Nos EUA, pitbull enrosca em gatilho de arma ao pular em cama e dispara contra seu tutor

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Um morador de Memphis, no Tennessee (Estados Unidos), foi baleado por seu cachorro enquanto estava deitado na cama na última segunda-feira, 10. O disparo atingiu de raspão a coxa esquerda de Jerald Kirkwood, o tutor do animal. As informações são do jornal The Guardian e do canal WREG, uma emissora de TV de Memphis usada como uma das fontes do jornal britânico.

Segundo a polícia, o cão de um ano, um pitbull chamado Oreo, acionou acidentalmente a arma quando pulou na cama em que Kirkwood estava deitado com uma amiga. Após o episódio, a mulher saiu da casa levando a arma. Já o tutor foi socorrido e hospitalizado com ferimentos leves. Ele não corre risco de vida.

A polícia classificou o incidente como uma lesão acidental, sem ação necessária contra Oreo ou o seu tutor. A mulher foi localizada e, em entrevista à estação de notícias Fox 13, disse que Oreo é brincalhão e gosta de pular nas coisas, ainda segundo informações da reportagem do The Guardian.

Caso não foi o primeiro

Este não foi o primeiro caso de um animal de estimação que atira contra o seu tutor, ainda segundo o Guardian. Richard Remme, de Fort Dodge, Iowa (EUA), foi baleado na perna em 2018 enquanto brincava com seu cão, após a arma em sua cintura disparar.

Em 2019, Matt Branch, ex-jogador de futebol da Universidade Estadual da Louisiana, foi baleado na perna por uma espingarda que seu labrador pisou durante uma viagem de caça no Mississippi, resultando na amputação de sua perna. Branch passou 12 dias inconsciente, mas sobreviveu - e adaptou-se com uma perna protética de titânio.

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A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de críticas por uma declaração considerada machista feita a tarde de quarta-feira, 12. Em evento no Palácio do Planalto, Lula disse que nomeou uma "mulher bonita" para liderar a articulação política e diminuir distância para o Congresso.

Em publicação no X (antigo Twitter) nesta quinta-feira, 13, Gleisi criticou bolsonaristas pelos ataques que fizeram a Lula e disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro fez diversas declarações machistas ao longo dos anos.

Bolsonaristas atacaram o presidente ao longo do dia, acusando-o de ter feito uma fala machista. O líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), por exemplo, disse que é "curioso notar que, em um cenário onde se espera que líderes promovam igualdade de gênero e valorizem a competência profissional, nosso presidente opta por reduzir uma mulher a sua aparência física".

Gleisi disse que "gestos são mais importantes que palavras" e que o presidente Lula é o que "mais empoderou as mulheres".

"Repudio os ataques canalhas de bolsonaristas, misóginos, machistas e de violência política. Desprezam as mulheres. Não me intimidam nem me acuam. Oportunistas tentando desmerecer o presidente Lula. Gestos são mais importantes que palavras. Não teve e não tem outro líder como o presidente Lula que mais empoderou as mulheres", afirmou, em publicação no X.

Gleisi citou que Lula lançou Dilma Rousseff à Presidência da República, fazendo da petista a primeira mulher a ocupar o cargo. Também mencionou que o atual presidente foi apoiador de sua candidatura à presidência do PT.

"Não é qualquer líder que ousa lançar a primeira mulher presidenta do País, a primeira presidenta do PT, o que mais nomeou mulheres ministras, nas estatais, no Banco do Brasil, na Caixa, no Superior Tribunal Militar (STM) e outros tantos lugares. Que moral vocês têm? Vocês esqueceram das entrevistas, dos vídeos em que Bolsonaro agrediu as mulheres, estimulando a violência política e física, o preconceito, o machismo? Canalhas, respeitem a inteligência do povo brasileiro", declarou.

