Zema diz que está próximo de fechar apoio a Engler no 2º turno em Belo Horizonte

Política
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou nesta sexta-feira, 11, que as conversas para apoiar a candidatura de Bruno Engler (PL) no segundo turno da eleição em Belo Horizonte estão "muito avançadas" e devem ser concluídas em breve. O bolsonarista disputa a segunda etapa com o atual prefeito Fuad Noman (PSD), que, embora seja de centro, recebeu o apoio de partidos de esquerda como o PDT e a federação PT-PV-PCdoB.

Engler terminou o primeiro turno na liderança, com 34,3% dos votos contra 26,5% de Fuad. Porém, pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, 10, colocou o prefeito na frente, com 48% das intenções de voto contra 41% do candidato do PL. A margem de erro é de três pontos percentuais. Já o levantamento do Paraná Pesquisas indica empate técnico: Engler com 45% e Fuad com 44,3%. Neste caso, a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

"Vai depender muito do candidato", disse Zema ao ser questionado se entraria para valer na campanha de Engler caso a aliança seja fechada. "Se quer vídeo, se quer que eu caminhe junto, eu sempre estou disponível. Sou uma pessoa que não tenho nenhum problema em estar parando só para dormir", continuou o governador. Ele participou de um evento da organização Comunitas nesta sexta-feira em São Paulo.

Engler tentou o apoio do chefe do Executivo mineiro no primeiro turno, mas Zema e o Novo optaram por apoiar o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos). O acerto envolveu a indicação da vice na chapa de Tramonte, a secretária de Planejamento de Minas Gerais, Luísa Barreto. A dupla ficou em terceiro lugar, com 15,2% dos votos, após perder força na reta final.

Zema foi "escondido" pela campanha de Tramonte, em uma decisão que aliados do governador atribuem ao ex-prefeito Alexandre Kalil (Republicanos) - os dois são rivais políticos. O governador chegou a gravar vídeos que seriam usados na campanha, mas o material nunca foi ar na propaganda eleitoral. Ele também não realizou agendas de rua ao lado do candidato do Republicanos.

"Vai ter de perguntar para ele (Tramonte), para os marqueteiros", respondeu Zema ao ser questionado se foi um erro a sua imagem não ter sido mais explorada na campanha. "Mas o resultado da eleição me parece que demonstrou que não foi acertado, já que ele que começou com uma liderança bem à frente e foi só caindo, caindo e os adversários avançando", concluiu.

Zema voltou a afirmar que pode ser candidato a presidente da República, embora tenha citado nomes de governadores do Sul e do Sudeste, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Júnior (PSD) e Ronaldo Caiado (União), e defendeu que o atual vice-governador, Mateus Simões (Novo), seja o candidato de seu grupo político para o governo de Minas Gerais daqui a dois anos.

A disputa em Belo Horizonte é uma prévia da eleição de 2026. A tendência é que Simões tenha como adversários um candidato do bolsonarismo, grupo do qual Engler faz parte, e também um nome de uma articulação de centro-esquerda que inclui Fuad e é liderada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e pelo PT.

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Com o avanço das negociações entre Estados Unidos, Ucrânia e Rússia e do acordo de cessar-fogo energético entre os países em conflito, o Kremlin divulgou, em comunicado, as instalações russas e ucranianas que estão sujeitas à moratória temporária bilateral.

Segundo o governo russo, refinarias de petróleo, oleodutos, gasodutos e instalações de armazenamento, incluindo estações de bombeamento, infraestrutura de geração e transmissão de eletricidade, incluindo usinas, subestações, transformadores e distribuidores, usinas nucleares e barragens de usinas hidrelétricas estão englobadas pelo cessar-fogo energético.

O acordo entre as partes foi confirmado nesta terça-feira, mais cedo, pela Casa Branca e pelo próprio Kremlin.

A Rússia pontua que a moratória terá duração de 30 dias, desde o dia 18 de março, e poderá ser prorrogada por acordo mútuo.

"Caso uma das partes viole a moratória, a outra parte terá o direito de se considerar livre de suas obrigações de cumprimento", conclui o Kremlin.

A Casa Branca publicou a ordem executiva assinada nesta terça-feira, 25, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o objetivo de "proteger a conta bancária dos EUA contra fraudes, desperdícios e abusos". O texto estabelece medidas para aumentar o controle sobre pagamentos feitos pelo governo federal, que movimentou US$ 33,9 trilhões em receitas e US$ 33,6 trilhões em despesas no ano fiscal de 2024.

A ordem destaca que o Departamento do Tesouro, responsável por gerenciar os pagamentos federais, "carece de controles suficientes para rastrear transações" e identificar irregularidades. Segundo o documento, estimativas do Government Accountability Office (GAO) apontam que o governo perde entre US$ 233 bilhões e US$ 521 bilhões por ano devido a fraudes.

Uma das principais medidas determina a redução dos Non-Treasury Disbursing Offices (NTDOs), órgãos que hoje emitem pagamentos sem passar pelo Tesouro. Essas entidades foram responsáveis por US$ 1,5 trilhão em repasses em 2024, cerca de 22% do total federal. A ordem exige que agências como o Departamento de Defesa e o de Segurança Nacional deleguem ao Tesouro a função de realizar pagamentos, exceto em casos "classificados".

Além disso, o texto prevê a consolidação de sistemas financeiros em um modelo único dentro de 180 dias, visando reduzir "relatórios duplicados, falta de rastreabilidade e riscos operacionais".

A ordem estabelece critérios para evitar pagamentos indevidos, como a confirmação de que os fundos estão disponíveis antes da liberação, a validação de dados do recebedor, a checagem de contas bancárias ativas e não vinculadas a falecidos, e a referência a contratos ou auxílios governamentais no pedido de pagamento.

As agências terão 90 dias para se adequar às novas regras e enviar um plano de conformidade. O Tesouro também deverá apresentar um relatório de progresso em 180 dias. "Promover integridade financeira é essencial para a eficiência do governo e a confiança dos contribuintes", afirma o texto. A ordem ressalta, porém, que as mudanças estão sujeitas à disponibilidade orçamentária e não criam "direitos ou benefícios" judiciais.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que o comportamento da Rússia dos próximos dias "dirá muito, se não tudo". "Se houver novos alertas aéreos, mais atividade militar no Mar Negro, mais manipulações e ameaças russas, será necessário adotar novas medidas diretamente contra Moscou."

O líder ucraniano pontuou que a diplomacia deve funcionar no mundo e garantiu que a Ucrânia está "fazendo tudo para isso".

"O resultado precisa vir da Rússia. Nós não acreditamos neles. O mundo, de fato, não acredita na Rússia. E eles devem provar que estão prontos para acabar com a guerra e que estão dispostos a não mentir para o mundo, para Trump e para os Estados Unidos", concluiu Zelensky.

Mais cedo, a Casa Branca anunciou que os EUA ajudarão a "restaurar o acesso da Rússia ao mercado mundial" e que os dois países chegaram a um acordo que "proíbe ataques a instalações energéticas da Rússia e da Ucrânia".

O Kremlin condicionou a adoção das medidas à retirada de uma série de sanções contra Moscou.