Avião com 10 pessoas desaparece no Alasca

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Um pequeno avião comercial com 10 pessoas a bordo desapareceu na quinta-feira, 6, no Alasca, noroeste dos Estados Unidos, segundo informações divulgadas pela polícia estadual. A aeronave, que transportava nove passageiros e o piloto, voava entre as cidades de Unalakleet e Nome.

Equipes de busca e salvamento estão "trabalhando para obter as últimas coordenadas conhecidas" do avião, disseram as autoridades em um comunicado.

O Cessna Caravan desaparecido deixou Unalakleet às 14h37, e as autoridades perderam contato menos de uma hora depois, de acordo com David Olson, diretor de operações da Bering Air. A aeronave estava a 12 milhas (cerca de 19 quilômetros) da costa, segundo a Guarda Costeira dos EUA.

"A equipe da Bering Air está trabalhando duro para reunir detalhes, obter assistência de emergência e realizar buscas e resgates", disse Olson.

A companhia aérea atende 32 vilas no oeste do Alasca a partir de hubs em Nome , Kotzebue e Unalakleet . A maioria dos destinos recebe voos programados duas vezes ao dia, de segunda a sábado.

Os aviões são geralmente a única opção para viagens de qualquer distância na área rural do Alasca, principalmente no inverno.

O Corpo de Bombeiros Voluntários de Nome disse em um comunicado nas redes sociais que equipes de terra estavam realizando buscas em toda a costa.

"Devido ao clima e à visibilidade, estamos limitados na busca aérea no momento", disse. As pessoas foram informadas para não formarem seus próprios grupos de busca porque o clima está muito perigoso.

O desaparecimento marca o terceiro grande acidente na aviação dos EUA nas últimas semanas. Um jato comercial e um helicóptero do Exército colidiram perto da capital do país em 29 de janeiro, matando 67 pessoas. Em 31 de janeiro, um avião de transporte médico caiu na Filadélfia, matando as seis pessoas a bordo e outra pessoa no solo. (Com agências internacionais).

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O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, anunciou na quinta-feira, 6, a candidatura do prefeito do Recife (PE), João Campos, para sucedê-lo na liderança do partido. A decisão foi comunicada durante reunião do Diretório Nacional, que ocorreu de forma presencial e virtual.

João Campos, que tem 31 anos, deve ter seu nome apresentado no 16º Congresso Nacional do PSB, marcado para os dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, em Brasília. Siqueira defendeu a escolha como parte de uma renovação interna.

"Um jovem muito promissor, que tem na sua juventude uma maturidade extraordinária, esta é uma mudança geracional necessária e que aponta para uma perspectiva muito positiva para o PSB", afirmou.

A reunião contou com a participação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, e dos governadores Renato Casagrande, do Espírito Santo, e João Azevêdo, da Paraíba.

Siqueira elogiou Campos por sua atuação política e capacidade de comunicação num cenário de polarização. "Com a juventude que João representa e um programa moderno que conseguimos construir na autorreforma do PSB, acredito que o partido se projeta com força para futuras disputas", disse.

O presidente do PSB também destacou que João Campos se adapta bem ao ambiente digital e tem domínio sobre novas formas de comunicação. "Acredito que à frente do partido, com o apoio de todos os companheiros, como aconteceu comigo, João cumprirá um papel importante em favor do crescimento do partido."

Siqueira aproveitou a ocasião para se despedir do cargo. Ele está à frente da sigla desde 2014, quando assumiu após a morte do ex-governador Eduardo Campos. "O agradecimento que faço hoje é comovido. Estou feliz, sei que cometi erros, peço desculpas por eles porque somos humanos e, naturalmente, ninguém é perfeito, muito menos eu", afirmou.

O dirigente ressaltou que, apesar das mudanças de liderança, o partido segue fortalecido. "São as pessoas que fazem a instituição, mas a instituição vai subsistir e continuar sua história, nada obstante às pessoas que são importantes, mas que partem ou deixam suas funções, como é o meu caso em maio próximo", disse.

Durante a reunião, também foram aprovadas as datas dos congressos municipais, estaduais e nacional do partido em 2025. Os encontros zonais, municipais e distritais ocorrerão entre 1.º e 31 de março, e os estaduais entre 1.º e 30 de abril.

O tema central do 16.º Congresso Nacional será "Brasil - Potência Criativa e Sustentável", com debates sobre conjuntura política, fortalecimento do partido para as eleições de 2026, economia verde e multilateralismo.

O evento também contará com uma homenagem ao pianista Arthur Moreira Lima, filiado ao PSB, que morreu em outubro de 2024, e ao ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela.

Após a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o preço dos alimentos, em que sugeriu que a população deixe de comprar produtos que estejam muito caros, internautas usaram as redes sociais para multiplicar memes e piadas sobre a afirmação.

