Para atrair novos públicos, editoras descomplicam obras literárias

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A dúvida que atingiu o estudante carioca Felipe Francisco da Silva, de 14 anos, após terminar seu livro favorito, pode muito bem ter ocorrido também a algum brasileiro que fez a mesma leitura no final do século 19. Se Capitu traiu Bentinho no emblemático Dom Casmurro, Felipe não sabe, mas tem consciência de que ler Machado de Assis abriu sua cabeça. Isso porque foi parte do seu processo de perceber que obras clássicas não eram "bichos de sete cabeças".

"Ficava com medo de ler livros brasileiros clássicos porque todo mundo falava que era muito difícil", conta. Depois de abrir as portas para o cânone literário, leu de F. Scott Fitzgerald a Charles Dickens, passando por Jorge Amado e George Orwell. Felipe ainda dedica expressivo espaço em sua estante para as obras de Agatha Christie, uma das quatro mulheres entre os 15 autores mais citados pelo público na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, de 2020. A britânica figura como a autora preferida do estudante junto com Machado de Assis.

Editoras têm resgatado histórias raras e clássicos da literatura mundial com uma premissa: adaptar sua linguagem ao mundo atual, com elementos visuais e a inclusão do digital na experiência do leitor. Existe um facilitador: no Brasil, após 70 anos da morte do autor, suas obras caem em domínio público. O País é signatário da Convenção de Berna. Ou seja, é possível publicá-las sem pagar pelos direitos autorais do texto original.

"Essas histórias têm o mesmo potencial de tocar e emocionar as pessoas que tinham antes", defende Jezio Gutierre, diretor-presidente e editor executivo da Fundação Editora da Unesp. Mas justamente a ideia de que este tipo de literatura é mais difícil de compreender muitas vezes afasta possíveis leitores. "Existe um desafio típico do processo de leitura - não apenas dos clássicos. Nosso objetivo é dessacralizar essa impressão que, em grande parte, me parece injusta e errônea", explica Gutierre.

A editora lançou a coleção Clássicos da Literatura Unesp com o intuito de preencher as lacunas de acesso ao cânone literário brasileiro e mundial. "É um empobrecimento de qualquer indivíduo ou população não ter acesso aos clássicos", opina Gutierre. "Queremos propiciar um canal sólido de vivência literária. Quando um público não tem esse contato, está retirando dele esse tipo de prazer."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A primeira fase da Prova do Líder no BBB 25 teve consequências para João Pedro. Na tarde desta quinta-feira, 20, o brother passou mal após a disputa e precisou ser carregado pelos colegas até o Confessionário.

No banheiro da casa, Aline e João Gabriel ajudaram o goiano a se levantar. Maike também prestou apoio e, juntos, conduziram João Pedro para receber atendimento. "Calma, que eu estou com você", disse João Gabriel ao irmão.

Após ser atendido no Confessionário, João Pedro voltou para a casa e foi recebido pelos colegas. O brother explicou que sentiu um formigamento que começou no pé e subiu até a coxa antes do mal-estar.

O goiano confirmou que sofreu uma queda de pressão e seguiu para a cozinha para se alimentar. Ele agradeceu aos participantes que o ajudaram e garantiu estar melhor.

Prova do Líder exige esforço dos brothers

A disputa pela liderança desta semana começou mais cedo do que o habitual e exigiu resistência e trabalho em equipe. Divididos em dois grupos, os participantes precisaram demonstrar habilidade para equilibrar e transportar itens em um percurso suspenso.

João Pedro fazia parte do grupo que venceu a primeira fase da prova e conquistou vaga para a decisão, que acontece ao vivo nesta noite. Além dele, Eva, Renata, Vilma, Maike e Vitória Strada seguem na disputa.

A expectativa agora é saber se João Pedro terá condições de continuar na competição ou se precisará ser afastado. A última etapa da prova está marcada para às 23h45.

A atriz Pri Helena, que interpretou a empregada doméstica Zezé em Ainda Estou Aqui, revelou sua reação inusitada ao ser convidada para integrar o elenco do filme de Walter Salles. "Achei que era um golpe", riu a artista durante entrevista ao Encontro com Patrícia Poeta nesta quinta-feira, 20.

"Eu estava na roça catando ovo de galinha, quando recebi uma mensagem no telefone 'você quer fazer um teste para o filme do Walter Salles?'. 'Quê? Walter Salles? Mentira, isso é golpe!'", confessou a atriz.

Ela, no entanto, afirmou que pesquisou mais sobre a produção e, ao perceber que se tratava de algo verdadeiro, optou por tentar. "Gravei o teste, mandei, passei e fui fazer o presencial, passei", celebrou.

Ainda no programa, Pri relembrou como foi atuar no longa e interagir com grandes nomes do cinema brasileiro como Fernanda Torres.

"Era inacreditável. A Fernanda é tão brilhante. Quando cheguei no set, pensava: 'o que estou fazendo aqui com essas pessoas gigantescas?'", revelou.

"Mas a Fernanda é tão generosa dentro do trabalho que me fez sentir pertencente, pisando em um lugar que era para eu estar também", afirmou.

Atualmente no ar com a novela Volta Por Cima, a atriz também celebrou a conquista inédita do cinema brasileiro no Oscar. Ainda Estou Aqui foi premiado como o Melhor Filme Internacional de 2025, conquistando a primeira estatueta da história do País.

"Que sorte ter sido no meio do carnaval. É muito feliz pra gente que tá nesse filme, que tornou o brasileiro um pouquinho mais feliz esse dia", finalizou Pri Helena.

Dona Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, falou sobre a morte do filho e revelou que o humorista "sentia que ia morrer cedo". Em entrevista ao podcast WOWcast nesta quinta-feira, 20, a participante do Domingão com Huck revelou a forte ligação do comediante com o mundo espiritual.

"Paulo Gustavo era medroso! Ele tinha uma energia, ele era sensitivo, ele tinha medo e dizia 'Eu vou morrer cedo'. Desde sempre ele dizia", afirmou. De acordo com a mãe, o filho pressentiu sua morte no início da pandemia de covid-19.

"'Se eu pegar, eu vou morrer'. Ele falou, toda semana ele falava. Ele tinha uma intuição, era uma coisa... não era normal", relembrou Dona Déa. Paulo Gustavo morreu aos 42 anos, no dia 4 de maio de 2021. O ator faleceu em decorrência de complicações da covid-19.

Na conversa, Déa refletiu sobre a partida do filho e sobre o processo de luto que acompanha a morte de um ente querido. "Eu sempre vi que a gente não é eterno. Não me mudou", afirmou, se referindo à morte de Paulo Gustavo.

"Mas é claro que foi um baque para mim. Eu sempre achei que não adianta, a vida é essa, nós vamos morrer. Quem vai morrer primeiro, eu não sei." Para ela, as mães podem até querer ir antes do que os filhos, mas isso foge ao controle de cada um.

"Eu já pensei em escrever um livro, porque tem muita coisa... muita história. Já conversei com um, vou conversar com outro, para fazer esse livro dedicado as mães", finalizou.