Aos 53 anos, Cristina Mortágua pede ajuda e diz que não tem para onde ir

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A ex-modelo Cristina Mortágua, 53, fez publicações que preocuparam seus seguidores nesta segunda-feira, 16. No perfil do Instagram, ela disse que está "doente das emoções" e alegou não ter onde morar. "Não vou me matar, mas está insustentável", escreveu.

 

Ela também havia feito algumas publicações em setembro, dizendo que estava vivendo um quadro de pânico agravado pelo local onde mora. Dessa vez, Cristina marcou alguns profissionais de saúde mental e pediu ajuda para cuidar da sua mãe.

 

"Ela está me adoecendo. Eu não tenho onde morar", disse Cristina. "Só na casa do tio Nelson, mas se ele não puder me receber vou para um abrigo mas preciso levar o Pito comigo. Me ajude". "Eu não tenho saúde de cuidar de uma idosa, porque estou doente das emoções".

 

A ex-modelo chegou a compartilhar a foto de um homem, alegando que estava precisando das "coisas que ele mandou" ela comprar para o seu ateliê. Segundo Cristina, ele teria oferecido ajuda a ela, mas não teria a atendido.

 

"Peço que respeitosamente que honre com o acordo feito verbalmente para que não precise levar essa desagradável ação de cobrança em juízo", escreveu ainda.

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Um grupo de criminosos invadiu um prédio residencial na Rua Dr. Gabriel dos Santos, em Higienópolis, na região central de São Paulo, nesta terça-feira, 13, e fez moradores reféns.

Informações preliminares indicam que, durante o arrastão, um grupo de oito assaltantes entrou em apartamentos e conseguiu roubar os pertences das vítimas. O 13.° Batalhão de Polícia Militar foi acionado para atender o caso.

"A ocorrência foi comunicada ao Delegado de Plantão do 2° Distrito Policial, que ficará responsável pela investigação dos fatos e das circunstâncias do crime", informou a Polícia Militar em nota.

Os beneficiários da Vision Med Assistência Médica (Golden Cross) terão até 11 de julho para contratar um plano de saúde de outra operadora sem cumprir novos períodos de carência ou cobertura parcial temporária.

A prorrogação por 60 dias do prazo de carência especial para beneficiários da operadora foi publicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 13.

Além disso, o órgão regulador decretou a liquidação extrajudicial e o encerramento das atividades da operadora a partir desta terça.

Caso os clientes da Vision Med ainda estejam em carência ou cobertura parcial temporária no plano atual, o período remanescente poderá ser cumprido na nova operadora, ainda de acordo com despacho da ANS.

A Rua dos Protestantes, que abrigava o fluxo da Cracolândia, como é chamada a aglomeração de usuários de drogas em cenas de uso, amanheceu esvaziada no começo desta semana.

Havia apenas duas viaturas da Guarda Civil Metropolitana (GCM), uma em cada extremidade da rua, quando o Estadão esteve no local, por volta das 16h desta terça-feira, 13. "Vamos continuar fazendo patrulha aqui", disse uma guarda, que preferiu não se identificar.

Ao lado dela, outros três agentes encaravam o vazio da rua, ainda com a água secando no chão de uma limpeza recente.

Até a semana passada, moradores estimam que cerca de 200 dependentes químicos se amontoavam por ali.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) mostrou surpresa com o esvaziamento repentino, mas destacou as ações que vinham sendo adotadas nos últimos meses.

"(A queda de usuários) Surpreendeu. Verdadeiramente surpreendeu. Obviamente já vinha reduzindo gradativamente todos os dias a quantidade de pessoas. Mas vamos continuar monitorando", afirmou o prefeito após visita às instalações do aterro sanitário Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL), em São Mateus, nesta terça-feira, 13.

"O episódio em especial, de sábado para cá, na rua dos Protestantes (esvaziamento), nós ainda estamos tentando entender. Não dá para dizer que está resolvido. Podemos associar algumas questões a essa situação", disse Nunes.

Entre os fatores que contribuíram para o esvaziamento da Cracolândia, na visão do prefeito, estão as ações do governo do Estado e da Prefeitura para enfraquecer o tráfico de drogas na favela do Moinho.

Guardas e comerciantes ouvidos sob condição de anonimato também disseram não saber ao certo o motivo do esvaziamento da rua. Alguns lojistas levantaram a hipótese de ser uma ordem do Primeiro Comando da Capital (PCC), que comanda o tráfico por ali, mas por enquanto não há confirmação oficial disso.

Por ora, os sentimentos de quem trabalha e mora na região são divididos. "A princípio, a gente acha que vai melhorar, mas tem que ver se eles realmente não vão voltar", afirma a lojista Edna Pereira, de 54 anos. Segundo ela, o esvaziamento começou no fim de semana.

Entidades e ONGs que atuam na região apontam que a política de dispersão dos usuários se tornou mais violenta nos últimos meses.

"A partir do momento que sufocaram as estratégias de sobrevivência e aumentaram o nível de violência, eles (poder municipal) conseguiram fazer com que as pessoas deixassem a região", afirma Giordano Magri, pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole. "A questão agora é onde esse espalhamento vai reverberar", completa.

Todas as experiências internacionais apontam que o cuidado deve ser uma preocupação central na relação com pessoas com uso problemático de substâncias químicas, diz o especialista.

"O cuidado integral fica comprometido e também a possibilidade de encontrar um agente de saúde, por exemplo", afirma.

Orlando Morando, secretário de Segurança Urbana de São Paulo, nega o uso de violência. "Não removemos ninguém à força. Não fizemos nenhuma abordagem violenta, não há nenhuma imagem ou denúncia contra a GCM", diz o secretário ao Estadão.

O secretário detalha as medidas que foram adotadas nos últimos dias na região. "Não estamos mais permitindo a entrada com cachimbos, intensificamos as buscas por drogas com cães da GCM e conseguimos sufocar o tráfico na favela do Moinho. A chegada da droga na rua dos Protestantes está mais difícil", diz.

Em grupos de WhatsApp, comerciantes da região têm manifestado receio quanto a um espalhamento do fluxo para regiões ainda mais movimentadas, como a Rua Santa Ifigênia, a poucas quadras dali, ou para a Rua José Paulino, no Bom Retiro.

"Os políticos vão bater no peito e dizer que acabaram com a Cracolândia. Mas agora sim nossa vida volta a ser um inferno", diz uma moradora, em mensagem publicada em um grupo que reúne lojistas.

Morando afirma que o problema não está solucionado, mas que as forças de segurança ainda não identificaram novos pontos de aglomeração. "Não teremos novas Cracolândias", promete.

Enquanto a reportagem percorreu a região, na tarde desta terça, alguns pequenos grupos de usuários direcionavam-se à Rua Santa Ifigênia. Vendo a rua completamente vazia, iam embora sem entender. Equipes de atendimento social da Prefeitura de São Paulo também foram vistas na região.