Entidades que atuam no tema da transparência da administração pública publicaram nota criticando o projeto de resolução elaborado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para disciplinar as emendas parlamentares. Para a Transparência Internacional, a Transparência Brasil e o Contas Abertas, as regras propostas por Alcolumbre representam a "volta à época dos anões do Orçamento, agora com cifras bilionárias". No ano passado, o Congresso destinou quase R$ 45 bilhões em emendas parlamentares.

A reportagem procurou Davi Alcolumbre por meio da assessoria, mas ele não comentará o assunto neste momento.

"A proposta de resolução em discussão para regulamentar o processo de formulação das emendas parlamentares reverte avanços institucionais já consolidados e contraria decisões recentes do Supremo Tribunal Federal. Deste modo, sua aprovação, nos moldes em que se encontra, não atenderá ao plano de trabalho homologado pelo STF, nem aos interesses da sociedade", afirmam as entidades, na nota.

Uma sessão do Congresso foi convocada para votar a resolução nesta quinta-feira, 13. A proposta deverá ser relatada pelo vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO). O senador tocantinense é mencionado no relatório da Operação Emendário, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de venda de emendas parlamentares por parte de deputados federais do PL no Maranhão e no Sergipe. Um assessor de Eduardo Gomes atua como "corretor de emendas" fechando contratos com prefeituras que depois recebem verbas destinadas pelo senador.

Como mostrou o Estadão, uma minuta (rascunho) da resolução, ainda não protocolada, reduzia a fiscalização das emendas parlamentares ao criar uma nova Secretaria Especial de Orçamento Público. A nova estrutura seria comandada por um secretário indicado pelo presidente do Senado e teria o controle sobre as consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado Federal - hoje, os profissionais dessas consultorias têm autonomia para trabalhar. Pela resolução, o trabalho deles estará submetido às "políticas e critérios" do novo secretário.

Após pressão dos deputados federais, no entanto, Hugo Motta e Alcolumbre chegaram a um acordo para suprimir este trecho da resolução. Mesmo com o recuo, a proposta ainda representa um retrocesso, dizem as entidades, por criar informalmente a figura da "emenda de líder de bancada partidária". O mecanismo poderá ser usado para omitir os verdadeiros "padrinhos" das emendas, como acontecia no passado com as emendas de relator-geral (RP-9), base do Orçamento Secreto.

A proposta foi discutida em diversas reuniões, inclusive pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Também houve encontro para tratar do tema entre a chefe de gabinete de Alcolumbre, Ana Paula Magalhães de Albuquerque Lima, que cuida de assuntos orçamentários para o amapaense; e Mariângela Fialek, a Tuca, braço-direito do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).

"O relatório final da CPMI dos Anões do Orçamento recomendou, como forma de aprimoramento do processo orçamentário nas Casas do Congresso, o fortalecimento dos seus órgãos técnicos, além de propor que fosse adotada a 'máxima transparência e publicidade na tomada de decisões'. É alarmante que, 31 anos depois, o Congresso siga avançando de maneira diametralmente oposta às suas próprias recomendações", diz um trecho da nota publicada pelas entidades.

A Consultoria de Orçamento do Senado foi criada justamente na época do escândalo dos chamados "Anões do Orçamento", em 1993 - o caso recebeu este nome devido à baixa estatura dos parlamentares envolvidos. Na época, foram desviados mais de R$ 100 milhões em recursos públicos, por meio de fraudes realizadas na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Deputados manipulavam emendas do Orçamento Geral da União para desviar recursos públicos por meio de organizações sociais de fachada e empreiteiras. O projeto de resolução de Davi Alcolumbre altera justamente a Resolução nº 1 de 2006, que disciplina o funcionamento da CMO.

Além da previsão inicial de subordinar as consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado a um secretário indicado por Alcolumbre, agora revista, a resolução também altera o rito para apresentação e tramitação das emendas parlamentares. Para as entidades, o texto mantém a lógica do orçamento secreto, revelado pelo Estadão em 2021, ao permitir a ocultação dos parlamentares que realmente enviaram as emendas.

