Mãe de Diddy fala sobre acusações contra o filho: 'É devastador'

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A mãe de Sean Combs, rapper conhecido como P. Diddy, que foi recentemente indiciado e preso por múltiplos crimes, se pronunciou sobre as alegações feitas contra seu filho. Ela diz que Diddy "não é culpado", em declaração publicada pelo The Hollywood Reporter no domingo, 6.

 

Janice Small Combs falou sobre as acusações de tráfico sexual, estupro, agressão e associação criminosa do artista: "É devastador ver o meu filho sendo julgado não pela verdade, mas por narrativas criadas em cima de mentiras".

 

"Testemunhar o que parece ser um linchamento público do meu filho antes que ele tenha a oportunidade de provar sua inocência é uma dor muito profunda para ser colocada em palavras. Como todos os seres humanos, meu filho merece ter sua vez na corte para que possa compartilhar o seu lado, e provar sua inocência", completou ao jornal americano.

 

Além disso, Janice comentou sobre o processo entre Diddy e a ex-namorada, Cassie Ventura, em que a artista o acusa de estupro e agressão. O rapper negou o ocorrido inicialmente, mas após a divulgação de um vídeo em que agredia Cassie, ele admitiu a culpa e "pediu desculpas".

 

A mãe de Sean Combs concordou que ele teria mentido sobre a agressão, mas ofereceu sua opinião: "Meu filho pode não ter falado a verdade sobre certas coisas [...] Às vezes, a verdade e a mentira estão tão interligadas que parece terrível admitir parte da história, especialmente quando essa verdade está fora da norma ou é muito complicada para ser crível".

 

"É por isso que eu acredito que o time de advogados do meu filho optou por concordar com o processo, ao invés de contestá-lo, o que resultou em um efeito de 'chicote' que o governo federal usou contra meu filho para interpretar que ele seria culpado", finalizou.

 

O canal CBS de Miami também trouxe à tona as falas de Janice durante o programa de segunda-feira, 7.

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O 1º Tribunal do Júri do Rio condenou a 17 anos e nove meses de reclusão Fred Henrique Lima Moreira por tortura e tentativa de feminicídio da jornalista Ana Luiza Dias, a Luka Dias, sua ex-namorada. O Estadão busca contato com a defesa.

Após três dias em cárcere privado no apartamento de Fred, em Copacabana, em abril de 2022, Luka Dias conseguiu fugir. No processo judicial e em entrevistas à imprensa, na época, ela explicou que se aproveitou de um momento em que o ex saiu para comprar café da manhã e deixou a porta destrancada.

Durante o tempo que permaneceu confinada no apartamento, a jornalista sofreu agressões.

Nas redes sociais, Luka Dias comemorou a condenação. "A justiça foi feita! Quando uma mulher ganha todas ganham!", escreveu ela.

A sentença foi lida pela juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis às 20h55 desta terça, 15, após mais de nove horas de julgamento. Fred não poderá recorrer em liberdade - ele já está preso há dois anos e meio.

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista (mais tempo para análise) e suspendeu nesta quarta-feira, 16, o julgamento sobre a quebra de sigilo de históricos de busca na internet.

Por enquanto, não há data para a retomada da votação. O regimento interno do STF prevê prazo de 90 dias para os ministros devolverem os processos em caso de pedido de vista, mas a expectativa é que o caso seja liberado antes disso.

"Devolverei em breve os autos a julgamento", prometeu André Mendonça ao interromper a votação.

André Mendonça pede vista em julgamento que definir se é possível decretar a quebra de sigilo das pesquisas online com base em palavras-chave, sem identificar previamente usuários específicos.

André Mendonça pede vista em julgamento que definir se é possível decretar a quebra de sigilo das pesquisas online com base em palavras-chave, sem identificar previamente usuários específicos. Foto: Wilton Júnior/Estadão

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É a segunda vez que o julgamento é suspenso. Antes de André Mendonça, o ministro Alexandre de Moraes já havia interrompido a votação para refletir sobre o caso.

O STF vai decidir se é possível decretar a quebra de sigilo das pesquisas online com base em palavras-chave, sem identificar previamente usuários específicos. Nesse caso, buscadores e provedores serão obrigados a identificar todas as pessoas que tenham pesquisado os termos de interesse.

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O pano de fundo do julgamento é a execução da vereadora Marielle Franco, assassinada em um atentado em 2018. O Google recorreu ao STF contra a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que obrigou a empresa a compartilhar a lista de usuários que pesquisou sobre a vereadora na semana anterior ao crime. O STJ pediu a relação de pessoas que buscaram termos como "Marielle Franco", "vereadora Marielle", "agenda vereadora Marielle", "Casa das Pretas" e "Rua dos Inválidos", último endereço frequentado pela vereadora. A decisão não foi cumprida.

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O julgamento tem repercussão geral, ou seja, a decisão do STF vai servir como diretriz para todos os juízes e tribunais nas instâncias inferiores.

Os ministros vêm tentando construir uma tese que preserve o direito à privacidade dos usuários sem, no entanto, amarrar o trabalho dos órgãos de investigação. Há uma dupla preocupação. De um lado, o tribunal busca evitar brechas que permitam a instrumentalização dessas quebras de sigilo para direcionar investigações indevidamente. De outro, os ministros procuram uma solução para não limitar os instrumentos de investigação da polícia. A quebra de sigilo dos históricos de busca é um recurso usado frequentemente em inquéritos sobre pedofilia e pornografia infantil, por exemplo.

