Diretor Mohammad Rasoulof, vencedor do urso de ouro, é condenado a oito anos de prisão no Irã

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O diretor de cinema Mohammad Rasoulof, que venceu o Urso de Ouro em 2020 por There Is No Evil, foi condenado a oito anos de prisão e flagelação por crimes contra a segurança nacional no Irã.

 

A informação foi confirmada por seu advogado na última quarta-feira, 8. No X (antigo Twitter), Babak Paknia alegou que um tribunal iraniano considerou os filmes e documentários de Rasoulf como "exemplos de conluio com a intenção de cometer um crime contra a segurança do país".

 

Além disso, o diretor também teve sua propriedade confiscada e terá de pagar uma multa não especificada.

 

Além do Urso de Ouro, Mohammad também foi reconhecido em Cannes, em 2017, pelo seu filme A Man of Integrity. A Semente do Figo Sagrado, trabalho mais recente do diretor, deve estrear na próxima semana na próxima edição do festival.

 

Antes dessa condenação, ele e sua equipe de produção já haviam sido pressionados pelo governo iraniano. Seu advogado afirmou que alguns atores foram interrogados e impedidos de deixar o país. As autoridades também solicitaram que Rasoulf retirasse o filme do festival.

 

Babak Paknia também usou suas redes sociais para revelar que não sabe se o diretor estará presente na exibição do longa-metragem no Cannes.

 

De acordo com a Human Rights Watch, ele já havia sido condenado a um ano de prisão em 2022. No mesmo ano, um tribunal também proibiu Mohammad de fazer filmes sob a acusação de "propaganda contra o sistema".

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O presidente americano Joe Biden desembarca no Brasil neste domingo, 17, para uma visita histórica à Amazônia. Em anúncio feito neste domingo, 17, a Casa Branca se compromete com a destinação de outros US$ 50 milhões (cerca de R$ 290 milhões) ao Fundo Amazônia. Com o valor, no entanto, o democrata deve encerrar o mandato sem conseguir cumprir a promessa de destinar US$ 500 milhões à Floresta.

Biden, que vem ao Brasil para participar do G-20 no Rio de Janeiro, será o primeiro presidente incumbente dos EUA a visitar a região Amazônica em 200 anos de relação bilateral entre os países.

O Fundo Amazônia é o esforço de cooperação internacional mais significativo para preservar a floresta tropical, financiado principalmente pela Noruega.

Congresso

O valor anunciado neste domingo ainda precisa ser submetido ao Congresso dos EUA, que terá as duas casas de maioria republicana a partir de 2025. Biden deixa a presidência em janeiro do ano que vem, quando Donald Trump assume a Casa Branca e terá seu partido no comando do Congresso. O republicano promete retirar os EUA novamente do Acordo Climático de Paris e reverter as políticas ambientais do antecessor.

O governo Biden anunciou no ano passado que planejava contribuir com US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia ao longo de cinco anos. O anúncio foi feito em abril de 2023, e aconteceu depois de os americanos terem frustrado o governo brasileiro ao indicar quem que destinariam US$ 50 milhões ao fundo - a cifra foi considerada baixa pela diplomacia do Brasil e por especialistas na questão climática.

Desta vez, o americano prometeu outros US$ 50 milhões, ainda sujeitos a aprovação pelo Congresso. A autorização do legislativo dos EUA deve ocorrer em momento hostil à pauta climática, já sob o governo Trump.

"É importante para um presidente em exercício visitar a Amazônia. ... Isso demonstra um compromisso pessoal do presidente", disse Suely Araújo, ex-diretora da agência brasileira de proteção ambiental e coordenadora de políticas públicas da organização sem fins lucrativos Observatório do Clima. "Dito isso, não podemos esperar resultados concretos dessa visita."

Ela duvida que um "único centavo" seja destinado ao Fundo Amazônia quando Donald Trump estiver de volta à Casa Branca.

Trump já classificou a mudança climática como uma "farsa" e disse que eliminará as regulamentações de eficiência energética do governo Biden.

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A Casa Branca de Biden anunciou no domingo uma série de novos esforços com o objetivo de fortalecer a Amazônia e conter o impacto das mudanças climáticas.

