Lei Rouanet de Norte a Sul: 33 anos de transformação da cultura brasileira

Cultura
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Após mais três décadas de existência, a lei de incentivo à cultura segue sendo principal motor de democratização da cultura no Brasil

 

Nesta segunda-feira (23), o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) — ou Lei Rouanet, como é mais conhecida —, principal política pública de incentivo à cultura no Brasil, celebra 33 anos. Do Hip-Hop no Rio Grande do Sul ao teatro no Ceará, passando pelo choro em Brasília e a música sinfônica em Heliópolis, são inúmeras as histórias que revelam como ela foi capaz de democratizar o acesso à cultura, preservar tradições e transformar vidas.

Em 2024, foram recepcionadas mais de 19,1 mil propostas culturais. Durante o ano vigente, já foi registrada a captação de R$ 1,92 bilhão em renúncia fiscal via Lei Rouanet. A expectativa é atingir a captação de recursos recorde de R$ 3 bilhões ainda neste ano.

Além disso, o Ministério da Cultura (MinC) lançou programas direcionados a regiões do país, historicamente menos contemplados com incentivos fiscais, e segmentos sociais com o objetivo de nacionalizar e garantir a capilaridade da Rouanet como mecanismo de fomento cultural. Entre eles, estão o Rouanet NorteRouanet NordesteRouanet da Juventude — que formam jovens como novos agentes culturais —, e o mais recente, a ampliação da Rouanet nas Favelas.

A Pasta também criou o Programa Emergencial Rouanet RS, em decorrência do estado de calamidade pública decretado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul em 1º de maio de 2024.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou que a celebração dos 33 anos da Lei Rouanet neste ano, marcado por um recorde de envio de propostas, evidencia o empenho do MinC em valorizar e fortalecer o setor cultural do Brasil. "Todo brasileiro precisa se orgulhar em ver as diversas manifestações culturais que ocorrem nos quatro cantos do Brasil chegando a diferentes lugares. Seguiremos trabalhando para melhorar e ampliar o acesso à Lei Rouanet, com a criação de linhas especiais como a Rouanet Norte, Rouanet nas Favelas, Rouanet da Juventude, Rouanet Territórios Criativos e Rouanet Nordeste, para que ela continue gerando emprego, renda e transformando a vida de milhares de brasileiros e brasileiras através da Cultura", afirma.

Para o secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic), Henilton Menezes, o mecanismo de incentivo à cultura é a ponte que une a cultura com a sociedade brasileira. "O Brasil é um país de dimensões continentais e diversidade cultural inigualável. A Lei Rouanet se destaca como um mecanismo indispensável para transformar essa riqueza em oportunidade. É um instrumento que não apenas promove a cultura, mas também fortalece a cidadania ao criar pontes entre artistas, empresas e a sociedade. Em 33 anos, a Lei Rouanet demonstrou seu impacto ao democratizar o acesso à arte, resgatar tradições e impulsionar novos talentos. Cada projeto viabilizado é uma semente para um futuro cultural mais justo e inclusivo para todos as brasileiras e brasileiros", narra.

A Lei Rouanet sofreu um severo desmonte, cortes de recursos, campanhas de desinformação e ataques à classe artística. Mesmo assim, resistiu como símbolo de resiliência cultural, mantendo seu papel fundamental no incentivo à arte e no acesso democrático à cultura. E, em seu aniversário de três décadas, reafirma sua importância no cenário de reconstrução da cultura nacional.

Se ainda resta dúvidas sobre, confira alguns projetos de várias regiões do Brasil incentivados pelo mecanismo:

A valorização do Hip-Hop no Sul

Museu da Cultura Hip-Hop RS, localizado no bairro Vila Ipiranga, em Porto Alegre, é uma instituição pioneira dedicada à preservação e promoção da cultura Hip-Hop no Brasil. Inaugurado em dezembro de 2023, é o primeiro museu voltado exclusivamente ao hip hop na América Latina.
O museu abriga um acervo com aproximadamente seis mil itens, incluindo registros físicos e digitais que documentam a história e a evolução dos cinco elementos da linguagem: MCing (rap), DJing, breakdance, grafite e conhecimento.

Entre as instalações, destaca-se uma sala de grafite 3D, proporcionando uma experiência imersiva aos visitantes. Além disso, o museu conta com uma estufa agroecológica periférica chamada Flor do Guetto, que integra práticas sustentáveis ao espaço cultural.

Desde sua abertura, o Museu da Cultura Hip-Hop RS tem se consolidado como um importante centro de difusão cultural, recebendo mais de 30 mil visitantes em seu primeiro ano de funcionamento. A programação inclui exposições, eventos, oficinas e ações solidárias, fortalecendo a comunidade local e ampliando o alcance da cultura Hip-Hop.

Recentemente, o museu inaugurou a exposição Nación Hip-Hop: Colombia al ritmo de una cultura, fruto de uma parceria internacional que visa promover o intercâmbio cultural entre o hip hop brasileiro e colombiano. A mostra, apresentada anteriormente no Museu Nacional da Colômbia, explora a trajetória e a influência do movimento hip hop no país andino.

