Chitãozinho e Xororó transforma Ibirapuera em bailão sertanejo durante show no Festival Turá

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Em um dia tão diverso quanto uma tarde do programa Cassino do Cacrinha nos anos 1980, o primeiro dia da terceira edição do Festival Turá, neste sábado, 29, criou grande expectativa para a estreia da dupla Chitãozinho & Xororó em um festival de brasilidades.

 

Foi a primeira vez em 54 anos de carreira que os irmãos se apresentaram dentro do Parque Ibirapuera.

 

Com um line-up mal amarrado, parte do público deixou o festival logo após a apresentação da banda Fresno, show que precedeu o dos sertanejos.

 

Mas quem ficou correspondeu à importância da dupla, cantando sucessos como 60 Dias Apaixonado, música que levou a dupla ao sucesso, nos anos 1980, e De Coração Pra Coração. Foi ver interessante os leques, tão comuns agora nos festivais, marcando o ritmo das canções Página Virada e Baile de Peão. Na segunda, uma névoa de poeira subiu do castigado gramado do parque. Era o povo dançando. A metrópole não está de costas ao interior.

 

Lucas Fresno voltou ao palco para cantar com a dupla Brincar de Ser Feliz, em participação não anunciada. Delírio na plateia.

 

O público também acompanhou os floreios vocais da dupla em Galopeira e Vá Pro Inferno Com Seu Amor, tocadas em estilo modão.

 

Por fim, a catarse em Evidências, o grande hit da música sertaneja - chamada de segundo Hino Nacional, sem exagero.

 

Salvo o já sabido sucesso da dupla, chama a atenção a qualidade vocal que Chitão e Xororó conservaram até aqui, ao contrário de outras duplas até com menos tempo de estrada que eles.

 

Se a produção do Rock in Rio ainda tem receio do que será o show da dupla no festival em setembro - a apresentação dos irmãos foi alocada em um ainda não bem explicado show chamado Pra Sempre Sertanejo - a passagem deles pelo Turá pode dar uma boa pista, guardadas as diferenças de cidade e as características do público de cada festival.

 

Sábado teve aclamação para Fresno e reclamação de Zeca Baleiro

 

Antes da dupla, quem subiu ao palco foi a banda Fresno, novamente em alta com o ressurgimento do movimento emo - como bem demonstrou o acolhimento da plateia -, do qual eles são os principais representantes no Brasil.

 

A banda tocou músicas como Porto Alegre, Diga e Agora Deixa. Do recém-lançado álbum Eu Nunca Fui Embora, a banda tocou Me and You e Camadas, que já estavam na boca dos fãs - ou dos "asdombradrinhos", como Lucas Fresno, o vocalista, os chama. Tudo muito fofo.

 

Com a convidada, Pabllo Vittar, a Fresno tocou Disk Me e K.O. do repertório dela, e Eu Te Amo/Eu Te Odeio, que eles gravaram juntos. A liga foi total.

 

O primeiro grande show do dia foi o que juntou Zeca Baleiro e Chico César em torno do repertório do álbum, que eles fizeram juntos.

 

Baleiro reclamou do horário em que eles foram alocados no line-up, às 14h. "Isso é horário de comer", disse. Depois, afirmou que não ficaria para o show da dupla Chitãozinho & Xororó. "Vou para casa assistir Renascer".

 

Em seguida, a Banda Uó fez sua volta aos palcos com seu pop dance que empolgou a plateia.

 

Show também esperado pelo público, a Nação Zumbi escolheu o festival para dar início à turnê 30 Anos de Da Lama Ao Caos.

 

A apresentação agradou a um público nostálgico e carente de um show mais "pesado" nesse primeiro dia do festival.

 

Representantes fiéis da cultura pernambucana, mesmo com as antenas voltadas para o mundo - a essência da Nação Zumbi e do movimento manguebeat - a banda levou ao palco um caboclo de lança do maracatu rural de Pernambuco. "Procurem conhecer", disse o vocalista Jorge Du Peixe.

 

O Turá prossegue neste domingo, 30, com shows de Adriana Calcanhoto, que convida o cantor Rubel, Alcione e Djavan.

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Um homem foi encontrado na quinta-feira, 14, morto no poço de elevador de um shopping em Curitiba, no Paraná.

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Ao Estadão, a PCPR informou que está investigando o caso e aguardando o laudo pericial. As imagens de câmeras de segurança estão sendo coletadas para análise.

De autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), foi elaborada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da da escala de trabalho 6x1 (seis dias de trabalho, um de descanso). A deputada formalizou uma iniciativa do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), do vereador Rick Azevedo, eleito pelo PSOL no Rio de Janeiro.

Resumidamente, o que a medida propõe é acabar com a jornada de 44 horas de trabalho semanais vigente desde a Constituição de 1988. Há 81 anos, com Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada e publicada em 1943, no governo de Getúlio Vargas, a carga horária era de 48 horas. A intenção é reduzir o limite atual 36 horas semanais. O texto obteve apoio de quase metade dos 513 deputados federais. Para ser aprovado, de fato, precisa de 308 votos favoráveis. Após protocolada, a proposta começa a ser discutida na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara.

O texto proposto propõe mudar o inciso XIII, do artigo 7° da Constituição do País. Atualmente é: "duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho". Passaria a: "duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e trinta e seis horas semanais, com jornada de trabalho de quatro dias por semana, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho". Veja, abaixo, um glossário com termos usados na discussão.

