pelo combate à fome e no combate à pobreza", afirmou Roberto Medina, presidente da Rock World, empresa que criou, organiza e produz o Rock in Rio e o The Town.

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A Polícia Civil de São Paulo investiga o desaparecimento de um homem, de 27 anos, no domingo, 29, no bairro Caiçara, em Praia Grande, litoral de São Paulo. As investigações seguem em andamento para tentar localizar a vítima.

De acordo com o boletim de ocorrência, o homem desaparecido e um amigo teriam saído para comprar drogas, quando se envolveram em uma confusão.

"O amigo conseguiu fugir, não sabendo mais do paradeiro do desaparecido. O celular do homem foi localizado no dia 1º, em Mongaguá", disse a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo.

O caso foi registrado como desaparecimento de pessoa na Delegacia Eletrônica e encaminhado ao 3º DP de Praia Grande, que atua para encontrar o homem e esclarecer os fatos.

A SSP não divulgou o nome da vítima. Dessa forma, os familiares não foram localizados.

Uma festa de réveillon na Ilha da Gigoia, no Rio de Janeiro, pode terminar em processo. Um grupo de cerca de 30 pessoas registrou boletim de ocorrência por se sentir lesado pela organização do evento. Os consumidores relatam superlotação, falta de estrutura e segurança. O Estadão procurou a organização da festa, mas não obteve resposta.

Fotos e vídeos feitos pelos participantes do evento mostram a cozinha suja, com lixo acumulado, restos de comida pelo chão e botijões de gás expostos. Além disso, há imagens das bandejas de comida totalmente vazias, brigas dentro da piscina, e o ambiente superlotado. Um vídeo feito durante a virada mostra fogos de artifício sendo detonados sob uma lona, com risco potencial para os participantes.

O caso está sendo investigado pela 16ª DP (Barra da Tijuca) e, segundo a Polícia Civil, os denunciantes serão ouvidos para esclarecer o caso.

A festa foi realizada no restaurante "La Ilha" e participantes adquiriram ingresso do produtor Bruno Pacheco. Os consumidores pagaram entre R$ 300 e R$ 600 nos ingressos do evento. Na propaganda, publicada no Instagram, os organizadores prometem bebida liberada com vários tipos de cerveja, gin, whisky, vodka, água tônica, estação de drinks, entre outras. Fazem propaganda ainda de comidas: coxinha, enroladinho, mini pizza, camarão, comida japonesa, massas, frios e frutas.

Segundo ela, logo na chegada ao evento já houve um cenário de caos devido à superlotação, com pessoas quase caindo na água. Após entrar no evento, o quadro se agravou:

"Eram praticamente duas mil pessoas para um espaço que comportava no máximo 600 pessoas. Não tinha segurança suficiente, eram seis seguranças para duas mil pessoas, não tinha bombeiro, não tinha guarda-vidas, não tinha água nos banheiros, não tinha papel higiênico", descreve ela. "Meia noite estouraram os fogos de artifício em cima de lona, a ponto de explodir e pegar fogo naquele local."

Amayris relata que as pessoas nem sequer conseguiam deixar o local, porque os barqueiros "sumiram".

A advogada Carolina Fernandes, que é uma das profissionais que representa o grupo, afirma que tanto o restaurante quanto o produtor da festa serão acionados para responder na esfera cível e também criminal. Carolina afirma que, de acordo com o relato dos clientes, pessoas passaram mal e não receberam atendimento médico devido. Não havia macas nem bombeiros no local, e pessoas tiveram que aguardar por atendimento no chão. Havia a promessa de área kids para receber as crianças no evento, o que não foi oferecido.

"No caso dos produtores, há indícios da má gestão, descumprimento das ofertas divulgadas e falhas na organização do evento, o que pode configurar crimes como estelionato, onde vai ficar comprovada a intenção de enganar os consumidores com promessas que sabiam que não poderiam ser cumpridas", explica.

Além do crime de estelionato, a equipe de advocacia pretende acionar os organizadores por oferecerem perigo para saúde em um ambiente sem devida segurança, alimentação de má qualidade, entrega de produtos estragados. De acordo com Carolina, caso seja comprovada a intoxicação alimentar, os organizadores também serão acionados por lesão corporal.

"No âmbito cível, além de solicitar a restituição integral dos valores pagos, nós vamos requerer a indenização por danos morais e materiais, considerando não apenas os prejuízos financeiros, mas também o abalo emocional e os riscos à saúde enfrentados pelos participantes. Nosso pedido na justiça busca a reparação efetiva para cada pessoa lesada e responsabilização dos envolvidos, para que situações como essa não se repitam", afirma.

O Estadão procurou o PROCON-RJ, mas ainda não obteve resposta.

Um suspeito que estava sendo perseguido por policiais militares foi arrastado sobre o asfalto após cair da motocicleta. A abordagem aconteceu na quinta-feira, 2, na Rua Anecy Rocha, no bairro Iguatemi, na zona leste da capital paulista.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, na ocasião, o homem, que trafegava sem capacete, desobedeceu a ordem de parada e fugiu dos policiais, caindo da moto.

"As imagens são analisadas pela Polícia Militar, que apura todas as circunstâncias dos fatos e tomará as medidas cabíveis em relação à conduta dos policiais envolvidos na ocorrência", disse a SSP.

Conforme vídeo obtido pela TV Globo, é possível ver o momento em que o suspeito perde o equilíbrio em cima da moto e colide contra um poste. Após cair, os policiais militares chegam em seguida, também de motocicletas. Um dos agentes avança com o próprio veículo em direção ao homem. Em seguida, outro agente arrasta o suspeito pelo asfalto da Rua Pirâmide dos Piques, que é uma travessa da Rua Anecy Rocha.

O nome do suspeito não foi divulgado e, por isso, a defesa dele não foi localizada.