Rafa Rafuagi, integrante do grupo de rap Rafuagi e fundador do museu, destaca a importância da Lei Rouanet como mecanismo de fomento essencial para o campo cultural. "É com a Lei Rouanet que conseguimos gerar trabalho e renda digna para mais de 50 pessoas diretamente e beneficiar indiretamente mais de 200 artistas que participaram da programação cultural do museu em 2024", afirmou Rafa. Ele afirma que o impacto vai além da geração de emprego, alcançando mais de 30 mil pessoas que visitaram gratuitamente o espaço, um centro de referência para a cultura hip hop na América Latina.

Segundo Rafa, a lei tem permitido não só o fortalecimento institucional do museu, mas também a criação de condições para a continuidade dos projetos. "A partir do êxito nas captações de recursos e na prestação de contas, conseguimos moldar nossos projetos de acordo com as demandas do dia a dia, garantindo a sustentabilidade do museu e ampliando nosso alcance", explicou.

O rapper enaltece a transparência e a acessibilidade da Lei Rouanet, que possibilita a disputa justa por orçamento entre diferentes segmentos culturais, incluindo o Hip-Hop. "A lei torna a cultura emancipatória tanto econômica quanto socialmente, impactando o público de forma crítica e transformadora. É um instrumento vital que conecta o público, o privado e a sociedade civil, criando projetos históricos e apontando para um futuro mais justo e igualitário", finaliza.

Hoje, o Museu da Cultura Hip-Hop também oferece diversas atividades educativas, como visitas guiadas, oficinas dos cinco elementos do Hip-Hop e uma biblioteca especializada, denominada Biblioteca Divilas, que disponibiliza um acervo voltado à pesquisa e ao aprofundamento no universo dessa linguagem.

Com uma infraestrutura que inclui estúdio de gravação, café e loja de produtos temáticos, o museu se estabelece como um ponto de encontro e resistência, celebrando a diversidade e a riqueza no estado gaúcho e no Brasil.

Garantido e Caprichoso: as estrelas parintinenses do Norte

Realizado anualmente na cidade de Parintins (AM), o Festival de Parintins, também conhecido como Festa do Boi Bumbá, é uma celebração vibrante que mescla tradições portuguesas e amazônicas. Durante o evento, a população se divide em duas agremiações, Garantido — vermelho —, e Caprichoso — azul —, que competem ao apresentar danças, fantasias elaboradas e alegorias que retratam lendas e temas regionais. O festival atrai milhares de visitantes e é um dos mais importantes do folclore brasileiro. Além das apresentações, o evento movimenta a economia local, com o artesanato, culinária típica e a hospitalidade dos moradores que contribuem para uma experiência única no norte do País.
 O diretor-presidente da Maná Produções, empresa agenciadora dos bois Caprichoso e Garantido, André Guimarães, enfatiza a relevância cultural e econômica do Festival de Parintins. "O festival já se consolidou como um evento de repercussão nacional e internacional, ao lado do Carnaval, recebendo turistas do mundo inteiro", afirma.

Guimarães ressalta que o festival não é apenas uma celebração artística, mas também o motor econômico de sua região. "Parintins é, talvez, o único município do país que tem na cultura sua principal fonte de sustento. Estimamos uma movimentação de R$ 180 milhões gerada pelo evento, valor superior à própria receita municipal", diz. Ele menciona ainda o impacto social e a criação de empregos, que envolve desde artistas e artesãos até trabalhadores informais, como tricicleiros e soldadores.

O evento chega à sua 58ª edição em 2025, porém possui uma tradição cultural que ultrapassa um século de história. "O festival preserva suas raízes e diversidade cultural, abrigando influências indígenas, caboclas, europeias e judaicas, sem perder sua essência folclórica", pontua Guimarães. O diretor também enfatiza o papel da Lei Rouanet no sucesso do festival. "Sem ela, eventos desse porte teriam dificuldades para acontecer. A lei não só facilita o financiamento, mas também confere prestígio, validando a importância cultural do projeto", afirma.

O festival é realizado tradicionalmente no último fim de semana de junho, com três noites de apresentações distintas, cada uma representando a força criativa e competitiva dos bois. "É um espetáculo comparável ao Carnaval do Rio, com mega alegorias e performances impressionantes. Cada noite é única, culminando na escolha do grande campeão".

Além do impacto cultural, Guimarães destaca a gratidão ao apoio contínuo do Ministério da Cultura e ao reconhecimento do festival como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). "A parceria com o governo federal e o uso da Lei Rouanet são fundamentais para a preservação e modernização do evento, que segue firme no cenário nacional e internacional", conclui.