"Neste modelo (criado pela resolução), as emendas de comissão e de bancada continuarão a seguir em uma lógica na qual se desconhece o parlamentar patrocinador. Desta vez, com um agravante: as indicações serão apresentadas pelos líderes partidários, após reuniões com suas bancadas. Vale lembrar que a Constituição Federal prevê emendas individuais, de comissão e de bancadas estaduais, no entanto, não há qualquer previsão sobre emendas de bancadas partidárias", diz a nota das entidades.

"A clara intenção de esconder os autores fica evidente pelo fato de que o modelo de ata com as indicações a ser submetida à comissão (anexo 03) não inclui campo para registro do parlamentar autor da indicação. O mesmo ocorre para as emendas de bancada: o modelo de ata (anexo 06) não contém campo para identificação do autor de cada proposição", diz o texto das entidades.

A nova presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha, disse nesta quarta-feira, 12, que identifica crimes militares na conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é capitão reformado do Exército e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

"Eu identifico alguns (crimes militares de Bolsonaro), mas não cabe a mim identificar. Esse é o papel do Ministério Público Militar. Ele é o autor da ação penal e o detentor da denúncia. Se ele ainda não se pronunciou, seria um prejulgamento da minha parte mencionar qualquer um deles", afirmou Maria Elizabeth Rocha em entrevista após tomar posse do cargo.

A declaração da presidente do STM pressiona os procuradores militares, que até o momento não apuram crimes relacionados à patente de capitão reformado de Bolsonaro, e preferiram aguardar os desdobramentos de uma eventual ação penal a ser instaurada no STF.

Incitação

Embora tenha evitado tipificar eventuais crimes militares cometidos por Bolsonaro, a presidente do STM mencionou como exemplo a possibilidade de ele vir a ser julgado por incitação de tropas a um golpe de Estado.

A declaração foi feita enquanto a magistrada ilustrava eventuais hipóteses que poderiam levar o ex-presidente ao banco dos réus também na Justiça Militar. "Tudo vai depender de como será feita a apuração penal no Supremo Tribunal Federal e qual será a decisão dos ministros da Primeira Turma e, posteriormente, do plenário."

No discurso de posse, Maria Elizabeth evitou falar dos atos do 8 de Janeiro ou do envolvimento de setores das Forças Armadas com a tentativa de golpe, conforme inquérito que tramita no STF.

Após o encerramento da solenidade - que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - no Teatro Nacional de Brasília, ela justificou que escolheu deixar os assuntos de lado para priorizar a pauta feminista e enfatizar o fato de ser a primeira mulher presidente da história do Superior Tribunal Militar. Em entrevistas anteriores, no entanto, ela já defendeu que os militares não devem se envolver com política.

Desde que foi criado, em 1808, o STM teve 345 integrantes homens, além de Maria Elizabeth Rocha - que substitui o ministro Francisco Joseli Parente Camelo, que será seu vice-presidente no biênio 2025-2027.

A eleição da ministra, em dezembro do ano passado, foi apertada, por 8 votos a 7 - para o desempate, ela teve de votar em si mesma.

Advogada, Maria Elizabeth tem 64 anos, nasceu em Belo Horizonte (MG) e é doutora em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela já foi procuradora federal e atuou em órgãos como o Congresso Nacional, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República.

Outra mulher

Indicada em 2007 por Lula, que estava então em seu segundo mandato, ela fez no início do mês declarações públicas de que gostaria de ver mais uma mulher compondo a Corte.

"Estou aqui clamando ao presidente para que eu tenha uma companheira que possa, junto comigo, defender as questões de gênero. Muitas vezes, por eu ser a única na Corte, minha voz é pouco ouvida. Mas não me rendo à homogeneidade", disse em entrevista.

No último sábado, 8, Dia Internacional da Mulher, o presidente indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para o lugar de José Coêlho Ferreira, que se aposentará em abril.

Verônica - que foi advogada da nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann - pode se tornar a segunda ministra da história do STM caso tenha o nome aprovado pelo Senado. (COLABOROU RAISA TOLEDO)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.