Autoridade Palestina pede fim da guerra e EUA dizem trabalhar com Israel por pausa humanitária

Internacional
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Os relatos são de um encontro "tenso" entre o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na Cisjordânia. O americano reiterou que Israel tem o direito de se defender, mas que os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar os civis na Faixa de Gaza enquanto o palestino pediu pelo fim imediato do que chamou de "guerra destrutiva".

 

A viagem de Blinken ao Oriente Médio é parte do esforço dos Estados Unidos pela contenção do drama humanitário na Faixa de Gaza, no momento em que o conflito escala. Israel, no entanto, se mantém contra qualquer trégua até que Hamas libere as mais de 200 pessoas que foram sequestradas no ataque terrorista de 7 de outubro e são mantidas como reféns há quase um mês.

 

"É um processo", disse Blinken. "Israel levantou questões importantes sobre como a pausa humanitária funcionaria", inclusive sobre como isso afetaria as cerca de 240 pessoas mantidas como reféns pelo Hamas, relatou o chefe da diplomacia americana a jornalistas durante uma parada em Bagdá para onde seguiu viagem depois da Cisjordânia.

 

A Autoridade Palestina, por sua vez, disse em comunicado que Abbas pediu ao chefe da diplomacia americana "para parar imediatamente a devastadora guerra e acelerar o fornecimento de ajuda humanitária, incluindo cuidados médicos, alimentos, água, eletricidade e combustível, à Faixa de Gaza".

 

À rede CBS, o embaixador palestino no Reino Unido, Husam Zomlot disse que o encontro foi tenso porque existem diferenças, mas que os Estados Unidos tem a oportunidade de mediar o conflito árabe-israelense.

 

A viagem de Blinken é a terceira à região desde o início da guerra e primeira à capital da Autoridade Nacional Palestina. O chefe da diplomacia americana passou por Tel-Aviv na sexta-feira, por Amã, na Jordânia, no sábado e por Ramallah, na Cisjordânia neste domingo, antes de seguir para uma visita surpresa a Bagdá. Lá, ele discutiu a escalada da violência no Oriente Médio com o primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani no momento em que as tropas americanas enfrentam ataques de milícias aliadas ao Irã no Iraque.

 

Enquanto Blinken discute o avanço da guerra com líderes regionais, Israel anunciou um cerco total à Cidade de Gaza. O porta-voz do IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel), Daniel Hagari, anunciou que o enclave foi dividido em dois: "hoje existe o norte de Gaza e o sul de Gaza". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro falou sobre sua relação com o vereador Carlos Bolsonaro (PL), no último sábado, 8. Em entrevista ao jornalista Alexandre Garcia, ela contou que, embora já tenha perdoado o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não quer conviver com o enteado.

"A gente não se fala, mas eu fui uma intercessora do Carlos. Mas eu respeito porque o Jair teve dois relacionamentos e não deu certo. E ele tinha aquela questão por eu ser mais nova, 27 anos mais nova, e ele não gostou muito. Ele tem o gênio dele, eu tem o meu gênio. Ele tem a verdade dele, eu tenho a minha verdade. Não desejo nenhum mal para ele, mas é uma pessoa que eu não quero conviver. Não tenho nenhum problema, o que tivemos no passado eu já perdoei, meu coração está limpo em relação a isso", afirmou a ex-primeira-dama.

Michelle disse ainda que sua decisão é respaldada pela Bíblia e que prefere manter distância do vereador para que não ocorra nenhum desentendimento.

"Eu não sou obrigada a conviver, a Bíblia me dá esse respaldo. Não proíbo o meu marido jamais de ter relacionamento com ele, mas não consigo conviver. Ele tem a liberdade de ir ver a Júlia, a netinha dele, a hora que quiser. Viajar junto, vão pescar juntos. É o filho dele, eu respeito. Não gostaria que fosse assim, mas ele tem o jeito dele e eu tenho o meu. Algumas coisas eu não concordo e, para não ter problema maior, eu prefiro me afastar", explicou.

Bolsonaro contou em entrevista ao Léo Dias, no último mês, que Michelle e Carlos não se falam. Ele deu a entender que o motivo seria ciúmes, e que a situação já durava algum tempo.

"Tem um filho meu que não fala com ela, o Carlos. Tem um problema lá atrás. A Michelle tem seu gênio, talvez, algum problema de ciúmes, não sei. Mas, também, o Carlos amadureceu muito, tem uma filha agora", disse o ex-presidente.

Os dois chegaram a trocar farpas nas redes sociais no ano passado. Depois de o vereador reclamar do próprio pai no Instagram, a ex-primeira-dama reagiu. Carlos havia incluído um comentário abaixo de foto publicada pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), em que Bolsonaro aparece com Aurora, filha de Nicolas, no colo.