Nascimento do rebento cristão no Nordeste

Baile do Menino Deus é um espetáculo natalino que ocorre anualmente na capital pernambucana do Recife. A peça teatral-musical, com uma trajetória de 41 anos e público estimado em cerca de 80 mil pessoas por edição, reconta o nascimento de Jesus Cristo com elementos da cultura popular nordestina, ao incluir músicas, danças e personagens típicos. O evento é gratuito e realizado ao ar livre, reunindo milhares de espectadores e se consolida como uma tradição natalina na região. A trilha sonora, composta por grandes nomes da música brasileira, e os figurinos inspirados no artesanato nordestino são marcas do espetáculo, que promove um diálogo entre a fé cristã e a cultura regional.

"O espetáculo é completamente aberto ao público e, em grande parte de sua história, tem sido viabilizado pela Lei Rouanet. Essa política pública permite que realizemos um projeto que emprega diretamente cerca de 300 pessoas, entre artistas, técnicos e outros profissionais das artes", explica Ronaldo Correia de Brito, criador e diretor do espetáculo.

Neste ano, o Baile do Menino Deus contará com 70 artistas no palco, incluindo músicos, bailarinos, atores, cantores solistas, um coro infantil com 12 crianças, um coro adulto com oito cantores e manipuladores de bonecos. "Estamos falando de um evento que envolve maquiadores, costureiras, aderecistas, contrarregras, iluminadores e muitos outros profissionais essenciais para que tudo aconteça com excelência", destaca Correia de Brito.

Segundo o diretor, o espetáculo se consolidou como a festa natalina mais popular e sofisticada do país ao se transformar em um marco cultural de Pernambuco e do Recife, com reconhecimento nacional e internacional. Ele também enfatizou a relevância da Lei Rouanet para a manutenção do evento: "Hoje, cerca de 80% dos recursos para o financiamento do espetáculo vêm dessa lei. É ela que possibilita que o Baile do Menino Deus continue encantando públicos de dentro e fora do Brasil. Portanto, viva a Lei Rouanet!".

Teatro como motor cultural no Centro-Oeste

Fundado em 1980 na cidade de Barbacena, Minas Gerais, o Grupo Ponto de Partida é uma companhia teatral reconhecida por suas montagens inovadoras e pelo trabalho com jovens artistas. O grupo desenvolve projetos que integram teatro, música e educação, contribuindo para a formação cultural e artística de crianças e adolescentes, especialmente por meio da Bituca - Universidade de Música Popular, que oferece cursos gratuitos de música. O grupo é também conhecido por suas produções que abordam temas sociais e culturais relevantes, atraindo público de todas as idades e de diferentes regiões do Brasil.

Para a diretora do grupo, Regina Bertola, a Lei Rouanet contribuiu e permitiu que o grupo Ponto de Partida, atuando a partir do interior de Minas Gerais, mantivesse durante 43 anos, um trabalho cultural inovador, contínuo e estruturante, que reconfigurou a forma e os rumos desse próprio movimento e tornou-se uma referência.

"Hoje, 2024, o que acho fundamental entender na Lei Rouanet, é que ela é um instrumento de cidadania. Ela permite que qualquer pessoa que pague impostos possa escolher como parte desse tributo seja empregado. Exercer esse direito e esse privilégio nos confere um enorme poder para a organização da sociedade. Essa relação direta do cidadão comum com a produção cultural e a criação artística do seu país, tem o condão de redimensionar por completo a relação de simples consumidor a protagonista social, de artista e plateia a aliados", destacou.

Hoje, além do núcleo de teatro permanente, é responsável direto pelo trabalho ou a formação de 323 pessoas, vindas de mais de 70 cidades brasileiras, que se dividem e se somam nos seus vários projetos e programas.

Projeções de um futuro em um espaço museal no Sudeste

Localizado no Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã é um museu de ciências dedicado a explorar as possibilidades de construção do futuro a partir de perspectivas sustentáveis e inclusivas. Inaugurado em 2015, o museu combina arte, ciência e tecnologia em exposições interativas que abordam temas como mudanças climáticas, biodiversidade e convivência planetária. O edifício, projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, é um marco da revitalização da zona portuária carioca. O museu também realiza palestras, workshops e programas educativos que visam engajar a sociedade em debates sobre o futuro do planeta.

Segundo o diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) — entidade que gere o museu —, Ricardo Piquet, o Museu do Amanhã é um espaço de ciência aplicada concebido no início da década de 2010 como um ponto de diálogo entre ciência, cultura e mudanças climáticas. "O objetivo sempre foi criar um local para narrativas que dialogassem com os grandes desafios da humanidade, apoiadas em exposições, debates e encontros que dinamizam o ambiente", explica.

Piquet também defendeu a relevância da Lei Rouanet como um mecanismo essencial para o fomento cultural. "É o melhor instrumento de incentivo à cultura que temos, mas precisa ser mais bem comunicado e defendido", ressalta. Ele destacou que setores como a indústria de refrigerantes recebem incentivos fiscais superiores aos destinados à cultura, muitas vezes sem a mesma transparência na prestação de contas.

