Cyndi Lauper diz que show no Rock in Rio não será o último no Brasil

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O show da cantora Cyndi Lauper, 71, no dia 20 de setembro no Rock in Rio não será o último da artista em terras brasileiras. Em entrevista ao Estadão na tarde desta segunda-feira, 9, Cyndi adiantou que pretende trazer a sua turnê de despedida ao País.

 

"[O Rock in Rio] vai ser divertido, mas eu vou com a minha turnê [de despedida] depois disso", comentou a cantora. Cyndi disse que ainda não há datas para a sua nova passagem pelo Brasil, mas revelou que, além do País, também pretende visitar a Argentina.

 

A cantora anunciou a aposentadoria em junho - ao Estadão, ela adiantou que pretende se afastar apenas dos shows, mas continua compondo. Ela dará início à sua turnê de despedida em outubro na América do Norte.

 

Cyndi é uma das atrações do Dia Delas, data dedicada a apenas atrações femininas no Rock in Rio. Nomes como Katy Perry, Ivete Sangalo e Gloria Gaynor também se apresentarão no mesmo dia que a cantora norte-americana.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir nesta terça-feira, 17, às 16h30 no Palácio do Planalto com chefes dos Poderes para tratar sobre medidas a serem tomadas no combate aos incêndios. A informação foi dada nesta segunda-feira, 16, pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta. As ações de combate devem ser anunciadas ao longo do dia de amanhã.

"O detalhamento das medidas, das ações do governo, serão todas elas anunciadas amanhã, no decorrer do dia", afirmou Pimenta a jornalistas nesta segunda-feira, 16, após uma série de reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do assunto. De acordo com o ministro, a gestão federal quer tratar o debate como uma questão de Estado, não de governo.

Dentre os convidados para a reunião de amanhã, estão os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o Procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o presidente Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. Até o momento, estão confirmadas as presenças de Pacheco, Lira e Barroso, segundo o Palácio do Planalto.

De acordo com Pimenta, nesta segunda-feira, Lula realizou diversas reuniões com ministros e especialistas para tratar sobre a questão dos incêndios. A ideia dos encontros foi receber um "diagnóstico atualizado" da emergência climática. "Amanhã, no decorrer do dia, então, nós teremos essas medidas finalizadas, para que elas possam ser anunciadas."

Ainda nos esforços que o governo pretende fazer sobre o tema, o chefe da Secom afirmou que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, está em contato com governadores para convidá-los para uma reunião com Lula nesta semana. Está em aberto também uma eventual representação dos municípios neste encontro. "Dentro desse esforço conjunto, compartilhado, numa ação de Estado, que possa pensar medidas efetivas e urgentes que precisam ser adotadas", disse Pimenta.

O Ministério da Justiça encaminhou aos governos estaduais pedidos para que cada Estado enviasse dez bombeiros para ajudar no combate às queimadas que atingem o Pantanal e a Amazônia. A medida busca cumprir a determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que pediu reforço no contingente de brigadistas da Força Nacional para lidar com as queimadas.

Os pedidos foram enviados pelo Secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubo, que estipulou o último domingo, 15, como data-limite para as respostas. Os Estados do Rio Grande do Sul, da Bahia, do Piauí, da Paraíba e de Alagoas responderam ao pedido confirmando o envio de militares.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que está em "tratativas com a Secretaria Nacional de Segurança Pública", mas não disse quantos homens podem ser empregados na missão. O Maranhão, que já enviou 31 brigadistas, negou o envio de mais homens alegando que também enfrenta focos de incêndio.

No último dia 10, Dino ordenou a convocação "imediata" de mais bombeiros para a Força Nacional para auxiliar no combate a incêndios florestais. Os profissionais deveriam ser deslocados de Estados que não estejam enfrentando casos diretos de queimadas.

O magistrado já havia dito que o País vive uma "pandemia de incêndios florestais" e que, para lidar com ela, era necessária uma mobilização parecida com a feita durante a pandemia de covid-19. O ministro destacou o dado de que 60% do território brasileiro foi afetado por fumaça de queimadas e disse que "não podemos normalizar o absurdo". As declarações ocorreram na abertura de uma audiência de conciliação para discutir medidas de combate a queimadas na Amazônia e no Pantanal.

"Nós temos que manter o estranhamento com o fato de, neste instante, 60% do território nacional, direta ou indiretamente, estar sentindo os efeitos dos incêndios florestais, das queimadas. Isto é um absurdo e isto é inaceitável", disse Dino.

O ministro comparou a situação com as enchentes no Rio Grande do Sul e afirmou que é crucial intensificar os esforços para enfrentar a atual crise. Dino também declarou que é "indiscutível" que os incêndios não ocorreriam se não houvesse ação humana.

"Nós temos mudanças climáticas e fatores que transcendem as fronteiras nacionais que estão nos desfavorecendo fortemente neste momento. Isso é indiscutível. Porém, é igualmente indiscutível que não estariam ocorrendo estes incêndios florestais se não houvesse a ação humana", afirmou.

Dino é relator de um conjunto de ações que abordam medidas contra incêndios na Amazônia e no Pantanal e já havia cobrado da Advocacia-Geral da União (AGU) informações sobre o combate ao fogo nessas duas regiões.

O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governo passam uma mensagem de que há "tolerância zero contra infratores ambientais" por meio de uma ação de dano climático protocolada em nome do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) por danos no Parque Nacional do Jamanxim, no Pará.

Messias anunciou a ação nesta segunda-feira, 16, em evento na sede da AGU, em Brasília. Os alvos são cinco fazendeiros que, segundo o ministro, teriam cometido diversos atos ilícitos ambientais na região.

"A mensagem que vamos passar hoje com o anúncio desta ação por dano climático contra diversos infratores é muito forte, do presidente Lula: daqui para frente, governo federal terá tolerância zero contra infratores ambientais. que fique muito claro isso. não toleraremos de forma alguma qualquer infração ambiental", afirmou o ministro.

A ação foi anunciada pela Advocacia-Geral da União no momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem sendo pressionado a liderar uma reação contra as insistentes queimadas que assolam o País nas últimas semanas.

Apesar de se tratar de um caso específico - uma ação de punição pelos danos climáticos no Parque Nacional do Jamanxim (PA) -, o ministro Jorge Messias fez questão de ressaltar que a ação demonstra "com muita clareza à sociedade" essa posição do governo para "responsabilizar todos os infratores ambientais".

"Como sabemos que a degradação do meio ambiente e as ações que colocam em risco se dão pela mão do homem, temos que alcançar as pessoas. Uma questão fundamental e que demonstraremos com muita clareza à sociedade é que vamos responsabilizar todos os infratores ambientais", afirmou.

A ação foi protocolada na Justiça Federal e busca o ressarcimento de R$ 635 milhões pelos danos climáticos no Parque Nacional do Jamanxim, no Pará. A ação por dano climático tem como objetivo buscar o ressarcimento por todos os danos, desde a devastação do bioma até a emissão de gases de efeito estufa, por exemplo. É a primeira ação do tipo da AGU em nome do ICMBio.