Milei reforça ala econômica do governo e escolhe Pablo Quirino para chefiar Relações Exteriores

Internacional
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A Argentina anunciou nesta quinta-feira, 23, a substituição do ministro das Relações Exteriores, Gerardo Werthein, por Pablo Quirino, atual secretário de Finanças e integrante do núcleo econômico do governo do presidente Javier Milei. Werthein apresentou na quarta-feira, 22, sua renúncia, que será efetivada a partir de segunda-feira, 27 de outubro.

O texto destaca que Milei agradeceu ao chanceler por ter sido "parte instrumental, junto ao Ministério da Economia e à embaixada argentina em Washington, do maior acordo bilateral da história de nosso país com os Estados Unidos".

Quirino, descrito como "peça fundamental da construção do milagre argentino", assumirá o comando da política externa com a missão de "aprofundar o vínculo entre a chancelaria e o Ministério da Economia" e reforçar "a visão pró-mercado da gestão de cara à segunda etapa do governo".

A nota informa ainda que o novo ministro colocará foco em "abrir a Argentina ao mundo", firmando acordos comerciais para fortalecer a inserção de produtores locais em mercados internacionais. O gabinete de Milei afirma que Quirino continuará "construindo alianças internacionais".

O governo de Milei enfrentará um teste de popularidade nas eleições legislativas que ocorrem no domingo, 26 de outubro. Uma derrota de seu partido pode aumentar incertezas sobre a adoção de reformas econômicas que o presidente ainda quer aprovar para o país. Além de Werthein, o ministro da Justiça argentino, Mariano Cúneo Libarona, deixará o cargo na próxima semana.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, solicitou nesta quarta-feira, 22, o envio de uma carta rogatória aos Estados Unidos, presidido por Donald Trump, para que possam ajudar a notificar Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, acusado de envolvimento em crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro.

O jornalista e influenciador vive nos EUA há cerca de dez anos e está sendo denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo à vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Até o momento, o réu é representado pela Defensoria Pública da União (DPU), que havia solicitado a suspensão do processo até que ele fosse pessoalmente notificado. Em resposta, Moraes entendeu ser necessário o envio de um pedido formal às autoridades norte-americanas.

Após ser intimado, o influenciador terá 15 dias para apresentar defesa. O ministro também determinou a suspensão do prazo prescricional do processo até que a notificação seja entregue. Com a emissão do pedido, após ser notificado sobre a denúncia, os ministros da Primeira Turma do STF irão decidir se acolhem ou não a acusação contra Figueiredo.

Paulo Figueiredo virou alvo durante o acordo de colaboração premiada firmado entre o tenente-coronel Mauro Cid e a Polícia Federal. Em fevereiro, a PGR apresentou a denúncia e pediu a notificação do acusado, mas o endereço informado no Brasil não foi localizado. Diante disso, Moraes autorizou a notificação por edital. Sem resposta, a DPU foi nomeada para atuar na defesa.

O ex-deputado federal Cabo Daciolo, ex-bombeiro militar, anunciou nesta quinta-feira, 22, que é pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2026.

Nas redes sociais, Daciolo publicou um vídeo acompanhado de uma mensagem em tom religioso. "Vamos transformar a Colônia Brasileira em Nação Brasileira", escreveu o ex-parlamentar.

Na publicação, ele também citou um trecho bíblico. "'Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês', diz o criador, 'planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro. Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei'".

"Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vocês", escreveu na legenda da postagem.

Daciolo já disputou a Presidência em 2018, quando terminou em sexto lugar, com 1,20% dos votos válidos. Na época, era filiado ao Patriota.

Após a eleição, ele se filiou ao Partido Brasil 35 e, em 2021, anunciou novamente sua pré-candidatura à Presidência para o pleito de 2022.

No entanto, no fim daquele ano, declarou ter recebido um "chamado do Espírito Santo" e desistiu da disputa, passando a apoiar Ciro Gomes, então candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT).

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse a jornalistas nesta quinta-feira, 23, que a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do nome que substituirá Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) será "evidentemente", por ele e por todos, "respeitada como uma decisão do presidente da República".

"É muito importante que se aguarde a decisão do presidente, de modo que fica muito difícil comentar a respeito disso. Há uma prerrogativa do presidente de indicação, um papel do Senado na avaliação, e é muito importante que as etapas sejam cumpridas sempre com espírito público, republicanismo, de modo que não há que se precipitar com relação a isso", disse.

Na semana anterior, Pacheco disse sentir-se "honrado" e "contente" por ser cogitado para o Supremo. Também elogiou outros nomes cotados, como o advogado-geral da União Jorge Messias, favorito de Lula para a vaga, e o ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas, também considerado.

"(Messias) é um bom nome. Tive uma boa relação com ele, é muito bem preparado, presta um bom serviço também para a Advocacia Geral da União. Só tenho elogios a fazer ao ministro Jorge Messias, assim como ao ministro Bruno Dantas", declarou na ocasião.

O senador também é apontado como opção de Lula para o governo de Minas Gerais, mas ainda não confirmou se concorrerá nas eleições de 2026.

Nesta quinta, ele afirmou que "o campo democrático haverá de se reorganizar" até o fim do ano "para apresentar bons nomes para o governo, para o Senado e chapas de deputados federais" no Estado.

"Da forma como está, não está bom. É preciso melhorar, Minas tem que retomar o papel de protagonismo nacional", disse Pacheco.