De acordo com Piquet, cerca de 40% a 50% dos recursos destinados à manutenção do Museu do Amanhã provêm da Lei Rouanet. O restante é oriundo de bilheteria, eventos e concessões. Ele mencionou ainda que outros projetos geridos pelo IDG, como o Museu das Favelas e o Paço do Frevo, também dependem significativamente do mecanismo.

"A Lei Rouanet é fundamental não apenas para grandes instituições, mas também para pequenas iniciativas culturais. Ela precisa ser celebrada e preservada como ferramenta de desenvolvimento cultural no Brasil", completa.

O choro musical que encanta corações no Centro-Oeste

O Clube do Choro de Brasília, fundado em 1977, é uma das mais importantes instituições dedicadas à preservação e promoção do choro, gênero musical brasileiro. Além de realizar apresentações regulares com músicos renomados, o clube mantém a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, que oferece formação musical gratuita para jovens talentos, garantindo a continuidade e renovação desse patrimônio cultural. A escola é um celeiro de músicos que se destacam no cenário nacional e internacional, e o clube promove também eventos que celebram o legado de grandes mestres do choro.Reco do Bandolim, jornalista, produtor cultural, bandolinista e presidente do Clube do Choro de Brasília, é também fundador da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, a primeira do gênero no país. Com décadas de dedicação à música e à cultura brasileira, ele destaca o papel da Lei Rouanet na preservação e promoção das tradições culturais do país.

"Comemoramos recentemente o reconhecimento do choro como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan e pelo Ministério da Cultura. Esse marco reflete o esforço de anos, e muito disso só foi possível graças à Lei Rouanet", conta Reco. O presidente destaca que o incentivo permitiu implementar projetos de grande envergadura que valorizam compositores como Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Radamés Gnattali, Tom Jobim, entre outros que moldaram a música popular brasileira.

O Clube do Choro e a Escola Brasileira de Choro funcionam em um prédio projetado por Oscar Niemeyer, dedicado ao ensino, preservação e divulgação da música brasileira. Segundo Reco, "a Lei Rouanet foi essencial para que tivéssemos condições de manter vivas as expressões culturais brasileiras, descentralizando a captação de recursos e permitindo que estados menos favorecidos também preservassem sua identidade e tradições".

Para ele, ela é mais que um instrumento de financiamento cultural: é uma ferramenta de democratização. Ele destacou que movimentos culturais como o fandango no Sul, o boi-bumbá na Amazônia, o frevo pernambucano e o próprio choro brasileiro só podem ser preservados e difundidos com o apoio da legislação. Além disso, a lei fomenta o turismo, gera empregos e movimenta setores como gastronomia, transporte e hospedagem.

"Eventos culturais e festivais criados com o apoio da Lei Rouanet fortalecem a economia local e promovem o acesso à cultura para comunidades que, de outra forma, não teriam contato com esses bens culturais", afirma. Reco também ressalta que a lei tem sido alvo de críticas infundadas. "A cultura brasileira precisa ser apoiada, difundida e valorizada. A alma do Brasil não tem cotação em bolsa; ela define quem somos como povo e nação."

Com o Clube do Choro há 47 anos e a Escola Brasileira de Choro perto de completar 30, Reco acredita que esses projetos são exemplos do impacto positivo da Lei Rouanet. Ele reforça que a lei precisa ser constantemente avaliada e aprimorada para continuar servindo ao seu propósito. "Ela une as pontas deste país-continente, fortalece o senso de pertencimento e nos ajuda a reconhecer nossa própria identidade com alegria e orgulho."

Reco conclui: "A cultura brasileira é o nosso espelho e nosso retrato. Cabe a todos nós garantir que ela continue viva e acessível para as próximas gerações."

Música sinfônica por adolescentes e jovens no Sudeste

Instituto Baccarelli é uma organização sem fins lucrativos situada na comunidade de Helópolis, em São Paulo. Fundado em 1996 pelo maestro Silvio Baccarelli, o instituto oferece educação musical e artística para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. Reconhecida por formar a Orquestra Sinfônica de Heliópolis, que já se apresentou em importantes palcos nacionais e internacionais, além das aulas, promove concertos didáticos e eventos comunitários que reforçam o papel transformador da música na vida dos jovens.

A favela, que é a maior do estado com uma população de aproximadamente 220 mil pessoas, se tornou o cenário de uma revolução cultural e educacional promovida pela instituição.

Edilson Ventureli, diretor-Executivo do Instituto, destaca o impacto da Lei Rouanet para a viabilização dos projetos. "A Lei Rouanet faz parte da nossa história. Desde o ano 2000, ela tem sido essencial para a continuidade do nosso trabalho, representando hoje 90% de nossos recursos. Sem ela, não seria possível transformar a vida de tantas crianças e jovens", fala.

