França: pesquisas mostram partido de Le Pen bem à frente do grupo de Macron antes do 1º turno

Internacional
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Em pesquisa antes do primeiro turno nas eleições parlamentares francesas do instituto Ifop-Fiducial, os candidatos ao Reagrupamento Nacional (RN), partido liderado por Marine Le Pen, seguem na liderança, sendo creditados com 36,5% das intenções de voto no primeiro turno. O RN está, portanto, ainda à frente da Nova Frente Popular (NFP) com 29%, a união de partidos de esquerda, e do campo do presidente Emmanuel Macron, o Ensemble (20,5%). Muito atrás, os republicanos receberam 7% das intenções de voto.

Após o segundo turno de 7 de julho, o Ifop-Fiducial prevê entre 225 e 265 assentos para o RN, campo liderado por Jordan Bardella, contra 88 hoje, quando a maioria absoluta está fixada em 289. O NFP poderia contar com 170 a 200 assentos e o Ensemble com 70 a 100 assentos. A aliança de Macron perderia a maioria relativa adquirida em 2022: em 9 de junho de 2024, dia da dissolução, 250 deputados compunham o grupo majoritário presidencial.

O índice de participação ainda permanece elevado. Chegou a ganhar 1 ponto em relação a 27 de junho, ficando em 67%. Para efeito de comparação, durante as eleições legislativas anteriores, 49% dos eleitores foram às urnas. Além disso, 83% dos eleitores afirmam ter certeza da sua escolha. Isso significa que apenas 17% dos eleitores afirmam que ainda podem mudar de ideias.

Outra pesquisa publicada nesta sexta foi do Toluna Harris Interactive, mostrando resultado semelhante, com o RN na liderança. Sua pontuação permanece estável, com 34%. Em número de cadeiras, isso significaria entre 220 e 260 deputados do RN presentes no hemiciclo, segundo esta projeção. A NFP avança e mantém o segundo lugar com 28% das intenções de voto. De acordo com as projeções do nosso instituto de pesquisas, o NFP pode reivindicar 120 ou 150 assentos na Assembleia Nacional. O Ensemble poderia manter entre 80 ou 130 assentos com 20% de intenções de voto (-1 ponto em relação à vaga anterior).

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A menos de um mês do início das campanhas políticas para o pleito municipal, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, liberou federações partidárias a participarem de eleições ainda que tenham, em sua composição, um partido suspenso por não ter prestado suas contas anuais.

O ministro suspendeu uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral, datada de dezembro de 2021. O texto estabelece que, se um órgão partidário de legenda que integra uma federação for suspenso, todo o grupo fica impedido de participar das eleições naquele local. Mendonça apontou 'aparente inconstitucionalidade' da norma.

Em despacho assinado nesta quarta, 3, o ministro argumentou que sua decisão não gera reflexos no calendário eleitoral deste ano. Segundo Mendonça, as federações devem escolher seus candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador - até o prazo final estabelecido para realização das convenções partidárias -, dentre aqueles já filiados aos partidos habilitados a participar do pleito.

Mendonça ainda determinou que sua decisão seja incluída em pauta para que o plenário virtual da Corte máxima analise o teor do despacho, podendo referendá-lo ou revogá-lo.

A decisão liminar - medida excepcional, dada em casos urgentes -, foi assinada a pedido de sete partidos: PV, PSDB, Cidadania, PCdoB, PT, PSOL e Rede.

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias sauditas - revelado pelo Estadão em fevereiro de 2023. A corporação imputa ao ex-chefe do Executivo supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Além de Bolsonaro foram indiciados:

- Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, ex-ministro de Minas e Energia - indiciado por peculato e associação criminosa;

- José Roberto Bueno Junior, ex-chefe de gabinete de Bento Costa - indiciado por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa;

- Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal - indiciado por peculato, lavagem de dinheiro, crime funcional de advocacia administrativa perante a administração fazendária;

- Marcelo da Silva Vieira, capitão de corveta da reserva ex-chefe do setor de documentação histórica da presidência Rio - peculato e associação criminosa;

- Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e delator - peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa;

- Frederick Wassef, advogado - lavagem de dinheiro e associação criminosa;

- Fabio Wajngarten, advogado - lavagem de dinheiro e associação criminosa;

- Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque - peculato e associação criminosa;

- Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro - lavagem de dinheiro e associação criminosa;

- Mauro César Lourena Cid, general pai de Mauro Cid - lavagem de dinheiro e associação criminosa;

- Marcelo Costa Câmara, coronel ex-ajudante de ordens de Bolsonaro - lavagem de dinheiro;

O indiciamento se na esteira da Operação Lucas 12:2, que apontou indícios de que Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens e outros dois assessores do ex-chefe do Executivo 'atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-Presidente para posteriormente serem vendidos no exterior'.

Segundo a corporação, os dados analisados no bojo do inquérito indicam a possibilidade de o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência - responsável pela análise e definição do destino (acervo público ou privado) de presentes oferecidos por autoridade estrangeira ao Presidente - 'ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado, presentes de alto valor, mediante determinação' de Bolsonaro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, na tarde desta quinta-feira, 4, do lançamento da pedra fundamental do projeto Orion, em Campinas, e anunciou investimentos no acelerador de partículas Sirius.

No evento, o presidente dedicou sua fala a destacar a importância do investimento na Educação do País. Reclamando que o Brasil poderia "ser muito mais poderoso se não tivéssemos complexo de vira-lata", Lula afirmou que a educação "foi tratada de forma premeditada para que o povo pobre não estudasse".

Para diminuir esse vácuo, o presidente defendeu o investimento na área, um tema, que pontuou, é sua "obsessão". Segundo Lula, "magoado" por não ter tido o próprio acesso ao ensino superior garantido, esse é um tema que tem como muito importante.

O presidente esteve nesta tarde no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), onde participou do lançamento da pedra fundamental do Projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos, e anunciou a continuidade do Projeto Sirius, um acelerador de partículas de 68 mil metros quadrados.

Durante o evento, Lula destacou a participação do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, e do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, convidando ambos para falar na cerimônia. Destacando o papel de Mercadante, Lula pontuou que "quando vocês precisarem de dinheiro, vocês vão precisar do BNDES".

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que acompanhou a comitiva presidencial, destacou o trabalho feito pelo governo federal, e pontuou que as obras entregas feitas nesta tarde são "um grande passo para a ciência, para a saúde e para a cidadania".

Campinas

A agenda do presidente em Campinas faz parte de um movimento para fortalecer a pré-campanha do candidato do PT à prefeitura da cidade. O médico do Sistema Único de Saúde (SUS) e ex-vereador Pedro Tourinho, é o nome da sigla, e tenta a Prefeitura pela 2ª vez. Dário Saadi (Republicanos), atual prefeito de Campinas, vai tentar a reeleição.

Como mostrou o Estadão, a eleição em Campinas também será um teste da influência de Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).