Prêmio Nobel: conheça cientistas brasileiros que já foram indicados

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Em mais de um século de existência, o Prêmio Nobel nunca agraciou um brasileiro em nenhuma de suas seis categorias (Medicina, Física, Química, Literatura, Paz e, depois, Economia). O brasileiro que chegou mais perto de ganhar um Nobel foi o físico César Lattes (1924-2005) - indicado sete vezes entre 1950 e 1956, e considerado injustiçado.

Este ano, o escritor Milton Hatoum surgiu entre os nomes cotados para o Nobel de Literatura na lista do site de apostas NicerOdds, do Reino Unido. Os laureados de 2025 serão anunciados a partir desta segunda-feira, 6.

Em 1950, o britânico Cecil Powell recebeu o Nobel de Física por "desenvolver o método fotográfico de estudo dos processos nucleares e a descoberta (das partículas) mésons feita por esse método". Powell era o chefe do grupo de pesquisa da Universidade de Bristol (Reino Unido) responsável pelo estudo, mas a descoberta da subpartícula méson pi (que mantém os prótons e os nêutrons unidos no núcleo do átomo) é atribuída a Lattes, que integrava a equipe.

Tanto é assim que, em 1947, Lattes descreveu a partícula em artigo publicado na revista científica Nature, assinado também por seus colegas de laboratório como coautores. A descoberta do méson pi abriu caminho para o desenvolvimento de um novo campo de estudos, a física das partículas elementares.

O médico Manoel de Abreu (1891-1962) recebeu três indicações ao Nobel de Medicina, em 1946, 1951 e 1953. O especialista desenvolveu a abreugrafia, exame que permite o diagnóstico precoce da tuberculose. Por ser rápido e barato, o exame provocou uma redução considerável no número de mortos pela doença.

O sanitarista Carlos Chagas (1879-1934) recebeu duas indicações ao prêmio de Medicina, em 1913 e 1921. Chagas foi o responsável pela descoberta de todo o ciclo da Doença de Chagas, que levou seu nome, além de importantes pesquisas sobre a malária.

O físico Mario Schenberg (1914-1990), considerado um dos maiores nomes da física teórica do País, recebeu uma indicação ao prêmio em 1983. Ele fez importantes descobertas na astrofísica e trabalhou com grandes nomes internacionais como Enrico Fermi, George Gamow e Subrahmanyan Chandrasekhar (que ganhou o Nobel de Física naquele ano).

A agrônoma Johanna Dobereiner (1924-2000), conhecida como a brasileira que revolucionou a produção mundial de alimentos, recebeu uma indicação ao prêmio de Química em 1997. As pesquisas da agrônoma foram cruciais para o desenvolvimento do Programa Nacional do Álcool, para o aumento exponencial da produção de soja no País e também pelo barateamento na produção de alimentos. Ela integrava a Academia de Ciências do Vaticano.

O químico Otto Gottlieb (1920-2011) foi indicado ao prêmio de Química em 1999 por seus estudos sobre a estrutura química das plantas que permitiram avaliar a preservação de vários ecossistemas brasileiros.

Outros grandes nomes da ciência brasileira foram cotados para o prêmio, mas não chegaram a receber indicações. É o caso do fundador do Instituto Butantan, o médico Vital Brazil (1865-1950), responsável pela criação de diferentes soros contra o veneno de animais peçonhentos, como cobras e aranhas.

O sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917), responsável pelas campanhas de erradicação da febre amarela, peste bubônica e varíola no País, também já foi cotado para o prêmio, mas nunca indicado. Da mesma forma, os médicos Maurício Silva e Sérgio Ferreira, responsáveis pela descoberta de um composto vasodilatador no veneno da jararaca, foram cotados, mas não indicados.

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A ex-namorada de Dado Dolabella Marcela Tomaszewski não seguirá com a denúncia e agressão contra o cantor, após sua amiga compartilhar imagens de machucados neste fim de semana. A informação foi confirmada ao Estadão pelo advogado, Diego Candido, nesta terça-feira, 28. Inicialmente, o profissional afirmou que seria encaminhada uma medida protetiva contra Dado, além de um processo judicial.

O comunicado explica que a decisão foi de foro íntimo, ou seja, por motivos pessoais: "Diego Candido informa que, após decisão de Marcela Tomaszewski em não prosseguir com a denúncia, mesmo cientificada de seus direitos, resolve sair do caso, por questões de foro íntimo."

"Marcela foi devidamente cientificada da decisão e manifestou concordância, alegando estar tudo bem e que pretende esquecer o assunto visando à preservação da imagem das partes envolvidas. O advogado Diego Candido repudia qualquer forma de violência, preconceito e discriminação e luta diuturnamente no combate a esses crimes buscando a punição dos responsáveis", completa a nota.