O instituto atende atualmente 1.633 crianças, começando com musicalização infantil aos dois anos de idade e, aos seis, introduzindo o aprendizado de instrumentos musicais. Aos nove anos, os alunos têm a oportunidade de ingressar em uma das quatro orquestras formadas pelo projeto. Entre elas, a Orquestra Sinfônica Heliópolis, dirigida pelo renomado maestro Isaac Karabtchevsky, que, aos 90 anos, segue como referência no cenário musical brasileiro e internacional.

Segundo Ventureli, o trabalho do Instituto já impactou mais de 200 mil crianças ao longo de quase três décadas. "Muitos dos nossos ex-alunos são hoje músicos profissionais atuando em grandes orquestras como a Filarmônica de Minas Gerais, a Osesp, e outras espalhadas pelo Brasil e até no exterior. Nosso projeto amplia os horizontes e o repertório dessas crianças, abrindo portas para carreiras internacionais", conta.

Outro marco importante para a instituição é a construção, financiada pela Lei Rouanet, da primeira sala de concertos em uma comunidade de favela no mundo. O espaço, com capacidade para 533 pessoas, palco para 90 músicos e um fosso para orquestra, está previsto para ser inaugurado no primeiro semestre de 2025. "Será um ponto de luz na comunidade, reunindo não apenas música sinfônica, mas todas as linguagens culturais das favelas, como rap, funk, pagode e sertanejo", destaca.

Além disso, o novo teatro servirá como um polo de formação profissional para o ecossistema cultural. Cursos de engenharia de som, produção audiovisual, cinegrafia e até projeção de cinema estão sendo planejados em parceria com a SpCine. "Estamos preparando uma estrutura moderna, com estúdio de áudio e ilhas de transmissão de vídeo, que permitirá formar profissionais para áreas que estão em falta no mercado", diz Ventureli.

Com o apoio da Lei Rouanet, o Instituto Baccarelli segue transformando vidas e consolidando Heliópolis como um território de referência cultural e social no Brasil. "Para nós, música é música, sem adjetivos nem preconceitos", concluiu Ventureli.

Educação artística para jovens no Nordeste

Localizada no município de Aquiraz (CE), há 31 quilômetros da capital cearense, o projeto Tapera das Artes é uma associação cultural que, desde 1983, desenvolve projetos de educação musical e artística para crianças e adolescentes. A instituição promove oficinas, concertos e eventos culturais, contribuindo para o desenvolvimento social e cultural da região. A Tapera das Artes é reconhecida por sua atuação na formação de jovens músicos e na difusão da cultura local. Suas atividades incluem projetos de intercâmbio cultural e apresentações em festivais, fortalecendo a identidade cultural da comunidade.

Fundada há 41 anos e localizada no sítio histórico da primeira capital do Ceará, tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento humano. De acordo com Ritelza Cabral, fundadora e presidente do Conselho Administrativo da instituição, "somos protagonistas na promoção da dignidade e no despertar de sonhos em crianças, adolescentes e jovens por meio do universo das artes. Acreditamos em um mundo mais sustentável e inclusivo."

Ritelza conta com o apoio essencial do Governo Federal: "Somos profundamente gratos ao governo Lula pela reabertura do Ministério da Cultura e pela reestruturação das diretrizes da Lei Rouanet. Essa lei não apenas fomenta a liberdade de expressão e o pensamento crítico, mas também fortalece a cena cultural brasileira, consolidando o acesso democrático à arte".

Com um modelo de gestão que integra investimentos do poder público, da iniciativa privada e do terceiro setor, a Tapera das Artes se tornou um exemplo de cidadania através da arte. "O acesso aos repertórios artísticos e culturais consolida valores éticos, estéticos e inventivos. Nosso público é composto majoritariamente por alunos de escolas e universidades públicas, com prioridade para famílias de baixa renda. Atualmente, atendemos cerca de 2.500 crianças, adolescentes e jovens por meio de 14 ateliês de musicalização, em parceria com essas escolas públicas".

O trabalho da Tapera das Artes transcende o aspecto educativo. A instituição oferece um programa de profissionalização, com bolsas de estudo e sete ateliês dedicados a práticas artísticas como música tradicional, armorial, cerâmica e artes visuais. "Essas iniciativas geram produtos de alta qualidade estética e movimentam a economia criativa local, criando oportunidades de emprego e renda para os jovens".

Ritelza também destacou o impacto emocional e social das atividades desenvolvidas: "Proporcionamos vivências culturais que vão além do aprendizado técnico, formando seres humanos mais sensíveis e capazes de enxergar a vida com os olhos do coração. Acreditamos que a cultura transforma, recria e inspira. Essa é a principal missão da Tapera das Artes: inspirar pessoas e revelar o potencial humano por meio da arte".

Como funciona a Lei Rouanet?

Produtores culturais, artistas e instituições que desejam promover eventos, produtos ou ações culturais podem submeter suas propostas ao MinC para aprovação. As propostas que cumprem os critérios da Lei Rouanet recebem autorização para captar recursos junto aos patrocinadores — pessoas físicas e jurídicas —, que, em contrapartida, podem obter benefícios de renúncia permitidos pela legislação.

