Mísses lançados pela Rússia matam ao menos 13 civis no sul da Ucrânia

Internacional
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Um ataque de mísseis lançado pela Rússia contra a cidade de Zaporizhia, no sul da Ucrânia, matou pelo menos 13 civis e feriu outros 30 na quarta-feira, 8. O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, publicou no Telegram imagens de civis sendo socorridos em uma rua da cidade coberta de destroços.

 

Minutos antes do ataque, o governador da região, Ivan Fedorov, alertou a população sobre o disparo dos mísseis, que acabaram atingindo prédios residenciais.

 

"Não há nada mais brutal do que o bombardeio aéreo de uma cidade, sabendo que civis comuns sofrerão", disse Zelenski.

 

O presidente da Ucrânia afirmou ainda que os países que desejam encerrar a guerra deveriam oferecer à Ucrânia garantias de defesa.

 

Kiev teme que qualquer cessar-fogo ou acordo de paz apenas dê ao Kremlin tempo para se rearmar e realizar uma nova invasão, a menos que seja dissuadido pela força militar.

 

"Para ser honesto, acredito que temos o direito de exigir garantias de segurança sérias dos países que visam a paz no mundo", disse Zelensky. Fonte: Associated Press.

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o Brasil deve adotar, junto com autoridades judiciais, as medidas que forem necessárias para que a lei brasileira seja cumprida, após a decisão da Meta - dona do Facebook, do Instagram e do Whatsapp - de encerrar a checagem de fatos em suas plataformas nos Estados Unidos. De acordo com Costa, o mundo precisa discutir parâmetros internacionais unificados para coibir "esse tipo de postura de bilionários".

"Vamos adotar com as autoridades judiciais as medidas que forem necessárias para que a lei brasileira seja cumprida", afirmou Costa em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira, 9. "Não pode uma plataforma que tem milhões ou bilhões de seguidores não seguir lei nenhuma, não seguir norma nenhuma e não ser responsabilizado pelo aquilo que veicula."

De acordo com ele, o debate não é apenas uma preocupação para o País, mas para o mundo todo. "O mundo inteiro começa a discutir o que fazer para controlar, na verdade, empresários, grandes empresários, que detém o controle desses veículos de informação, que são veículos de comunicação", comentou.

"Não é possível conceber que exista uma liberdade plena para cometer crime em plataforma digital. Então, acho que o mundo começa a discutir, até uma forma de haver uma uniformização de leis que coíbam e parâmetros internacionais unificados pelos países que coíbam esse tipo de postura desses bilionários que querem ter influenciar sobre a mentalidade e o que o deve saber, ou não saber, ou saber de forma distorcida."

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em um período de "reflexão" e ainda não decidiu sobre as mudanças que pode fazer no governo.

"O presidente está avaliando, não decidiu sobre mudanças no governo, está numa fase de reflexão", afirmou em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira, 9. De acordo com ele, a saída do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, se deu pelo fato de que o governo está entrando em um "novo momento da gestão".

"É como se tivesse terminado o primeiro tempo, estamos entrando no segundo tempo, dado inclusive às mudanças rápidas na forma de acessar comunicação pela população", comentou. O publicitário Sidônio Palmeira irá assumir o cargo de Pimenta. Segundo Costa, o novo ministro tomará posse na próxima terça-feira, 14, mas já está trabalhando e despachou hoje com Lula.

Lula pode fazer mudanças nos ministérios até dia 21

Rui Costa também disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá fazer a aguardada reforma ministerial até o dia 21 deste mês. Segundo ele, o presidente ainda está avaliando o cenário.

"O presidente está focando em aperfeiçoar a gestão. E, portanto, há um indicativo do presidente que as mudanças que ocorrerem ele quer fazer eventuais mudanças ainda neste mês", disse Rui Costa. Ele afirmou que haverá uma reunião ministerial no dia 21, e que as mudanças podem ser antes.

