Casamento às Cegas: Justiça concede medida protetiva à participante Ingrid após estupro

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A arquiteta Ingrid Santa Rita, participante do reality show Casamento às Cegas, recebeu medida protetiva contra o ex-marido, o personal trainer Leandro Marçal, também participante do programa. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) nesta quarta, 17, ao Estadão. Segundo a SSP, o pedido foi acatado pela Justiça após autoridades ouvirem a vítima.

 

O Estadão entrou em contato com a equipe de Leandro Marçal para um pronunciamento sobre a decisão, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.

 

No último domingo, 14, o participante publicou um pronunciamento em que negava as acusações de Ingrid. "Respeitei a sra. Ingrid Santa Rita, jamais cometendo quaisquer atos ilícitos, o que será cabalmente provado", afirmava a nota.

 

Leandro é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Osasco, na Grande São Paulo, por estupro, violência psicológica e doméstica. Conforme informações da Secretaria de Segurança Pública, diligências estão em andamento para localizar o personal trainer e intimá-lo a prestar depoimento.

Leia a nota completa do SSP-SP:

"A investigação do caso prossegue, por meio de inquérito policial, instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Osasco. A autoridade ouviu a vítima e solicitou medida protetiva, que foi acatada pela Justiça. Diligências estão em andamento para localizar o investigado e intimá-lo a prestar depoimento."

 

O que disse Leandro Marçal

Em uma postagem feita no Instagram, Leandro negou as acusações feitas pela colega de reality, com quem teve um relacionamento. Além disso, fez críticas à Netflix e à Endemol, que produzem o programa, e afirmou que tomará medidas legais sobre o caso. As partes citadas não responderam aos pedidos do Estadão por um pronunciamento sobre o assunto no domingo.

 

O participante afirmou que são "caluniosas" as acusações contra ele. "Respeitei a sra. Ingrid Santa Rita, jamais cometendo quaisquer atos ilícitos, o que será cabalmente provado", afirmou a nota do personal trainer.

 

"Jamais pratiquei quaisquer fatos que me foram imputados" e eles "não condizem com as trocas sempre consensuais que tivemos durante o matrimônio", disse Leandro.

 

Ele ainda alega que a edição do Casamento às Cegas não incluiu "a defesa que fez às acusações que lhe foram realizadas" por Ingrid, insinuando que ele teria se silenciado, "o que não condiz com a verdade".

 

"Declaro ainda que todas as providências legais em face desta calúnia, difamação e injúria serão tomadas por minha assessoria jurídica", concluiu Leandro Marçal, que afirmou que em breve pretende fazer uma "manifestação pública".

 

Entenda o caso

O caso veio à tona no último episódio da temporada, lançado no último dia 10, em que os participantes voltam depois de meses para comentar os desdobramentos dos relacionamentos construídos no Casamento às Cegas e da vida dos participantes. Foi durante essa dinâmica que Ingrid revelou os abusos que sofreu enquanto estava casada com Leandro.

 

Ela relatou que Leandro sofria de disfunção erétil e não quis procurar ajuda: "Eu te protegi e te acolhi. Mas, quando fomos para a minha casa, você quis se resolver sozinho".

 

Ela detalhou que ele a esperava dormir para tentar resolver seu problema erétil. "Eu pedi para você não me tocar. Pedi mais de uma vez, Leandro. Você não me respeitava. Você não me ouvia, você queria resolver o seu problema erétil com você. Era o teu ego, tuas mentiras, tua proteção. Você só queria manter o casamento da sua forma suja", desabafou.

 

Ingrid revelou ainda que as atitudes de Leandro lhe causaram crises de pânico. "Minhas filhas me encontraram no chão, tendo crise de pânico, pedindo, pelo amor de Deus para você não tocar no meu corpo. Eu pedi para você não me tocar".

 

Ela voltou a falar sobre o assunto na última quinta, 11, em um vídeo publicado nas redes sociais.

 

"Desde que nos separamos eu não o vi mais, até o dia do reencontro. Conforme a data foi chegando eu comecei a ter crises de pânico, comecei a ser medicada e a passar na psiquiatria e psicologia, porque eu sabia que eu iria encontrar com o Leandro", disse em um trecho.

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Uma pesquisa feita ao longo de mais de quatro décadas nos Estados Unidos apontou que quanto maior o consumo de carne processada, maior o risco de desenvolvimento de declínio cognitivo e de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade Harvard, foi publicado na última quarta, na Neurology, revista científica da Academia Americana de Neurologia.

Para investigar o impacto da dieta sobre o risco de demência, os pesquisadores acompanharam 133.771 profissionais de saúde, com idade média de 49 anos - nenhum tinha demência no início do estudo. Por 43 anos, os participantes registraram seu consumo alimentar regularmente, especificando os tipos e a frequência dos alimentos consumidos.

No grupo "carne vermelha", foram consideradas as carnes bovina, suína, de cordeiro e hambúrgueres. Já a "carne processada" incluiu alimentos como bacon, linguiça, salsicha, salame e mortadela.

Os resultados revelaram que aqueles que consumiram, em média, 0,25 porção diária de carne processada apresentaram um risco 13% maior de desenvolver demência em comparação a quem comia pouca ou nenhuma carne processada. Essa quantidade equivale a cerca de 20 g, o que corresponde, por exemplo, a meia unidade de salsicha, segundo a nutricionista Lara Natacci, que fez pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP). É o equivalente também a duas fatias de mortadela ou presunto e a quatro rodelas de salame.

