Trump perde recurso e vai a julgamento por pagamentos a atriz pornô Stormy Daniels

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Justiça de Nova York negou o recurso apresentado pela defesa de Donald Trump e marcou a data do julgamento pelos pagamentos a atriz pornô Stormy Daniels. A partir de 25 de março, Trump será o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a responder por acusações criminais diante de um tribunal.

 

Apenas nesta ação, ele enfrenta 34 acusações relacionadas às manobras fiscais durante a campanha para esconder o pagamento de US$ 130 mil a Stormy Daniels, em 2016. O depósito, duas semanas antes da eleição, teria o objetivo de comprar o silêncio da atriz pornô para esconder um suposto caso com o magnata - que ele sempre negou.

 

A defesa de Donald Trump argumentou que o cronograma para do julgamento, que deve durar seis semanas, vai interferir na campanha presidencial. E tentou adiá-lo, mas sem sucesso.

 

"Nós nos opomos veementemente ao que está acontecendo neste tribunal", disse o advogado de defesa Todd Blanche. "O presidente Trump agora vai passar os próximos dois meses trabalhando neste julgamento em vez de focar na campanha para presidente é algo que não deveria acontecer neste país".

 

O republicano seguiu a mesma linha ao falar com a imprensa na frente do tribunal. "No lugar de estar na Carolina do Sul (onde será a próxima primária) e outros Estados em campanha, eu estou preso aqui", disse Donald Trump. "Teremos que dar um jeito", acrescentou. "Eu estarei aqui durante o dia a em campanha durante a noite".

 

Em meio ao esforço de voltar à Casa Branca, Trump ainda responde pelos documentos secretos encontrados na mansão de Mar-a-Lago, Flórida, e pela tentativa de reverter a derrota para Joe Biden, em 2020. São duas ações envolvendo a última eleição, uma movida no Estado da Georgia e outra no âmbito federal.

 

Este último, o caso do Departamento de Justiça envolvendo as eleições, seria o primeiro a chegar aos tribunais, com julgamento previsto inicialmente para 4 de março. A defesa do republicano, no entanto, alega que ele seria imune às acusações porque ocupava à Casa Branca na época. O argumentou já foi rejeitado pelo tribunal de apelações, mas Trump recorreu e o caso foi para na Suprema Corte, o que deixou o julgamento em suspenso, à espera da decisão.

 

O adiamento foi, inclusive, uma das justificativas do juiz de Nova York Juan Manuel Merchan para manter o julgamento do caso Stormy Daniels a partir de 25 de março. Ele disse que tomou a decisão depois de falar com a juíza de Washington Tanya Chutkan.

 

Acumulo de processos

 

Em paralelo, Donald Trump e alguns dos seus aliados, que também foram acusados pela tentativa de reverter o resultado das eleições na Georgia tentam afastar a procuradora Fani Willis do caso e arquivar a denúncia apresentada por ela. As alegações envolvem o relacionamento de Willis com o promotor Nathan Wade, indicado para atuar na ação contra Trump.

 

Donald Trump lidera as pesquisas entre os eleitores republicanos e venceu todas as primárias até aqui, mesmo com todos esses problemas na Justiça criminal - e dos outros na esfera civil.

 

Nesta sexta-feira, é esperado o veredicto da ação civil que envolve o líder republicano e o seu império empresarial, a Trump Organization. O juiz Arthur Engoron já declarou o ex-presidente culpado por fraude fiscal, mas resta anunciar a punição. A acusação pede que Trump seja multado em US$ 370 milhões (R$ 1,8 bilhão) e proibido de fazer negócios no setor imobiliário de Nova York, onde construiu a imagem que o levou à Casa Branca. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Em outra categoria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nesta sexta-feira, 2, com reuniões no Palácio do Planalto. Às 9h, Lula se encontra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em seguida, às 10h, recebe o ministro da Defesa, José Múcio.

Durante a tarde, o presidente tem audiência às 15h com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Uma hora depois, às 16h, Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola, e com o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete do Presidente da República, Oswaldo Malatesta.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), protocolará nesta sexta-feira, 2, uma representação criminal contra o ministro da Previdência, Carlos Lupi, ao esquema no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

O documento aponta a falta de ação do ministro, mesmo tendo conhecimento prévio do problema, e também pede que a investigação seja remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF), se houver indícios, além do afastamento de Lupi do cargo.

"Não lhe faltavam atribuições legais e regimentais, nem muito menos ferramentas institucionais, aptas a municiar ações de acompanhamento e controle destinadas a coibir o escândalo de descontos ilegais nas aposentadorias", afirma Zucco.

Entre alguns dos argumentos dados pela oposição, Zucco aponta que Lupi foi informado em junho de 2023, que havia um aumento de denúncias de descontos sem autorização em aposentadorias e pensões do INSS e não tomou providências por dez meses, de acordo com as atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social.

Uma pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que Lupi deveria ser demitido do cargo.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deveria ser demitido do cargo após a crise no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), alvo de operação que apura um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

A pesquisa também diz que 84,4% dos brasileiros "acompanharam bem o caso", ante 15,6% que sabem pouco do assunto. O levantamento ouviu mil brasileiros entre esta terça-feira, 29, e esta quinta-feira. A margem de erro é de três pontos porcentuais para cima ou para baixo.

A pesquisa também ouviu se os entrevistados conhecem ou não pessoas afetadas ou se eles próprias foram lesadas. O resultado mostra que 58% dos brasileiros não foram vítimas e nem conhecem prejudicados; outros 35,6% conhecem quem foi teve descontos indevidos em benefícios do INSS e outros 6,4% foram vítimas.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.