Por meio do incentivo, o governo federal permite que parte dos tributos seja direcionada ao financiamento de atividades culturais, fortalecendo o setor e ampliando o acesso da população a bens culturais. Após a captação, a equipe do MinC, com auxílio de sistema automatizado, acompanha os projetos em execução, permitindo a adoção de medidas preventivas e corretivas oportunas. O objetivo é garantir a transparência e eficiência no uso dos recursos públicos destinados à promoção cultural.

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SP 471: Descubra as curiosidades das ruas e bairros mais icônicos da eterna "terra da garoa"

 

Avenida Paulista; Foto: Banco de Imagens SETUR - SP

 

A capital paulista comemora mais um ano de história, e a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP) preparou uma lista com curiosidades sobre algumas das ruas e bairros mais emblemáticos da cidade

 

São Paulo, a maior cidade do Brasil, celebra seu aniversário de 471 anos com uma jornada pelo seu vasto patrimônio urbano e cultural. Marcada por suas ruas movimentadas e bairros únicos, a capital esconde segredos e histórias fascinantes que merecem ser compartilhados. Esses espaços revelam não apenas a diversidade paulistana, mas também a riqueza cultural que faz de São Paulo um dos destinos mais interessantes do Brasil e do mundo.

 

"São Paulo é uma cidade singular, onde cada rua e cada bairro carrega uma história rica e emocionante. Conhecer os detalhes e curiosidades de suas avenidas e bairros é uma forma de nos reconectarmos com as raízes da nossa cidade e valorizarmos o que ela tem de mais especial", destaca o secretário de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, Roberto de Lucena.

 

Confira algumas curiosidades sobre as ruas e os bairros mais icônicos e tradicionais da cidade:

 

Avenida Paulista

 

Considerada o coração financeiro de São Paulo, a Avenida Paulista foi inaugurada em 1891 e, ao longo dos anos, se transformou no principal centro cultural e de lazer da cidade. Atualmente, é palco de grandes eventos e abriga importantes museus, como o MASP, além de centros culturais como o Itaú Cultural. Com diversas estações de metrô ao longo de sua extensão, a avenida é de fácil acesso para moradores e turistas.

 

Rua Oscar Freire

 

Localizada no bairro dos Jardins, a Rua Oscar Freire é sinônimo de sofisticação. Conhecida por abrigar lojas de marcas internacionais e o comércio de luxo, a rua consolidou sua fama nos anos 1980 como uma das mais elegantes do Brasil. Hoje, atrai turistas e celebridades de todas as partes do mundo.

 

Rua Galvão Bueno

 

No coração do bairro da Liberdade, tradicionalmente associado à cultura japonesa, a Rua Galvão Bueno é um ponto de destaque no comércio oriental. Repleta de lojas de produtos importados, restaurantes típicos e eventos culturais, a rua ganha ainda mais vida durante celebrações como o Ano Novo Chinês e o Festival das Cerejeiras.

 

Beco do Batman

 

Situado na Vila Madalena, o Beco do Batman é um ícone da arte urbana em São Paulo. Com grafites e murais criados por artistas do mundo todo, o local tornou-se uma galeria a céu aberto. Criado de forma espontânea na década de 1980, o Beco atrai turistas e artistas interessados em expressar sua criatividade.

 

Rua Augusta

 

A Rua Augusta é um símbolo de transformação. Já foi o epicentro da boemia e, ao longo dos anos, passou por várias mudanças, tornando-se um espaço que acolhe diferentes tribos urbanas. Hoje, a rua oferece uma rica variedade de opções, que vão de restaurantes a casas de shows.

 

Rua 25 de Março

 

Conhecida como o maior centro de comércio popular do Brasil, a Rua 25 de Março tem uma história que remonta ao século XIX. Famosa pelos preços acessíveis, a rua é um destino obrigatório para quem procura moda, eletrônicos e acessórios. Durante as festas de fim de ano, a região se transforma em um verdadeiro mar de pessoas.

 

Rua São Caetano (Rua das Noivas)

 

Localizada no bairro da Bela Vista, a Rua São Caetano é o destino ideal para noivas. Conhecida como "Rua das Noivas", reúne lojas especializadas em vestidos e acessórios de casamento, sendo o local preferido de muitos casais que desejam realizar o grande sonho matrimonial.

 

Rua Barão de Paranapiacaba (Sé - Rua do Ouro)

 

No centro histórico da cidade, a Rua Barão de Paranapiacaba foi, no período colonial, o principal ponto de comércio de ouro em São Paulo. No século XVIII, era uma das ruas mais movimentadas e prósperas. Hoje, preserva construções históricas que fazem parte do patrimônio arquitetônico da capital.

 

Vila Madalena

 

Boêmia e vibrante, a Vila Madalena é famosa por sua vida noturna. Com bares, restaurantes e uma atmosfera descontraída, o bairro atrai tanto moradores quanto turistas. Além disso, destaca-se por suas galerias de arte, brechós e murais de arte de rua, consolidando-se como um dos bairros mais dinâmicos e criativos da cidade.