Esses indivíduos ainda apresentaram risco 14% maior de relatar declínio cognitivo subjetivo - nesses casos, embora existam queixas cognitivas, como problemas de memória, as pessoas mantêm um desempenho normal nos testes neuropsicológicos. Mas, a cada porção adicional de carne processada consumida por dia, o envelhecimento cognitivo foi acelerado em até 1,69 anos.

FATORES. O consumo de carne vermelha também teve impacto, embora menos expressivo. Os resultados não mostraram associação significativa para o risco de demência. Por outro lado, participantes que consumiam uma porção ou mais de carne vermelha por dia (ou 85 g, o equivalente a um bife do tamanho de uma carta de baralho) apresentaram risco 16% maior de relatar declínio cognitivo subjetivo em relação àqueles que ingeriam menos de 0,50 porção.

Para chegar a essas conclusões, os cientistas levaram em consideração fatores como idade, histórico de doenças crônicas e estilo de vida.

"A carne vermelha é rica em gordura saturada e foi demonstrado, em estudos anteriores, que aumenta o risco de diabete tipo 2 e doenças cardíacas, que estão diretamente ligadas à piora da saúde cerebral", disse o nutricionista Dong Wang, principal autor da investigação, em nota à imprensa.

Na opinião de especialistas, pesquisa tem limitações

Para o neurologista Marcel Simis, do Hospital Albert Einstein, a metodologia utilizada pela pesquisa é interessante, mas se trata de um estudo observacional, isto é, que não estabelece relação definitiva de causa e efeito.

Diogo Haddad, chefe do Centro Especializado em Neurologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, alerta ainda que, embora os pesquisadores tenham se preocupado em eliminar variáveis capazes de interferir nos resultados (como doenças preexistentes ou hábitos de vida, a exemplo do tabagismo), é difícil garantir que isso seja 100% controlado. Outro ponto é que o consumo de carne, bem como os sintomas associados ao declínio cognitivo, foram registrados com base no autorrelato dos participantes, o que pode render imprecisão.

Apesar das limitações, Simis diz que a pesquisa traz uma evidência científica importante e que, sobretudo, reforça uma série de estudos que caminham no mesmo sentido. "A melhor orientação segue sendo reduzir o consumo de carne vermelha e, sempre que possível, evitar as processadas."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Moradores do bairro Chácara Santo Antônio, na Zona Sul de São Paulo, protestaram neste sábado, 18, por mais segurança na região. A população cobrou a resolução do assassinato do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, 32 anos, morto a tiros no bairro na última terça-feira, 14.

Os manifestantes usavam roupas pretas e carregavam cartazes que cobravam uma ação mais efetiva contra a violência no local. "A violência rouba nossa liberdade", dizia uma das faixas carregadas pelo grupo.

Na quarta-feira, 15, moradores do bairro Chácara Santo Antônio relataram ao Estadão que assaltos praticados por criminosos disfarçados de entregadores são comuns no local.

"Todo dia tem assalto aqui. A gente fica até nervosa quando passa moto, com medo. Porque eles (os assaltantes) fingem que são de entrega", afirmou Marcia Ribeiro, funcionária de uma lanchonete da Rua Amaro Guerra, onde o delegado foi morto.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo negou que a violência tenha aumentado no local. Segundo a pasta, houve redução de 18,4% nos roubos e de 4,4% nos furtos entre janeiro e novembro de 2024, comparado a 2023.

A morte de Josenildo Júnior causou comoção na última semana. O delegado caminhava pela rua, quando foi abordado pelo assaltante. O criminoso revista a vítima, quando vê que Josenildo estava armado. A partir daí, o assaltante dispara contra o agente, que foi atingido por quatro tiros. A dinâmica do crime foi gravada por câmeras de segurança nos arredores.

Josenildo estava na Polícia Civil há sete meses e atuava como delegado há apenas dois. No dia do assassinato, ele estava de folga.

O caso foi registrado como latrocínio consumado. De acordo com a polícia, o criminoso faz parte de um grupo que atua praticando alguns roubos na região. Eles levaram a arma e o celular do delegado. A hipótese de execução foi descartada.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja para perigo de chuvas intensas em ao menos 10 Estados brasileiros. O aviso emitido na manhã deste sábado, 18, é válido até as 10 horas da manhã de domingo.

Segundo o instituto, deve haver precipitação de 50 a 100 mm ao dia e ventos com intensidade entre 60 a 100 quilômetros por hora, provocando riscos de cortes de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

O alerta abrange a maior parte do Estado de São Paulo, assim como parte de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Amazonas e Rondônia.

De acordo com o Inmet, também há alerta amarelo de perigo potencial para chuvas intensas em outras áreas dos Estados já mencionados, e também a leste do Rio Grande do Sul - na região de Alegrete, que enfrenta uma onda de calor - Goiás e Distrito Federal, parte do Piauí e do Acre.

Na tarde e noite de sábado, a previsão na capital paulista é de pancadas de chuva e trovoadas isoladas. Para domingo não há previsão de chuva na capital, apenas muitas nuvens. A temperatura se mantém entre a mínima de 21ºC e a máxima de 32ºC.