Entre as ações está o lançamento de uma coalizão financeira que busca estimular pelo menos US$ 10 bilhões em investimentos públicos e privados para restauração de terras e projetos relacionados à bioeconomia até 2030, e um empréstimo de US$ 37,5 milhões para a organização Mombak Gestora de Recursos Ltda. para apoiar o plantio em larga escala de espécies de árvores nativas em pastagens degradadas no Brasil.

Biden também assinará uma proclamação dos EUA designando o dia 17 de novembro como o Dia Internacional da Conservação, e destacará em comentários durante a visita que os EUA estão no caminho certo para atingir um gasto de US$ 11 bilhões em financiamento climático internacional em 2024, um aumento de seis vezes em relação ao início de seu mandato.

Politicamente enfraquecido após a derrota democrata nas eleições, Biden busca com a visita ao Brasil firmar a marca anti-crise climática do seu governo.

(Com Associated Press)

A prefeita de Freetown, capital de Serra Leoa, Aki Sawyerr, foi incisiva sobre a origem dos recursos para enfrentamento das mudanças climáticas e infraestruturas resilientes nas cidades. Segundo Sawyerr, os recursos devem vir dos "países que causam desastres", disse em referência a países desenvolvidos.

"Aqueles que emitem menos gases estufa estão sofrendo com secas, queimadas, enchentes. Então os países que causam os desastres têm que ser aqueles que pagam o maior preço", afirmou. Ela falou a jornalistas ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes, no encerramento da cúpula do Urban 20, fórum que reúne mais de 80 prefeitos de cidades do G20.

"A pergunta de US$ 1 milhão é: de onde vêm os recursos? Não sabemos. Estamos entregando (a questão) justamente para o G20, que tem a resposta. Existe fundo de danos da COP-28 e os mecanismos estão posicionados", disse em tom de cobrança.

A fontes de recursos para ações ligadas ao clima é um dos debates centrais do G20 no Brasil, com os países emergentes e de baixa renda apontando o ônus para os países ricos, enquanto uma parte deles, como europeus, defendem uma mudança nos termos de acordos anteriores para incluir os emergentes na conta. o governo brasileiro e sua presidência no G20 tem sido vocal na necessidade de financiamento advindo do mundo desenvolvido, sobretudo para a preservação de florestas como a Amazônica.

Sobre a origem dos recursos para cidades, Paes minimizou ao dizer que eles existem em bancos multilaterais e que a maior preocupação deve ser a arquitetura de um fundo garantidor para permitir que cheguem às prefeituras de forma mais rápida, sem pesar nas contas nacionais dos governos centrais.

O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a injeção de mais de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia, com o intuito de conservar a floresta amazônica. "Os Estados Unidos estão anunciando US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, o que elevará as contribuições totais dos EUA para o Fundo Amazônia para US$100 milhões, sujeito à notificação do Congresso", afirmou a Casa Branca, em comunicado.

No comunicado à imprensa é reforçado ainda que o governo Biden, juntamente com o BTG Pactual e mais 12 parceiros, está anunciando o lançamento da Coalizão Financeira de Restauração e Bioeconomia do Brasil. A coalizão pretende mobilizar pelo menos US$ 10 bilhões em investimentos públicos e privados para projetos de restauração de terras e relacionados à bioeconomia até 2030.

A Casa Branca também destacou o apoio da administração Biden à Iniciativa Tropical Forest Forever Facility (TFFF) - um novo fundo de US$ 125 bilhões para conservar as principais florestas do mundo -, proposta pelo governo Lula.

"A TFFF atrairá capital privado substancial e fará uma contribuição significativa para a conservação das florestas tropicais. Os Estados Unidos estão anunciando apoio para ajudar a finalizar o trabalho técnico e analítico necessário para projetar e configurar a Facility", ressaltou.

Neste domingo, Biden realiza visita a Manaus e deve se reunir com lideranças indígenas, antes de seguir para o Rio de Janeiro, para a cúpula do G20. Ele é o primeiro presidente americano em exercício a visitar a Amazônia.