Elisa Annenberg-Paglia revela preconceito linguístico: 'Somos melhores que isso'

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Elisa Annenberg-Paglia, de 20 anos, é filha dos jornalistas Sandra Annenberg e Ernesto Paglia, e na última terça-feira, 30, ela publicou um vídeo falando sobre preconceito linguístico, em seu perfil no TikTok.

 

Estudante de artes cênicas na Universidade de Nova York, Elisa compartilhou suas reflexões sobre sotaque, imigração e a importância da diversidade cultural no Brasil, mas não deu mais detalhes, o que a motivou a falar sobre o tema.

 

"Vamos então falar sobre preconceito linguístico, sotaque e imigração? O Brasil é um país construído em grande parte por migrantes que vieram de lugares diferentes, com saberes, cultura, gastronomia e línguas diferentes. E juntos contribuíram para a construção de uma cultura plural, tecendo uma colcha repleta de detalhes e diversidade", iniciou Elisa em seu vídeo.

 

Elisa enfatizou que o sotaque de uma pessoa representa a miscigenação e a diversidade cultural que permeiam o Brasil de norte a sul. "O lugar de onde a pessoa vem… o sotaque dela apresenta a miscigenação e a diversidade cultural que permeiam o Brasil de norte a sul. E apontar dedo, tirar sarro, fazer graça, nada faz além de aumentar a divisão entre o nosso povo, quando tudo que a gente precisa é de mais união", disse.

 

Elisa destacou a influência de sua herança familiar em seu modo de falar. "Não é difícil descobrir de onde eu venho, meu sotaque entrega logo de cara. Eu nasci e cresci em São Paulo e sou completamente apaixonada pela minha cidade e meu estado. E o meu sotaque é aquele mais característico de São Paulo, e remete um pouco ao italiano", afirmou.

 

Ela compartilhou a história de seu avô, um imigrante italiano que chegou ao Brasil sem saber falar português e relembrou que neste ano a imigração italiana no país completará 150 anos. "Meu avô emigrou da Itália para o Brasil sem saber uma palavra em português e ele se virou para construir um futuro no qual eu agora faço parte e neste ano celebramos 150 anos da imigração italiana no Brasil. Uma comunidade que é indispensável ao falar da construção e evolução da cidade de São Paulo. Falo como falo por causa de todos os italianos que decidiram fazer do nosso Brasil e São Paulo a sua casa."

 

Ela concluiu seu vídeo com um apelo contra o preconceito linguístico e a favor da união. "Nossa língua é viva e alimentada pela história do nosso povo que está sempre buscando superação e grandeza. Então chega de preconceito linguístico e achar que você sabe tudo sobre uma pessoa só pelo jeito que ela fala. Em um país tão diverso como o nosso, nós precisamos ser maiores e melhores do que isso."

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O início das aulas deste ano foi diferente em escolas de todo o País com a nova lei que proíbe o uso de celulares, inclusive em intervalos e nos horários de recreio. Além da legislação federal, sancionada em janeiro, São Paulo tem uma norma estadual que prevê o veto aos aparelhos.

Estudos têm apontado prejuízos à aprendizagem causados pelos smartphones. Outros países, como Holanda e França, já adotaram medidas semelhantes de proibição. A nova regra, segundo os legisladores, visa a salvaguardar a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes, promovendo um ambiente escolar mais saudável e equilibrado.

Em entrevista à Rádio Eldorado, o secretário da Educação do Estado de São Paulo, Renato Feder, fez um balanço positivo do primeiro mês de vigência da medida e disse que já há melhora no aprendizado. "Os alunos estão mais focados", afirmou o secretário.

Um incêndio atingiu um parque de diversões na Avenida Otto Baumgart, na zona norte da cidade de São Paulo, na manhã desta terça-feira, 4. De acordo com o Corpo de Bombeiros, um funcionário realizava um serviço de solda e percebeu que o fogo caiu na espuma de um dos brinquedos.

Duas pessoas foram socorridas ao Pronto Socorro (PS) de Santana pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). Ainda não há informações sobre o estado de saúde delas. O fogo foi controlado pelos bombeiros por volta das 7h30.

No local funciona o Kangoopark, um complexo de trampolins. O parque estava fechado quando o fogo começou. A reportagem tenta contato com a empresa. Dez viaturas atuaram no combate às chamas.

A Unidos da Tijuca abriu a segunda noite de desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, às 22h desta segunda-feira, 3, com um desfile que impressionou pela beleza das alegorias e fantasias. A escola contou a história do orixá Logun-Edéz, descrevendo sua origem e encantamento na África e o renascimento no Brasil, até chegar ao morro do Borel, na zona norte do Rio, onde foi fundada a Unidos da Tijuca.