"Legal o cara fazer isso com sua filha e com a minha não", disse Carlos. Horas depois, Michelle escreveu "que Deus livre e guarde Aurora de toda inveja e maldade". O próprio Carlos quis dar visibilidade à crítica feita e republicou o comentário feito na rede social X (antigo Twitter).

Michelle e Carlos têm um grande histórico de indiretas trocadas. Depois de o presidente Lula vencer a eleição presidencial contra Bolsonaro, Michelle e o seu marido deixaram de se seguir no Instagram - Carlos é conhecido por gerir as redes sociais do próprio pai. O incidente levou a Michelle ter que desmentir que houve uma desunião entre ela e Bolsonaro.

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou mais um recurso do senador Marcos do Val (Podemos) contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a apreensão de seu passaporte.

A Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Luiz Fux, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, acompanhou Moraes e manteve, por unanimidade, o bloqueio do passaporte do senador. O julgamento ocorreu no plenário virtual e foi concluído em 28 de fevereiro.

O parlamentar apresentou embargos de declaração (um recurso para esclarecer decisões) para tentar reverter um julgamento anterior da Primeira Turma do STF. Em dezembro do ano passado, a Corte já havia negado um pedido semelhante, no qual do Val argumentava que a retenção do documento "impede o exercício da própria função de senador da República, especialmente em eventos, comissões e organismos internacionais".

No novo recurso, a defesa alegou que a decisão do STF viola a competência exclusiva do Senado para tratar de questões envolvendo parlamentares e que não há relação entre a apreensão dos passaportes - incluindo o diplomático - e os fatos investigados.

Ao rejeitar o pedido, Moraes destacou que os embargos de declaração só são cabíveis em casos de omissão, contradição, obscuridade ou erro material, o que, segundo ele, não se aplica à decisão. O ministro também afirmou que os argumentos apresentados pela defesa já foram analisados anteriormente.

"O Órgão Julgador não está obrigado a rebater pormenorizadamente todos os argumentos apresentados pela parte, bastando que motive o julgado com as razões que entendeu suficientes à formação do seu convencimento", escreveu Moraes na decisão.

Com o avanço do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 33 denunciados por tentativa de golpe de Estado, o Supremo Tribunal Federal (STF) aguarda a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre as defesas prévias apresentadas pelos acusados.

O ministro Alexandre de Moraes determinou que a PGR, comandada por Paulo Gonet, se manifeste até a próxima sexta-feira, 14. Após a manifestação da PGR, Moraes, relator do caso, avaliará se há elementos suficientes para que a denúncia seja levada a julgamento.

Caso considere que o processo está pronto, ele encaminhará o caso à Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros - Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Nessa etapa, os magistrados decidirão se aceitam ou rejeitam a denúncia. Os ministros analisam se ela atende aos requisitos exigidos pela lei, que sustentam as acusações. Se a denúncia for rejeitada, o caso será arquivado.

Se a Primeira Turma aceitar a acusação, os denunciados se tornarão réus e o processo seguirá para a fase de instrução. Nesse momento, serão coletadas provas, realizadas oitivas de testemunhas e analisados documentos que possam reforçar ou enfraquecer a acusação.

Finalizada a instrução processual, o caso será julgado pelo STF, que determinará se os réus são culpados ou inocentes. Se houver condenação, os envolvidos ainda poderão apresentar recursos dentro do próprio tribunal, buscando esclarecer ou modificar pontos da decisão.

Acusados do golpe questionam julgamento no STF e imparcialidade de Moraes

As defesas prévias enviadas nesta semana foram a primeira oportunidade que os denunciados tiveram de se manifestar formalmente sobre as acusações da PGR. Os denunciados por tentativa de golpe de Estado enviaram suas defesas prévias na última semana. As manifestações contestam tanto a condução do inquérito quanto o julgamento no STF.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu que a análise do recebimento da denúncia seja feita pelo plenário do STF, e não apenas pelos cinco ministros que compõem a Primeira Turma.

Além de negar os crimes apontados pela PGR, os advogados de Bolsonaro acusam Moraes, de cometer abusos na condução do processo e alegam que a denúncia é "inepta" e "desorganizada", argumentando que o órgão se preocupou mais em "contar uma boa história" do que em sustentar juridicamente as acusações.

Outros denunciados também questionaram a competência do STF para julgar o caso, levantaram dúvidas sobre a imparcialidade de Moraes e cobram acesso integral aos autos e às provas reunidas pela Polícia Federal ao longo da investigação.