Assessores econômicos de Trump apresentam três nomes para presidência do Fed

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Na reunião da última quinta-feira, 14, Steve Moore e Arthur Laffer, que há muito aconselham o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump em questões econômicas, recomendaram três candidatos ao comando do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), caso o republicano seja eleito presidente dos EUA, no pleito de novembro.

 

Fazem parte da lista Kevin Warsh, ex-executivo do Morgan Stanley que foi escolhido pelo presidente George W. Bush para servir no conselho de governadores do Fed; Kevin Hassett, ex-presidente do Conselho de Consultores Econômicos durante a administração Trump; e o próprio Laffer, conselheiro econômico do ex-presidente Ronald Reagan, considerado um dos teóricos fundadores da economia do lado da oferta e um defensor dos cortes fiscais de 2017 que Trump sancionou.

 

Trump não se comprometeu com nenhum dos candidatos, disseram pessoas próximas. Espera-se que ele lance uma ampla rede de indicações nos próximos meses, enquanto considera quem poderá escolher para suceder o atual presidente do Fed, Jerome Powell.

 

O mandato de Powell como presidente do banco central americano expira em 2026 e o seu mandato como membro do conselho do Fed, somente no início de 2028.

 

Espera-se que outros grupos externos apresentem outros nomes para o trabalho. Trump estaria focado principalmente na escolha de seu companheiro de chapa. "Não comentamos quaisquer discussões privadas que possam ou não ter acontecido, e ninguém mais deveria fazê-lo", disse o porta-voz da campanha, Steven Cheung.

 

Trump escolheu Powell, um republicano, como presidente para suceder Janet Yellen, mas rapidamente se irritou com Powell após ter assumido o cargo, quebrando uma tradição de longa data ao repreender publicamente o líder da Fed, primeiro por ter aumentado as taxas e, mais tarde, por não as ter cortado com rapidez suficiente.

 

O ex-presidente chamou Powell de "ingênuo" e de "inimigo" da América ao criticar as decisões de política monetária do Fed. Quando Biden conquistou a presidência, nomeou Powell para um segundo mandato, que foi novamente confirmado pelo Senado. (Dow Jones Newswires)

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu na terça-feira, 13, diversos cavalos, avaliados em R$ 6 milhões, 12 veículos - inclusive um carro de luxo de mais de R$ 1,77 milhão - além de R$ 220 milhões supostamente desviados dos cofres públicos. Os bens foram bloqueados pela Operação Caballus, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e fraude de licitações em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

Os agentes do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) apuraram que o grupo criminoso operava por meio de ao menos três empresas, aparentemente de fachada. Essas empresas venciam licitações realizadas por municípios do Estado do Rio de Janeiro, principalmente em Campos dos Goytacazes.

Segundo a Polícia Civil, os contratos das licitações tinham a finalidade de fornecer medicamentos e materiais hospitalares, desviando os recursos públicos, em tese, arrecadados ilicitamente, para o líder da quadrilha.

Além do desvio de recursos públicos, a investigação identificou transações suspeitas de lavagem de dinheiro. Parte dos valores repassados às empresas contratadas por prefeituras era utilizada para pagar impostos relacionados a um haras de propriedade do principal investigado.

A operação apurou que o suspeito ostenta alto poder aquisitivo, sendo sócio de várias empresas e proprietário de um haras, uma embarcação e diversos veículos de alto padrão.

Durante a apuração, foram identificadas transações suspeitas realizadas por investigados e empresas interpostas, no período de 2018 a 2023. Nesse intervalo, houve movimentação financeira de, pelo menos, R$ 220 milhões.

Veja o que foi apreendido

A operação marca a conclusão da primeira fase das investigações, na qual foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão contra seis alvos. Também foi solicitado o bloqueio judicial dos R$ 220 milhões pertencentes ao grupo criminoso.

Nesta etapa, foram apreendidos: computadores, celulares, 45 cavalos avaliados em aproximadamente R$ 6 milhões, 12 veículos - incluindo três carros de luxo das marcas Porsche (avaliado em R$ 1,7 milhão), Dodge RAM (R$ 370 mil) e BMW X1 (R$ 350 mil) - além de triciclos, quadriciclos, tratores e documentos diversos.

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma operação nesta quarta-feira, 14, que tem como alvo uma organização social contratada pela Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina para gerenciar uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS). O nome da entidade não foi divulgado.

A investigação apura suposto esquema de subcontratações ilegais, superfaturamento de serviços e recebimento de vantagens indevidas, em contrato que previa a gestão da unidade localizada no Sul do Estado, entre 2018 e 2023, no valor de R$ 196 milhões.

A operação, nomeada Templo Vendido, cumpre 15 mandados de busca e apreensão na capital, Florianópolis, e nos municípios de São José, Biguaçu, Palhoça, Criciúma, Araranguá e Curitiba.

Os auditores da CGU identificaram que a Organização Social subcontratou empresas as quais mantinham vínculo, e há suspeitas de que serviços prestados tenham sido superfaturados. Além disso, a investigação aponta que dirigentes e ex-dirigentes da entidade possam ter obtido outras vantagens indevidas.

A operação contou com 63 policiais federais e 10 auditores da CGU. As Organizações Sociais contratadas pelos governos estaduais para executar atividades ou serviços públicos devem ser instituições sem fins lucrativos. A Secretaria de Saúde catarinense foi procurada para comentar o caso, mas não respondeu até a publicação deste texto.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou na terça-feira, 13, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o cancelamento das audiências de testemunhas no processo que investiga sua participação em uma suposta tentativa de golpe de estado. As testemunhas começariam a ser ouvidas na próxima segunda-feira, 19.

"Iniciar a instrução sem que a defesa conheça aquilo que não interessou à acusação é impedir que qualquer alternativa surja nos autos. E, dessa forma, é terminar o processo sem que o transcorrer deste possa alterar as convicções hoje abraçadas", argumentam os defensores de Bolsonaro.

Segundo os advogados do ex-presidente, a equipe de defesa ainda não teve acesso integral às provas, mesmo após determinação de Moraes para que a Polícia Federal (PF) entregasse todo o material do processo. Por isso, requisitou o cancelamento das oitivas alegando a necessidade de mais tempo para a análise detalhada dos documentos.

A defesa pediu o cancelamento "a fim de permitir não só a necessária complementação do rol de diligências e testemunhas já apresentados, mas também e especialmente o adequado questionamento das testemunhas arroladas pelas partes", escreveu a defesa no processo.

Como mostrado pelo Estadão, no dia 30 de abril, o ministro Alexandre de Moraes liberou às defesas a integridade das provas recolhidas no processo do "núcleo 1" da investigação, do qual Bolsonaro e os outros solicitantes fazem parte. A defesa do ex-presidente e de outros acusados havia solicitado nulidade do processo por ausência de amplo e irrestrito acesso às provas, entendimento que foi negado pela Corte.

Quem deve ser ouvido?

No dia 19 de maio, devem depor o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Junior.

As oitivas mais aguardadas estão marcadas para o dia 30 deste mês, quando devem ser ouvidos o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, todos indicados como testemunhas por Bolsonaro.

Em março deste ano, o ex-presidente e outros sete acusados se tornaram réus no STF por envolvimento na suposta conspiração golpista. Eles respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.