Musk espera que cortes do Doge sejam concluídos até final de maio

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Elon Musk, que está a frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) dos EUA espera que os cortes do departamento sejam concluídos até o final de maio e disse que percebeu que a quantidade de desperdício no governo é "absurda". As falas foram feitas em uma entrevista à Fox News nesta quinta-feira, 27.

Musk também afirmou que o Doge é uma "revolução" que visa acabar com fraude e desperdício no governo. "Estamos implementando padrões de empresas privadas para a força de trabalho federal", acrescentou.

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A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta terça-feira, 27, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ao comentar sobre o bate-boca na Comissão de Infraestrutura do Senado, Gleisi disse que os senadores Plínio Valério (PSDB-AM) e Marcos Rogério (PL-RO) agiram como agressores e tiveram comportamento "inadmissível".

"Inadmissível o comportamento do presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério, e do senador Plínio Valério, na audiência de hoje com a ministra Marina Silva. Totalmente ofensivos e desrespeitosos com a ministra, a mulher e a cidadã. Manifestamos repúdio aos agressores e total solidariedade do governo do presidente Lula à ministra Marina Silva", disse Gleisi.

Na sessão desta terça, Marina deixou a audiência pública do Senado após uma série de discussões com oposicionistas. A chefe do Meio Ambiente disse ter se sentido desrespeitada no encontro, convocado para debater a criação de unidades de conservação na Margem Equatorial.

A tensão chegou ao ápice quando o líder do PSDB, senador Plínio Valério (AM), afirmou que "a mulher Marina merecia respeito, a ministra não". Marina exigiu um pedido de desculpas para continuar, mas não foi atendida.

O presidente da Comissão de Infraestrutura (CI), senador Marcos Rogério (PL-RO), reclamou da postura da ministra e cortou o microfone dela pelos minutos finais da audiência. Segundo Marcos Rogério, a ministra estava "provocando".

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), declarou nesta terça-feira, 27, apoio ao inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar as ações de Eduardo Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos. "A PGR e o STF estão comprovando que o Brasil é um País soberano, onde os cidadãos se submetem às leis e não a ameaças e pressões vindas do estrangeiro" diz Gleisi.

No X (antigo Twitter), Gleisi criticou a busca de Eduardo por apoio político das autoridades norte-americanas, acusando o deputado do PL de estar "conspirando com a extrema-direita" dos EUA. "A PGR foi acionada pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, que denunciou as pressões da família e seus aliados no sentido de uma intervenção estrangeira na condução da ação penal contra Jair Bolsonaro e sua turma golpista", declarou a ministra.

A petista ainda complementa dizendo que Eduardo Bolsonaro está "espalhando mentiras contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e contra o Brasil, passaram de todos os limites e entraram na seara criminal. Ditadura era o que eles queriam implantar com sua tentativa fracassada de golpe".

Na última semana, Gleisi também saiu em defesa do ministro do STF, quando o chefe do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio disse que o magistrado poderia ser alvo de sanções do governo de Donald Trump.

Gleisi avaliou como "vergonhosa" a possível ação do governo dos EUA, considerando a investida uma "conspiração de (Jair) Bolsonaro com a extrema-direita dos EUA, em busca de intervenção estrangeira no Judiciário do Brasil". A ministra ainda afirmou que a ameaça do secretário de Estado do país a Alexandre de Moraes merece repúdio.

O inquérito

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou nesta segunda-feira, 26, a abertura de um inquérito para investigar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pela atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

A PGR atribui ao deputado uma campanha de intimidação e perseguição contra integrantes do Supremo Tribunal Federal, da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal envolvidos em investigações e processos contra bolsonaristas.

Em publicações em seus perfis nas redes sociais, Eduardo afirmou que abertura de investigação é "medida injusta e desesperada" e que o procurador-geral Paulo Gonet age "politicamente".

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a Controladoria-Geral da União (CGU) auditar entidades do terceiro setor que teriam recebido recursos de emendas parlamentares para encobrir integrantes de ONGs suspeitas de desviar recursos públicos. A auditoria deve ser entregue até 31 de outubro. A decisão foi publicada nesta terça-feira, 27.

Dino se baseou em reportagem publicada no dia 19 pelo portal UOL sobre sete ONGs que receberam R$ 274 milhões em emendas de ao menos 21 parlamentares. Desse montante, R$ 219 milhões em emendas migraram de uma rede de ONGs suspeita de desvio de recursos públicos, segundo a reportagem.

"Os fatos relatados, caso sejam verídicos, configuram a perpetuação de práticas que atentam contra a transparência e a rastreabilidade na execução orçamentária. Além disso, caso confirmada, a 'migração', a pedido de parlamentares, da destinação de recursos para novas ONGs com integrantes que são ou foram ligados a ONGs suspeitas, revelaria uma gravíssima burla aos comandos judiciais", destacou o ministro.

Por determinação de Dino, a CGU tem feito um pente fino sobre as entidades não governamentais que mais receberam emendas parlamentares. Após o órgão apontar uma série de problemas na prestação de contas, o ministro chegou a bloquear o repasse de emendas a 13 entidades - 8 delas fundações ligadas a universidades públicas, como mostrou o Broadcast Político. Parte delas foram liberadas para receber emendas após apresentarem novas regras de transparência.