 

Avenida Ipiranga

 

A Avenida Ipiranga, que atravessa a região central, é uma avenida histórica de São Paulo. Palco de momentos marcantes, ela se destaca por abrigar edifícios emblemáticos, como o Copan, projetado por Oscar Niemeyer. É um local que reflete a diversidade arquitetônica e cultural da cidade.

 

Avenida São João

 

Uma das avenidas mais tradicionais de São Paulo, a Avenida São João desempenhou um papel crucial no crescimento da cidade. No auge de sua movimentação, nas décadas de 1950 e 1960, a avenida era conhecida pela vida noturna animada, com cinemas, teatros, bares e cafés que simbolizavam o glamour da época.

 

Com essa rica mistura de histórias e estilos, São Paulo continua a encantar e surpreender todos que a conhecem. Que tal explorar cada uma dessas ruas e bairros para descobrir ainda mais sobre a alma paulistana?

Celebrado em 10 de fevereiro, agenda contará com caminhada, apresentações musicais, atividades infantis, aulas variadas, cinema no museu e um bolo para o tradicional parabéns

Completando seus 128 anos no dia 10 de fevereiro, o Parque Estadual Alberto Löfgren - Horto Florestal contará com uma agenda de atividades gratuitas para que seus visitantes possam celebrar a data de forma mais que especial. Entre as ações programadas pela Urbia, administradora do espaço, os visitantes poderão participar da caminhada histórica; curtir apresentações musicais, atividade de Carnaval para as crianças, aulas de yoga e de dança, treinamento funcional e um bolo para reunir os frequentadores do Parque e marcar a data cantando parabéns.
 

Confira abaixo a programação completa:

 

Treinamento Funcional, Aula de Yoga e Aula de Dança

Para começar o dia praticando atividade física ao ar livre, das 9h às 10h, a professora Andréa Schaidt, voluntária do Horto, realizará uma aula de Treinamento Funcional gratuita, na quadra de areia do Parque. A modalidade é uma forma de exercício físico que visa melhorar a capacidade funcional do corpo para realizar atividades cotidianas de maneira mais eficiente e segura. Além dos benefícios físicos, o treino proporciona também o contato com a natureza, o que contribui para a redução do estresse e para a melhora do bem-estar emocional.
 

Das 9h30 às 10h30, a instrutora voluntária Sandra Ladwig conduzirá uma Aula de Yoga gratuita na Tenda do Horto Florestal para os visitantes. A atividade prevê o ensino de técnicas para fortalecer o corpo e a mente de forma interligada, além de exercícios de respiração, postura e meditação. Para participar, é recomendado o uso de roupas leves e que permitam a mobilidade do corpo. Também é necessário levar tapete próprio para a prática da modalidade.
 

Por fim, das 10h30 às 12h30, também na Tenda do Parque, os frequentadores poderão participar de uma Aula de Dança superanimada com a instrutora Ana Pantera, voluntária do Parque. Com músicas variadas e movimentos energéticos, a dança é uma atividade que trabalha o corpo todo, melhorando a coordenação motora, o condicionamento físico e o humor. A aula será composta por passos simples, coreografias animadas e são indicadas para pessoas de todas as idades e níveis de condicionamento físico.
 

Todas as aulas são livres para todos os públicos e menores de 18 anos devem estar acompanhados de seus responsáveis.

 

Caminhada Histórica do Horto Florestal

Outra opção para quem quer iniciar o dia praticando alguma atividade física, além de conhecer um pouco mais sobre o Parque, das 9h às 11h, a equipe educativa da Urbia realizará a Caminhada Histórica do Horto Florestal, em parceria com o Instituto de Pesquisas Ambientais - IPA. Com saída da portaria principal do Parque, localizada na Rua do Horto, 931, a atividade se trata de um circuito educativo e guiado, no qual os visitantes passarão pelas raízes do espaço, entre as edificações históricas, árvores centenárias e pela área institucional do Horto, em que só pode ser acessada nessa data e com esse circuito. A participação é gratuita, livre para todos os públicos e menores de 18 anos devem estar acompanhados dos responsáveis.

 

Música no Horto

A agenda também contará com Música no Horto, apresentações ao vivo para que os visitantes possam apreciar um repertório repleto de músicas populares em meio à natureza exuberante do Parque. As apresentações serão realizadas das 12h às 13h e das 15h às 16h, na Alameda do Campo de Futebol do Horto Florestal. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos. Vale ressaltar que menores de 18 anos devem estar acompanhados de seus responsáveis.

