Lula diz será 'bom cabo eleitoral' e que ações do governo virão em 2024 perto das eleições

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira, 8, que será um "bom cabo eleitoral" para os candidatos petistas nas eleições municipais e que as ações do governo começarão a aparecer a partir do ano que vem.

"Não tenho pressa, faz um ano que assumimos e não aconteceu tudo. As coisas não nascem no dia. 90% das coisas que anunciamos ainda não brotou. E é o ano que vem que vai começar a brotar e vocês vão estar em campanha", afirmou o presidente.

Lula disse que não conseguirá visitar todas as cidades, mas se comprometeu a seguir o que a direção do partido definir para fazer campanha no ano que vem. Também colocou seus ministros à disposição para ajudarem nas campanhas eleitorais.

"É uma campanha que vamos ter que nacionalizar. Ministros não podem fazer campanha no horário de trabalho, mas depois a gente pode dar um pitaco, quando tiver acabado a jornada da gente", afirmou, em tom de brincadeira.

Apesar disso, o presidente tentou incentivar o trabalho de militância ao dizer que não são as ações do governo federal que vão, por si só, garantir as eleições.

"Não tem nenhum governo em nenhum País que em tão pouco tempo fez o que fizemos nos primeiros meses do nosso governo, mas não é isso que vai ganhar as eleições. Pode ajudar. Mas o que vai ganhar as eleições é a gente ter coragem de fazer o embate político ideológico com os nossos adversários, para que a gente possa mostrar a diferença de projetos de cidades", afirmou.

O presidente tentou blindar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a direção do partido dos pedidos recorrentes por fatias do fundo eleitoral no ano que vem. Disse diversas vezes que o dinheiro é importante, mas não mais que o trabalho de militância.

"O dinheiro pesa, mas o trabalho de base não tem dinheiro que compre. E precisamos voltar a fazer trabalho de base. Não podemos ter candidato querendo comprar apoio de um líder de bairro, não podemos ter candidato querendo comprar apoio não. Apoio se conquista, a gente trabalha, vai para a rua", afirmou o presidente.

Apesar das críticas construtivas aos aliados, Lula foi ovacionado e aplaudido algumas vezes durante o seu discurso e contou com o apoio da plateia e dos petistas que estavam ao palco ao seu lado, como a presidente do PT, alguns ministros, governadores e parlamentares.

Em outra categoria

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira, 2, que Israel está estabelecendo um novo corredor de segurança através da Faixa de Gaza para pressionar o Hamas, sugerindo cortar a cidade de Rafah do resto do território palestino.

O anúncio foi feito depois que o ministro da defesa de Netanyahu declarou que tomaria grandes áreas de Gaza e as adicionaria às suas chamadas zonas de segurança. Enquanto isso, uma onda de ataques israelenses matou mais de 40 palestinos, incluindo várias mulheres e crianças, de acordo com autoridades de saúde palestinas.

Israel prometeu intensificar a guerra de quase 18 meses contra o Hamas até que o grupo devolva dezenas de reféns restantes, desarme-se e deixe o território. Fonte:

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, está viajando para a Groenlândia nesta quarta-feira, 2, para uma visita de três dias com o objetivo de construir a confiança dos líderes groenlandeses, em um momento em que o governo Trump busca o controle do vasto território ártico.

Mette Frederiksen anunciou planos para sua visita após o vice-presidente dos EUA, JD Vance, ter visitado uma base aérea americana na Groenlândia na semana passada e acusado a Dinamarca de investir pouco no território.

A Groenlândia é uma ilha rica em minerais e estrategicamente crítica, tornando-se mais acessível devido às mudanças climáticas.

Trump afirmou que a massa terrestre é essencial para a segurança dos EUA. Ela faz parte da América do Norte, mas é um território semiautônomo pertencente ao Reino da Dinamarca.

A primeira-ministra deve se reunir com o novo líder groenlandês, Jens-Frederik Nielsen, após uma eleição no mês passado que resultou em um novo governo. Nielsen afirmou no último fim de semana que os EUA não ficarão com a Groenlândia, em reação às afirmações de Donald Trump de que os norte-americanos assumirão o controle do território insular.

Mette Frederiksen também deve se encontrar com o futuro Naalakkersuisut, o gabinete ministerial, durante a visita que deve durar até sexta-feira.

"Tenho o mais profundo respeito por como o povo groenlandês e os políticos groenlandeses lidam com a grande pressão que há sobre a Groenlândia", disse ela em um comunicado do governo anunciando a visita.

Na agenda, estão conversas com Nielsen sobre a cooperação entre Groenlândia e Dinamarca.

Há anos, o povo da Groenlândia, com uma população de cerca de 57 mil pessoas, trabalha para alcançar a independência da Dinamarca. As ameaças do governo Trump de assumir o controle da ilha de qualquer maneira, possivelmente até com força militar, irritaram muitos na Groenlândia e na Dinamarca.

O novo governo quer adotar uma abordagem mais lenta sobre a questão da eventual independência. O grupo político na Groenlândia mais simpático ao presidente dos EUA, o partido Naleraq, que defende um caminho rápido para a independência, foi excluído das negociações da coalizão para formar o próximo governo.

Peter Viggo Jakobsen, professor associado da Academia de Defesa Dinamarquesa, disse na semana passada que as aspirações do governo Trump para a Groenlândia poderiam ter um efeito contrário e aproximar os partidos mais moderados ainda mais da Dinamarca.

Ele disse que "Trump assustou a maioria dos groenlandeses com essa ideia de um relacionamento próximo com os Estados Unidos porque eles não confiam nele". /AP

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira, 2, novas sanções contra uma rede de facilitadores financeiros e operadores de suprimentos dos houthis, grupo rebelde do Iêmen, acusados de adquirir armas e commodities da Rússia, incluindo grãos roubados da Ucrânia, segundo comunicado divulgado pelo governo. A ação visa Said al-Jamal, alto funcionário houthi apoiado pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, e seus colaboradores.

"Os houthis dependem de Said al-Jamal e sua rede para obter bens essenciais que abastecem sua máquina de guerra terrorista", afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent. "Esta medida reforça nosso compromisso em reduzir a capacidade do grupo de ameaçar a região com atividades desestabilizadoras".

Segundo o comunicado, os Houthis têm usado mísseis, drones e minas navais para atacar embarcações comerciais no Mar Vermelho, colocando em risco a navegação global. Os ataques, incentivados pelo Irã, já causaram mortes de civis e milhões em prejuízos.

A rede sancionada inclui os empresários afegãos Hushang e Sohrab Ghairat, localizados na Rússia, que ajudaram, segundo o governo americano, a orquestrar o envio de grãos ucranianos roubados da Crimeia para o Iêmen no navio Am Theseus, de bandeira russa. A empresa Hong Kong AM Asia M6 Ltd, proprietária da embarcação, e seus capitães russos, Vyacheslav Vidanov e Yuri Belyakov, também foram alvos das sanções.

Além disso, o Tesouro identificou oito carteiras de criptomoedas usadas pelos houthis para transferir fundos. O turco-iraniano Hassan Jafari, acusado de lavar milhões em dólares para a rede, também foi incluído na lista de sanções.