Com um samba que tem a cantora Anitta como uma das compositoras, a escola conseguiu empolgar a plateia até mais do que as quatro escolas da primeira noite, mas pecou em evolução - abriu buracos entre as alas, durante alguns trechos do desfile - e o desempenho do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Matheus André e Lucinha Nobre, também teve pequenas falhas.

Entre os destaques, um deles foi a comissão de frente, onde uma pessoa representando o orixá se banhava e desaparecia.

Apesar dos problemas, a escola fez um belo desfile e, se não deve disputar o título, aparentemente garantiu uma posição intermediária na classificação.

A Beija-Flor foi a segunda escola de samba a desfilar na segunda noite de apresentações deste carnaval no sambódromo do Rio de Janeiro, a partir das 23h30 de segunda-feira. Homenageando Laíla, diretor de carnaval da agremiação durante mais de 30 anos e morto em 2021, vítima da covid-19, a Beija-Flor fez o melhor desfile dos seis realizados até agora. Faltam outras seis escolas se apresentarem.

O desfile começou exaltando a religiosidade do artista, cujo orixá era Xangô, retratado no carro abre-alas. Depois houve várias outras referências às crenças religiosas de Laíla, e em seguida começaram menções aos momentos históricos vividos por Laíla primeiro no Salgueiro, onde começou a trabalhar com o carnaval, e depois na Beija-Flor, por onde teve três passagens - a última, encerrada em 2018.

Os dois momentos mais emocionantes ocorreram no trecho final do desfile. Um carro alegórico trazia Laíla de um lado e Joãosinho Trinta de outro. Eles trabalharam juntos no Salgueiro e na Beija-Flor.

O último elemento cenográfico era uma escultura coberta por um plástico preto, referência ao desfile de 1989, quando a Beija-Flor levou à avenida o enredo "Ratos e urubus, larguem minha fantasia". Uma escultura de Cristo teve sua exibição proibida pela Justiça, a pedido da Cúria Metropolitana, e atravessou a Sapucaí coberta por um plástico preto onde se lia "Mesmo proibido, olhai por nós". Embora creditada a Joãosinho Trinta, a ideia foi de Laíla, segundo ele contou em várias entrevistas, e nunca foi contestado por Joãosinho.

Na nova versão, a escultura sugeria que quem estava coberto era Laíla, e no plástico preto se lia "do Orum, olhai por nós". Orum é a palavra da língua iorubá que define, na mitologia iorubá, o céu ou o mundo espiritual.

Salgueiro discorre sobre crenças religiosas

Terceira escola a desfilar na segunda noite de apresentações do carnaval de 2025 no sambódromo do Rio de Janeiro, a partir de 1h de terça-feira, 4, o Salgueiro fez uma exibição de alta qualidade, aparentemente sem erros, mas não alcançou o nível de luxo e de emoção da Beija-Flor, que havia desfilado imediatamente antes.

A escola da Tijuca, na zona norte do Rio, apresentou o enredo "De Corpo Fechado", que discorreu sobre as diversas crenças relativas à proteção espiritual, em religiões e mesmo na mística do cotidiano.

Com fantasias mais leves do que o habitual, o Salgueiro começou com uma animação contagiante, mas ela foi arrefecendo ao longo da exibição. A escola possivelmente não dispute o título, mas tem cacife para voltar à Sapucaí no desfile das campeãs.

Vila Isabel faz viagem mal assombrada e tem problemas

Quarta e última escola a desfilar na segunda noite de apresentações no sambódromo do Rio de Janeiro, a Unidos de Vila Isabel apresentou um enredo sobre assombrações e teve problemas com alegorias e fantasias. Não fez um desfile ruim, mas, diante do alto nível apresentado pelas primeiras três escolas, acabou sendo a pior da noite.

O enredo idealizado pelo carnavalesco Paulo Barros era uma viagem em um trem fantasma, representado no abre-alas, onde desfilou também o cantor e compositor Martinho da Vila, presidente de honra da escola.

Ao longo da viagem havia curupiras, sacis-pererês, boitatás, cucas e outras figuras medonhas do folclore brasileiro e do imaginário popular.

O desfile teve as características de Paulo Barros: alegorias em que um grande número de pessoas fazia coreografias, completando a ideia sugerida. Embora divertidas, elas não despertaram grande surpresa nem emoção, como outras realizadas pelo carnavalesco em desfiles passados.

Os problemas começaram na comissão de frente, que usava uma abóbora iluminada e "voadora", graças a um drone. Num trecho do desfile, ela caiu.

Dois dos carros alegóricos tiveram problemas de acabamento e de iluminação antes de entrar na avenida, o que pode acarretar perda de pontos. A reportagem também constatou fantasias quebradas ou incompletas em duas alas.

Apesar dessas questões, o desfile foi bom e pode até garantir uma vaga entre as seis que voltarão no desfile das campeãs, mas foi inferior às outras da noite, principalmente Beija-Flor e Salgueiro.