CLT

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é uma lei que trata dos direitos do trabalho e processual do trabalho. A carta foi criada apelo Decreto-Lei n.º 5 452, de 1 de maio de 1943 e sancionada pelo então presidente da República Getúlio Vargas durante o período do estado Novo (1937 e 1945). A CLT unificou toda a legislação trabalhista que existia no Brasil. Está em vigor desde 9 de agosto de 1943. A jornada de seis dias de trabalho, com um de folga, foi instituída com a CLT, que originalmente fixou 48 horas semanais. A Constituição de 1988 reduziu para 44 horas.

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara (CCJC) é uma comissão permanente da atividade legislativa da Câmara dos Deputados, formada por até 66 membros. Atualmente, é composta por 64 deputados e presidida pela Deputada Federal Carol de Toni (PL-SC). O objetivo da comissão é analisar diversas propostas de legislação, tais como projetos de leis e de emenda à Constituição.

Escala 6x1

Vigente há 81 anos no País, desde que a CLT foi publicada, em 1943, a escala 6x1 prevê a jornada de 44 horas de trabalho semanais, com seis dias de trabalho na semana e uma folga. É muito comum no comércio em estabelecimentos diversos tais como lojas, shoppings, supermercados, serviços, bares, restaurantes, entre outros.

Escala 4X3

Neste tipo de escala, as pessoas trabalham quatro dias por semana, normalmente de terça a sexta-feira. Neste ano, foi feito um experimento com 21 empresas de várias partes do País para testar a viabilidade do modelo. Destas, 19 decidiram seguir com a redução de tempo, mantendo o modelo proposto, ampliando o tempo de teste ou fazendo adaptações. A ideia é alcançar 100% de produtividade, trabalhando 80% do tempo e com 100% do salário.

Jornada de trabalho

A jornada de trabalho é o tempo diário que o funcionário fica disponível para a empresa. Isso está definido no Direito do Trabalho. De acordo com a Constituição Federal, no artigo 7º, a jornada padrão é de 8 horas por dia e 44 horas por semana. Esse é o máximo de horas permitido para o trabalho regular, somando 220 mensais trabalhadas.

Movimento Vida Além do Trabalho (VAT)

O Movimento Vida Além do Trabalho, também conhecido apenas como Movimento VAT e que autodenomina uma iniciativa socialdemocrata, propõe mudanças na legislação trabalhista no Brasil, destacando os impactos negativos da escala de trabalho 6x1. Proposta do vereador Rick Azevedo, o tema ganhou força com uma petição pública online, simbolizando um levante contra a exacerbação da desregulação da jornada de trabalho no País.

Proposta de Emenda à Constituição (PEC)

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), como o nome já diz, é uma proposição do Poder Legislativo que visa uma alteração na Constituição Federal do País. Para entrar em vigor requer a aprovação, e dois turnos, da maioria absoluta de senadores e deputados. No Senado, vai apenas para a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ), que dará parecer sobre todos os seus aspectos. Quando chega ou é criada na Câmara dos Deputados, é enviada, antes, à Comissão de Constituição e Justiça e de Redação (CCJ). Aprovada na CCJ, o presidente da Câmara cria uma Comissão Especial para o chamado exame de mérito.

A defesa de João Fantazzini, tutor do cachorro Joca, recorreu à Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo para reabrir o inquérito que apurou as causas da morte do animal, ao considerar que houve falha na investigação. O Golden Retriever de cinco anos morreu em abril enquanto era transportado em um voo de Fortaleza para Guarulhos.

Procurada, a Gol, que chegou suspender por 30 dias o serviço de transporte de cães e gatos para viagens no porão das aeronaves, diz que "contribuiu com a apuração dos fatos junto às autoridades competentes e respeita a decisão judicial". A reportagem entrou em contado com a Secretaria da Segurança Pública de SP e aguarda retorno.

O caso foi arquivado pela Justiça em outubro após o Ministério Público de São Paulo não encontrar evidências de maus-tratos contra Joca.

De acordo com um documento ao qual o Estadão teve acesso, a defesa alega que o arquivamento ocorreu sem que fossem realizadas diligências essenciais "como a análise das imagens de câmeras de segurança, fotos apresentadas pelo funcionário responsável da retirada do animal no momento da chegada da aeronave no aeroporto de Fortaleza, onde restou provado que a caixa de transporte não seguiu qualquer protocolo de segurança."

A petição ainda afirma que "tais elementos são fundamentais para averiguar se houve crime de maus-tratos, e sua ausência impede uma conclusão justa e embasada dos fatos."

O documento também aponta que no relatório da investigação consta que a caixa em que o cachorro era transportado teria sido derrubada no solo no momento do desembarque em São Paulo.

Questionado, o advogado Marcello Primo, que defende João Fantazzini, confirmou, em nota, que recorreu à Procuradoria.

"A defesa do tutor do cachorro (Joca) o João Fantazzini, confirma que na quarta feira passada entrou com a petição de recurso para Procuradoria Geral de Justiça, a remessa dos autos ao Procurador-Geral de Justiça, para que, no exercício das suas atribuições, reexamine a decisão de arquivamento e determine a reabertura do inquérito policial, com a devida investigação das responsabilidades pelo óbito do animal", afirma Primo.

Histórico

Na época, o animal deveria ter sido transportado em um voo partindo de Guarulhos (SP) para Sinop (MT) junto com o seu tutor, João Fantazzini. Um erro operacional da empresa Gollog, da Gol, durante o embarque, acabou separando os dois e levou Joca para a capital cearense por engano. Por conta da falha, a companhia aérea transportou o pet em um voo de retorno até Guarulhos. Quando chegou ao destino, Joca já estava morto.