Infecções respiratórias aumentam no inverno e exigem atenção redobrada da população

Saúde
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Com a chegada do inverno, hospitais e unidades básicas de saúde em todo o país registram aumento expressivo nos atendimentos por infecções respiratórias, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com comorbidades. O ar mais seco, as baixas temperaturas e a maior permanência em ambientes fechados criam o cenário ideal para a circulação de vírus e bactérias que causam doenças como gripe, resfriado, sinusite, bronquite, pneumonia e crises de asma.

Segundo dados do Ministério da Saúde, os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) voltaram a crescer em diversas capitais, incluindo São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte. A gripe causada pelo vírus Influenza continua sendo uma das principais responsáveis pelas internações, ao lado do vírus sincicial respiratório (VSR), que afeta sobretudo bebês e crianças pequenas.

“A combinação entre frio e poluição contribui para o agravamento de quadros respiratórios. Por isso, o inverno exige cuidados redobrados, sobretudo para os grupos mais vulneráveis”, afirma a infectologista Eliane Tavares, do Hospital das Clínicas da USP. Ela destaca a importância da vacinação contra a gripe e a Covid-19, além de hábitos simples como lavar bem as mãos, evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados, mesmo nos dias frios.

Especialistas também recomendam atenção aos sinais de alerta: febre alta persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito, tosse com secreção espessa ou dor no corpo intensa podem indicar infecção mais grave e demandam avaliação médica imediata. A automedicação, especialmente com antibióticos sem prescrição, deve ser evitada.

Além dos cuidados clínicos, é fundamental manter hidratação adequada, alimentação balanceada e uso de umidificadores, quando necessário, para minimizar os efeitos do ar seco. Para quem sofre de doenças respiratórias crônicas, como DPOC e asma, o uso regular das medicações de controle deve ser rigorosamente mantido durante a estação.

Enquanto o frio permanece, a prevenção se torna o principal aliado da saúde. “Cuidar das vias respiratórias é cuidar da qualidade de vida. E no inverno, todo cuidado conta”, reforça a médica.