Atmosfera da Terra levou bilhões de anos para ter oxigênio suficiente para sustentar vida

Meio Ambiente
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Uma equipe internacional de pesquisadores revelou como a atmosfera da Terra passou de pobre em oxigênio para rica em oxigênio ao longo de 2 bilhões de anos.

A equipe reconstruiu o aumento do oxigênio atmosférico e sua interação dinâmica com os oceanos por meio da análise de registros de isótopos de oxigênio de alta resolução preservados em antigos minerais de sulfato, de acordo com um comunicado divulgado na quinta-feira pela Universidade da Austrália Ocidental (UWA).

O estudo revelou três grandes episódios de aumento do oxigênio atmosférico durante as eras Paleoproterozóica (2,5 a 1,6 bilhões de anos atrás), Neoproterozóica (1 bilhão a 538,8 milhões de anos atrás) e Paleozóica (538,8 a 252 milhões de anos atrás), culminando em níveis estáveis semelhantes aos da era moderna há cerca de 410 milhões de anos.

"O aumento de oxigênio na atmosfera da Terra é fundamental para o surgimento de vida complexa que respira oxigênio, habitabilidade planetária e criação de recursos naturais vitais", disse Matthew Dodd, da Escola de Ciências da Terra da UWA, em um comunicado.

O estudo, liderado pela Universidade de Tecnologia de Chengdu (China) em colaboração com a UWA e publicado na Nature, mostrou que, após o aumento do oxigênio no Neoproterozoico, os oceanos da Terra, em grande parte pobres em oxigênio, sofreram pulsos periódicos de oxidação, informa a Xinhua.

Esses eventos causaram mudanças sincronizadas nos isótopos de carbono, enxofre e oxigênio ao longo de centenas de milhões de anos, sugerindo que o aumento do oxigênio atmosférico provocou repetidamente a oxidação transitória dos oceanos.

"As descobertas fornecem uma estrutura ambiental para compreender a origem e a evolução da vida na Terra, bem como a formação de depósitos minerais e recursos petrolíferos", concluiu Dodd.

Europa Press