Inteligência Artificial revoluciona o atendimento ao cliente no Brasil e muda dinâmica do mercado

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A Inteligência Artificial (IA) deixou de ser uma promessa futurista para se tornar realidade no cotidiano de milhões de brasileiros — especialmente quando o assunto é atendimento ao cliente. De bancos a e-commerces, passando por operadoras, seguradoras e redes varejistas, as empresas estão cada vez mais investindo em chatbots inteligentes, assistentes virtuais e sistemas preditivos que tornam o suporte ao consumidor mais rápido, eficiente e, em muitos casos, personalizado.

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Startups, mais de 65% das grandes empresas brasileiras já utilizam algum tipo de IA em seus canais de atendimento. O objetivo é claro: reduzir o tempo de resposta, automatizar demandas simples e liberar agentes humanos para resolver questões mais complexas. Para o consumidor, a mudança já é percebida no dia a dia — especialmente nos aplicativos de serviços e nos sites de atendimento digital 24 horas.

Um exemplo é o uso de modelos de linguagem natural que permitem que o cliente fale com o sistema como se estivesse conversando com uma pessoa. A IA analisa o histórico do usuário, identifica o problema e sugere soluções de forma rápida. Em alguns casos, já é possível concluir operações inteiras — como remarcar uma passagem, solicitar segunda via de boleto ou contestar uma cobrança — sem precisar falar com um atendente humano.

Empresas como bancos digitais, redes de delivery e plataformas de streaming lideram essa transformação, mas o movimento já chegou também a micro e pequenas empresas, graças a ferramentas acessíveis e integráveis com baixo custo. A tendência é que, em breve, mesmo o pequeno comércio de bairro possa usar IA para organizar pedidos, gerenciar estoques e conversar com clientes pelo WhatsApp de forma automatizada.

Apesar dos avanços, especialistas alertam que a humanização e a ética no uso da tecnologia ainda são desafios. “É preciso garantir que a automação não desumanize o atendimento, nem viole a privacidade do consumidor”, afirma a pesquisadora Mariana Salles, da Fundação Getúlio Vargas. A implementação responsável da IA deve respeitar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e oferecer sempre alternativas para contato com atendentes humanos.

O que está claro é que a inteligência artificial veio para ficar — e promete transformar, cada vez mais, a relação entre empresas e consumidores no Brasil. Um novo capítulo da experiência do cliente está sendo escrito, com algoritmos no comando e a eficiência como marca registrada.

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