 

1º Bloquinho da Criançada no Horto

Neste ano, o feriado de Carnaval está agendado para o mesmo final de semana do aniversário do Parque. Sendo assim, a Urbia preparou o 1º Bloquinho da Criançada no Horto, com marchinhas carnavalescas, brincadeiras e desfile de fantasias. Acompanhadas de seus responsáveis, as crianças poderão desfilar no tapete do Horto com as suas melhores fantasias e se divertirem muito. Para entrar na brincadeira, cada participante deverá se apresentar com 30 minutos de antecedência ao desfile, no Centro de Visitantes do Parque, local em que será realizado o evento. Todos que participarem ganharão uma cortesia no Urbiabike, serviço de aluguel de modais, de acordo com a disponibilidade. A atividade é gratuita e será realizada às 14h.

 

Hora do Bolo de Aniversário do Horto Florestal

Às 14h30, em frente ao Centro de Visitantes, será a Hora do Bolo. A equipe da Urbia convida todos os visitantes do Parque a cantarem parabéns ao Horto para celebrar seu aniversário. Um bolo de 128 quilos será servido aos frequentadores do parque, em comemoração aos 128 anos do espaço. O acesso é livre, gratuito e menores de 18 anos devem estar acompanhados dos responsáveis.

 

Uma Noite no Museu Florestal com Cinema

Para finalizar o dia de comemoração com chave de ouro, a Urbia realizará Uma Noite no Museu Florestal com Cinema, das 18h às 20h. A sessão de cinema será com um filme infantil, contará com muita pipoca para tornar a experiência ainda mais especial. Para participar, os interessados devem adquirir o ingresso de R$15, a inteira, ou R$7,50, a meia, no Centro de Visitantes do Parque ou pelo site UrbiaPass.

 

Transporte público, táxi ou carros de aplicativo

Quem optar pelo transporte público poderá acessar uma das linhas de ônibus que partem do Terminal Santana e Tucuruvi, as alternativas são: 2020/10 Metrô Tucuruvi - Horto Florestal (ponto final); 1018/10 Metrô Santana - Vila Rosa; e 1775/10 Metrô Santana - Vila Albertina. Já quem for de táxi ou carros de aplicativo, o endereço é Rua do Horto, 931.

Os avanços tecnológicos transformaram radicalmente a forma como planejamos, vivenciamos e recordamos nossas viagens. Aplicativos e tecnologias desempenham um papel crucial ao simplificar e aprimorar a experiência do viajante, proporcionando uma jornada mais tranquila e enriquecedora. A importância dessas ferramentas é multifacetada, abrangendo desde a fase de planejamento até a recordação das memórias da viagem. 



Essas tecnologias oferecem conveniência, segurança e uma viagem personalizada. Ao integrar as ferramentas em cada etapa do processo, os viajantes podem aproveitar ao máximo cada parte do seu itinerário, tornando a viagem uma experiência inesquecível.



Sabendo da importância do planejamento para o turismo, reunimos cinco ferramentas que vão facilitar a sua viagem. Confira!



Cidadania4u: Fundada em 2019 por Rafael e Rodrigo Gianesini, a Cidadania4u surgiu a partir de uma dor dos irmãos, que tiveram que aguardar uma década para ter sua cidadania italiana reconhecida. Devido às dificuldades que enfrentaram via consulados, decidiram apostar na tecnologia como alternativa para eliminar a burocracia e ajudar outras pessoas que - assim como eles - têm o direito à dupla cidadania. Criaram, então, um aplicativo exclusivo onde o cliente pode monitorar, em tempo real, o passo a passo do seu processo. A empresa conta com profissionais com mais de uma década de experiência no mercado de reconhecimento de cidadanias italiana, portuguesa e espanhola e, junto à tecnologia aplicada, está mudando o cenário para descendentes desses países no Brasil.



CittamobiHá quase dez anos no mercado, a Cittamobi é uma empresa brasileira com tecnologia própria desenvolvida no Brasil que tem como objetivo auxiliar o passageiro a melhorar sua experiência na utilização do transporte público. Por meio de suas soluções tecnológicas, a empresa tem como premissa colocar o passageiro do transporte coletivo no centro e digitalizar a experiência de mobilidade por meio de uma Rede Vida que soma três vertentes importantes: operadores, usuários e órgãos gestores, fornecendo informações em tempo real sobre horários, itinerários, localização dos veículos e atualizações do sistema. Até o momento tem mais de 25 milhões de downloads nas mais de 330 cidades que atua.



Airbnb: O aplicativo facilita o planejamento da viagem, permitindo que os viajantes explorem opções, comparem preços e façam reservas com apenas alguns toques na tela. Essa eficiência é crucial para otimizar o tempo e garantir a disponibilidade de serviços desejados. 



Google Maps: Durante a viagem, o aplicativo de mapas desempenha um papel vital na orientação, fornecendo direções precisas, informações sobre o tráfego em tempo real e detalhes sobre pontos de interesse. Isso reduz a probabilidade de se perder e ajuda os viajantes a explorarem destinos de maneira mais segura. 



Uber: Os aplicativos de transporte transformaram radicalmente a dinâmica da mobilidade global. Ao oferecer uma solução ágil e acessível, a disponibilidade de carros e motoristas particulares para deslocamentos entre diversos destinos soluciona desafios para muitos viajantes.