Considerada infeliz frente à alta da inflação sobre o preço da comida, a declaração ocorreu durante entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, nesta quinta-feira, 6. "Se todo mundo tiver a consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter de baixar para vender, porque, senão, vai estragar", sugeriu o presidente.

Nas redes sociais, tanto páginas de humor quanto políticos de oposição fizeram chacota com a "solução" apresentada por Lula. Em uma das publicações, há a imagem de uma mulher no supermercado em frente a prateleiras vazias, fazendo gestos como quem pensa, com a legenda "eu escolhendo apenas os produtos baratos no governo Lula".

Outra linha de piadas faz referência às promessas de campanha de Lula, quando afirmava, por exemplo, que o valor da picanha ficaria mais acessível aos brasileiros. A ex-candidata à Prefeitura de São Paulo Marina Helena (Novo) publicou uma imagem do presidente durante a entrevista, com a frase: "prometeu picanha, entregou jejum intermitente".

Também é compartilhado nas redes sociais um vídeo em que uma pessoa, em vez de passar café utilizando pó, prepara a bebida dissolvendo balas sabor café, em ironia ao preço do item. O grão deve subir de 20% a 25% nos próximos dois meses, por conta do aumento da demanda global e por uma sequência de eventos climáticos que afetaram o Brasil, o maior produtor mundial.

O deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), que tem sido um dos principais oposicionistas do presidente nas redes socais, também usou a declaração para atacar o governo.

A partir da referência ao personagem Julius, da série americana Todo mundo odeia o Chris, conhecido por gostar de obter os maiores descontos possíveis, Nikolas fez uma montagem com o rosto de Lula, com a famosa frase dita pelo personagem: "se eu não comprar nada, o desconto é bem maior".

O tema dos alimentos tem sido especialmente explorado pela oposição, que chegou a confeccionar bonés com os dizeres "comida barata novamente, Bolsonaro 2026".

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), os alimentos subiram em média 57%, acima da inflação geral do período, que foi de 30%. Nos dois primeiros anos do terceiro mandato do petista, a inflação sobre os alimentos soma 7,6%.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que considera longo demais o prazo de inelegibilidade de oito anos imposto pela Lei da Ficha Limpa. Segundo o deputado, quatro eleições representam "uma eternidade".

"Com eleição de dois em dois anos, não reconhecer que oito anos de inelegibilidade é muito tempo é não reconhecer a realidade democrática do País", disse, em entrevista publicada nesta sexta-feira, 7, pelo jornal O Globo. Apesar da declaração, Motta garantiu que não há compromisso da presidência da Câmara em alterar a regra atual.

A discussão sobre reduzir esse período tem sido impulsionada por parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O deputado Bibo Nunes (PL-RS) apresentou um projeto para diminuir a inelegibilidade de oito para dois anos, o que permitiria a Bolsonaro concorrer em 2026.

Na terça-feira, 4, Motta já havia se manifestado sobre o tema. Em entrevista à CNN Brasil, o presidente da Câmara disse que oito anos de inelegibilidade "é um tempo extenso".

'Bolha'

Motta também criticou a abordagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao afirmar que ele não deve repetir a estratégia de Bolsonaro e falar apenas para uma "bolha". Segundo ele, o governo precisa focar em resultados concretos.

"Não podemos, em um país complexo como o Brasil, ficar refém de posicionamentos ideológicos. O governo precisa entender isso. Não adianta Lula fazer o que Bolsonaro fez e ficar o tempo todo falando para uma bolha que o faz errar", afirmou o deputado.

Embora tenha elogiado programas como o Minha Casa, Minha Vida e o Pé-de-Meia, Motta avaliou que a gestão petista tem falhado na condução da economia. "Do ponto de vista econômico, o governo tem vacilado e deixado de tomar decisões necessárias. Isso tem trazido instabilidade."

Falta de consenso sobre anistia

O presidente da Câmara comentou ainda a proposta de anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Motta disse que a falta de consenso sobre o tema provoca tensão entre os Poderes. "Não faremos uma gestão omissa. Enfrentaremos os temas, mas com responsabilidade e sem tocar fogo no País", afirmou.

Motta revelou que conversou com Bolsonaro sobre o assunto e que o ex-presidente pediu para que a pauta não fosse prejudicada, caso houvesse acordo no colégio de líderes. Já em reunião com o PT, ouviu o pedido para que a proposta não avance na Câmara.

O deputado também criticou o sigilo de 100 anos adotado pelo Executivo. Para ele, a transparência deve ser aplicada a todos os Poderes. "Não podemos ter o Executivo com sigilo de 100 anos. Não vamos admitir que seja exigido apenas para nós", disse.

Sobre a regulação das redes sociais, Motta minimizou e afirmou que a Câmara pode decidir se prioriza o tema. Quanto à inteligência artificial, ele foi mais enfático, defendendo a necessidade de avançar nas discussões sobre a pauta, destacada pelo ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).