Veja como votaram os ministros até o momento

A ministra Rosa Weber (aposentada) foi a primeira a votar. Ela era a relatora do recurso. Rosa defendeu que a Justiça não pode quebrar o sigilo dos usuários de forma generalizada, sem especificar os alvos.

Alexandre de Moraes abriu divergência nesta quarta ao defender as quebras de sigilo, mediante autorização judicial, desde que existam "fundados indícios de ocorrência do ilícito" e seja apresentada "justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados".

"Uma coisa é uma quebra genérica e arbitrária. Outra coisa é, no curso de uma investigação, com dados concretos, indícios razoáveis, se pretender chegar a um grupo específico que possa ter participado de crimes. São coisas totalmente diversas", afirmou Moraes.

O ministro também argumentou que o compartilhamento de dados de usuários por provedores e buscadores com as autoridades não significa que essas informações serão divulgadas.

"Não há que se falar em risco aos usuários que não tenham nenhum vínculo aos fatos investigados, porque a própria legislação prevê que aqueles dados que vierem sem nenhum vínculo aos fatos investigados serão inutilizados por ordem judicial durante o inquérito ou a instrução."

Moraes não poupou críticas às plataformas digitais. Ele afirmou que essas empresas só cumprem decisões judiciais "a fórceps" e quando são ameaçadas com multas.

"Muito me impressiona que o Google entre com mandado de segurança para impedir uma investigação importantíssima sobre o asassinato de uma vereadora dizendo que isso fere a intimidade quando o próprio Google usa dados de todos nós, sem autorização, para mandar para nós mesmos propaganda", disparou.

Cristiano Zanin acompanhou a divergência, mas sugeriu que o STF reconheça expressamente que a quebra de sigilo só pode ser autorizada se for "necessária, adequada e proporcional", o que será analisado pelo juiz responsável. "É possível sim que haja esse ingresso na esfera da intimidade do indivíduo se houver ou pairar suspeitas em relação a ele."

Embora 2024 tenha sido um ano melhor para o setor de saúde do que 2023, com as companhias do setor apresentando uma melhora da sinistralidade (MLR), considerado o principal indicador para medir a eficiência e a saúde financeira das empresas do segmento, o desafio de busca de eficiência e redução de custos para o segmento deve continuar a ser o principal pano de fundo para as empresas do setor no ano que vem.

"O desafio de busca de eficiência pro setor continua para o ano seguinte, todos os players do mercado estão olhando para redução de custo e consolidação do setor", afirmou o CEO da Rede D'Or, Paulo Moll, durante o Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp) 2024, evento realizado anualmente pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp).

Na opinião do executivo, houve uma aceleração pela busca por eficiência no setor nos últimos 20 anos, muito motivada pelas crises enfrentadas pelo segmento. Com isso, ele acredita que a estruturação das companhias de uma forma mais organizada, o uso de novas tecnologias e a criação de novas parcerias entre operadoras e prestadoras de serviço do setor de todo o tipo devem ser cada vez mais frequentes para o setor nos próximos anos, se consolidando como uma tendência.

"Esse é um caminho sem volta. Quem não conseguir estabelecer alianças e se posicionar com uma escala mínima para operar vai ter dificuldade de operar. Buscar integração, alianças e crescimento de uma forma sustentável deve ser o foco", avaliou Moll.

O executivo avalia que na Rede D'Or especificamente, ainda há um peso da área administrativa, por exemplo, como um setor que deve ser mais otimizada nos próximos anos. "Ainda consideramos a área administrativa muito pesada. Temos quatro funcionários dedicados por leito a atividades não assistências. Temos que evoluir nisso e vamos usar de tecnologia para essa evolução".

Melhora não é homogênea

Para ele, no entanto, ainda não há uma melhora homogênea no setor, considerando que o desvio padrão, medida que indica a dispersão ou variabilidade dos dados em um conjunto, aumentou para operadoras e prestadoras de serviço.

"Os desafios, as complexidades que enfrentamos, seja por questões legislativas, pela alta frequência em novas coberturas pós-pandemia, ainda estamos enfrentando esse tipo de desafio. O cenário para saúde está equilibrado, não para todas, mas para um conjunto", aponta Moll.

Durante o painel, o vice-presidente do Conselho de Administração da Anahp e diretor geral do Hospital Israelita Albert Einstein, Henrique Neves, concordou, destacando que essa melhora para todo o setor é gradual.

Na avaliação dele, para que essa melhora se concretize para o setor como um todo, a verticalização das operações (uma empresa atuar como operadora de planos e dona de hospitais, por exemplo) deve ser uma abordagem cada vez mais comum no setor e tende a ser adotada para diminuir os riscos associados a esse sistema. "O futuro, embora não seja completamente tranquilo, promete ser dinâmico. Estaremos vivendo em um cenário incerto, porém, de certa forma, mais controlado", avalia.

Ele lembra ainda a importância de olhar para o setor em termos de valor financeiro, lembrando que, junto com o SUS, o setor arrecada, segundo ele, cerca de R$ 1 trilhão. "Somos 10% do PIB", aponta se referindo ao setor como um todo.