O que aconteceu entre Dado Dolabella e a namorada?

O cantor Dado Dolabella estaria envolvido em um novo caso de agressão contra mulher. A acusação foi feita por Rafaela Clemente, amiga pessoal de Marcela Tomaszewski, que mostrou machucados na miss depois de uma suposta briga do casal.

Rafaela também compartilhou, em postagens já apagadas, que Marcela teria tentado bloqueá-la por denunciar o caso. A publicação foi repostada por Luana Piovani, com quem Dado já teve um relacionamento, que acabou em medida protetiva após uma agressão dele.

A repercussão do caso foi contida após uma nota conjunta em que Dado e sua agora ex-namorada afirmam que o vídeo foi tirado de contexto".

O cantor, compositor e guitarrista canadense Bryan Adams anunciou que fará quatro apresentações pelo Brasil em março de 2026.

Após seis anos, o artista retorna ao País trazendo na bagagem grandes sucessos como (Everything I Do) I Do It For You, Heaven e Summer of '69, entre outros.

Com a etapa sul-americana da turnê Roll With Punches, ele passa por Rio de Janeiro (Qualistage em 6/3), São Paulo (Vibra São Paulo em 7/3), Curitiba (Live em 9/3) e Porto Alegre (Auditório Araújo Vianna em 11/3).

As vendas de ingressos começarão em 4 de novembro, às 10h, por meio do site da Eventim para as datas de São Paulo e Rio. Os preços vão de R$ 225 a R$ 1.000. Em breve serão divulgadas as informações de Curitiba e Porto Alegre.

A principal categoria do Prêmio Jabuti 2025, a de Livro do Ano, foi para O Ouvidor do Brasil: 99 vezes Tom Jobim, livro do jornalista, biógrafo e imortal da Academia Brasileira de Letras Ruy Castro.

Como recompensa, o autor levou R$ 70 mil e uma viagem completa à Feira do Livro de Londres, em 2026. O anúncio foi feito em uma cerimônia de premiação na noite de segunda-feira, 27, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Publicado pela Companhia das Letras, o livro também levou a categoria Crônica. Conforme indica o título, a obra busca contar, em 99 crônicas, a complexidade da figura de Tom Jobim (1927-1994), um dos maiores compositores da história da música brasileira.

O livro nasceu da admiração de Castro pela bossa nova e pelo trabalho de Tom Jobim, responsável por grandes clássicos do gênero. Como disse o jornalista e crítico musical João Marcos Coelho em resenha do livro publicada no Estadão, basta ler "uma frase, um parágrafo, para comungarmos deste amor desmedido (mas muito, muito justificado) pelo autor de Águas de Março, Sinfonia da Alvorada e Matita Perê."

Os 99 textos são curtos, entre quatro e cinco parágrafos, mas constroem de forma sucinta um retrato completo de Tom Jobim. As crônicas apresentam lados menos conhecidos do compositor e apresentam bastidores, fatos inéditos e histórias que unem personagens importantes da música brasileiras nas década de 1950 e 1960.

A 67ª edição do Jabuti premiou livros publicados em 2024, ano em que a morte do compositor completou 30 anos. Além de Ruy Castro, nomes como Tony Bellotto e Daniela Arbex foram premiados. Veja a lista completa.

Leia trechos de 'O Ouvidor do Brasil'

"Tom não se queixava do Brasil. 'É o único país do mundo com nome de árvore. E não tem mais esta árvore'. Queixava-se do brasileiro 'que acorda todo dia para destruir o Brasil' (...) 'De que adianta eu sentir saudade do Brasil se ninguém mais sente?'"

"Tom tinha horror a avião (...) Ao compor o 'Samba do Avião', em meados de 1962, queria apenas celebrar uma chegada ao Rio por esse meio, voltando de São Paulo - ele que, na época, só fazia esse trajeto de trem."

"Quando Vinicius de Moraes morreu em 1980 e deram o nome dele à tradicional rua Montenegro, Tom foi contra. Disse: 'Os carros agora passam por cima do Vinicius e os cachorros mijam nele'."

"Pelo fato de os cantores e compositores da bossa-nova gravarem-se uns aos outros, suas canções se espalharam e se eternizaram na memória das pessoas. E faziam isso porque os talentos eram mútuos e as admirações mútuas. A música não era um espelho, mas um caleidoscópio."

"Não parecia se interessar por música, só falava de palavras (...) Sabia nomear cada planta, bicho, acidente geográfico, tipo de vento e de estrela no céu. Certa vez, num avião, descobriu que a aeronave estava voltando porque as estrelas não estavam onde deveriam estar."

O Ouvidor do Brasil: 99 Vezes Tom Jobim

Autor: Ruy Castro

Editora: Companhia das Letras (232 págs.; R$ 79,90 / E-book: R$39,90)