Antes das declarações do ministro da Casa Civil, a expectativa do mundo político era que as mudanças ficassem para depois das eleições para presidente da Câmara e do Senado, marcadas para o começo de fevereiro.

Rui Costa disse que Lula orientou seus ministros a não interferir nas eleições das duas Casas do Legislativo. Também afirmou que a expectativa é que haja diálogo entre o governo e os próximos presidentes da Câmara e do Senado.

Ele também afirmou que, se todos os Poderes cumprirem os acordos sobre emendas parlamentares, a crise em torno desse tema "será superada rapidamente".

O criminalista Celso Sanchez Vilardi assumiu oficialmente nesta quinta-feira, 9, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos casos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). Vilardi vai substituir o advogado Paulo Cunha Bueno, que liderava a defesa do ex-presidente. Bueno, no entanto, continuará atuando na equipe de defensores de Bolsonaro.

Formado em Direito e mestre em Direito Processual Penal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Vilardi é especialista em Teoria Geral do Processo. Foi coordenador e, atualmente, é professor do curso de pós-graduação em Direito Penal Econômico na Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV/Law).

Indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, Bolsonaro aguarda uma provável denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sob a acusação de conspiração contra o sistema democrático do País para se defender das imputações perante o Supremo.

Como mostrou o Estadão, a PGR pretende apresentar mais de uma denúncia ao STF contra os 40 indiciados no inquérito do golpe. A ideia é dividir as acusações que atingem o ex-presidente Jair Bolsonaro, os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno e outros 37 envolvidos no caso de acordo com os "núcleos" da organização criminosa, mas não necessariamente com os nomes usados pela PF para batizar esses grupos.

Venda ilegal de joias e cartão de vacina

O novo advogado ainda terá pela frente a defesa no caso da venda ilegal de joias da Presidência, que levaram ao indiciamento do ex-presidente pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Outro caso que está em fase de conclusão é o que investiga um esquema de falsificação de cartões de vacina contra a covid-19. Em março, Bolsonaro e outros 16 foram indiciados pelos crimes de associação criminosa e de inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde. Em abril do ano passado, Moraes atendeu a um pedido da PGR e determinou que a PF aprofunde as investigações, que devem ser encerradas em breve.

Envolvimento de Bolsonaro na 'Abin paralela'

Em janeiro de 2024, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de férias do ex-presidente em Angra dos Reis, no litoral do Rio, no âmbito da operação que apura as ligações de Carlos Bolsonaro (Republicanos), vereador da capital fluminense e filho do ex-presidente, em suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O principal alvo dessa ofensiva foi o ex-diretor da Abin na gestão Bolsonaro e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A investigação se debruça sobre a suspeita de que a Abin teria sido usada ilegalmente para atender a interesses políticos e pessoais de Jair Bolsonaro e de sua família.

A PF já descobriu que a agência utilizou um sistema de espionagem israelense para monitorar ministros do STF e adversários do governo do então presidente. O inquérito mira supostos crimes de organização criminosa, interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial, ou com objetivos não autorizados em lei.

Ataques a ministros do Supremo

Há um inquérito tramitando em segredo de justiça no STF que apura a disseminação de fake news pelo ex-presidente e a realização de ataques pessoais a ministros do Supremo. O processo é relatado por Alexandre de Moraes.

Vazamento de dados de inquérito do Supremo

Outra investigação que tramita no STF apura se Bolsonaro e outras autoridades teriam vazados documentos sigilosos do inquérito sobre as agressões contra ministros da Corte. O processo foi aberto a pedido do presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, em agosto de 2021.

Interferência na Polícia Federal

Enquanto estava na Presidência, Bolsonaro trocou o comando da Polícia Federal quatro vezes. O STF abriu inquérito para investigar se essas mudanças foram feitas com o suposto objetivo de beneficiar filhos e aliados do ex-presidente em investigações.